Polícia

BNDES: Delação de Palocci detalha esquema mundial criminoso do PT; total de 489 milhões de reais

NEGÓCIO FECHADO – Celso Amorim, Lula e John Kufuor, em Gana, em 2008: acertos combinados nas missões no exterior  (Valter Campanato/Agência Brasil)

Homologada recentemente pela Justiça Federal e com detalhes antecipados pela coluna Radar, de VEJA, a delação de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil nos governos Lula e Dilma, traz no capítulo 21 uma descrição completa do esquema de roubalheira internacional montado pelo PT para obras realizadas em países como Gana, Venezuela, Cuba e Angola. Lula fazia os acertos com as autoridades estrangeiras e mandava a conta para o BNDES. Em troca dos juros camaradas do banco e do acesso aos mercados de fora, as empreiteiras superfaturavam o trabalho para poder irrigar o caixa petista com o pagamento de propinas. Antes da assinatura dos contratos já se sabia que muitos dos governos amigos não pagariam a conta. E como essa fatura tem sido quitada até hoje? Com o seu, o meu, o nosso dinheiro. Alguns projetos nem foram finalizados. Ficaram no lucro as construtoras e, é claro, o PT.

Segundo pessoas que tiveram acesso à delação e foram entrevistadas por VEJA, embora careça de provas, o testemunho de Palocci contém as peças que faltavam no quebra-cabeça da pilhagem nas obras internacionais do BNDES, abrindo essa parte da caixa-­preta do banco. Ele mesmo uma peça importante no esquema, intermediando conversas com as construtoras envolvidas, o ex-ministro conta como as ordens de Lula chegavam, qual era a exata divisão do butim entre as empreiteiras e o porcentual de propina cobrado em cada projeto. Todas essas informações permaneciam inéditas, assim como a soma da roubalheira. Somente nesse pacote de contratos no exterior firmados entre 2010 e 2014, as empreiteiras nacionais faturaram mais de 10 bilhões de reais e pagaram propinas ao PT no valor total de 489 milhões de reais.

O CAMINHO DO COFRE – Estrada da Andrade Gutierrez, em Gana, e detalhe do documento de liberação: a obra rendeu ao PT cerca de 10 milhões de reais (Google Street View/Reprodução)

O esquema no BNDES era complexo e, diferentemente do que ocorria no mensalão e no petrolão, sua operação ficava restrita à alta cúpula do partido. Tudo começava com uma visita de Lula a um mandatário amigo, como o angolano José Eduardo dos Santos ou o ganês John Kufuor. O petista e os presidentes companheiros fechavam um compromisso de ajuda financeira e, ato contínuo, representantes do famoso clube das empreiteiras — Odebrecht, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, OAS — visitavam os gabinetes dessas autoridades no exterior por meio de missões organizadas pelo Itamaraty e fechavam projetos a ser financiados pelo BNDES. O presidente do banco — primeiro Guido Mantega, depois Luciano Coutinho — aprovava o repasse da verba. Na sequência as construtoras entravam com processo a fim de obter os seguros necessários para tocar os trabalhos por meio do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), os quais eram aprovados prontamente pelos ministros da Camex. As empreiteiras, então, pagavam ao PT e às autoridades dos países onde haviam conseguido o projeto. Parte do esquema já tinha sido revelado pelas delações de Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo, da Andrade Gutierrez.

Do total de 489 milhões de reais em propinas pagas à alta cúpula petista entre 2009, no fim do segundo mandato de Lula, e 2014, ano em que culminou a reeleição de Dilma Rousseff, 364 milhões vieram da Odebrecht. Mais 100 milhões de reais saíram dos contratos da Andrade Gutierrez, que pagava um “pedágio” de 1% em cada um deles. A Queiroz Galvão tinha um acordo diferente: superfaturava em 10% suas obras, que renderam 25 milhões de reais ao esquema petista. Nunca na história deste país havia se montado uma estrutura tão grande e complexa para arrecadar propinas com obras no exterior com a ajuda do BNDES.

CALOTE – Fachada do Aeroporto de Nacala, em Moçambique: o país africano ainda não pagou a obra feita pela Odebrecht (Brunno Fernandes/VEJA)

A pedra fundamental da roubalheira foi lançada em 15 de dezembro de 2009, quando quatro ministros, um secretário e dois assessores especiais sentaram-se à mesa da sala contígua ao gabinete de Miguel Jorge, então chefe da pasta do Desenvolvimento. Além de Jorge, que comandava a Camex, estavam presentes os ministros Paulo Bernardo (Planejamento), Antônio Patriota (Itamaraty) e Reinhold Stephanes (Agricultura); o secretário Nelson Machado (Fazenda); e os assessores Laudemir Müller (Desenvolvimento Agrário) e Sheila Ribeiro (Casa Civil). Na tarde daquela terça-feira, os oito aprovariam financiamentos estapafúrdios para Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão em quatro países: Cuba, Gana, Moçambique e Nicarágua. O custo dos projetos discutidos naquele dia somava 1,2 bilhão de dólares — em valores atualizados, aproximadamente 4,8 bilhões de reais. Todos renderam depois propinas ao PT e nenhum deles possuía justificativa técnica para ser aprovado.

Para Gana, país que quatro anos antes fora visitado por Lula e agraciado com uma linha de crédito no BNDES, foi aprovado o financiamento de 250 milhões de dólares para uma hidrelétrica que, um mês depois, soube-se que era impossível construir. A área de alagamento da barragem ultrapassaria a fronteira com o vizinho Togo, que não havia sido consultado. O contratempo não atrapalhou os planos de ninguém. Alguns meses depois, a obra foi simplesmente substituída por uma estrada de terra de 100 quilômetros, com o custo reduzido em exíguos 10 milhões de dólares. Ou seja, o negócio custou apenas 4% do valor de uma usina. A roubalheira era descarada e desafiava a lógica.

VERGONHA – Rio Grande de Matagalpa, na Nicarágua, obra financiada pelo BNDES devido à intervenção do governo (no detalhe do documento oficial): a hidrelétrica que deveria ser feita ali pela Queiroz Galvão nunca saiu do papel (./.)

Como isso foi aprovado? A Andrade Gutierrez justificou o alto valor com dois tópicos: “benefícios e despesas indiretas”, o que correspondia a 33% do total, e “contingências e custos comerciais”, o equivalente a 7%. O corpo técnico do BNDES questionou a empresa sobre o que, exatamente, significavam as duas rubricas. A desculpa apresentada — e prontamente aceita pelos ministros da Camex — foi que os custos eram “compatíveis com as dificuldades com que as empresas estrangeiras podem se defrontar na operação em um novo mercado”. Na verdade, todas as reuniões e trocas de memorandos não passavam de jogo de cena. Já se sabia desde o começo que o negócio deveria ser autorizado, por mais absurdo que fosse. A prioridade, agora se confirma, era encher o caixa do PT.

A Odebrecht conseguiu aprovar um aditivo de 128 milhões de dólares para a construção da zona de desenvolvimento ao redor do célebre Porto de Mariel, em Cuba, e mais 300 milhões de dólares para duas obras em Moçambique: o Aeroporto de Nacala (entregue em 2014) e o Porto da Beira (que jamais saiu do papel). A hidrelétrica Tumarín, um projeto da Queiroz Galvão que contaria com a participação da Eletrobras para a construção na Nicarágua — uma promessa pessoal de Lula ao presidente Daniel Ortega —, não se materializou. O problema é que nem o regulamento do BNDES (por falta de garantias) nem a Eletrobras (por se tratar de um investimento no exterior) permitiam a empreitada, avaliada em 512 milhões de dólares. Mas um recado da Casa Civil, à época chefiada por Dilma Rousseff, destravou o negócio: “A Presidência da República tem todo o interesse nesse empreendimento”.

CARTÃO-POSTAL – Porto de Mariel, em Cuba: obras na ilha integraram pacote de propinas da Odebrecht fechado com Lula (Yamil Lage/AFP)

Digitais da negociata foram detectadas pela primeira vez por uma investigação iniciada nos Estados Unidos, onde a Eletrobras teve a transação de seus papéis na bolsa de Nova York interrompida justamente por suspeita de fraude. A empresa perdeu mais de 600 milhões de reais devido aos esquemas criminosos em que se envolveu. Para se livrar do imbróglio, a companhia precisou contratar, ao custo de mais de 400 milhões de reais, o escritório Hogan Lovells, que detectou mais de 200 milhões de reais em propinas — só na construção-fantasma de Tumarín foram 25 milhões de reais.

Mas por que esses financiamentos eram liberados na Camex, e não dentro do próprio BNDES? A explicação: quem aprova ou reprova a liberação de verbas do banco a projetos internacionais é o Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações (Cofig), formado por representantes técnicos e políticos. No entanto, as regras do órgão dizem que a aprovação dos repasses precisa ser unânime, e seus integrantes, quando deparavam com projetos, digamos, suspeitos, jogavam os processos para a Camex. Nas trinta atas obtidas por VEJA com exclusividade, que cobrem as reuniões entre 2007 e 2011, nenhum financiamento foi recusado.

NO ESQUEMA – Guido Mantega e Antonio Palocci: a roubalheira era comandada pela alta cúpula do governo petista (Ueslei Marcelino/Reuters)

O caso mais famoso envolve um dos grandes filões internacionais da Odebrecht: Angola. O país, que era comandado por José Eduardo dos Santos desde 1979, absorvia 19% de todas as exportações de engenharia feitas pelo Brasil até 2009 — um valor que já superava 1 bilhão de dólares. A Odebrecht era dona de 85% dessa carteira — e queria mais. O Cofig teimava em dizer que Angola não dispunha mais de crédito perante o Brasil, pois o país estava inadimplente com o BNDES. Lula não queria saber. Ele receberia o ditador angolano em Brasília e pretendia, no final do encontro, anunciar a extensão da linha de crédito. Em agosto de 2010, há a aprovação de mais 200 milhões de dólares em crédito para o país africano, e Lula recebeu um forte abraço de seu amigo.

O apetite da Odebrecht era tão grande que já incomodava Palocci. Apesar de ser ele o arrecadador oficial da campanha de Dilma Rousseff, foi Paulo Bernardo, ministro do Planejamento de Lula, quem procurou Marcelo Odebrecht em 2011 para cobrar os 64 milhões de reais devidos pelo negócio realizado com Angola. Palocci se dizia cansado de ver a Odebrecht monopolizar os contratos naquele país e havia prometido a outras construtoras pedaços maiores do bolo de obras angolanas. Palocci, na verdade, não sabia que essa batalha estava perdida. Nos últimos dias de dezembro de 2010, quando Lula já se retirava do Palácio do Planalto, Emílio Odebrecht recebeu do filho, Marcelo, uma pauta com assuntos para tratar com o presidente. Emílio deveria abordar diversos contratos e discutir a continuidade do apoio à empreiteira. Emílio garantiu que seria mantida a “amizade”. Naquela mesma noite, fechou o acordo de 300 milhões de reais para as eleições de Dilma. A maior parte via caixa dois. As propinas internacionais, como se sabe agora, foram importantes para tornar essa amizade mais sólida — e lucrativa.

Veja

 

Opinião dos leitores

  1. E o FHC mentor e pai da corrupção, quando será denunciado?
    Deveria estar preso com o comparsa Luladrao…
    Ele entregou à Lula todas as maracutaias engatilhadas… A Lula e sua gang coube executar e aumentar a roubalheira.
    #fhcnacadeia

  2. No currículo da honestidade dos recentes governos brasileiro, vendo a voto de 02 ex ministros da casa civil, um foi condenado e faz delação premiada o outro foi decretada a prisão e converteram em uso de tornozeleira eletrônica – como nunca antes na história desse país.
    Existem 02 ex presidentes condenados;
    Uma ex presidente denunciada;
    Tem ainda um caminhão de parlamentar denunciados, salvos temporariamente pelo vergonhoso foro privilegiado, cujo presidente da câmara não leva o tema a votação. Lembrando, o mesmo presidente da câmara que votou em caráter de urgência a lei contra abuso de autoridade. Assim ele se diz um parlamentar que trabalha pelo país.
    Pense numa cambada de gente honesta… Por isso e muitas outras esse país dá um passo a frente e dois para trás!

  3. BG
    Esses MAFIOSOS eram para terem pego prisão PERPETUA, cambada de criminosos mentirosos e canalhas.

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Geral

PT decide nova direção com foco na reeleição de Lula em 2026

Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

A menos de um mês para as eleições internas do PT, a disputa pelo comando do Diretório Municipal de São Paulo segue indefinida. A sucessão é acompanhada de perto pela cúpula do partido, já que a nova direção terá a missão de mobilizar a militância na maior cidade do País durante as eleições de 2026, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve buscar a reeleição.

A importância de São Paulo no xadrez eleitoral foi reforçada por José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil durante o primeiro governo petista. Em entrevista ao canal GloboNews, Dirceu afirmou que a eleições presidencial do ano que vem será definida nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

O primeiro turno do Processo de Eleição Direta (PED) está marcado para 6 de julho, com segundo turno previsto para o dia 20. Os filiados elegerão as próximas direções do partido nos níveis nacional, estadual e municipal. Na capital paulista, seis candidatos disputam a presidência do diretório, sendo que os favoritos são o ex-deputado federal Francisco Chagas e o vereador Hélio Rodrigues.

Com 9,3 milhões de eleitores, a cidade São Paulo é o maior colégio eleitoral entre os municípios brasileiros. Em 2022, Lula venceu Jair Bolsonaro por uma margem estreita de 2,1 milhões de votos – 23% deles conquistados na capital paulista. Diante da queda de popularidade do governo, reprovado por 54% dos brasileiros, dirigentes do PT consideram essencial manter a vantagem obtida na cidade para garantir um bom desempenho em 2026.

Tanto Chagas como Rodrigues concordam com essa avaliação. Ambos apontam a reeleição de Lula como prioridade da nova direção municipal, embora apresentem estratégias bem diferentes. Rodrigues defende um retorno às origens do PT, com uma guinada à esquerda. Já Chagas aposta na modernização da comunicação partidária.

“Nós temos hoje 202 mil filiados em São Paulo, mas ainda não temos um cadastro digital completo deles”, disse Chagas ao Estadão. “A ideia é criar esse cadastro para termos uma comunicação em tempo real, mais frequente e mais eficaz com os filiados e militantes. Isso permite um engajamento maior nas campanhas”, acrescentou.

Chagas também defende que a nova direção atue na organização da oposição ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) e ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele destaca que esse enfrentamento será fundamental para preparar o partido para a disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2028. “Penso, por exemplo, em propor um plebiscito para reestatizar o serviço funerário (na capital paulista).”

Com apoio da família Tatto – tradicional clã petista com base eleitoral na zona sul – e dos vereadores Alessandro Guedes e Senival Moura, Chagas iniciou a corrida interna em posição confortável. Nas últimas semanas, porém, o vereador João Ananias retirou sua candidatura e declarou apoio a Hélio Rodrigues, que vem ampliando seu arco de alianças desde o início de junho.

Rodrigues conta com o apoio do presidente estadual do PT, deputado federal Kiko Celeguim. Também o apoiam os vereadores Dheison Silva, Luna Zarattini e Nabil Bonduki, além de grande parte da bancada petista na Assembleia Legislativa. Nos bastidores, o grupo que o apoia tem sido chamado de “coalizão anti-Tattos”.

“É uma unidade que se formou em torno dos posicionamentos que venho adotando nos últimos dois anos como vereador aqui na Câmara. É também uma unidade em torno de um programa de renovação do partido, de fortalecimento dos diretórios zonais, de fortalecimento da militância. É essa a unidade que está se formando: em torno de um PT mais à esquerda”, disse Rodrigues ao Estadão.

Um ponto de convergência entre os dois principais candidatos é a defesa do fortalecimento dos 37 diretórios zonais espalhados pelas cinco regiões da capital, especialmente nas periferias. Essa estrutura é considerada essencial para organizar a campanha eleitoral do ano que vem, ampliando a presença territorial e mobilizando a base do partido.

Além de Chagas e Rodrigues, disputam ainda a presidência do Diretório Municipal do PT Bárbara Corrales, Isaias Dias, Carlos Aquino e Luciano Barbosa.

Estadão

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Mundo

Estados Unidos entram na guerra e atacam instalações nucleares do Irã

Foto: Andrew Harnik/Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, neste sábado (21), que concluiu um “ataque muito bem-sucedido” contra as instalações nucleares do Irã, incluindo Fordow, Natanz e Isfahan.

O presidente disse que todos os aviões estão agora fora do espaço aéreo iraniano.

“Concluímos nosso ataque muito bem-sucedido às três instalações nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Isfahan. Todos os aviões estão agora fora do espaço aéreo iraniano. Uma carga completa de BOMBAS foi lançada na instalação principal, Fordow”, escreveu Trump em uma publicação no Truth Social.

“Todos os aviões estão em segurança a caminho de casa. Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. AGORA É A HORA DA PAZ! Obrigado pela atenção a este assunto”, completou.

Após confirmar os ataques, Trump anunciou que vai realizar um pronunciamento ainda neste sábado, às 23h (horário de Brasília).

“Farei um discurso à nação às 22h, na Casa Branca, sobre nossa bem-sucedida operação militar no Irã. Este é um MOMENTO HISTÓRICO PARA OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, ISRAEL E O MUNDO. O IRÃ DEVE AGORA CONCORDAR EM ACABAR COM ESTA GUERRA. OBRIGADO!”, escreveu Trump em outra publicação no Truth Social.

A última publicação de Trump foi compartilhando um comentário que dizia “FORDOW SE FOI”.

CNN

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Geral

Fátima Bezerra se coloca à disposição de Paulinho Freire para apoiar ações em Natal em decorrência das chuvas

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), afirmou neste sábado (21) na rede social X, que o Governo do Estado está ‘total disponibilidade’ para cooperar com a Prefeitura de Natal nas ações decorrentes das fortes chuvas que caem a capital do RN nos últimos dias.

Na publicação em seu perfil na rede social X, Fátima informou que manteve contato direto com o prefeito de Natal Paulinho Freire. “Estamos em contato direto desde terça-feira, quando colocamos toda a estrutura do Estado à disposição”, escreveu a governadora. “Através da Defesa Civil estadual e do Corpo de Bombeiros, estamos em contato permanente com a Defesa Civil municipal”, completou.

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EUA enviam para o Pacífico bombardeiros capazes de destruir fortaleza nuclear no Irã

Bombardeiro B-2 dos EUA em voo por local não revelado — Foto: USAF / AFP

Bombardeiros B-2, capazes de transportar as únicas bombas existentes que, segundo estimativas de Israel, poderiam destruir a instalação nuclear fortificada de Fordow, no Irã, decolaram da Base Aérea de Whiteman, no Missouri, na manhã deste sábado, em direção à estratégica Base Naval de Guam, no Oceano Pacífico, de acordo com dados de voo visíveis e gravações de comunicação do controle de tráfego aéreo dos Estados Unidos.

Os bombardeiros teriam sido acompanhados por quatro aeronaves de reabastecimento Boeing KC-46 Pegasus. Duas delas já realizaram o reabastecimento das aeronaves B-2 sobre o Oceano Pacífico, de acordo com relatos da emissora pública israelense KAN. As outras estão cerca de 75 quilômetros atrás delas. Mais duas aeronaves de reabastecimento decolaram do norte de São Francisco e estão se dirigindo para o norte, acrescentou a reportagem. O próximo ponto de reabastecimento seria no Havaí.

Os bombardeiros furtivos B-2, de fabricação americana, são os únicos capazes de transportar uma “bunker buster”, uma bomba de quase 14 toneladas projetada para destruir bunkers subterrâneos profundos ou armas bem enterradas em instalações altamente protegidas. Acredita-se que ela seja a única arma lançada por via aérea com alguma chance de destruir Fordow, a instalação nuclear mais fortemente protegida do Irã, construída no interior de uma montanha para protegê-la de ataques.

Instalação nuclear de Fordow, no Irã — Foto: Editoria de Arte / O Globo
Instalação nuclear de Fordow, no Irã — Foto: Editoria de Arte / O Globo

A bomba tem um revestimento de aço muito mais espesso e contém uma quantidade menor de explosivos do que bombas de uso geral de tamanho semelhante. As carcaças pesadas permitem que a munição permaneça intacta ao atravessar solo, rocha ou concreto antes de detonar.

Atacar Fordow é central para qualquer esforço de destruir a capacidade do Irã de produzir armas nucleares. Mas a avaliação predominante é que Israel não consegue destruir Fordow sozinho — os EUA bloquearam o fornecimento da bunker buster ao seu aliado e, embora as forças israelenses tenham caças, não desenvolveram bombardeiros pesados capazes de transportar essa arma.

— Temos essa política há muito tempo de não fornecer essas armas a Israel porque não queríamos que eles as usassem — disse o general Joseph Votel, que comandava o Comando Central dos EUA durante o primeiro mandato de Trump, acrescentando que os EUA veem a bunker buster principalmente como um elemento de dissuasão, um ativo de segurança nacional exclusivo, mas que, se disponibilizado, poderia incentivar Israel a iniciar uma guerra com o Irã.

O Irã construiu a instalação de centrífugas em Fordow ciente de que precisava enterrá-la profundamente para evitar ataques. Em 1981, usando caças F-15 e F-16, Israel bombardeou uma instalação nuclear perto de Bagdá como parte de seu esforço para impedir que o Iraque adquirisse armas nucleares. Aquela instalação era acima do solo.

— Os iranianos entenderam plenamente que os israelenses tentariam se infiltrar em seus programas e, por isso, construíram Fordow dentro de uma montanha há muito tempo, para lidar com o problema pós-Iraque [apresentado pelo ataque de 1981] — explicou Vali Nasr, especialista em Irã e professor da Universidade Johns Hopkins.

Ao longo dos anos, os israelenses elaboraram diversos planos para atacar Fordow na ausência das bunker busters fornecidas pelos EUA. Um desses planos, apresentado a altos funcionários do governo de Barack Obama, envolvia helicópteros israelenses com comandos a bordo voando até o local. Os comandos então lutariam para entrar na instalação, instalariam explosivos e a destruiriam, segundo ex-funcionários dos EUA.

Israel montou com sucesso uma operação semelhante na Síria no ano passado, quando destruiu uma instalação de produção de mísseis do Hezbollah. Mas Fordow seria uma empreitada muito mais perigosa, segundo militares.

O Globo

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Após dois acidentes em uma semana, Ministério do Turismo diz que vai reunir entidades para avançar em regulamentação de voos com balão

Bombeiro de SC no local onde caiu o balão me Praia Grande, litoral sul de SC. | Foto: CBMSC/Divulgação

O Ministério do Turismo afirmou neste sábado (21), em nota, que deve se reunir na próxima semana com entidades ligadas ao balonismo turístico para discutir uma regulamentação específica para a atividade no Brasil.

Neste sábado, um balão tripulado que levava 21 pessoas a bordo despencou do céu em Praia Grande (SC) após pegar fogo. Oito pessoas morreram e 13 sobreviveram.

De acordo com as autoridades, o acidente teria sido causado por um maçarico que estava no cesto da estrutura, que pegou fogo em pleno voo.

Em nota, o Ministério do Turismo lamentou o acidente e afirmou que desde o início do ano tem trabalhado em parceria com o Sebrae e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para regulamentar o balonismo para fins turísticos no país.

Segundo a pasta, a proposta é criar uma regulamentação específica e clara para a operação de voos de balão em atividades turísticas, com o objetivo de garantir a segurança dos praticantes e estimular o desenvolvimento do setor.

Atividade de risco

Segundo a Anac, o balonismo é reconhecido como uma atividade desportiva, considerado de alto risco e “ocorre por conta e risco dos envolvidos”.

A agência também afirmou que as aeronaves registradas para esse tipo de prática não são certificadas e não possuem garantia de aeronavegabilidade.

Além disso, não há uma habilitação técnica específica emitida pela Anac para operação de balões. A responsabilidade pela segurança da atividade é dos praticantes e operadores.

Acidente no interior de SP

No domingo (15), um acidente com balão causou a morte de uma passageira e deixou 11 pessoas feridas em Capela do Alto (SP).

Segundo a Polícia Militar, no domingo, o balão transportava 35 passageiros e havia saído de Boituva. O balão chegou a bater duas vezes contra o solo antes de cair e parar de vez. Testemunhas contaram que essas colisões provocaram a queda de quatro pessoas do balão.

Os feridos foram levados para o pronto-socorro de Capela do Alto e para o Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), mas receberam alta.

A mulher morta foi identificada como Juliana Alves Prado Pereira, de 27 anos. Ela estava no passeio com o marido, Leandro de Aquino Pereira, com quem comemorava o Dia dos Namorados. A vítima era psicóloga e natural de Pouso Alegre (MG).

g1

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“Agora o presidente do BC é de vocês”, diz Rogério Marinho ao criticar silêncio do governo federal sobre mais uma alta nos juros

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O líder da bancada de oposição no Congresso Nacional, o senador norteriograndense Rogério Marinho (PL), estranha o silêncio do governo federal em relação a alta da taxa de básica de juros da economia do país, a chamada Taxa Selic, que saiu de 14,75% para 15% na quarta-feira (18), por decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Mas Rogério Marinho destacou o fato de que o atual presidente do BC, Gabriel Galípolo, empossado no cargo em janeiro de 2025 em substituição a Roberto Campos Neto, foi indicado e nomeado pelo presidente Lula (PT). “O nome do presidente do Banco Central é Galípolo, repita comigo, Galípolo, indicado por Lula. Hoje os juros que são cobrados, estratosféricos, foram definidos por Galípolo e pela maioria dos indicados do presidente Lula”, ironizou o senador, nas redes sociais, ao cobrar posicionamentos do líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) e da ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da presidência da República, a deputada federal licenciada Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Rogério Marinho mencionou que Campos passou dois anos na presidência do BC e era tido por Lula e PT como culpado pela escalada de alta da Taxa Selic: “Não foi ele, com essa política fiscal absolutamente irresponsável, que impediu que nós tivéssemos a trajetória descendente dos juros, isso inibe o investimento no Brasil. Isso gera insegurança para quem é empreendedor ou quem financia o governo brasileiro através da compra dos títulos de dívida pública”.

Marinho alertou que “isso gera problema na nossa questão do câmbio”, mas o presidente Lula “ Ele foi dizer, recentemente, que o brasileiro não come dólar. Para Marinho, “ele (presidente) não entende, talvez, que a gente compra produtos importantes que são insumos, tanto alimentares como para a nossa indústria, em dólar”.

O deputado federal General Girão também criticou a postura do governo Lula, que nada disse sobre a Selic ter deixado ao mesmo nível de 2006, justamente no último ano do seu primeiro mandato presidencial: “O PT não tem mais Roberto Campos para culpar, e mesmo assim o governo segue perdendo a guerra para a inflação”.

Girão completou, dizendo que “a política econômica do governo Lula se mostra ineficaz e quem paga a conta é o povo”.

Da base de Lula, a deputada federal Natália Bonavides chegou a se manifestar nas redes sociais, considerando “um absurdo e inaceitável” a elevação da Selic. “É urgente uma guinada nessa política que só beneficia quem especula, e não quem produz. O presidente do BC precisa mudar de postura diante das pressões do capital financeiro, não há nenhuma teoria econômica que justifique isso como razoável”.

O ex-presidente do BC, Campos Neto, quebrou o silêncio após a autoridade monetária elevar os juros ao patamar de 15%, a maior taxa em 20 anos. “Eu poderia falar: ‘Viu? Me criticaram tanto e agora a taxa está maior’. Mas minha honestidade intelectual não me deixa embarcar nessa. Eu teria feito a mesma coisa”, disse.

“Acho que o ganho de credibilidade frente ao custo monetário era claramente favorável a este último ajuste, dada a necessidade de reverter as expectativas desancoradas”, relatou Campos Neto.Durante o seu mandato à frente do BC, que começou em 2019 e acabou no começo do ano, Campos Neto elevou a Selic de 2% para 13,75%, em um dos maiores ciclos de alta dos juros da história recente do Brasil.

Ao justificar a alta da Selic. O Copom considerou que “o ambiente externo mantém-se adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de suas políticas comercial e fiscal e de seus respectivos efeitos”.

Além disso, segundo nota do BC, “o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos também têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes em ambiente de acirramento da tensão geopolítica”.

Tribuna do Norte

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Continuidade das fortes chuvas que atingem Natal faz prefeitura suspender São João deste sábado (21)

Foto: Reprodução/Prefeitura de Natal

Diante da continuidade das fortes chuvas que atingem a cidade, a Fundação Capitania das Artes e Secretaria Municipal de Cultura informaram em nota o cancelamento da programação do São João de Natal deste sábado, 21 de junho, no polo Zona Oeste.

A medida também atende recomendações do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil Municipal, em razão da segurança do público e dos profissionais envolvidos no evento.

A programação do domingo (22) será reavaliada de acordo com o monitoramento das precipitações que ocorrerem na capital potiguar.

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VÍDEO: Novas imagens mostram pessoas pulando do balão antes da queda em SC

Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram pessoas pulando do balão que caiu em neste sábado (21) em Praia Grande (SC). Ao menos 8 pessoas morreram no acidente.

Imagens obtidas pelo portal Porto Alegre 24h mostram a aeronave com boa parte da estrutura em chamas após parte dos tripulantes pularem. Nas imagens, duas pessoas aparecem penduradas pelas laterais do cesto. Ambas acabam caindo de uma altura significativa, momentos antes de todo o balão colapsar.

Imagens impressionantes mostram o exato momento em que o acidente envolvendo um balão aconteceu. Ao menos oito pessoas morreram após a queda do balão, que pegou fogo no ar e caiu sobre um posto de saúde em Praia Grande, no sul de Santa Catarina, na manhã deste sábado (21).

Ao todo, o veículo transportava 21 pessoas. Já na decolagem, o balão mostrou dificuldades em operar. Momentos depois, já no ar, testemunhas afirmam que um incêndio começou no interior do cesto. Segundo o piloto, as chamas foram causadas pelo maçarico reserva do balão.

Diante do fogo, o piloto realiza uma manobra para diminuir a altitude até chegar próximo ao solo, quando ele orienta os passageiros a pularem. Ele e 12 pessoas deixaram o balão e foram socorridas.

Com 8 pessoas ainda dentro do cesto, a aeronave ganha altitude e o fogo continua tomando conta da estrutura.

A cidade de Praia Grande fica em uma região com formações rochosas e cânions que atraem turistas para os voos.  O voo foi realizado pela empresa Sobrevoar, que estava habilitada. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) disse que está adotando as “providências necessárias para a averiguação da situação da aeronave e da tripulação”.

Poder 360

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Instabilidade no litoral do RN pode provocar chuvas mais intensas nas próximas horas, alerta EMPARN

Imagem: reprodução/Emparn
A Unidade Instrumental de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) identificou neste sábado (21), por meio da análise de imagens de satélite, a formação de uma instabilidade no litoral do estado. A condição pode provocar chuvas mais fortes ao longo do dia, dependendo da tendência dos ventos.
Segundo o meteorologista Gilmar Bristot, da EMPARN, as temperaturas elevadas do oceano, acima dos 28 °C, registradas próximas ao litoral do Rio Grande do Norte e da Paraíba contribuem para a intensificação das chuvas. A previsão indica a continuidade das precipitações durante o sábado, com possibilidade de pancadas mais intensas desde o litoral Sul até a região próxima ao município de Touros, no litoral Nordeste.
Nas últimas 24 horas, a capital potiguar, Natal, registrou volume acumulado de pouco mais de 66 milímetros de chuva.
Via Certa Natal

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Geral

Maçarico causou incêndio em balão que caiu em SC, diz piloto; 8 pessoas morreram e 13 sobreviveram

Foto: reprodução

A trágica queda de um balão em Praia Grande, no sul de Santa Catarina, na manhã deste sábado (21), resultou em oito mortes e deixou 13 sobreviventes. O incêndio teve início com uma chama no interior do cesto, segundo relatos do piloto.

O balão, que pegou fogo no ar e caiu ao lado de um posto de saúde, transportava cerca de 21 pessoas. A informação foi divulgada por Tiago Lemos, agente da Polícia Civil de Santa Catarina.

De acordo com o piloto, um dos sobreviventes, a chama iniciou-se de um equipamento maçarico auxiliar que estava dentro do cesto e serve para iniciar a chama do balão principal. Ao perceber o incêndio no cesto, o piloto tentou baixar o balão e, já próximo ao solo, ordenou que os passageiros pulassem.

Relatos dão conta de que o aumento das chamas fez com que o balão subisse novamente devido à diminuição do peso, resultando na queda fatal daqueles que não conseguiram pular. Há ainda a busca por uma possível 22ª pessoa, um embarque de última hora.

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, manifestou-se sobre a tragédia, afirmando que o estado está de luto e prestando apoio às famílias.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também expressou solidariedade e colocou o Governo Federal à disposição para auxiliar no resgate e atendimento.

O ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, relatou que faria o mesmo passeio, mas não encontrou vagas.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Quem ousa voar nessas geringonças, sabe o risco que tá correndo, nessa história não tem ninguém inocente.

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