Diversos

Brasileiros estudam drogas psicodélicas para tratar depressão e dependência química, administradas em ambientes clínicos e com supervisão

Foto: BBC News Brasil

“Sou hoje (semanas depois da primeira experiência) um homem mais desamarrado, sobretudo bem mais livre de mim mesmo […] Livrei-me de algumas túnicas da minha fantasia, quase todas depressivas. Despertei certa manhã de domingo, muito mais curioso do universo e muito menos angustiado pela catástrofe humana. Existir ficou um pouco menos difícil.”

O trecho acima é parte de uma série de crônicas em que o escritor Paulo Mendes Campos (1922-1991), um dos mais importantes nomes da literatura brasileira, relatou suas experiências com o LSD (dietilamida do ácido lisérgico), uma substância psicodélica hoje proibida.

Em 1962, quando participou dos testes, a droga estava sendo explorada e pesquisada pela ciência e pela medicina. Poucos anos depois, o LSD e outras substâncias psicotrópicas foram proibidas e criminalizadas praticamente no mundo todo, interrompendo os estudos científicos sobre o potencial dessas drogas.

Nos últimos anos, no entanto, as pesquisas com as drogas psicotrópicas, também chamadas simplesmente de “psicodélicos”, renasceram como uma possibilidade de tratamento eficaz para patologias que têm se mostrado difíceis de tratar: depressão, ansiedade, dependência química, transtorno de estresse pós-traumático, entre outras. E, mais uma vez, cientistas brasileiros estão na vanguarda dos estudos nessa área.

Médicos, psiquiatras, neurocientistas, psicólogos e terapeutas do país estão pesquisando os efeitos positivos de substâncias sintéticas, como LSD e MDMA, mas também algumas que têm origem na natureza, como ibogaína, psilocibina e ayahuasca.

Nas últimas semanas, a BBC New Brasil conversou com alguns deles para entender o que vem sendo estudado, qual o potencial dos psicodélicos e como eles podem ser usados por pacientes e médicos brasileiros.

MDMA e estresse pós-traumático

Um dos pesquisadores é o neurocientista Eduardo Schenberg, diretor do Instituto Phaneros. Neste ano, ele publicou um estudo sobre uso psiquiátrico de MDMA (metilenodioximetanfetamina), em parceria com uma entidade americana que também pesquisa essas drogas.

O neurocientista Eduardo Schenberg fez um estudo clínico com MDMA. Foto: BBC News Brasil

No mercado ilegal de drogas, o MDMA já teve dezenas de apelidos, como ecstasy e molly, e é usado principalmente por jovens em festas e baladas — também é conhecido como “a droga do amor”, por sua capacidade de gerar empatia.

No tráfico, as substâncias são produzidas sem controle de qualidade: já foram apreendidas centenas de tipos diferentes de ecstasy, grande parte deles sem nenhuma molécula de MDMA.

Já o composto puro, sem acréscimo de elementos que podem fazer mal à saúde, é considerado seguro e não causa grandes efeitos colaterais — no máximo, dor de cabeça e no maxilar, náusea, inquietude e uma angústia temporária.

No ensaio, Schenberg utilizou a droga em três pacientes diagnosticados com transtorno de estresse pós-traumático (Tept), cujo gatilho, em geral, são experiências de violência extrema, como abuso sexual, tiroteios, sequestros, morte repentina na família e, hoje, até a covid-19.

“O transtorno causa um medo paralisante: a pessoa tem pesadelos recorrentes, ataques de pânico, palpitações, desespero, raiva. Para lidar com isso, ela reprime as emoções, pois não consegue falar sobre o trauma. Algumas vivem num estado de anestesiamento, sem propósito. Esse transtorno tem uma taxa alta de suicídios”, diz o neurocientista.

Os três pacientes passaram por uma terapia assistida por drogas psicodélicas de quatro meses. Foram 15 consultas de 90 minutos cada uma, sob supervisão de dois terapeutas, mas em apenas três delas houve uso de MDMA, com quantidade escalonada. Nessas consultas, o paciente ouve música e é estimulado a ficar introspectivo, em contato com seus sentimentos e memórias. Mas ele também pode dialogar com os terapeutas sobre o que está sentindo.

Dois dos participantes ficaram curados do transtorno, segundo o pesquisador. O terceiro melhorou muito, mas ainda precisa continuar se tratando. “Os resultados no Brasil foram espetaculares, muito parecidos com o que vem sendo observado no exterior. As estatísticas mostram que dois terços dos pacientes saem do tratamento curados”, diz.

Nesse contexto, o MDMA surge como uma possibilidade efetiva de melhorar o transtorno. Hoje, a medicação tradicional consegue tratar apenas sintomas secundários, como ansiedade, depressão e insônia. Já a terapia com MDMA propõe justamente o contrário: ela busca curar o trauma em si.

Mas como ela pode fazer isso?

“O MDMA não causa visões alucinatórias, como outros psicodélicos. Muita gente nem o considera parte dessa classe. Ele funciona como uma espécie de turbo neuroquímico, induzindo a produção de serotonina e dopamina, noradrenalina. No cérebro, ele estimula os neurônios a liberar mais neurotransmissores”, explica Schenberg.

“Basicamente, ele acelera o raciocínio e intensifica as emoções. Quem usa consegue enxergar com muita clareza seus problemas afetivos e suas próprias emoções. A droga tem o poder de reduzir o medo que o paciente de Tept sente o tempo todo, aumentando a capacidade de uma análise profunda do trauma e de outros problemas pessoais”, diz.

Recentemente, os ótimos resultados de pesquisas realizadas nos Estados Unidos fizeram a FDA (autoridade americana de saúde e medicamentos) a permitir uma expansão das pesquisas de tratamentos com ecstasy para transtorno de estresse pós-traumático.

Ayahuasca para depressão

Outro psicodélico em estudo no Brasil é a famosa ayahuasca, um chá produzido com várias plantas originárias da Amazônia e historicamente utilizada em rituais indígenas. No país, a substância também é conhecida por ser o elemento sacramental de algumas religiões, como o Santo Daime e a União do Vegetal — e por causa do uso religioso, ela é não é proibida.

A ayahuasca é rica em DMT (dimetiltriptamina), um poderoso psicoativo. Estudos em universidades brasileiras têm apontado efeitos positivos da substância em tratamentos de depressão crônica e dependência química.

Segundo Dráulio Barros de Araújo, professor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, um dos focos de pesquisa tenta compreender os efeitos da ayahuasca no corpo, como as imagens psicodélicas são representadas no cérebro e quais são as bases neurais da introspecção e da autoanálise de emoções, processo relatado pelos usuários durante o efeito da substância.

Outro caminho é mais terapêutico. “Estamos avaliando os efeitos antidepressivos da ayahuasca fora do contexto religioso. Nosso grupo é o único no mundo a fazer ensaios clínicos com ayahuasca dentro do hospital com pacientes com depressão resistente ao tratamento”, diz Araújo, que comanda uma das equipes pioneiras nos estudos do composto.

Mas de onde vem esse efeito antidepressivo?

Pesquisadores brasileiros avaliaram o sistema imunológico de dois grupos de pacientes com depressão. Uma das turmas tomou ayahuasca, e outra ingeriu um placebo que simulava apenas os efeitos colaterais da droga, como vômitos.

“Hoje, já se sabe que pacientes com depressão apresentam um aumento de marcadores de inflamação, como a proteína C-reativa. Inclusive, há teorias que falam que a depressão é uma doença do sistema imunológico. Depois da sessão, percebemos que os pacientes que beberam ayahuasca diminuíram a concentração da proteína C-reativa, o que não aconteceu com quem recebeu o placebo”, explica Araújo.

Mas há outro ponto importante. Pessoas com depressão normalmente apresentam alteração de uma proteína chamada “fator neurotrófico derivado do cérebro” (BDNF, na sigla em inglês). Esse marcador químico está conectado à neuroplasticidade, ou seja, à capacidade do sistema neural de promover novas sinapses.

“Vimos que pacientes que apresentavam alteração do BDNF tiveram uma melhora para níveis normais depois de tomarem ayahuasca. Além disso, trabalhos de bioquímica molecular no Brasil apontaram que os componentes da ayahuasca podem aumentar os processos de neuroplasticidade, que em pacientes com depressão tendem a se reduzir”, explica Araújo.

Segundo ele, o psicodélico também tem outros resultados mais sutis, como uma tendência de afastar pensamentos repetitivos. “Uma característica comum da depressão são os pensamentos negativos e ruminativos, ou seja, a pessoa sempre volta para eles sem conseguir sair. Aparentemente, a ayahuasca promove uma mudança desse padrão”, diz.

Araújo, entretanto, não enxerga um futuro uso hospitalar da substância, principalmente por causa de seus efeitos colaterais, como náuseas e vômitos. “Acredito mais em um uso clínico da psilocibina, outro psicodélico que tem demonstrado potencial para tratamento de depressão grave”, diz.

A psilocibina é um composto presente em cogumelos alucinógenos. Foto: BBC News Brasil

Psilocibina e dependência química

A psilocibina, substância alucinógena presente em alguns cogumelos, é outro psicodélico em estudo, principalmente nos Estados Unidos. No Brasil, há pesquisas sobre possíveis tratamentos contra depressão e dependência de drogas, como álcool, cigarro e crack.

Um dos estudiosos à frente desse campo é Renato Filev, pesquisador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que também já trabalhou com cannabis e ayahuasca.

Ele explica que, como acontece com outros psicodélicos, a terapia com psilocibina tem potencial de mudar comportamentos repetitivos e problemáticos. “No exterior já há diversos estudos apontando a eficácia de psilocibina nesse tratamento, mas queremos testá-la no Brasil, pois o vício também é um fenômeno social e local”, explica Filev, que está em processo de importação do composto para iniciar sua pesquisa.

Segundo ele, os psicodélicos atuam numa região do córtex relacionada a uma série de sincronizações do ritmo cerebral. Quando o composto “bate” no cérebro, ele dessincroniza esse ritmo, fazendo-o atuar em modo extraordinário.

“Essas mudanças criam condições para uma análise profunda do eu e do sentido de individualidade. Essa experiência muda a forma como o paciente enxerga sua personalidade, seus comportamentos e suas emoções. Quando você está sob esse efeito, acaba aceitando uma segunda opinião sobre você mesmo, algo que não aceitava antes”, afirma.

Nesse sentido, as experiências têm mostrado que, em muitos casos, pessoas que eram dependentes de drogas acabaram perdendo a vontade de usá-las novamente depois de sessões terapêuticas com psilocibina. Mas Filev pondera: “Não é um milagre. Essa interrupção do uso problemático pode ocorrer, mas também pode não acontecer. Por isso as pesquisas científicas são tão importantes. Precisamos responder: ‘por que isso funciona com alguns e com outros não?'”

Ibogaína e abuso de drogas

No campo do tratamento de dependência, algumas clínicas no Brasil já utilizam legalmente uma substância psicodélica, a ibogaína.

Princípio ativo da raiz africana iboga, a substância não é proibida no país, ao contrário do MDMA, psilocibina e LSD — que só podem ser utilizados pela ciência. Mas seu uso também não está regulamentado. Esse limbo jurídico permite que a ibogaína seja manipulada no tratamento de dependência de outras drogas.

Anúncios de clínicas na internet prometem curar o vício do paciente (em álcool ou drogas) com apenas uma sessão de psicoterapia com a substância, procedimento que chega a custar R$ 8 mil.

Um trabalho da Unifesp, comandado pelo cientista Dartiu Xavier da Silveira, analisou o tratamento com ibogaína em 75 pacientes com dependência química. Um ano depois, 72% deles tinham parado de usar drogas.

Assim como outros psicodélicos, não se sabe exatamente como a ibogaína age no cérebro. Mas experimentos já mostraram que ela promove a produção de um hormônio chamado GDNF, que por sua vez estimula um equilíbrio de neurotransmissores.

Os efeitos visuais, bastante intensos e mais fortes que os do LSD, são semelhantes aos de um sonho e por isso são chamados de “onirofrênicos” — e duram de 12 a 15 horas.

“As pessoas normalmente têm muitas visões, lembranças, como se estivessem sonhando acordadas. E quanto maior o efeito psicodélico e místico, maior também será o efeito terapêutico”, explica o psicólogo e pesquisador Bruno Ramos Gomes, que trabalha com pacientes de ibogaína em seu doutorado na Universidade de Campinas (Unicamp).

Ele explica que psicodélicos causam um efeito chamado de afterglow, uma sensação de bem-estar que persiste mesmo após as experiências visuais e físicas já terem passado. “Em algumas substâncias, como o LSD, o afterglow dura poucos dias. No caso da ibogaína, ele pode ser sentido por meses. Alguns pacientes contam que nunca mais foram os mesmos depois da sessão, e que não sentem mais aquela fissura pela droga que eram dependentes”, diz Gomes.

Por outro lado, há relatos de que a ingestão de altas doses de ibogaína tenha causado mortes no exterior, embora o procedimento adequado e controlado por profissionais de saúde não apresente riscos à vida, segundo cientistas. No Brasil, há informação de que um paciente morreu em 2016 depois de beber a substância — ele teria sofrido um ataque cardíaco em uma clínica na cidade de Paulínia, interior de São Paulo.

Recentemente, o uso de ibogaína tem desagradado comunidades terapêuticas ligadas a igrejas. Essas instituições oferecem tratamentos baseados principalmente em abstinência do consumo de entorpecentes, espiritualidade e isolamento. Muitas delas são financiadas pelo poder público, mantendo pacientes internados por meses e até anos.

Em agosto, após reclamação de instituições religiosas, a Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas (Senapred) publicou uma nota técnica alertando para riscos do uso de ibogaína, como “alteração da consciência, morte súbita e problemas cardiovasculares”. Segundo a pasta do governo Jair Bolsonaro, “não há evidências científicas robustas” que comprovem a eficácia do tratamento.

Para Bruno Ramos Gomes, da Unicamp, embora estudos com a droga ainda estejam em andamento, a controvérsia opõe duas visões distintas sobre cuidados com a dependência química. “Enquanto clínicas de ibogaína falam em cura, as comunidades terapêuticas dizem que não existe cura, e que o tratamento deve ser constante”, explica.

Para psiquiatra Luís Fernando Tófoli, a grande indústria farmacêutica não demonstra interesse na venda de psicodélicos por que estes ‘não dão muito retorno financeiro’. Foto: BBC News Brasil

Qual o futuro dos psicodélicos no Brasil?

Enquanto as pesquisas avançam, já é possível vislumbrar possíveis usos medicinais para as drogas psicodélicas no Brasil.

Cientistas acreditam que elas podem ser administradas em psicoterapia, dentro de ambientes clínicos e com supervisão de médicos e outros profissionais de saúde — para isso, mais pesquisas terão de feitas para que esses procedimentos sejam aprovados pela Anvisa.

“Eles não serão remédios que o médico receita, o paciente compra na farmácia e toma em casa”, explica o médico Luís Fernando Tófoli, professor de Psiquiatria da Unicamp, e que já participou de estudos com LSD e ayahuasca.

Dráulio Barros de Araújo, do Instituto do Cérebro, concorda. “Esse uso deve acontecer como ocorre com anestésicos potentes: dentro do contexto hospitalar e sob supervisão médica”, diz.

Já Renato Filev, da Unifesp, acredita que as terapias deveriam ocorrer em ambientes acolhedores. “O indivíduo deve ficar confortável, deitado, em um local que não seja estéril como os hospitais”, afirma.

Para Tófoli, “Eles não dão muito retorno financeiro para as empresas, porque são usados poucas vezes durante um tratamento. Não acho que a grande indústria vá financiar esse setor, mas também não enxergo nenhum movimento para impedi-lo”, diz.

“Também acredito que esses tratamentos não serão massificados, porque usar psicodélico não é uma coisa fácil nem é indicado para todas as pessoas. E também não é todo mundo que está disposto a passar por essa experiência”, explica o psiquiatra.

Repressão da ditadura

A história das pesquisas científicas com psicodélicos no Brasil não começou agora. Os primeiros experimentos são dos anos 1950, e seguiram uma tendência mundial.

Os efeitos do ácido lisérgico foram descobertos em 1943 pelo químico suíço Albert Hofmann, que trabalhava na empresa farmacêutica Sandoz. A companhia, interessada nas possíveis utilidades do composto, enviava doses de LSD a praticamente qualquer pesquisador que quisesse se aventurar.

“O LSD chegou ao Brasil pela via medicinal. É difícil dizer exatamente quando isso ocorreu, mas há referências a estudos feitos já em 1952”, explica o jornalista e historiador Júlio Delmanto, autor do livro História Social do LSD no Brasil (Editora Elefante). A obra relata as primeiras pesquisas com o ácido lisérgico no país, seu uso pioneiro por artistas e por adeptos da contracultura, além do início da repressão policial, a partir da década de 1970.

“Os médicos brasileiros leram pesquisas do exterior, se interessaram pela substância e conseguiram lotes da Sandoz para testar aqui. Eles inicialmente usavam em si mesmos e, depois, fizeram experimentos com outras pessoas, principalmente artistas”, diz Delmanto.

Segundo ele, as primeiras pesquisas com LSD foram feitas por profissionais de diferentes correntes ideológicas. “Na época, não havia esse estigma contra a substância. Ela atraiu médicos ligados à esquerda, mas também pesquisadores de direita, alguns deles ligados à ditadura militar e a instituições manicomiais”, diz Delmanto.

Mas o LSD e outros psicodélicos foram proibidos no país em meio ao endurecimento da ditadura militar e também ao aumento da repressão às drogas por parte do governo dos Estados Unidos, que associou negativamente o LSD e outros entorpecentes aos movimentos contrários ao presidente Richard Nixon e à guerra do Vietnã.

Os alucinógenos foram importantes para a contracultura e para os hippies, que viam neles uma forma de expandir a consciência, a criatividade e o bem-estar. A proibição, além de criminalizar usuários, traficantes e cientistas, interrompeu as pesquisas por mais de 50 anos.

Curiosamente, um novo decreto sobre drogas no Brasil foi assinado 13 dias depois da promulgação do AI-5, em dezembro de 1968. A nova lei punia com prisão o uso ou a venda de qualquer substância que causasse “dependência química e psíquica”, mas não deixava claro quais drogas se enquadravam neste conceito — ou seja, em tese, beber álcool e fumar cigarro poderia dar prisão na ditadura, embora isso não acontecesse na prática.

Essa controvérsia norteou o primeiro processo criminal por tráfico de LSD no Brasil, de 1970, que foi analisado por Júlio Delmanto em seu livro. A defesa dos acusados — um grupo formado por artistas e estudantes — argumentou que a lei não citava o LSD como causador de dependência (e, de fato, não há provas científicas de que isso ocorra).

Mesmo assim, o juiz Geraldo Gomes condenou os réus, principalmente com base em preceitos morais. “Na sentença, ele criticou mulheres que frequentavam festas à noite e até um dos rapazes do grupo que ‘não morava com os pais’. O juiz estava imbuído de mostrar quais eram os valores morais da sociedade, dando um recado de classe, raça e geração”.

Anos antes da proibição, em 1962, ninguém era preso por usar LSD. O escritor Paulo Mendes Campos foi um dos primeiros brasileiros a participar de experimentos com a droga. Em uma entrevista posterior ao jornal O Pasquim, ele relatou como foram suas viagens lisérgicas:

“Minha experiência foi esplêndida. […] um curso de madureza de autoanálise, me conheci muito melhor. Durante uns dois ou três anos eu me senti com uma segurança muito maior, e vi profundidades minhas horrendas que me levaram a me conhecer melhor. Isso alterou muito a minha vida.”

BBC Brasil

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Religião

VÍDEO: Cia. Atos Populares apresenta espetáculo na Paróquia de Jesus Bom Pastor

 

A Paróquia de Jesus Bom Pastor, localizada no bairro Bom Pastor, recebeu a apresentação do espetáculo da Cia. Atos Populares, reunindo fiéis e comunidade em um momento de arte, cultura e reflexão.

O espetáculo contou com direção geral e atuação de Vinicius Fortunato, dramaturgia e música original de Danilo Guanais, além da direção de movimento e coreografia assinadas por André Rosa.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Moraes chegou a ligar seis vezes para Galípolo em um dia, diz jornal

Foto: Adriano Machado

Na tentativa de saber sobre o andamento da operação de compra do Banco Master, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), chegou a ligar seis vezes em um mesmo dia para o presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, segundo informações do Estadão.

Ainda de acordo com o jornal, além dessa série de telefonemas, o ministro teria conversado com Galípolo sobre o tema em, ao menos, outras quatro ocasiões — tendo sido uma delas um encontro presencial.

O Estadão obteve as informações com pessoas do meio jurídico e do mercado financeiro que ouviram relatos das conversas.

A notícia de que Moraes teria procurado Galípolo para interceder pelo Banco Master foi veiculada inicialmente pelo jornal O Globo no início da semana.

Na terça-feira (23), o ministro se manifestou pela primeira vez sobre o caso. Pela manhã, Moraes divulgou uma nota em que afirmava que a reunião que teve com o presidente do Banco Central foi para discutir as consequências da aplicação da Lei Magnitsky contra ele. O ministro não citou o Master nesse comunicado.

Pouco depois, o BC também divulgou uma nota confirmando que manteve reuniões com o ministro do STF para tratar dos efeitos da aplicação da Magnitsky.​

Já à noite, Moraes emitiu um novo comunicado dizendo que “inexistiu qualquer ligação telefônica entre ambos, para esse ou qualquer outro assunto”.

Segundo o magistrado, a primeira reunião com o presidente do BC aconteceu em 14 de agosto, após ser sancionado pelo governo dos Estados Unidos com a aplicação da lei Magnitsky, em 30 de julho. A segunda aconteceu em 30 de setembro, após a medida ter sido aplicada contra sua esposa, em 22 de setembro.

“Em nenhuma das reuniões foi tratado qualquer assunto ou realizada qualquer pressão referente a aquisição do BRB pelo Banco Master”, afirmou. A nota diz ainda que “o escritório de advocacia de sua esposa jamais atuou na operação de aquisição BRB-Master perante o Banco Central”.

Em setembro, o BC vetou a compra do Banco Master pelo BRB, citando ausência de documentos que comprovassem a “viabilidade econômico-financeira”. Dois meses depois, o dono do Master, Daniel Vorcaro, foi preso pela PF (Polícia Federal) e é investigado por fraudes contra o sistema financeiro.

O jornal O Globo revelou ainda que o escritório de advocacia da esposa de Moraes tinha um contrato de R$ 129 milhões com o Banco Master, prevendo pagamentos mensais de R$ 3,6 milhões entre 2024 e 2027.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Religião

VÍDEO: Dom João Cardoso grava mensagem especial de Natal para os fiéis

Dom João Cardoso gravou uma mensagem especial de Natal dirigida a todo o povo de Deus. No vídeo, o bispo compartilha palavras de fé, esperança e renovação espiritual, convidando os fiéis a viverem o verdadeiro sentido do Natal, marcado pelo amor, pela fraternidade e pela presença de Cristo.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Bolsonaro é transferido da PF e internado em hospital para cirurgia

Foto: Reprodução 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu por vota das 9h30 desta quarta-feira (24) da Superintendência da PF (Polícia Federal) e foi transferido para o hospital DF Star, onde será internado para exames preparatórios de uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral, prevista para ser realizada amanhã (25). Esta é a primeira vez que Bolsonaro deixa a prisão.

Conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o deslocamento foi feito sob escolta e Bolsonaro entrou no hospital pela garagem. Cerca de 12 motocicletas da Polícia Militar pararam o trânsito do trajeto enquanto o comboio com o ex-presidente passava.

Durante toda a estadia, Bolsonaro permanecerá sob custódia, com vigilância 24 horas por dia. Ao menos dois policiais federais ficarão posicionados na porta do quarto, além de equipes dentro e fora do hospital.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tem passe-livre. Poderá acompanhar toda a internação e cirurgia, podendo inclusive passar a ceia de Natal com Bolsonaro nesta noite. Outras visitas precisam ser pedidas a Moraes, incluindo a de seus filhos.

No quarto do hospital, estão proibidos aparelhos eletrônicos e celulares de qualquer tipo que não seja equipamento médico. A Polícia Federal fará a fiscalização.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Médico de Bolsonaro diz que cirurgia do ex-presidente deve durar de 3 a 4 horas

Foto: Reuters

A cirurgia à qual o ex-presidente Jair Bolsonaro será submetido na quinta-feira, 25, no Natal, é “padronizada, com menor risco de complicações”, afirmou ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o cirurgião-geral Claudio Birolini, que acompanha o ex-presidente.

Segundo Birolini, o procedimento, uma herniorrafia inguinal, deve durar de três a quatro horas.

O médico ponderou que “toda cirurgia é complexa”, mas disse que essa deve ser muito mais simples em comparação à operação realizada em abril, que demandou cerca de 12 horas. “É muito mais simples por se tratar de um procedimento padronizado e realizado de forma eletiva. A outra foi uma cirurgia não regrada, em uma situação de emergência no que chamamos de um ‘abdome hostil’”, disse.

Na terça-feira, 23, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a internação de Bolsonaro no Hospital DF Star, em Brasília, para a realização do procedimento.

O ex-presidente deve deixar a Polícia Federal pela manhã nesta quarta. O procedimento deve ser feito na manhã seguinte.

Segundo pessoas ligadas ao ex-presidente, o preparo pré-operatório deve ocorrer ainda nesta quarta.

Ainda não há definição sobre o horário do bloqueio anestésico do nervo frênico.

InfoMoney

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Cidades

Natal: cidade celebra 426 anos de história e protagonismo no Brasil

Foto: Magnus Nascimento 

Conhecida como cidade do Sol e rodeada por belas paisagens, Natal completa 426 anos nesta quinta-feira (25). Mais que palco dos acontecimentos que moldaram a identidade potiguar, a capital exerceu protagonismo em períodos decisivos da história mundial. Desde a sua fundação, em 25 de dezembro de 1599, até os dias atuais, as memórias da cidade encontram em monumentos, relatos e livros, um espaço para resistir.

O historiador Bruce Lee aponta que a fundação de Natal foi resultado de um processo extenso de conflitos e negociações, incluindo o fracasso da primeira tentativa de colonização portuguesa. Isso porque ocorreu uma forte resistência dos potiguares que controlavam o litoral, além de uma atuação constante de piratas e corsários franceses aliados aos indígenas no comércio do pau-brasil.

“Um personagem central nesse processo foi Jerônimo de Albuquerque Maranhão, colonizador mestiço, filho de português com indígena, o que lhe permitiu compreender melhor a cultura e a política dos povos nativos. Ele atuou como mediador, negociando uma aliança com parte dos potiguares que haviam resistido por décadas à ocupação lusa”, compartilha o historiador.

De acordo com Bruce Lee, a aliança enfraqueceu a presença dos franceses e possibilitou a construção do Forte dos Reis Magos, em 1598, na entrada do rio Potengi. A cidade de Natal, por sua vez, foi fundada em 25 de dezembro de 1599. “Assim, a resistência potiguar não foi um obstáculo secundário, mas o elemento central que moldou o ritmo, a forma e o sentido da fundação de Natal”, destaca.

Ao longo dos seus 426 anos, o historiador chama atenção para o fato de que a identidade cultural e social de Natal foi moldada por diversos acontecimentos decisivos. É o caso da invasão e o domínio holandês no século 17, a Insurreição Pernambucana de 1817 que impulsionou a relevância política da capital, e a atuação da Sociedade Libertadora Norte-Rio-Grandense na segunda metade do século 19.

Tribuna do Norte

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Órgãos públicos estaduais terão mudança em expedientes devido a feriados de fim de ano

Foto: Sandro Menezes

O Governo do Rio Grande do Norte havia publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), do último dia 13, o decreto nº 35.177 colocando como ponto facultativo para os servidores públicos estaduais o dia 26 de dezembro. Nesta segunda-feira (22), o decreto nº 35.209, inseriu também os dias 2 e 5 de janeiro como expedientes facultativos para os órgãos da administração direta e indireta, além de autarquias e fundações estaduais.

Apesar da suspensão do expediente regular, os decretos determinam que os dirigentes dos órgãos e entidades adotem as providências necessárias para garantir o funcionamento dos serviços essenciais nas áreas de saúde, segurança pública e outros considerados indispensáveis à população, que deverão funcionar em regime de plantão ou escala.

Confira abaixo os horários de atendimentos dos serviços do Executivo Estadual em razão dos feriados nacionais dos dias 25 e 1 de janeiro de 2026 e dos pontos facultativos (26 de dezembro, 2 e 5 de janeiro).

DETRAN

Todas as unidades do Detran/RN funcionarão até as 13h no dia 24 (quarta), e estarão fechadas nos dias 25 (quinta) e 26 de dezembro (sexta-feira). O atendimento normal será retomado na segunda-feira (29).

HEMONORTE

Abre dias 24 e 31 das 7h às 12h; dias 26 e 27 das 7h às 18h e fecha nos dias 25 e 1º de janeiro.

O hemocentro de Mossoró funcionará no dia 24 até 12h. No dia 26 funciona normalmente de 7:00 às 18:00, sendo ponto facultativo nos setores administrativos. No Dia 31 funcionará até 12:00. Fecha dias 25 e 1º de janeiro.

Espaço Partage

Fecha dias 24, 25, 27, 31 e 1º de janeiro.

Abre dia 26 de 8h30 às 11h30 e das 13h às 17h.

UNICAT

24/12 aberta das 7h às 13h;

26 e 27, das 7h às 18h

25, 31/12 e 01/01/26 – fechado

EDUCAÇÃO

As escolas públicas estaduais não terão funcionamento nos feriados do dia 25 e 26 de dezembro e nem no feriado de 1º de janeiro de 2026.

CAERN

Terá atendimento presencial nos dias 24 e 31 até 13h45. Nos dias 25, 26 e 1⁰ os escritórios estarão fechados.

Os canais de atendimento continuarão funcionando 24h, sendo eles o teleatendimento 115, o app Caern Mobile, a Agência Virtual em www.caern.com.br ou pelo WhatsApp (84) 98118-8400. Equipes de plantão estarão atuando para serviços de operação e manutenção. Já o atendimento presencial nos escritórios será retomado na quinta-feira (2).

RESTAURANTE POPULAR

Dia 24 têm funcionamento normal. Fecham dia 25. No dia 26, devido ao ponto facultativo estadual, as unidades localizadas em campus da UERN – Mossoró (UERN), Patu e Centro Administrativo de Natal fecham. As demais funcionam normalmente.

CEASA

O funcionamento para o público consumidor será normal, tanto no dia 24 quanto no dia 31, das 3h às 13h. Já no dia 25 e 1 de janeiro de 2025, estará fechada. No dia 26 (ponto facultativo) também funcionará normalmente.

IPEM/RN

Todas as unidades funcionarão das 07h às 13h nos dias 24 e 31. Nos dias 25, 26 e 1°, 2 e 5 de janeiro o órgão estará fechado.

IGARN

Funcionará nos dias 24 e 31, das 8h às 12h. Nos dias 25, 1º e 5 de janeiro está fechado.

SINE

No dia 24 o funcionamento é reduzido até 12h. Nos dias 25 e 26 em razão do feriado e ponto facultativo estará fechado.

CULTURA

Cidade da Criança, fecha de 22/12 a 26/12 (segunda a sexta) e de 29/12 a 02/01 (segunda a sexta) e estará aberto ao público nos dias 27/12 e 28/12 (sábado e domingo) e 03/01 e 04/01 (sábado e domingo).

Pinacoteca e a Fundação José Augusto fecham dia 25 de dezembro, abrindo no dia 26 normalmente e fecham no dia 1º de janeiro de 2026.

Forte dos Reis Magos funciona com o seguinte expediente: dia 24/12, das 8h as 13h e fecha dia 25. Abre dia 31/12 das 8h as 13h e fecha dia 1º de janeiro.

Secult e Museu da Rampa fecham dia 25 e 1º de janeiro. Dia 26 o Museu funciona em horário normal, a Secult não funciona. No dia 31 ambos funcionarão somente até às 14h.

A Secult não funciona no dia 2. O museu abrirá normalmente.

PARQUE DAS DUNAS E CAJUEIRO DE PIRANGI

O Parque das Dunas, em Natal, e o Parque Estadual Mata da Pipa, em Tibau do Sul, terão horário reduzido nos dias 24 e 31 de dezembro, funcionando das 8h às 12h. Já nos dias 25 de dezembro e 1º de janeiro de 2026, ambas as unidades estarão fechadas para visitação.

No Cajueiro de Pirangi, localizado em Parnamirim, o funcionamento será normal ao longo do período, com exceção dos dias 25 de dezembro e 1º de janeiro de 2026, quando o equipamento estará aberto em horário especial, das 10h às 17h30.

Em observância ao Decreto nº 34.300 do Governo do Estado, a sede administrativa do Idema e a Central de Atendimento, em Natal, funcionarão até as 13h nos dias 24 e 31 de dezembro.

Novo Notícias 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Fruticultura domina exportações do RN à Europa e responde por quase 74% do total

Foto: Adriano Abreu

A fruticultura potiguar foi responsável por quase três quartos das exportações do Rio Grande do Norte para a União Europeia entre janeiro e novembro de 2025. No período, o setor movimentou US$ 153,9 milhões, o equivalente a 73,7% dos US$ 275 milhões exportados pelo estado ao bloco europeu, segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Melões, melancias, mamões, mangas e bananas lideram a pauta.

O desempenho garantiu ao RN um superávit expressivo de US$ 140,3 milhões na balança comercial com a UE e reforça o papel estratégico do agronegócio na economia estadual. Além das frutas, também aparecem na lista de exportações produtos como óleos combustíveis, querosene de aviação, minérios de tungstênio e granito, mostrando uma base produtiva diversificada, ainda que fortemente ancorada no agro.

Para o secretário de Agricultura, Guilherme Saldanha, o estado vive um momento histórico. Ele afirma que o RN é hoje o maior exportador de frutas do Brasil e projeta que o setor feche o ano próximo dos US$ 200 milhões em vendas externas. “Isso tem impacto direto na geração de emprego e renda e na atração de investimentos, especialmente em polos como o Baixo-Açu”, destacou.

Já o presidente do Coex-RN, Fábio Queiroga, atribui os números à qualidade da produção e ao bom momento da safra. Ele lembra que o setor superou gargalos da pandemia e agora vive plena capacidade de exportação, especialmente para a Europa, enquanto o mercado americano segue afetado por barreiras tarifárias. “A expectativa é fechar 2025 com chave de ouro e preparar um 2026 ainda mais promissor”, disse.

Apesar dos resultados, o presidente da Faern, José Álvares Vieira, faz um alerta. Segundo ele, o setor opera no limite, pressionado por custos elevados, exigências sanitárias rigorosas e problemas logísticos. “Sem políticas públicas que garantam crédito, infraestrutura e segurança jurídica, o RN corre o risco de perder competitividade em um mercado global cada vez mais exigente”, afirmou.

Com informações da Tribuna do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mundo

Papa lamenta recusa da Rússia a cessar-fogo de Natal: “Grande tristeza”

Foto: Reuters/Yara Nardi

O papa Leão XIV afirmou nesta terça-feira (23) que recebeu com “grande tristeza” a recusa da Rússia em aceitar um cessar-fogo de Natal na guerra contra a Ucrânia. A declaração foi dada a jornalistas do lado de fora de sua residência em Castel Gandolfo, na Itália, e reforça o apelo do Vaticano por ao menos uma pausa humanitária no conflito.

“Entre as coisas que mais me entristecem está o fato de que, aparentemente, a Rússia recusou um pedido de cessar-fogo”, disse o pontífice, que voltou a pedir respeito ao dia de Natal como um momento de paz. Segundo ele, mesmo uma trégua de 24 horas já teria um valor simbólico e humanitário diante da escalada de violência.

Leão XIV, o primeiro papa americano da história, fez um novo apelo “às pessoas de boa vontade” para que o Natal seja respeitado em todo o mundo. “Talvez nos ouçam e haja pelo menos um dia de paz”, afirmou, destacando o papel moral e espiritual da data cristã.

A guerra na Ucrânia se arrasta desde fevereiro de 2022, quando a Rússia iniciou a invasão em larga escala e passou a ocupar cerca de 20% do território ucraniano. Moscou anexou quatro regiões do país vizinho e mantém ofensivas no leste, enquanto Kiev intensifica ataques contra alvos estratégicos dentro da Rússia.

Apesar de ambos os lados negarem ataques deliberados a civis, o conflito já deixou milhares de mortos e feridos. Estimativas dos Estados Unidos apontam que cerca de 1,2 milhão de pessoas foram mortas ou feridas desde o início da guerra, em um cenário que segue sem perspectivas concretas de cessar-fogo.

Com informações da CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Fim de ano deve lotar rodoviária de Natal, com alta de 22% no fluxo de passageiros

Foto: Adriano Abreu

A movimentação no Terminal Rodoviário de Natal deve crescer 22% até o fim do ano em comparação com 2024. A estimativa da Socicam, administradora do espaço, aponta cerca de 17,5 mil embarques entre esta terça-feira (23) e o dia 28 de dezembro, impulsionados pelas viagens típicas do período natalino.

Para atender à demanda, a frota já foi reforçada com 83 veículos extras. Entre os destinos mais procurados dentro do Rio Grande do Norte estão Pipa, Mossoró, Caicó e Areia Branca. Já nas viagens interestaduais, Fortaleza, Recife, Caruaru e Salvador lideram a procura.

No transporte intermunicipal, a expectativa é ainda mais elevada. A Transpasse calcula que cerca de 14 mil pessoas embarquem ou desembarquem em Natal entre os dias 23 e 24, número superior ao projetado inicialmente. Segundo a entidade, o crescimento foi estimado com base no fluxo registrado no fim de ano passado.

Mossoró, Caicó e Pau dos Ferros seguem como os principais destinos, mas cidades serranas e litorâneas também apresentam aumento na demanda. Ao todo, 22 ônibus extras foram disponibilizados para as linhas intermunicipais, além do reforço do transporte alternativo.

De acordo com a Transpasse, o fluxo interno no estado supera o das viagens para outros estados neste período. A expectativa é de nova ampliação da frota para o Réveillon, diante da tendência de aumento ainda maior na procura por passagens.

Com informações da Tribuna do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *