Diversos

Brasileiros estudam drogas psicodélicas para tratar depressão e dependência química, administradas em ambientes clínicos e com supervisão

Foto: BBC News Brasil

“Sou hoje (semanas depois da primeira experiência) um homem mais desamarrado, sobretudo bem mais livre de mim mesmo […] Livrei-me de algumas túnicas da minha fantasia, quase todas depressivas. Despertei certa manhã de domingo, muito mais curioso do universo e muito menos angustiado pela catástrofe humana. Existir ficou um pouco menos difícil.”

O trecho acima é parte de uma série de crônicas em que o escritor Paulo Mendes Campos (1922-1991), um dos mais importantes nomes da literatura brasileira, relatou suas experiências com o LSD (dietilamida do ácido lisérgico), uma substância psicodélica hoje proibida.

Em 1962, quando participou dos testes, a droga estava sendo explorada e pesquisada pela ciência e pela medicina. Poucos anos depois, o LSD e outras substâncias psicotrópicas foram proibidas e criminalizadas praticamente no mundo todo, interrompendo os estudos científicos sobre o potencial dessas drogas.

Nos últimos anos, no entanto, as pesquisas com as drogas psicotrópicas, também chamadas simplesmente de “psicodélicos”, renasceram como uma possibilidade de tratamento eficaz para patologias que têm se mostrado difíceis de tratar: depressão, ansiedade, dependência química, transtorno de estresse pós-traumático, entre outras. E, mais uma vez, cientistas brasileiros estão na vanguarda dos estudos nessa área.

Médicos, psiquiatras, neurocientistas, psicólogos e terapeutas do país estão pesquisando os efeitos positivos de substâncias sintéticas, como LSD e MDMA, mas também algumas que têm origem na natureza, como ibogaína, psilocibina e ayahuasca.

Nas últimas semanas, a BBC New Brasil conversou com alguns deles para entender o que vem sendo estudado, qual o potencial dos psicodélicos e como eles podem ser usados por pacientes e médicos brasileiros.

MDMA e estresse pós-traumático

Um dos pesquisadores é o neurocientista Eduardo Schenberg, diretor do Instituto Phaneros. Neste ano, ele publicou um estudo sobre uso psiquiátrico de MDMA (metilenodioximetanfetamina), em parceria com uma entidade americana que também pesquisa essas drogas.

O neurocientista Eduardo Schenberg fez um estudo clínico com MDMA. Foto: BBC News Brasil

No mercado ilegal de drogas, o MDMA já teve dezenas de apelidos, como ecstasy e molly, e é usado principalmente por jovens em festas e baladas — também é conhecido como “a droga do amor”, por sua capacidade de gerar empatia.

No tráfico, as substâncias são produzidas sem controle de qualidade: já foram apreendidas centenas de tipos diferentes de ecstasy, grande parte deles sem nenhuma molécula de MDMA.

Já o composto puro, sem acréscimo de elementos que podem fazer mal à saúde, é considerado seguro e não causa grandes efeitos colaterais — no máximo, dor de cabeça e no maxilar, náusea, inquietude e uma angústia temporária.

No ensaio, Schenberg utilizou a droga em três pacientes diagnosticados com transtorno de estresse pós-traumático (Tept), cujo gatilho, em geral, são experiências de violência extrema, como abuso sexual, tiroteios, sequestros, morte repentina na família e, hoje, até a covid-19.

“O transtorno causa um medo paralisante: a pessoa tem pesadelos recorrentes, ataques de pânico, palpitações, desespero, raiva. Para lidar com isso, ela reprime as emoções, pois não consegue falar sobre o trauma. Algumas vivem num estado de anestesiamento, sem propósito. Esse transtorno tem uma taxa alta de suicídios”, diz o neurocientista.

Os três pacientes passaram por uma terapia assistida por drogas psicodélicas de quatro meses. Foram 15 consultas de 90 minutos cada uma, sob supervisão de dois terapeutas, mas em apenas três delas houve uso de MDMA, com quantidade escalonada. Nessas consultas, o paciente ouve música e é estimulado a ficar introspectivo, em contato com seus sentimentos e memórias. Mas ele também pode dialogar com os terapeutas sobre o que está sentindo.

Dois dos participantes ficaram curados do transtorno, segundo o pesquisador. O terceiro melhorou muito, mas ainda precisa continuar se tratando. “Os resultados no Brasil foram espetaculares, muito parecidos com o que vem sendo observado no exterior. As estatísticas mostram que dois terços dos pacientes saem do tratamento curados”, diz.

Nesse contexto, o MDMA surge como uma possibilidade efetiva de melhorar o transtorno. Hoje, a medicação tradicional consegue tratar apenas sintomas secundários, como ansiedade, depressão e insônia. Já a terapia com MDMA propõe justamente o contrário: ela busca curar o trauma em si.

Mas como ela pode fazer isso?

“O MDMA não causa visões alucinatórias, como outros psicodélicos. Muita gente nem o considera parte dessa classe. Ele funciona como uma espécie de turbo neuroquímico, induzindo a produção de serotonina e dopamina, noradrenalina. No cérebro, ele estimula os neurônios a liberar mais neurotransmissores”, explica Schenberg.

“Basicamente, ele acelera o raciocínio e intensifica as emoções. Quem usa consegue enxergar com muita clareza seus problemas afetivos e suas próprias emoções. A droga tem o poder de reduzir o medo que o paciente de Tept sente o tempo todo, aumentando a capacidade de uma análise profunda do trauma e de outros problemas pessoais”, diz.

Recentemente, os ótimos resultados de pesquisas realizadas nos Estados Unidos fizeram a FDA (autoridade americana de saúde e medicamentos) a permitir uma expansão das pesquisas de tratamentos com ecstasy para transtorno de estresse pós-traumático.

Ayahuasca para depressão

Outro psicodélico em estudo no Brasil é a famosa ayahuasca, um chá produzido com várias plantas originárias da Amazônia e historicamente utilizada em rituais indígenas. No país, a substância também é conhecida por ser o elemento sacramental de algumas religiões, como o Santo Daime e a União do Vegetal — e por causa do uso religioso, ela é não é proibida.

A ayahuasca é rica em DMT (dimetiltriptamina), um poderoso psicoativo. Estudos em universidades brasileiras têm apontado efeitos positivos da substância em tratamentos de depressão crônica e dependência química.

Segundo Dráulio Barros de Araújo, professor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, um dos focos de pesquisa tenta compreender os efeitos da ayahuasca no corpo, como as imagens psicodélicas são representadas no cérebro e quais são as bases neurais da introspecção e da autoanálise de emoções, processo relatado pelos usuários durante o efeito da substância.

Outro caminho é mais terapêutico. “Estamos avaliando os efeitos antidepressivos da ayahuasca fora do contexto religioso. Nosso grupo é o único no mundo a fazer ensaios clínicos com ayahuasca dentro do hospital com pacientes com depressão resistente ao tratamento”, diz Araújo, que comanda uma das equipes pioneiras nos estudos do composto.

Mas de onde vem esse efeito antidepressivo?

Pesquisadores brasileiros avaliaram o sistema imunológico de dois grupos de pacientes com depressão. Uma das turmas tomou ayahuasca, e outra ingeriu um placebo que simulava apenas os efeitos colaterais da droga, como vômitos.

“Hoje, já se sabe que pacientes com depressão apresentam um aumento de marcadores de inflamação, como a proteína C-reativa. Inclusive, há teorias que falam que a depressão é uma doença do sistema imunológico. Depois da sessão, percebemos que os pacientes que beberam ayahuasca diminuíram a concentração da proteína C-reativa, o que não aconteceu com quem recebeu o placebo”, explica Araújo.

Mas há outro ponto importante. Pessoas com depressão normalmente apresentam alteração de uma proteína chamada “fator neurotrófico derivado do cérebro” (BDNF, na sigla em inglês). Esse marcador químico está conectado à neuroplasticidade, ou seja, à capacidade do sistema neural de promover novas sinapses.

“Vimos que pacientes que apresentavam alteração do BDNF tiveram uma melhora para níveis normais depois de tomarem ayahuasca. Além disso, trabalhos de bioquímica molecular no Brasil apontaram que os componentes da ayahuasca podem aumentar os processos de neuroplasticidade, que em pacientes com depressão tendem a se reduzir”, explica Araújo.

Segundo ele, o psicodélico também tem outros resultados mais sutis, como uma tendência de afastar pensamentos repetitivos. “Uma característica comum da depressão são os pensamentos negativos e ruminativos, ou seja, a pessoa sempre volta para eles sem conseguir sair. Aparentemente, a ayahuasca promove uma mudança desse padrão”, diz.

Araújo, entretanto, não enxerga um futuro uso hospitalar da substância, principalmente por causa de seus efeitos colaterais, como náuseas e vômitos. “Acredito mais em um uso clínico da psilocibina, outro psicodélico que tem demonstrado potencial para tratamento de depressão grave”, diz.

A psilocibina é um composto presente em cogumelos alucinógenos. Foto: BBC News Brasil

Psilocibina e dependência química

A psilocibina, substância alucinógena presente em alguns cogumelos, é outro psicodélico em estudo, principalmente nos Estados Unidos. No Brasil, há pesquisas sobre possíveis tratamentos contra depressão e dependência de drogas, como álcool, cigarro e crack.

Um dos estudiosos à frente desse campo é Renato Filev, pesquisador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que também já trabalhou com cannabis e ayahuasca.

Ele explica que, como acontece com outros psicodélicos, a terapia com psilocibina tem potencial de mudar comportamentos repetitivos e problemáticos. “No exterior já há diversos estudos apontando a eficácia de psilocibina nesse tratamento, mas queremos testá-la no Brasil, pois o vício também é um fenômeno social e local”, explica Filev, que está em processo de importação do composto para iniciar sua pesquisa.

Segundo ele, os psicodélicos atuam numa região do córtex relacionada a uma série de sincronizações do ritmo cerebral. Quando o composto “bate” no cérebro, ele dessincroniza esse ritmo, fazendo-o atuar em modo extraordinário.

“Essas mudanças criam condições para uma análise profunda do eu e do sentido de individualidade. Essa experiência muda a forma como o paciente enxerga sua personalidade, seus comportamentos e suas emoções. Quando você está sob esse efeito, acaba aceitando uma segunda opinião sobre você mesmo, algo que não aceitava antes”, afirma.

Nesse sentido, as experiências têm mostrado que, em muitos casos, pessoas que eram dependentes de drogas acabaram perdendo a vontade de usá-las novamente depois de sessões terapêuticas com psilocibina. Mas Filev pondera: “Não é um milagre. Essa interrupção do uso problemático pode ocorrer, mas também pode não acontecer. Por isso as pesquisas científicas são tão importantes. Precisamos responder: ‘por que isso funciona com alguns e com outros não?'”

Ibogaína e abuso de drogas

No campo do tratamento de dependência, algumas clínicas no Brasil já utilizam legalmente uma substância psicodélica, a ibogaína.

Princípio ativo da raiz africana iboga, a substância não é proibida no país, ao contrário do MDMA, psilocibina e LSD — que só podem ser utilizados pela ciência. Mas seu uso também não está regulamentado. Esse limbo jurídico permite que a ibogaína seja manipulada no tratamento de dependência de outras drogas.

Anúncios de clínicas na internet prometem curar o vício do paciente (em álcool ou drogas) com apenas uma sessão de psicoterapia com a substância, procedimento que chega a custar R$ 8 mil.

Um trabalho da Unifesp, comandado pelo cientista Dartiu Xavier da Silveira, analisou o tratamento com ibogaína em 75 pacientes com dependência química. Um ano depois, 72% deles tinham parado de usar drogas.

Assim como outros psicodélicos, não se sabe exatamente como a ibogaína age no cérebro. Mas experimentos já mostraram que ela promove a produção de um hormônio chamado GDNF, que por sua vez estimula um equilíbrio de neurotransmissores.

Os efeitos visuais, bastante intensos e mais fortes que os do LSD, são semelhantes aos de um sonho e por isso são chamados de “onirofrênicos” — e duram de 12 a 15 horas.

“As pessoas normalmente têm muitas visões, lembranças, como se estivessem sonhando acordadas. E quanto maior o efeito psicodélico e místico, maior também será o efeito terapêutico”, explica o psicólogo e pesquisador Bruno Ramos Gomes, que trabalha com pacientes de ibogaína em seu doutorado na Universidade de Campinas (Unicamp).

Ele explica que psicodélicos causam um efeito chamado de afterglow, uma sensação de bem-estar que persiste mesmo após as experiências visuais e físicas já terem passado. “Em algumas substâncias, como o LSD, o afterglow dura poucos dias. No caso da ibogaína, ele pode ser sentido por meses. Alguns pacientes contam que nunca mais foram os mesmos depois da sessão, e que não sentem mais aquela fissura pela droga que eram dependentes”, diz Gomes.

Por outro lado, há relatos de que a ingestão de altas doses de ibogaína tenha causado mortes no exterior, embora o procedimento adequado e controlado por profissionais de saúde não apresente riscos à vida, segundo cientistas. No Brasil, há informação de que um paciente morreu em 2016 depois de beber a substância — ele teria sofrido um ataque cardíaco em uma clínica na cidade de Paulínia, interior de São Paulo.

Recentemente, o uso de ibogaína tem desagradado comunidades terapêuticas ligadas a igrejas. Essas instituições oferecem tratamentos baseados principalmente em abstinência do consumo de entorpecentes, espiritualidade e isolamento. Muitas delas são financiadas pelo poder público, mantendo pacientes internados por meses e até anos.

Em agosto, após reclamação de instituições religiosas, a Secretaria Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas (Senapred) publicou uma nota técnica alertando para riscos do uso de ibogaína, como “alteração da consciência, morte súbita e problemas cardiovasculares”. Segundo a pasta do governo Jair Bolsonaro, “não há evidências científicas robustas” que comprovem a eficácia do tratamento.

Para Bruno Ramos Gomes, da Unicamp, embora estudos com a droga ainda estejam em andamento, a controvérsia opõe duas visões distintas sobre cuidados com a dependência química. “Enquanto clínicas de ibogaína falam em cura, as comunidades terapêuticas dizem que não existe cura, e que o tratamento deve ser constante”, explica.

Para psiquiatra Luís Fernando Tófoli, a grande indústria farmacêutica não demonstra interesse na venda de psicodélicos por que estes ‘não dão muito retorno financeiro’. Foto: BBC News Brasil

Qual o futuro dos psicodélicos no Brasil?

Enquanto as pesquisas avançam, já é possível vislumbrar possíveis usos medicinais para as drogas psicodélicas no Brasil.

Cientistas acreditam que elas podem ser administradas em psicoterapia, dentro de ambientes clínicos e com supervisão de médicos e outros profissionais de saúde — para isso, mais pesquisas terão de feitas para que esses procedimentos sejam aprovados pela Anvisa.

“Eles não serão remédios que o médico receita, o paciente compra na farmácia e toma em casa”, explica o médico Luís Fernando Tófoli, professor de Psiquiatria da Unicamp, e que já participou de estudos com LSD e ayahuasca.

Dráulio Barros de Araújo, do Instituto do Cérebro, concorda. “Esse uso deve acontecer como ocorre com anestésicos potentes: dentro do contexto hospitalar e sob supervisão médica”, diz.

Já Renato Filev, da Unifesp, acredita que as terapias deveriam ocorrer em ambientes acolhedores. “O indivíduo deve ficar confortável, deitado, em um local que não seja estéril como os hospitais”, afirma.

Para Tófoli, “Eles não dão muito retorno financeiro para as empresas, porque são usados poucas vezes durante um tratamento. Não acho que a grande indústria vá financiar esse setor, mas também não enxergo nenhum movimento para impedi-lo”, diz.

“Também acredito que esses tratamentos não serão massificados, porque usar psicodélico não é uma coisa fácil nem é indicado para todas as pessoas. E também não é todo mundo que está disposto a passar por essa experiência”, explica o psiquiatra.

Repressão da ditadura

A história das pesquisas científicas com psicodélicos no Brasil não começou agora. Os primeiros experimentos são dos anos 1950, e seguiram uma tendência mundial.

Os efeitos do ácido lisérgico foram descobertos em 1943 pelo químico suíço Albert Hofmann, que trabalhava na empresa farmacêutica Sandoz. A companhia, interessada nas possíveis utilidades do composto, enviava doses de LSD a praticamente qualquer pesquisador que quisesse se aventurar.

“O LSD chegou ao Brasil pela via medicinal. É difícil dizer exatamente quando isso ocorreu, mas há referências a estudos feitos já em 1952”, explica o jornalista e historiador Júlio Delmanto, autor do livro História Social do LSD no Brasil (Editora Elefante). A obra relata as primeiras pesquisas com o ácido lisérgico no país, seu uso pioneiro por artistas e por adeptos da contracultura, além do início da repressão policial, a partir da década de 1970.

“Os médicos brasileiros leram pesquisas do exterior, se interessaram pela substância e conseguiram lotes da Sandoz para testar aqui. Eles inicialmente usavam em si mesmos e, depois, fizeram experimentos com outras pessoas, principalmente artistas”, diz Delmanto.

Segundo ele, as primeiras pesquisas com LSD foram feitas por profissionais de diferentes correntes ideológicas. “Na época, não havia esse estigma contra a substância. Ela atraiu médicos ligados à esquerda, mas também pesquisadores de direita, alguns deles ligados à ditadura militar e a instituições manicomiais”, diz Delmanto.

Mas o LSD e outros psicodélicos foram proibidos no país em meio ao endurecimento da ditadura militar e também ao aumento da repressão às drogas por parte do governo dos Estados Unidos, que associou negativamente o LSD e outros entorpecentes aos movimentos contrários ao presidente Richard Nixon e à guerra do Vietnã.

Os alucinógenos foram importantes para a contracultura e para os hippies, que viam neles uma forma de expandir a consciência, a criatividade e o bem-estar. A proibição, além de criminalizar usuários, traficantes e cientistas, interrompeu as pesquisas por mais de 50 anos.

Curiosamente, um novo decreto sobre drogas no Brasil foi assinado 13 dias depois da promulgação do AI-5, em dezembro de 1968. A nova lei punia com prisão o uso ou a venda de qualquer substância que causasse “dependência química e psíquica”, mas não deixava claro quais drogas se enquadravam neste conceito — ou seja, em tese, beber álcool e fumar cigarro poderia dar prisão na ditadura, embora isso não acontecesse na prática.

Essa controvérsia norteou o primeiro processo criminal por tráfico de LSD no Brasil, de 1970, que foi analisado por Júlio Delmanto em seu livro. A defesa dos acusados — um grupo formado por artistas e estudantes — argumentou que a lei não citava o LSD como causador de dependência (e, de fato, não há provas científicas de que isso ocorra).

Mesmo assim, o juiz Geraldo Gomes condenou os réus, principalmente com base em preceitos morais. “Na sentença, ele criticou mulheres que frequentavam festas à noite e até um dos rapazes do grupo que ‘não morava com os pais’. O juiz estava imbuído de mostrar quais eram os valores morais da sociedade, dando um recado de classe, raça e geração”.

Anos antes da proibição, em 1962, ninguém era preso por usar LSD. O escritor Paulo Mendes Campos foi um dos primeiros brasileiros a participar de experimentos com a droga. Em uma entrevista posterior ao jornal O Pasquim, ele relatou como foram suas viagens lisérgicas:

“Minha experiência foi esplêndida. […] um curso de madureza de autoanálise, me conheci muito melhor. Durante uns dois ou três anos eu me senti com uma segurança muito maior, e vi profundidades minhas horrendas que me levaram a me conhecer melhor. Isso alterou muito a minha vida.”

BBC Brasil

Opinião dos leitores

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Brasil

Senado aprova PL da Dosimetria e projeto vai à sanção

Foto: Jonas Pereira

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (17), por 48 votos a 25, o PL da Dosimetria. O projeto reduz penas de condenados pelo 8 de janeiro e da trama golpista julgada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), entres eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O projeto segue agora para a sanção presidencial.

Os senadores aprovaram o texto do relator, senador Esperidião Amin (PP-SC). Na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), o relator acatou emenda do senador Sergio Moro (União-PR) para restringir a redução da pena em regime fechado em relação aos crimes contra o Estado Democrático de Direito.

Na prática, a proposta deve beneficiar pessoas além das que participaram do 8 de janeiro, incluindo os condenados por atos contra a democracia, como é o caso dos réus investigados pelo plano de golpe após as eleições de 2022.

Senadores na CCJ e no plenário, no entanto, divergiram sobre a classificação da emenda. Em votação simbólica, a maioria da comissão considerou a mudança de redação.

Antes da análise no plenário, o PL da Dosimetria foi aprovado por 17 votos a 7 na CCJ, em reunião que durou quase cinco horas de reunião e chegou a ser suspensa após pedido de vista (mais tempo para análise).

Cálculo de pena

A proposta trata da redução do cálculo das penas e, para isso, o texto lista condições e fixa porcentagens mínimas para o cumprimento da pena e progressão de regime. Também determina que a remição da pena pode ser compatível com a prisão domiciliar.

O projeto altera a Lei de Execução Penal, estabelecendo novas condições e percentuais mínimos para progressão de regime. Pela regra em vigor, a transferência para um regime menos rigoroso ocorre após o cumprimento de 16% da pena, desde que o crime não tenha sido cometido com violência ou grave ameaça.

A proposta prevê a possibilidade de progressão após o cumprimento de um sexto da pena, com percentuais maiores aplicados a crimes hediondos, feminicídios, constituição de milícia e reincidência.

Em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro, se a pessoa for condenada por “exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado, deverá ser cumprido ao menos 50%” da pena.

Esse seria o caso de Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Isso porque, para a definição da pena, foi considerado o agravante de liderança de organização criminosa.

A base governista orientou contrária ao projeto. Na CCJ, o líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA), afirmou ter buscado um “acordo de procedimento”, e não de mérito, com a oposição para o texto ir ao voto nesta quarta e não ser adiado para o próximo ano. Ele afirmou que iniciativa foi sua e não contou com o aval do Planalto.

CNN

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Brasil

Em carta de Natal, jovem morto por leoa em zoo pediu amor da mãe e felicidade que nunca teve

Foto: Reprodução

Uma carta de Natal escrita pelo jovem Gerson de Melo Machado, que morreu após invadir o recinto de uma leoa em um zoológico em João Pessoa (PB), foi divulgada na terça-feira (16), pela conselheira tutelar Verônica Oliveira, que acompanhou o “Vaqueirinho de Mangabeira“, como ele era conhecido, dos 10 aos 18 anos. O jovem, que era esquizofrênico, morreu aos 19 anos.

Os pedidos feitos pelo jovem na carta “Desejo do coração”, escrita por ele aos 17 anos, tem gerado comoção nas redes sociais.

“Eu queria ter uma grande felicidade que eu nunca tive, mas, como Deus é maior, um dia irei ter. Eu queria ter visita da minha mãe para ter carinho e amor”, escreveu.

Vaqueirinho contou no texto que tinha o desejo de conquistar um emprego como policial florestal ou veterinário.

Ele também agradeceu por, à época, estar privado de liberdade e ter encontrado pessoas que o acolheram e aconselharam, como a “professora Margarete”, do CEA (Centro Educacional do Adolescente) em João Pessoa.

Segundo a conselheira tutelar, a professora citada na carta postou a foto do texto em um grupo do qual ela faz parte.

“É a última carta, do último Natal de Gerson quando ainda era adolescente”, explicou. Na ocasião, os internos do CEA foram instruídos a escreverem seus desejos em uma carta.

“Gerson não desejou nada material, não desejou nada impossível, mas parece que a vida dele foi feita de impossibilidades. Como doeu ler essa carta cheia de significados e recados. Espero que aqueles que jogaram Gerson na ‘cova dos leões’ leiam e consigam dormir”, afirmou Verônica.

Leia na íntegra da carta escrita pelo Vaqueirinho

“Desejo do coração”

Eu queria ter uma grande felicidade que eu nunca tive, mas como Deus é maior um dia irei ter. Eu queria ter visita da minha mãe para ter carinho e amor. Desejo um emprego de polícia florestal ou veterinário.

Agradeço por estar privado de liberdade e ter encontrado conselho da professora Margarete, agentes, professor Tony, diretores Luciana, Marcos da Paz, o advogado, a juíza Antonieta. Eu desejo a todos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo.

R7

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Política

Em SP, Flávio almoça com empresários e diz que aprendeu com “erros do pai”

Foto: Reprodução

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), pré-candidato à Presidência da República, se reuniu nesta quarta-feira (17), em um almoço com empresários na cidade de São Paulo.

No encontro, que durou cerca de 1h30, no Jardim Paulista, zona nobre da cidade, Flávio destacou a importância de sua candidatura, reforçando ser o “Bolsonaro mais  moderado”.

Os principais assuntos abordados pelo pré-candidato, de acordo com interlocutores, foram segurança pública e economia. O senador teria dito que aprendeu com os erros do pai e assegurou sua experiência e respeito na política e no Congresso Nacional, justificando com base em seu mandato no Senado Federal.

Na conversa, o filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro indicou que pretende anunciar um plano de governo e uma equipe com rapidez, antes mesmo da eleição que acontece no ano que vem.

Além disso, defendeu a união da direita na disputa, reforçando sua parceria com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ponto chave na conversa com os presentes, que demonstravam certa preferência pelo nome do republicano para o pleito.

Mencionando também outros governadores que já lançaram pré-candidaturas, como é o caso do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e do Paraná, Ratinho Junior (PSD), o senador teria dito que “todos eles estarão juntos”, “se não no primeiro turno, no segundo turno”, relatou à CNN uma fonte.

Apesar de uma certa resistência inicial, os empresários saíram otimistas com a pré-candidatura do senador.

Ao final do almoço, em conversa com jornalistas, Flávio enfatizou que a candidatura é “firme” e disse que a sua conduta moderada pode gerar “confiança da população”.

Essa não é a primeira vez que o pré-candidato acena ao empresariado paulista. Na semana passada deu o primeiro passo nessa aproximação com a Faria Lima para viabilizar sua candidatura efetiva.

Todos esses encontros são organizados pelo ex-secretário de Desenvolvimento Social em Social em São Paulo, Filipe Sabará.

CNN

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Brasil

14º MINISTRO A DEIXAR O GOVERNO: Entenda o que levou a saída de Celso Sabino

Foto: Roberto Castro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta quarta-feira (17), a saída de Celso Sabino (sem partido) do Ministério do Turismo. O aviso foi feito durante reunião ministerial em Brasília.

Sabino se tornou o 14º ministro a deixar o governo. Ele havia assumido o comando da pasta do Turismo em agosto de 2023, substituindo a deputada federal Daniela Carneiro (União).

Segundo apurou a CNN Brasil, a troca no Turismo visa assegurar o apoio da ala governista do União Brasil.

No último dia 8, Sabino foi expulso do União Brasil depois de ter se recusado a deixar o governo Lula após o partido romper com o Planalto, em setembro.

Apesar de marcar posição de afastamento do governo Lula, sobretudo após o anúncio da federação com o PP (Progressistas), o União Brasil tem uma ala considerada mais próxima do Planalto e que pode ser um apoio importante para as eleições de 2026 em alguns estados.

CNN

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Política

O que diz a denúncia protocolada por Eliabe contra a vereadora Brisa Bracchi

Foto: Reprodução

O vereador Subtenente Eliabe (PL) protocolou, nesta terça-feira (17), uma denúncia por quebra de decoro parlamentar contra a vereadora Brisa Bracchi (PT) na Câmara Municipal de Natal. A representação foi encaminhada ao Conselho de Ética da Casa e tem como base um episódio que teria ocorrido no dia 5 de dezembro, em Tibau do Sul.

O QUE DIZ A DENÚNCIA

A vereadora teria se envolvido em uma agressão física contra uma cidadã. O relato que consta nos autos aponta que Brisa Bracchi teria invadido o veículo da vítima pela janela do passageiro, causando arranhões nos dois braços da pessoa. Durante a confusão, os óculos da parlamentar teriam caído dentro do carro da suposta vítima e posteriormente sido levados à delegacia. Ainda de acordo com o registro, ao perceber que estava sendo filmada, a vereadora teria desferido um golpe contra o celular da vítima, provocando danos ao aparelho.

O caso está sendo apurado pela Polícia Civil e conta com exame de corpo de delito, apreensão de objetos e outros elementos documentais anexados ao processo. Para Eliabe, os fatos extrapolam o campo do debate político e exigem apuração institucional, conforme prevê o Decreto-Lei nº 201/1968 e o Regimento Interno da Câmara Municipal de Natal.

Brisa nega todas as informações que constam no boletim de ocorrência, lavrado na 103ª Delegacia de Polícia de Tibau do Sul, e ainda afirmou que foi ‘encomendado’.

Opinião dos leitores

  1. Vixe, se tem objetos pessoais dela, entao explica o pq dela estar tão preocupada. Tomara que investiguem direito.

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Política

Sou amigo de Motta e Alcolumbre e grato pelo que fizeram, diz Lula

Foto: Reprodução

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta 4ª feira (17.dez.2025) que é “amigo” dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e defendeu o diálogo com o Congresso. O petista disse ser grato pela atuação dos dois nos 3 anos do seu mandato, mas reconheceu que é necessário “aparar arestas” em momentos de divergência.

“Eu não tenho nada pessoalmente contra ninguém. Sou amigo do Hugo Motta, do Arthur Lira, do Rodrigo Pacheco, do Alcolumbre. Sou grato pelo que eles fizeram nesses 3 anos comigo e, na hora que surgir uma divergência, é importante lembrar que a gente precisa conversar mais, aparar as arestas. Estou disposto a fazer isso porque nós somos gratos por tudo que foi aprovado até agora”, afirmou.

A fala se deu durante a última reunião ministerial de 2025 com todos os ministros de Estado. O encontro, tradicional em governos petistas, será realizado na Granja do Torto, em Brasília (DF). A reunião deve durar o dia inteiro, já que é o único compromisso público marcado na agenda de Lula. É comum que esses encontros se estendam.

É a 2ª vez nesta semana que Lula minimiza os atritos recentes do governo com o Congresso. Em discurso durante a inauguração da sede da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), na 2ª feira (15.dez.2025), adotou um tom mais conciliador. “Queria dizer que eu sou muito grato a tudo que o Congresso tem feito por nós nesses 3 anos de governo”, disse na ocasião.

Poder360

Opinião dos leitores

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Esporte

Flamengo perde nos pênaltis para PSG e dá adeus ao bicampeonato mundial

Foto: Reprodução

O Flamengo perdeu nos pênaltis, por 2 a 1, na final da Copa Intercontinental 2025. Na tarde desta quarta-feira (17), no Estádio Ahmad Bin Ali, em Al Rayyan, no Catar, o Rubro-negro empatou por 1 a 1 com o Paris Saint-Germain no tempo regulamentar.

Empurrado pela forte marcação e pela posse de bola, o PSG controlou as ações desde o início. A equipe francesa chegou a balançar as redes logo aos oito minutos, após erro de recuo de Arrascaeta, mas o VAR anulou o lance ao apontar que a bola havia saído do campo antes da finalização. Mesmo assim, o time comandado por Luis Enrique seguiu pressionando, com Vitinha ditando o ritmo no meio-campo e explorando a velocidade pelos lados.

O Flamengo encontrou dificuldades para trocar passes e apostou em lançamentos longos para Bruno Henrique e Arrascaeta. Ainda assim, criou uma boa chance aos 16 minutos, quando Pulgar arriscou de fora da área, obrigando Safonov a fazer a defesa. O PSG respondeu em chegadas constantes até abrir o placar aos 37 minutos. Em jogada rápida, Doué avançou pela direita e cruzou na medida para Kvaratskhelia, que se esticou de carrinho para vencer Rossi.

Na volta do intervalo, o cenário pouco mudou nos primeiros minutos, com o PSG mantendo a posse e rondando a área rubro-negra. A virada de chave veio aos 55 minutos, quando o técnico do Flamengo promoveu a entrada de Pedro no lugar de Carrascal. A presença do camisa 9 deu mais referência ao ataque e aumentou a pressão brasileira.

Aos 14 minutos da segunda etapa, Arrascaeta invadiu a área e foi derrubado por Marquinhos. Após checagem do VAR, o árbitro assinalou pênalti. Jorginho cobrou com categoria, deslocou o goleiro e empatou a decisão, recolocando o Flamengo na briga pelo título.

Depois do gol, o Rubro-negro passou a frequentar mais o campo ofensivo, com Pedro sendo bastante acionado e incomodando a defesa francesa. O PSG ainda tentou responder em bolas paradas, mas encontrou um Flamengo mais organizado e confiante.

Aos 39, o Flamengo conseguiu um contra-ataque fulminante, que parou na finalização de Pedro desviada pelo zagueiro Marquinhos. No minuto seguinte, Plata recebeu um lançamento do goleiro Rossi, dominou, bateu na entrada da área, mas a batida saiu por cima da trave.

Nos acréscimos, o PSG teve uma grande chance após Rossi não afastar de soco, a redonda cair no pé de Dembélé, bater cruzado, e Marquinhos, com caminho aberto, errar a direção do chute dentro da pequena área.

Assim, o duelo foi para a prorrogação. O PSG teve mais domínio, mas não conseguiu finalizar com perigo contra o gol de Rossi. Em algumas jogadas, o zagueiro Léo Ortiz foi crucial para manter o empate no placar.

No segundo tempo da prorrogação, Nuno Mendes teve a melhor chance ao arriscar uma batida de fora da área e forçar um mergulho de Rossi para impedir o empate. Desse jeito, o mundial teve que ser definido nos pênaltis.

Para o Flamengo, De La Cruz converteu, mas Saúl, Pedro, Léo Pereira e Luiz Araújo perderam para o Rubro-negro. Para o PSG, Dembélé e Barcela perderam. Entretanto, converteram Vitinha e Nuno Mendes.

CNN

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VÍDEO: Brisa Bracchi ameaça processar quem noticiar sobre a denúncia de que ela teria agredido uma mulher

Em discurso na Câmara Municipal de Natal a vereadora Brisa Bracchi ameaçou processar blogs, portais e jornalistas que publicarem sobre a denúncia feita pelo vereador Subtenente Eliabe de que ela teria agredido uma mulher em Tibau do Sul.

“Eu quero falar inclusive para a impresa. Dizer para os jornalistas que pensem bem antes de publicar porque cada reportagem que sair a gente vai processar. A gente vai processar porque eu tenho provas de onde eu tava no dia do ocorrido”, afirmou Brisa.

Opinião dos leitores

  1. Ai tem…kd a liberdade de imprensa? Ela já está cometendo outro crime que é ameaça de censura. Um servidor público indo contra a transparência.

  2. Sinceramente eu não consigo entender como o ser humano sai da sua casa pra dar um voto a uma criatura dessa, não consigo, ufa ufa.

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STF tem maioria contra marco temporal para demarcação de terras indígenas

Foto: Tukuma Pataxo/Apib

O STF formou maioria nesta quarta-feira (17) para declarar inconstitucional o marco temporal para a demarcação de terras indígenas. O julgamento ocorre no plenário virtual e analisa quatro ações contra a lei aprovada pelo Congresso em 2023. Os ministros têm até as 23h59 de quinta-feira (18) para votar.

Relator do caso, o ministro Gilmar Mendes afirmou que a norma viola a Constituição e contraria decisão do próprio STF de 2023, que garantiu o direito dos povos indígenas às terras tradicionalmente ocupadas sem a exigência de marco temporal. Para o ministro, a lei é desproporcional, gera insegurança jurídica e impõe exigências de prova praticamente impossíveis, sobretudo a povos sem documentação formal.

Mendes também apontou omissão do Estado e defendeu que a União conclua os processos de demarcação em até dez anos, além de considerar inconstitucional a proibição de ampliação de terras já demarcadas. A maioria da Corte acompanhou esses entendimentos.

Opinião dos leitores

  1. A maioria dos sinistros não estão nem aí para a CF, já podem fechar o congresso, rasgar de vez a CF e impor oficialmente a ditadura do judiciário, assim sobra mais grana para eles.

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Papa Leão XIV entra na lista das pessoas mais bem-vestidas da revista Vogue em 2025

Foto: Dylan Martinez/Reuters

O Papa Leão XIV foi eleito pela revista Vogue americana uma das 55 pessoas mais bem-vestidas de 2025, ao lado de influenciadores, músicos e celebridades.

“Conhecido por romper com o gosto modesto de seu antecessor, o Papa Francisco, mas manter seu alfaiate e preservar o legado papal de vestes litúrgicas impecáveis. Convidar lendas do cinema como Monica Bellucci e Cate Blanchett ao Vaticano numa tentativa de modernizar a imagem da Igreja (e, sim, satisfazer suas próprias paixões cinematográficas)”, diz o texto sobre o Papa Leão XIV.

Segundo a publicação, o melhor visual do ano foi o da primeira aparição como papa, com capa de cetim musselina vermelha, estola vinho bordada a ouro e cruz em pingente com cordão de seda dourada.

Opinião dos leitores

  1. Lindo, Isso é lindo pra um cidadão que deveria seguir os exemplos de Cristo e mostrar humildade!!! Mundo véi tá bom é de acabar mesmo.

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