Política

Desfecho do mensalão pode levar até 2 anos, diz ministro do STF

O ministro José Antônio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, estima que o julgamento do mensalão vá demorar ainda de um a dois anos para ser concluído. Só então serão executadas as penas. Até lá, os réus devem permanecer em liberdade, inclusive os quatro deputados que hoje exercem mandato.

Em entrevista ao “Poder e Política”, programa da Folha e do UOL, Toffoli calcula que o julgamento dos chamados embargos de declaração (recursos que contestam possíveis inconsistências na sentença) deve começar no segundo semestre e se estender até a metade do ano que vem.

Depois será a vez dos embargos infringentes, caso seja admitida a sua análise (há quem defenda que eles são inconstitucionais). Esse tipo de recurso, que pede um novo julgamento, ocorre no caso de réus que tiveram pelo menos quatro votos a seu favor, dos onze possíveis.

Ex-advogado do PT e ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil –um dos condenados no mensalão–, Toffoli nega ter recebido pressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o indicou ao Supremo em 2009.

Sobre se sentir impedido pela ligação anterior com o PT, ele afirma que fez uma análise solitária e concluiu que poderia e deveria participar do julgamento.

Toffoli condenou o petista José Genoino e disse que teria sido cômodo se declarar suspeito. “Mas eu estava ali diante do destino: que juiz eu queria ser a partir dali? Optei por enfrentar”.

“Não há provas contra José Dirceu”, declarou, repetindo o argumento que usou para absolver o ex-chefe.

O STF concluiu em dezembro o julgamento do mensalão condenando 25 dos réus. A fase atual é de análise da primeira leva de recursos.

No ano que vem, Toffoli comandará o processo eleitoral ao assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral.

Ele diz enxergar vários defeitos na atual legislação. E afirma que o STF errou em 2006 ao declarar inconstitucional a lei que reduzia o acesso de partidos com fraco desempenho nas urnas ao dinheiro público e à propaganda eleitoral. Como o STF mudou sua composição, acha que a mesma regra pode voltar como lei e talvez ser considerada legal.

O ministro do STF também afirma que a presidente Dilma Rousseff é centralizadora e “tem mais certezas do que dúvidas”, em contraste com o estilo de Lula. Segundo Toffoli, Lula “tinha mais dúvidas” e “ouvia mais”.

A seguir, trechos da entrevista:

Folha/UOL – Em 2006, o STF derrubou a chamada cláusula de barreira. Uma nova lei pode ser feita sem mudar a Constituição?

Dias Toffoli – Penso que sim. Aquela cláusula era bem-vinda. Se lá estivesse, eu votaria diferente. Eu votaria no sentido de manter a cláusula de barreira.
Com o passar do tempo, pode-se ter outras interpretações -se o Congresso fizer uma lei que seja razoável, levando em conta os parâmetros que levaram o Supremo a declarar aquela inconstitucionalidade. Porque, realmente, conviver com 30 partidos… E muitos deles, nós sabemos, não têm base social para sua existência.
São comandados por meia dúzia de pessoas para terem acesso ao Fundo Partidário, ao rádio e à TV. Uma cláusula de barreira bem pensada pode, em futuro questionamento no Supremo, ser aceita. Até porque a história ensina.

O mensalão chegou à fase dos embargos. Quanto tempo vai tomar esta e as fases seguintes até a conclusão desse caso?

Nós vamos ter que ter o julgamento de embargos de declaração. Quando sair o acórdão desses, virão embargos infringentes, se a Corte os admitir. Esse é um tema ainda em aberto.
Do julgamento desses embargos infringentes virão outros embargos de declaração.
Então, na hipótese do Supremo admitir os embargos infringentes como cabíveis, nós teremos ainda, além desse julgamento atual de embargos de declaração, pelo menos mais dois julgamentos. É a minha análise.

Quanto tempo dura isso?

É muito difícil dizer. Tudo depende do relator [Joaquim Barbosa], que é o senhor do tempo do processo.

Ainda assim, quanto tempo?

Entre um a dois anos.

O sr. aceitará os infringentes?

Estou com isso aberto.

O sr. fala de um a dois anos para concluir o mensalão. A melhor hipótese seria metade do ano que vem, se não houver os infringentes?

Pode ser. Eu penso que em menos de um ano não se conclui totalmente.

E no caso dos congressistas réus e que aguardam a conclusão do caso exercendo mandato? Permanecem no Congresso?

Dentro dessa hipótese de calendário, acaba quase que coincidindo com o fim de seus mandatos [que ocorre em janeiro de 2015].

*Ou seja, não haverá efeito para a perda de mandatos… *

Mas o objetivo da ação penal não é apear ninguém do mandato que exerce. O objetivo dela é trazer aquele que cometeu o ilícito à devida sanção. E, no caso, as sanções estão bem aplicadas.

O novo colega do sr. no STF, Luís Roberto Barroso, disse que o julgamento do mensalão foi “um ponto fora da curva” porque Tribunal teria sido mais rigoroso que o costume. O sr. concorda?

Em matéria de jurisprudência criminal, o Supremo não tem uma curva. Tem uma reta. É garantista. Historicamente garantista. Ele talvez devesse ter dito “um ponto fora da reta”…

O sr. foi ligado ao PT. O que pesou para o sr. não se declarar impedido de julgar o mensalão?

Não havia, do ponto de vista objetivo ou subjetivo, nenhuma razão para eu me declarar impedido. Para mim seria mais cômodo me declarar suspeito. Teria tomado conta dos processos do meu gabinete. Teria ficado sem ir à sessão por seis meses. Mas quando o homem está de frente ao seu destino ele tem que enfrentá-lo.

O sr. foi procurado pelo ex-presidente Lula para conversar sobre o julgamento do mensalão?

Não. O presidente Lula nunca conversou comigo, não sobre esse caso, sobre nenhum.

No mensalão, o sr. absolveu José Dirceu, mas condenou José Genoino, um petista histórico. Foi uma decisão difícil?

Conheço o deputado José Genoino, respeito sua história, seu passado. Mas julguei com aquilo que eu vi nos autos. Com essa liberdade que o juiz tem. Não por vínculos ou relações do passado. O mais cômodo seria ter me declarado suspeito, mas eu estava ali diante do destino: que juiz eu queria ser a partir dali? Optei por enfrentar. Não há provas contra José Dirceu.

É correto os juízes terem mais dias de férias do que os outros trabalhadores?

Fui perguntado na sabatina [no Senado] e eu falei: Por que vossas excelências não ampliam o direito de férias de dois meses para todos os trabalhadores?

Falando sério, o sr. acha…

Estou falando sério.

Não acha que isso destoa do modelo econômico aplicado na maioria das democracias bem sucedidas atualmente?

O Brasil há muito tempo tem férias de 30 dias para a maioria dos trabalhadores. Muitos países não têm.

É viável economicamente?

Economicamente falando, diziam que a abolição da escravatura ia destruir a economia fazendeira e cafeeira do Brasil. Destruiu?

O preço dos serviços e dos produtos nacionais ficará mais caro se forem oferecidos mais direitos aos trabalhadores brasileiros do que aos de outros países.

O problema do Brasil é o preço da mão de obra? Dizia-se que aumentar o salário mínimo ia quebrar o país. Lembro quando eu estava na Casa Civil na época e que o presidente Lula decidiu sozinho, contra a posição de todos, aumentar o salário mínimo, aumento real. O [ex-ministro da Fazenda Antonio] Palocci dizia isso [que quebraria o país], a área econômica do governo dizia isso.

O sr. participou do governo do ex-presidente Lula. Conheceu como funcionava. Agora, acompanha o governo de Dilma. Quais as diferenças?

O estilo é diferente. Pelo que eu leio, o estilo da presidente Dilma é um estilo que se baseia mais na autoridade versus subordinação. O presidente Lula era um presidente que ouvia mais, que sentia mais e depois ele tomava uma decisão. Ele não tinha ideias pré-concebidas, não tinha certezas. Ele tinha mais dúvidas que certezas.

E a presidente Dilma?

Penso que tem mais certezas do que dúvidas. É um estilo diferente.

Ela delega menos?

Ela delega menos, centraliza mais. Pode-se tentar deduzir diversas hipóteses. Que a mulher é mais centralizadora. Enfim, não sei as razões. O que eu posso dizer é que o presidente Lula nunca interveio no meu trabalho. Nunca disse: “Toffoli, isso que você falou está errado. Esse parecer está equivocado”, “Toffoli, faça um parecer assim, que eu estou precisando”. Nunca. Nunca o presidente Lula interveio no trabalho, quando eu fui subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, nem quando eu fui advogado-geral da União. E ele sempre ouviu minhas opiniões, sempre foi atento. Sempre tive a liberdade de dizer não.

O senhor está hoje com 45 anos. Pretende ficar até os 70 no Supremo?

Eu espero que aprovem a vitaliciedade à la americana [risos]. E que Deus me dê muitos anos de vida. Não posso responder pelo futuro, nem pela história, mas a atuação em uma Suprema Corte é de uma grandeza e de uma possibilidade de contribuir com a nação que poucos cargos permitem. E com liberdade, porque não depende de voto, não depende de nada. É o trabalho da sua consciência.

Da Folha

Opinião dos leitores

  1. Esse daí que nunca escreveu um livro, não concluiu sequer uma singela especialização e ainda por cima foi condenado por improbidade no Amapá, tem mesmo é que ajudar seus colegas do PT. Uma boquinha como a que ele ganhou não pode ficar sem um século de agradecimentos.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

Receita apreende 70 canetas de Mounjaro ocultas em corpo de passageiros no Aeroporto de Natal

Foto: reprodução

A Receita Federal apreendeu, na tarde desta terça-feira (6), 70 canetas do medicamento Mounjaro que estavam ocultas junto ao corpo de dois passageiros no Aeroporto Internacional de Natal. O casal, com faixa etária estimada em 30 anos, chegou em um voo vindo de Portugal e não apresentou qualquer prescrição médica para a substância, cuja comercialização no Brasil ainda não é permitida.

As canetas estavam escondidas nas roupas dos viajantes, o que configura tentativa de ocultação de mercadoria. O Mounjaro é um medicamento de uso controlado, indicado para tratamento de diabetes tipo 2, e sua utilização requer obrigatoriamente receita médica.

As mercadorias foram retidas para verificação da regularidade e encaminhadas para os procedimentos legais cabíveis. A Receita Federal alerta que a importação de medicamentos sem prescrição médica e sem a devida autorização da Anvisa configura infração sanitária e aduaneira, sujeita a penalidades administrativas e criminais.

Tribuna do Norte 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

STF forma maioria para tornar réus sete denunciados do “núcleo 4”

Foto: Rosinei Coutinho/STF

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), formou maioria, nesta terça-feira (6), para tornar réus os sete denunciados do chamado “núcleo 4” da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, em 2022.

De acordo com a denúncia, o núcleo 4 realizava “operações estratégicas de desinformação” e teriam divulgado notícias falsas sobre as eleições, além de orquestrar ataques virtuais a instituições e autoridades.

Com a maioria formada, os denunciados responderão a um processo judicial em mais sessões da Primeira Turma do Supremo.

Ao fim do processo, os réus serão absolvidos ou condenados, e caberá aos ministros definirem qual será a pena e por qual crime cada um será punido.

Veja quem são os denunciados:

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros, major da reserva;
  • Ângelo Martins Denicoli, major da reserva;
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL);
  • Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente;
  • Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel;
  • Marcelo Araújo Bormevet, policial federal;
  • Reginaldo Vieira de Abreu, coronel.

Eles são acusados de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Márcia Lopes fará primeira reunião com equipe do ministério nesta quarta

Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

A ministra Márcia Lopes fará a primeira reunião com sua equipe no Ministério das Mulheres na manhã desta quarta-feira (7). O convite para que os servidores e colaboradores da pasta participem do encontro foi enviado nesta terça-feira (6).

Márcia Helena Carvalho Lopes é assistente social, professora, filiada ao Partido dos Trabalhadores e irmã de Gilberto Carvalho, ex-ministro-chefe da Secretária Geral da Presidência da República do Brasil do governo Dilma Rousseff e do gabinete do presidente Lula em mandatos anteriores.

Foi escolhida na semana passada para assumir o comando do Ministério das Mulheres. O anúncio de sua nomeação em substituição a Cida Gonçalves foi feito nesta segunda-feira (5).

Márcia Lopes chega ao governo com a missão de dar mais visibilidade a ações para o público feminino, que tem se distanciado do presidente Lula e contribuído para o aumento da impopularidade do petista.

“A prioridade é concretizar a intersetorialidade na política para as mulheres em todo o país. Articular as ações de saúde, educação, assistência social, trabalho, cultura, esporte, Segurança Alimentar e Nutricional, alavancando as iniciativas que impactem na vida das mulheres”, explicou Márcia Lopes à CNN.

A nova ministra afirmou nesta segunda-feira que o presidente Lula quer ver “as mulheres mais contentes”. “O presidente Lula disse que ele quer ver as mulheres mais contentes, que quer ver as mulheres mais protegidas”, afirmou.

“Ele quer ver que as mulheres, em cada município, se sintam respeitadas, acolhidas, ouvidas, escutadas. É aí, claro, que é muito difícil, um país com dimensões continentais, chegar em todos os lugares – e é isso que nós vamos fazer, com todos os ministérios”, disse.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Educação

63% da população preta e parda entre 15 e 64 anos é analfabeta no Brasil

Foto: Freepik

Uma pesquisa encabeçada pelo Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) e divulgada na segunda-feira (5) apontou disparidade nos índices de pessoas analfabetas quando comparados os brancos e pretos e pardos.

De acordo com o estudo, 34% da população branca entre 15 e 64 anos é analfabeta. O percentual pula para 63% quando considerados os pretos e pardos. Os analfabetos, segundo o Inaf, são aqueles que não conseguem realizar tarefas simples que envolvam a leitura de palavras e frases, ainda que uma parcela deles consiga ler números familiares como o do telefone, da casa e de preços.

O levantamento ainda constatou que 29% das pessoas que nunca estudaram e 38% das que concluíram apenas até o ensino fundamental são brancas, enquanto na população negra os números representam 69% e 59%, respectivamente.

Em 2024, 41% das pessoas que se autodeclaram brancas alcançaram o nível de alfabetismo consolidado. Entre os negros, esse percentual é de apenas 31%. Na avaliação dos pesquisadores, as diferenças entre os grupos étnicos-raciais reforçam a desigualdade educacional no Brasil.

A mesma pesquisa também apontou que a cada 10 brasileiros com idade entre 15 e 64 anos, três são analfabetos funcionais. Os analfabetos funcionais são aqueles que não sabem ler e escrever. O grupo também abrange os indivíduos que não conseguem compreender pequenas frases ou identificar os números.

Quando considerado o total da população brasileira, o índice de alfabetos funcionais corresponde a 29%. O percentual é o mesmo que o registrado em 2018.

 

CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Justiz receberá o selo Empresa Amigo do Autista

A Justiz receberá amanhã mais uma homenagem de reconhecimento ao trabalho realizado sempre integrado às demandas da comunidade. Empresa Amigo do Autista será o certificado entregue em solenidade nessa quarta-feira, na Prefeitura de Natal.

A Justiz, uma empresa potiguar e hoje com atuação em todo país, traz um importante trabalho social, com um dos fortes pilares sendo a inclusão. O título será concedido pela Prefeitura de Natal, através da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social.

A escolha da Justiz aconteceu a partir da avaliação de uma comissão integrada por profissionais do Departamento de Desenvolvimento e Qualificação Profissional da SEMTAS. Dirigida pelos empresários Raul e Brenda Justiz, a empresa traz como uma das suas missões o processo de inclusão, tendo em seus quadros de colaboradores pessoas portadoras de necessidades especiais.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Oposição adia pedido de instalação da CPMI do INSS

Foto: Pedro França/Agência Senado

A Oposição no Congresso decidiu adiar, nesta terça-feira (6), o protocolo de instalação da CPMI do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

O objetivo é obter mais assinaturas no Senado e pressionar o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), que tem demonstrado resistência em pautar a comissão.

A deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) foram as responsáveis por colher as assinaturas.

Atualmente, 182 deputados e 29 senadores assinaram o requerimento, somando 211 congressistas favoráveis. Para que uma CPMI seja instalada, é necessário o apoio de 171 deputados e 27 senadores.

Das 211 assinaturas conquistadas pela Oposição, 93 (12 senadores e 81 deputados) são de congressistas de partidos que têm representantes em ministérios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

RESISTÊNCIA DE ALCOLUMBRE

A responsabilidade de dar andamento à criação da CPMI recai sobre Alcolumbre, que demonstra cautela antes de tomar qualquer decisão, já que tem se aproximado do presidente Lula. O senador procura evitar embates que possam comprometer sua articulação com o governo federal.

O presidente da Casa Alta viajará para a Rússia e a China, entre os dias 6 e 14 de maio. Sua ausência inviabiliza a leitura necessária para formalizar a criação da CPMI.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Com o senador Davi Alcolumbre (presidente do senado), com o Deputado Hugo Motta (presidente da Câmara dos Deputados) e com a atual composição do Supremo Tribunal Federal, nada irá pra frente no Brasil, exceto a corrupção.
    Tá tudo dominado!!!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

PF mira quadrilha que criou pessoas fictícias para fraudar o INSS por, pelo menos, 20 anos

Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal realizou uma operação, na manhã desta terça-feira (6), contra uma quadrilha suspeita de fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) . Os crimes foram cometidos por, pelo menos, 20 anos. O prejuízo estimado aos cofres públicos ultrapassa R$ 11 milhões.

Dois homens, de 53 e 52 anos, e uma mulher, de 50 anos, foram presos. Um veículo, cartões de saque, celulares e arma de fogo foram apreendidos.

De acordo com a instituição, os policiais cumpriram três mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão, expedidos pela Terceira Vara Criminal da Justiça Federal da capital, nas cidades de Belo Horizonte, Contagem e Betim.

Ainda segundo a PF, o grupo criava pessoas fictícias, falsificando certidões de nascimento, documentos de identidade e comprovantes de residência para fraudar o INSS. A maioria das fraudes envolvia benefícios assistenciais para idosos de baixa renda.

Dez suspeitos se passaram por 40 pessoas fictícias. Os membros do grupo poderão responder pelos crimes de estelionato qualificado e associação criminosa.

Batizada de Operação Egrégora, a investigação evitou um prejuízo adicional superior a R$ 5 milhões aos cofres públicos, apontou a Polícia Federal.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Prefeito, presidente da Câmara e secretária de Cultura anunciam o maior São João já realizado em Natal

A capital potiguar está prestes a viver o maior São João de sua história. Na manhã desta terça-feira (6), o prefeito de Natal, ao lado do presidente da Câmara Municipal, Eriko Jácome, da secretária de Cultura e de vereadores da cidade lançaram oficialmente a programação do São João 2025, que será promovido ao longo de todo o mês de junho pela Prefeitura de Natal.

A abertura da festa está marcada para o dia 31 de maio, na Avenida da Alegria, no bairro da Redinha. O pontapé inicial será com Bell Marques em cima do trio elétrico, além de shows de Márcia Fellipe e Capilé, prometendo uma noite de muita animação.

Segundo o presidente da Câmara, Eriko Jácome, o evento é um marco para Natal: “Este São João mostra o quanto a Prefeitura está comprometida com a população. É cultura, lazer e economia girando em todos os cantos da cidade”, disse.

Com atividades distribuídas por todas as zonas da cidade, o São João de Natal 2025 contará com shows gratuitos, quadrilhas juninas, são joão nos bairros e muito mais.

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Royalties de petróleo crescem 26% no RN

Foto: Arquivo TN

Os repasses de royalties ao Rio Grande do Norte somaram R$ 173,9 milhões no primeiro trimestre de 2025, o que representa um aumento de 26,23% se comparado ao mesmo período de 2024. Do total, R$ 106,7 milhões foram alocados aos municípios e R$ 67,2 milhões ao Estado. O dado foi apresentado no Boletim de Petróleo e Gás – 1º Trimestre 2025 – divulgado nesta segunda-feira (05) pela Secretaria de Desenvolvimento, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação.

O crescimento nos repasses se deu mesmo com queda na produção, isso devido à manutenção dos preços internacionais do petróleo em patamares elevados, à desvalorização do real frente ao dólar — o que elevou o valor convertido dos royalties — e também ao fato de que os repasses ainda refletiam, em parte, a produção de dezembro de 2024, que foi maior.

Ao todo, 98 municípios potiguares receberam repasses de royalties do petróleo e gás, somando R$ 106.569.675,25. O município de Grossos se destacou como maior beneficiário, com R$ 18.659.295,98 recebidos. Alto do Rodrigues também registrou uma evolução notável, subindo uma colocação e alcançando o 2º lugar, com R$ 15.757.257,34 — um aumento de R$ 9.204.061,00 em relação aos R$ 6.553.196,34 recebidos no mesmo período de 2024.

No 1º trimestre de 2024, os repasses de royalties do setor totalizaram R$ 137,7 milhões, dos quais R$ 80,1 milhões (58%) foram destinados aos governos municipais e R$ 57,6 milhões (42%) ao governo do Estado. Já no 1º trimestre de 2025, o volume total atingiu R$ 173,9 milhões, com R$ 106,7 milhões (61%) alocados aos municípios e R$ 67,2 milhões (38%) ao Estado. Essa evolução representa um incremento de 33% no montante repassado aos municípios e de 17% ao Estado. Em termos de participação relativa, os municípios elevaram sua fatia em 3,2 pontos percentuais, reflexo da maior produção e dos ajustes no critério de rateio definido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A produção terrestre de petróleo e gás natural alcançou 2,67 milhões de barris e 95,32 milhões de metros cúbicos, respectivamente. A média diária foi de 29,8 mil barris de petróleo e 1,06 milhões de metros cúbicos de gás. O RN registrou uma redução de 1,04% na produção petróleo terra, totalizando 2.678.129 barris, uma queda de 28.155 barris em relação ao mesmo período de 2024. Em contrapartida, a produção de gás natural em terra teve um leve aumento, subindo de 95.026 Mm³ no 1º trimestre de 2024 para 95.323 Mm³ em 2025, representando um crescimento de 0,31%(297 Mm³).

A produção marítima de petróleo e gás registrou uma redução no período. O petróleo apresentou uma queda de aproximadamente 36,59%, e o gás natural recuou 2,86%, o que representa uma redução de 365 Mm³. O boletim ainda traz o panorama do setor petrolífero no RN no 1º trimestre de 2025, destacando volumes produzidos, campos em operação e distribuição dos royalties.

Levantamento

Cidades que mais receberam royalties no 1º trimestre

  1. Grossos R$ 18.659.295,98
  2. Alto do Rodrigues R$ 15.757.257,34
  3. Serra do Mel R$ 14.621.165,98
  4. Felipe Guerra R$ 7.607.441,09
  5. Mossoró R$ 6.044.240,45
  6. Açu R$ 5.510.166,91
  7. Areia Branca R$ 4.209.533,57
  8. Tibau R$ 3.798.084,22
  9. Gov. Dix-Sept Rosado R$ 2.990.907,36
  10. Caraúbas R$ 2.673.974,07

Fonte: ANP

Tribuna do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

MP vê lentidão e pede que TCU determine ao INSS ressarcimento em 15 dias

Foto:  Pedro França/Agência Senado

O Ministério Público pediu que o Tribunal de Contas da União (TCU) determine ao governo federal, por meio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o ressarcimento em até 15 dias dos descontos ilegais detectados pelo esquema de fraude no órgão, cujo prejuízo foi estimado em R$ 6,3 bilhões e teria afetado milhões de aposentados e pensionistas.

No pedido, o procurador Lucas Furtado pede que o “Plenário ou o relator desta representação, em caráter cautelar, ao Instituto Nacional do Seguro Social que proceda, no prazo máximo de 15 dias, à adoção das medidas necessárias para ressarcimento dos valores irregularmente descontados aos beneficiários, inclusive com a indicação da origem dos recursos”.

Furtado diz que a forma como o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem buscando solução para o caso, criando um canal específico para que aposentados e pensionistas que sofreram descontos indevidos de mensalidades associativas possam solicitar diretamente o ressarcimento dos valores, indicaria lentidão no ressarcimento.

“Ressalto que, com essa solução, também se está criando mais um fator de morosidade na devolução dos valores aos beneficiários do INSS. Não vejo qualquer justificativa para que sejam os aposentados e pensionistas os responsáveis por demonstrar qualquer irregularidade que eles próprios foram vítimas, para que só aí tenham os valores devidamente ressarcidos”, diz o procurador.

De acordo com o representante do MP, “todas as possíveis soluções até o momento apresentadas pelo governo para devolução dos valores aos beneficiários do INSS se mostram, em meu entendimento, custosas, lentas e que podem se arrastar durante meses ou, até mesmo, anos”.

Em entrevista à CNN na segunda-feira (5), o novo presidente do INSS, Gilberto Waller, afirmou que o ressarcimento dos aposentados e pensionistas prejudicados pelo esquema de fraude vai ser “rápido” e “sem burocracia”.

“Quando sair o plano de ressarcimento, todos serão avisados. Todos os canais serão os oficiais para você procurar. O acesso será rápido, célere e sem nenhuma burocracia, você mesmo vai poder fazer”, explicou o presidente.

Nesta terça-feira, em entrevista à rádio CBN, Waller afirmou que o ressarcimento será automático, na mesma conta em que o aposentado ou pensionista já recebe o benefício.

CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *