O diretor do presídio provisório Raimundo Nonato, na Zona Norte de Natal, pediu exoneração do cargo. Alexandre Bosco disse que a situação de “falta de estrutura da unidade” lhe incomodava e não encontrava respostas das autoridades frente a pedidos de melhora.
Desde o dia 29 de abril que os detentos do local, cerca de 400, estão soltos pelo pavilhão, solário e quadra da penitenciária. Na semana passada, um curto-circuito derrubou a energia do local e, em virtude da superlotação das celas, os detentos não aguentaram ficar sem os ventiladores, tendo quebrado grades e cadeados para ganhar espaço do lado de fora.
A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) ainda não enviou um técnico, que fosse capaz de solucionar os problemas. De acordo com a direção, o clima de insegurança é constante.
Apenas uma grade separa os funcionários da penitenciária dos detentos. À noite, além do cadeado, a grade recebe o reforço de correntes para evitar problemas.
Problema grande
Para Alexandre Bosco, o fato de os detentos permanecerem fora das celas é bastante preocupante. “É um problema grande. Quando o preso está trancado já é um problema grande, imagine solto, podendo planejar o que quiser. Até cavar buracos em celas, e no refeitório, onde os agentes não veem. Tudo isso é possível”, afirmou.
Fonte: Tribuna do Norte
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