Saúde

Estoque de vacinas contra a Covid-19 no país só dá para iniciar mais 2 milhões de imunizações – cerca de oito dias; Europa também vive atrasos

Foto: Divulgação/Berg Silva

Caso não receba novos imunizantes contra a Covid, a cidade do Rio de Janeiro deve interromper no próximo sábado a aplicação das primeiras doses da vacina. O estoque não passa deste fim de semana. Duque de Caxias está na mesma situação. No país, só há produto disponível para começar a imunizar mais 2 milhões de pessoas, e a situação não deve mudar até o fim deste mês.

De acordo com dados reportados pelas secretarias estaduais de Saúde, ainda há 6,53 milhões de doses prontas para uso, mas 70% delas precisam ser aplicadas em quem já tomou a primeira dose.

A perspectiva é indicada pelos números compilados pelo consórcio de veículos de mídia reunido para levantar dados sobre a pandemia, composto por O GLOBO, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo.

Se mantido o ritmo atual, com cerca de de 250 mil doses de vacinas sendo aplicadas ao dia no Brasil, em oito dias se esgotaria o estoque para novos vacinados. Assim, o país passaria seis dias aplicando o produto só em quem já tomou a primeira dose, até a chegada de novos lotes.

O ritmo de vacinação poderia ser retomado e ampliado em 25 de fevereiro, uma vez que o Instituto Butantan coloque mais 8,6 milhões de doses previstas da vacina CoronaVac no sistema. A produção da Fiocruz, que distribuirá o imunizante de Oxford, só deve ficar pronta em meados de março.

Além dos municípios fluminenses, relataram que têm seus estoques de vacina se esgotando as cidades de Salvador (BA), Juazeiro do Norte (BA) e Ourinhos (SP).

O governo do Espírito Santo também diz que já enviou todas as primeiras doses para os municípios e que em alguns não há mais sobras disponíveis.

Imunizantes reservados

No Rio, apesar da escassez, a Secretaria municipal de Saúde não interrompeu a campanha, e o secretário Daniel Soranz trabalha com duas hipóteses para manter o planejado. Uma seria antecipar doses da CoronaVac que estão armazenadas com a Secretaria estadual de Saúde (SES), e que seriam aplicadas daqui a 28 dias. Outra seria receber, até terça, uma nova remessa de imunizantes de Oxford/Astrazeneca.

— Como essa segunda dose só precisa ser aplicada daqui a 28 dias, estamos pedindo liberação do Ministério da Saúde para usar esse estoque agora, se houver garantia da entrega de uma grande remessa no dia 23, como está previsto — afirmou Soranz.

A antecipação de doses sem previsão segura de abastecimento contraria a recomendação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

— O Programa Nacional de Imunização (PNI) deixou claro que estava enviando vacina para duas doses, e que metade delas deveria ser guardada para a segunda dose — afirma Isabella Ballalai, vice-presidente da SBIm. — Se soubéssemos que a vacina está para chegar amanhã, seria possível começar a usar essas doses em estoque. Não é recomendável deixar as pessoas com a segunda dose atrasada.

Como o número de vacinas distribuído a cada município foi estabelecido de acordo com o tamanho de suas populações prioritárias, aqueles que foram mais rápidos em vacinar podem se ver obrigados a fazer uma pausa.

O secretário estadual de Saúde do RJ, Carlos Alberto Chaves, disse, porém, que, se os municípios estão ficando sem vacina, é porque não seguiram o PNI:

— Faltou administração por parte das cidades que estão reclamando.

Na opinião da SBIm, porém, os percalços operacionais na campanha são secundários, e o grande gargalo da vacinação é mesmo a falta de doses.

— O grande problema não é a nossa estrutura para vacinar — diz Ballalai. — A gente precisa ter mais opções. Não podemos ficar só com duas vacinas.

Procurado, o ministério afirmou que está trabalhando em todas as frentes para garantir vacinação ágil e que o país tem 454 milhões de doses “garantidas”, com cronograma de envios ao longo do ano, a partir da liberação dos laboratórios. A pasta, porém, não respondeu sobre os pleitos do Rio.

O número que o governo federal afirma ter assegurado, porém, diz respeito a contratos e previsões de produção, não a produto efetivamente entregue. O total para o qual as secretarias estaduais de Saúde afirmam já ter recebido é de 11,22 milhões.

Até agora, apenas 0,05% da população brasileira de 212 milhões de habitantes recebeu a vacinação completa em duas doses. Uma parcela de 2,11% recebeu a primeira dose e aguarda a próxima, segundo os números levantados pelo consórcio de veículos de mídia.

Europa também sofreu atrasou de doses – vacinação – de cinco semanas

Até o início deste mês, a União Europeia enfrentou um atraso de cinco semanas na vacinação de sua população contra a Covid-19. Caso não seja revertido, poderá custar cerca de 90 bilhões de euros para o bloco, de acordo com análise da seguradora Euler Hermes.

Dado que cada semana de restrições sanitárias reduz o crescimento do PIB trimestral da União Europeia em 0,4%, o atraso de cinco semanas representará uma queda de 2,0%, chegando ao prejuízo de 90 bilhões de euros. Segundo as projeções da seguradora, a cada euro gasto na aceleração da vacinação pode-se economizar até quatro euros para recuperar a economia. Os custos acumulados até o momento por conta de tal atraso já superam o total que o Fundo de Recuperação da União Europeia pode desembolsar em 2021.

Com o ritmo atual da campanha de vacinação, a chamada “imunidade de rebanho” só seria alcançada no final de 2022. Os autores consideram que as implicações negativas associadas a tal atraso superaria em muito os custos econômicos de curto prazo de uma desaceleração econômica no primeiro trimestre de 2021.

O atraso seria apenas corrigido por um aumento significativo em vacinações, impossível dado os números de produção previstos para o final do primeiro trimestre. Um dos motivos do atraso, também causa da primeira grande disputa entre a União Europeia e o Reino Unido após o Brexit, é a escassez de doses da vacina na Europa após a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca anunciar a redução na produção de imunizantes desenvolvidos em parceria com a Universidade de Oxford. O governo britânico, no entanto, não está disposto a ceder e se mantém firme no nacionalismo que impulsionou o divórcio em primeiro lugar.

O bloco europeu encomendou dezenas de milhões de doses do laboratório, que por sua vez afirma ser capaz de produzir apenas 25% do prometido até o março. Em contrapartida, o Reino Unido segue a todo vapor para cumprir sua meta de aplicar 2 milhões de doses por semana. Por esse motivo, os europeus acusam a farmacêutica de priorizar os britânicos. O CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, rejeita a alegação e diz que os prazos de entrega das vacinas ao Reino Unido estão sendo cumpridos porque o contrato com os britânicos foi assinado três meses antes do documento com a UE.

A imprensa alemã criticou sem piedade a UE na última segunda-feira, acusando-a de ter encomendado as vacinas tarde demais e ter negociado mal com os laboratórios, especialmente com o anglo-sueco. “Como você pode, na crise mais grave desde a Segunda Guerra Mundial, descuidar tanto do fornecimento de vacinas?”, questiona o jornal Der Spiegel.

Apesar das críticas, a chanceler Angela Merkel defendeu o início “mais lento” da campanha de vacinação, reiterando que todos os alemães adultos – cerca de 73 milhões de pessoas – serão vacinados até o fim do verão europeu. Até o momento, apenas 1,6 milhão de pessoas receberam ao menos uma dose da vacina, o equivalente a pouco menos de 2% da população. A aplicação de doses per capta está bem abaixo de países como Estados Unidos, Israel e Reino Unido. No primeiro, cerca 1,5 milhão de doses são aplicadas diariamente, enquanto no país europeu mais de 12% da população acima de 18 anos já foram vacinados. Israel, por sua vez, já chegou a mais de 40% de pessoas vacinadas.

“É verdade que foi mais lento em alguns pontos, mas também há boas razões para isso”, disse Merkel, após uma cúpula de cinco horas com chefes de governos regionais alemães, representantes da União Europeia e grupos farmacêuticos. Segundo a chanceler, o atraso ocorreu porque, ao contrário do Reino Unido, os europeus optaram por não dar autorizações de emergência para a primeira vacina disponível, a da Pfizer/BioNTech, ou as seguintes, da Moderna e da AstraZeneca.

O motivo é a necessidade de garantir a eficácia dos produtos e assim ganhar a confiança dos cidadãos nas vacinas. “Por muito tempo lutamos. Entendo a decepção porque todos pensaram que dado o volume dos pedidos elas chegariam mais rápido”, disse Merkel.

Na cúpula de combate à Covid-19, iniciada na última segunda-feira, o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, alertou para não se esperar um milagre da reunião. “Uma cúpula não produzirá mais vacinas por si mesma”, declarou. No entanto, as discussões iniciaram com notícias positivas, com o compromisso de vários laboratórios em acelerar a produção de vacinas.

O laboratório BioNTech prometeu entregar até 75 milhões de doses da vacina desenvolvida com a americana Pfizer no segundo trimestre. Pouco depois, a gigante alemã Bayer garantiu que produzirá a partir de 2022 a vacina contra o coronavírus que o próprio país está desenvolvendo, chamada CureVac. A meta é produzir 160 milhões de doses no ano. Na véspera, a presidente da Comissão Europeia Ursula Von der Leyen indicou que o laboratório AstraZeneca, que tem causado forte indignação por conta dos atrasos, vai finalmente aumentar em 30% as entregas de sua vacina no primeiro trimestre.

Diante dos últimos acontecimentos, a UE anunciou no fim de janeiro a adoção de um mecanismo de controle da exportação das vacinas procedentes do território europeu. Em entrevista coletiva, o presidente-executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, afirmou que a regulação adotada submete as vacinas a uma “autorização de exportação” operada pelos Estados-membros. Dombrovskis acrescentou que a medida “cobre apenas as vacinas contra a Covid que fazem parte dos acordos de compra antecipada com a UE”.

O objetivo, observou, “é proporcionar maior clareza na produção de vacinas na UE e na sua exportação. Essa transparência não era suficiente e é vital nesse momento”. Dombrovskis disse ainda que a UE espera que as empresas farmacêuticas honrem seus compromissos. “Pagamos essas empresas para aumentar sua produção e agora esperamos que cumpram suas obrigações”, ressaltou.

Com O Globo e Veja

Opinião dos leitores

  1. Só temos a vacina por conta do governo de São Paulo. Os genocidas PR e ministro milico são contra.

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Mundo

BBC distorceu fala de Trump para parecer que ele incitou invasão do Capitólio

Foto: Reprodução

A BBC foi flagrada manipulando um discurso de Donald Trump para parecer que o ex-presidente dos Estados Unidos teria incentivado a invasão do Capitólio. A denúncia foi feita pelo jornal britânico The Telegraph, poucos dias antes das eleições americanas de 2024 — o que levanta suspeitas sobre interferência política da emissora.

O programa Panorama, exibido uma semana antes do pleito, apresentou uma versão editada da fala de Trump, cortando o trecho em que ele pedia que seus apoiadores agissem “de forma pacífica e patriótica”.

A manipulação fez soar como se o republicano tivesse convocado a invasão, o que não aconteceu. A farsa veio à tona em um dossiê de 19 páginas sobre o viés ideológico da BBC, elaborado por um ex-integrante do próprio comitê de padrões da emissora.

O documento afirma que o programa fez Trump “dizer” coisas que ele nunca disse, ao juntar frases ditas em momentos diferentes do discurso original.

 

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Política

Trump se solidariza com policiais mortos no RJ e oferece ajuda contra o crime organizado

Foto: Reprodução

Os Estados Unidos enviaram uma carta oficial ao governo do Rio de Janeiro lamentando a morte dos quatro policiais que perderam a vida durante a megaoperação contra o Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão. O documento, assinado por James Sparks, da Agência de Repressão às Drogas (DEA), foi encaminhado nesta terça-feira (4) ao secretário de Segurança, Victor dos Santos.

No texto, o governo americano reconhece a coragem e o sacrifício dos agentes fluminenses, e se coloca “à disposição para qualquer apoio necessário” no enfrentamento ao tráfico de drogas. “Sabemos que a missão de proteger a sociedade exige coragem, dedicação e sacrifício”, diz o comunicado.

A mensagem foi redigida em Washington e destaca o “valor e a honra” dos policiais mortos em serviço. O gesto reforça a parceria histórica entre Brasil e EUA no combate ao crime organizado e à cooperação entre as forças de segurança.

Enquanto isso, o governo Cláudio Castro pediu oficialmente a Donald Trump que o Comando Vermelho seja incluído na lista de organizações terroristas e sofra sanções da Casa Branca. A proposta, no entanto, enfrenta resistência do governo Lula, que se recusa a classificar facções criminosas como grupos terroristas — posição vista por muitos como leniente diante da escalada da violência no país.

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Política

VÍDEO: CPI do Crime abre com homenagem a policiais mortos e Contarato promete “serviço ao povo”, não espetáculo

Imagens: Reprodução/Instagram

A CPI do Crime Organizado começou nesta terça (4) com um minuto de silêncio em homenagem aos quatro policiais mortos na megaoperação do Rio de Janeiro — um início marcado pela emoção e também por discursos. O senador Fabiano Contarato foi eleito presidente da comissão por 6 votos a 5, superando Hamilton Mourão, que assumiu a vice-presidência.

Logo após a eleição, Contarato afirmou que a CPI “deve prestar um serviço à população brasileira”, não um espetáculo político. E defendeu que o combate ao crime vá além da repressão policial, incluindo políticas públicas para reduzir desigualdade e dar oportunidades aos jovens em áreas carentes — discurso que divide opiniões entre quem cobra mais ação e menos teoria.

O senador disse ainda estar “tranquilo” para conduzir os trabalhos ao lado do relator Alessandro Vieira. Segundo ele, o plano de trabalho e os primeiros requerimentos já foram aprovados, e as próximas oitivas serão definidas “com critério e objetividade”.

A instalação da CPI acontece sob forte cobrança popular por resultados concretos após a operação no Rio, que expôs mais uma vez o avanço do crime organizado e a fragilidade do Estado. A expectativa agora é saber se a comissão vai realmente servir ao povo — como prometeu Contarato — ou cair no velho roteiro das CPIs que terminam em discurso.

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Política

Falas de Lula sobre megaoperação abre espaço para aliados e integrantes do governo baterem na polícia

Foto: Ricardo Stuckert (PR)

O presidente Lula pegou aliados de surpresa ao criticar a megaoperação que deixou mais de 100 mortos no Rio de Janeiro. Internamente, integrantes do PT já avaliam que o discurso abre caminho para que outros aliados e membros do governo também questionem a ação policial.

Em entrevista a jornalistas estrangeiros em Belém, Lula chamou a operação de “matança” e sugeriu que a Polícia Federal investigue as mortes nos complexos do Alemão e da Penha. Segundo ele, muitas vítimas foram enterradas sem perícia adequada.

A fala do presidente mexeu com a base aliada, que até então vinha adotando cautela por causa do apoio popular à operação, especialmente no Rio. Parlamentares temiam atrito com o governador Cláudio Castro e evitavam críticas públicas.

Agora, dentro do PT, já se comenta que a declaração de Lula pode gerar efeito dominó, liberando aliados e integrantes do governo a criticar publicamente ações policiais, mesmo com a população carioca majoritariamente a favor do combate ao Comando Vermelho.

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Polícia

CONFUSÃO NO JUDICIÁRIO: Líder do Comando Vermelho é preso em SP e liberado pelo tribunal do RJ

Foto: Reprodução

A Justiça do Rio de Janeiro mandou soltar Antonio de Jesus Cabral, 40 anos, apontado como um dos líderes do Comando Vermelho (CV). Ele havia sido preso em São Paulo no dia 30 de outubro, mas já tinha a prisão preventiva revogada desde agosto de 2022, após habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça do RJ, segundo sua defesa, que classifica o episódio como uma “confusão” do Judiciário.

Cabral está de volta ao Rio e, segundo o advogado Erlande Nunes, os fatos estão “devidamente esclarecidos”. O criminoso teria ligação com uma quadrilha de hackers que fraudava concursos públicos, oferecendo cursos com acesso a conteúdos sigilosos e causando prejuízo estimado em R$ 70 milhões, conforme o Metrópoles.

Em 2022, ele foi condenado a 14 anos e oito meses por associação criminosa, violação de direitos autorais e lavagem de dinheiro. Embora a Justiça do Rio tenha expedido mandado de prisão preventiva em julho daquele ano, Cabral respondeu à maior parte do processo em liberdade, até ser reconhecido e preso em São Paulo pelas câmeras do sistema Smart Sampa na Rua 25 de Março.

A prisão paulista, porém, expôs falhas de comunicação entre os tribunais. A Justiça de SP tentou contato com o Rio para confirmar a validade dos mandados, sem sucesso, e acabou mantendo Cabral detido. Ele foi levado ao 8º Distrito Policial, enquanto o Rio de Janeiro lidava com megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, que deixou mais de 120 mortos e 113 presos.

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Judiciário

FIM DA IMPUNIDADE: Chefe de facção interestadual vai a júri por matar ex-prefeito Neném Borges

Foto: Reprodução

O júri do assassinato do ex-prefeito Neném Borges está marcado para 10 de novembro de 2025, em Natal. O crime chocou São José do Campestre e segue repercutindo na região.

Neném Borges, eleito em 2020 com mais de 60% dos votos, tinha 44 anos quando foi morto a tiros dentro de casa, na madrugada de 18 de abril de 2023. As investigações apontam que o homicídio foi ordenado por Vando Fernandes Gomes, chefe local de uma facção criminosa interestadual.

Segundo a Polícia Civil, o crime foi motivado pelo apoio do prefeito às ações policiais, que incomodava o grupo criminoso. Mesmo preso, o chefe da facção tentava manter o controle do crime na cidade.

Vando Fernandes foi preso em São Paulo e confessou o assassinato.

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Brasil

FIM DA FARRA: Justiça manda 7 líderes do Comando Vermelho para presídios federais

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Justiça do Rio atendeu ao pedido do governador Cláudio Castro e determinou a transferência de sete chefes do Comando Vermelho (CV) para presídios federais de segurança máxima. O objetivo é cortar o comando das facções criminosas de dentro das cadeias e retomar o controle da segurança pública.

A decisão foi do juiz Rafael Estrela Nóbrega, da Vara de Execuções Penais, que destacou que a segurança coletiva vale mais que interesses individuais, conforme informações de O Antagonista. A medida busca impedir que os criminosos continuem coordenando crimes, sequestros e barricadas mesmo presos.

Os bandidos transferidos são: Naldinho, Cabeça do Sabão, Criam, Bicinho, My Thor, Choque e Irmão Metralha. Todos estavam no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio, e seguiam ordenando ações criminosas à distância, prejudicando a ordem na cidade.

Dois outros nomes — Wagner Teixeira Carlos e Léo Barrão — ainda dependem de informações da Polícia Civil para a transferência. Já o cabo da Marinha Riam Mota, acusado de operar drones para o CV, segue sob análise judicial.

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Política

Após polêmica sobre “matança”, Lula muda o tom e tenta mostrar serviço na segurança

Foto: Reprodução

Horas depois de criticar a megaoperação policial no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos, o presidente Lula mudou o tom e tentou mostrar serviço. Nas redes sociais, o petista divulgou ações do governo federal contra o crime organizado e o tráfico de drogas, afirmando que o país está “quebrando a espinha dorsal das facções”.

A postagem veio logo após Lula chamar a ação no Rio de “matança” e “desastrosa”, declarações que geraram forte reação entre policiais e parlamentares da segurança pública. Agora, o presidente tenta reforçar a imagem de que o Planalto tem “pulso firme” na área, segundo informações do Metrópoles.

Segundo o governo, as operações da Polícia Federal cresceram 80% desde 2022 e já tiraram R$ 19,8 bilhões de organizações criminosas. A PRF, por sua vez, teria apreendido 850 toneladas de drogas em 2024 — um recorde histórico, segundo a gestão petista.

Fotos: Reprodução/Instagram

Nos bastidores, a guinada no discurso é vista como tentativa de conter o desgaste político após as críticas à operação, que contou com apoio de forças estaduais e federais. A fala de Lula foi interpretada como um ataque à polícia, em um momento em que a população cobra mais rigor no combate ao crime.

O presidente também voltou a pressionar o Congresso pela aprovação do PL Antifacção e da PEC da Segurança Pública, propostas que, segundo ele, “completam o ciclo da segurança”.

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Polícia

PF estoura ‘Fábrica de Pix’ e descobre rombo de R$ 3,7 milhões no RN

Foto: Reprodução

A Polícia Federal detonou nesta terça-feira (4) a Operação Fábrica de Pix, que investiga um esquema milionário de fraudes em casas lotéricas no RN. O golpe teria desviado R$ 3,7 milhões por meio de pagamentos simulados, realizados em uma lotérica no município de Jundiá.

A investigação começou após a prisão em flagrante de um empresário recém-autorizado a operar o ponto lotérico. Segundo a PF, no último dia 17 de outubro ele simulou centenas de pagamentos no sistema da lotérica e fugiu em seguida.

O suspeito foi preso ao desembarcar em Curitiba (PR), vindo de Natal, e o dinheiro acabou espalhado em diversas contas bancárias de terceiros.

A Justiça Federal determinou o bloqueio de contas, o sequestro de veículos de luxo e o afastamento do sigilo bancário dos envolvidos. Mandados de busca foram cumpridos tanto em Jundiá quanto em Curitiba, com o objetivo de reunir provas sobre o planejamento e execução do golpe.

A Polícia Federal segue no encalço dos cúmplices que teriam ajudado o esquema, cedendo contas ou emitindo boletos falsos.

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Turismo

Natal aposta no turismo para reaquecer o Centro Histórico e resgatar a própria história

Foto: Demis Roussos/Secom

Natal voltou a abrir as portas da sua história. A Prefeitura retomou, nesta terça-feira (4), as visitas guiadas pelo Centro Histórico — um projeto da Secretaria Municipal de Turismo (Setur) que promete movimentar o turismo, fortalecer a economia local e reconectar moradores e visitantes às origens da capital potiguar.

O secretário de Turismo, Sanclair Solon, comemorou o retorno das atividades. Segundo ele, os passeios ajudam a valorizar o patrimônio de Natal e reacendem o sentimento de pertencimento. “O Centro Histórico guarda uma riqueza enorme que precisa ser redescoberta. Promover esses passeios é resgatar o orgulho da cidade e gerar novas oportunidades para o turismo”.

Os roteiros acontecem às terças e quintas-feiras e podem ser adquiridos por empresas de receptivo. O percurso inclui ícones como a Praça João Maria, o casario da Rua da Conceição, a Praça dos Três Poderes, a Pinacoteca, a Prefeitura, o Solar Bela Vista e a Rua Pax, entre outros pontos que contam a história viva da capital.

A ação tem apoio integrado das secretarias de Cultura, Segurança, Meio Ambiente e Urbana, mostrando que o resgate da história natalense virou prioridade da gestão.

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