Saúde

FOTOS: A visita que virou tragédia em família por causa do coronavírus: ‘perdi meu marido e meu pai em dois dias’

Uma visita dos pais de Márcia se tornou uma tragédia, após idoso e marido dela morrerem em decorrência da Covid–19 — Foto: Arquivo pessoal/BBC

Uma visita dos pais, em 12 de março, representou o início da fase mais difícil da vida da enfermeira Márcia Cristina dos Santos, de 50 anos.

Os aposentados Adalgiza Gonçalves, de 80 anos, e Benedito dos Santos, 84, deixaram o pequeno município de Uraí (PA), onde moravam, e seguiram a Brasília para visitar a filha e o genro. A viagem havia sido marcada meses atrás. O plano inicial era que eles passassem algumas semanas na casa da filha na capital federal.

Márcia acompanhava sem muita preocupação as notícias sobre o novo coronavírus. Na data em que os pais dela chegaram, em todo o Brasil havia 77 casos confirmados pelo Ministério da Saúde, sendo apenas dois deles no Distrito Federal. Não havia nenhum registro de morte no país. Na época, não havia orientações de autoridades sobre isolamento social ou para que as pessoas evitassem viagens com destinos nacionais.

“Até então, o vírus parecia uma situação distante. Pensava que fosse algo que logo passaria”, revela Márcia.

Após os primeiros registros, o Brasil enfrentou um crescimento exponencial de casos de Sars-Cov-2, nome oficial do novo coronavírus. Até a quarta-feira (22/04), havia mais de 45,7 mil registros e 2,9 mil mortes.

“Não acreditava que fosse chegar ao nível em que as coisas chegaram. Não estava acompanhando muito as notícias no começo, por isso não tinha a dimensão do problema”, diz Márcia, que há um ano deixou a profissão de enfermeira para abrir um ateliê de costura.

Márcia e o sargento José Romildo Pereira estavam juntos havia uma década e tinham muitos planos para o futuro — Foto: Arquivo pessoal/BBC

O marido dela, o sargento da Polícia Militar José Romildo Pereira, era mais preocupado com o novo coronavírus. Por trabalhar nas ruas, ele temia levar o vírus para casa. Desde os primeiros registros no país, ele passou a adotar medidas como a higienização constante das mãos e não tinha contato com a esposa antes de tomar banho, após retornar do serviço.

A família tinha diversos planos para os próximos meses. Márcia e José, que estavam juntos havia 10 anos, desfrutavam da casa que haviam construído recentemente. Em abril, o policial entraria de férias. Até junho, ele deveria se aposentar, após 30 anos de trabalho na PM.

Os planos, porém, foram tomados pelo novo coronavírus. No início de abril, Márcia perdeu o marido e o pai. Ela não conseguiu se despedir ou acompanhar o breve enterro deles, pois também foi diagnosticada com a Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.

“Está sendo muito difícil. Ainda estou anestesiada, porque não parece verdade. A minha ficha ainda não caiu. Tudo isso aconteceu tão de repente”, diz à BBC News Brasil.

Os primeiros sintomas

Quatro dias após chegar a Brasília, Benedito apresentou dificuldades neurológicas — sintomas atribuídos ao novo coronavírus. “O meu pai começou a perder noção de dia e hora. Ele nunca tinha passado por isso. Eu e minha mãe estranhamos”, detalha. Com o passar dos dias, a situação se agravou. “Ele ficou muito diferente. Sempre foi uma pessoa ativa, mas estava muito cansado e esquecido. Depois, começou a ter febre”, relata Márcia.

No mesmo período, José também apresentou problemas de saúde. “Ele teve febre e ficou muito cansado”, diz a viúva. O policial era diabético e tinha problemas pulmonares, em decorrência de complicações de saúde de anos atrás.

Os parentes acreditaram que os dois pudessem estar com uma gripe forte. Os dias passaram e os sintomas pioraram. Em 22 de março, Márcia levou o marido ao hospital. “Ele foi diagnosticado com uma gripe alérgica”, relata. Desde os primeiros sintomas, o sargento se afastou do trabalho.

Adalgiza e Benedito moravam no interior do Paraná e foram a Brasília para visitar a filha — Foto: Arquivo pessoal/BBC

O casal retornou para casa. No período, o crescimento exponencial de casos de Covid-19 no Brasil começou a chamar a atenção de Márcia e eles passaram a usar máscaras. Ela já considerava o coronavírus como uma ameaça real.

O sargento continuou com febre alta, mesmo tomando os medicamentos recomendados após o atendimento médico.

“No dia 26 de março, ele começou a ter sintomas piores, como dificuldades para respirar, dores nos pulmões e uma tosse muito seca. Levei ele ao pronto-socorro e a saturação de oxigênio dele estava muito baixa”, relata.

José foi internado com urgência e encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os exames apontaram indícios de pneumonia, com características semelhantes às da Covid-19.

Após deixar o marido no hospital, Márcia voltou para casa e soube que os problemas de saúde do pai haviam piorado. “Chamamos uma ambulância e o acompanhei até o Hospital da Asa Norte (HRan), em Brasília. Estive com ele durante toda aquela madrugada”, comenta. Ele também foi considerado um paciente suspeito de Covid-19, em razão dos problemas respiratórios e da tomografia apontar comprometimento nos pulmões.

Márcia confessa que chorou copiosamente ao chegar em casa, após ver o marido e o pai no hospital.

No dia 27 de março, ela não saiu mais de casa. Após ter sintomas como cansaço, tosse e falta de ar, ela procurou atendimento e os médicos também a consideraram como um caso suspeito de Covid-19. Em razão disso, teve de ficar em isolamento.

Em sua própria casa, ela se trancou em sua suíte para evitar contato com a mãe. “Precisava proteger a minha mãe, porque ela é hipertensa e poderia até mesmo morrer se pegasse o vírus”, diz. A idosa foi a única entre os quatro que não apresentou sintomas de Covid-19. “A minha mãe nunca foi de dar muitos abraços ou beijos, então acho que isso evitou que ela pegasse o vírus”, diz.

Os resultados dos exames de Márcia, José e Benedito deram positivo para Covid-19. “Não sabemos quem pegou primeiro e passou para os outros. Pode ter sido o meu pai, durante a viagem; meu marido, durante o trabalho, ou até mesmo eu em algum momento que saí de casa. É difícil saber”, diz Márcia.

As mortes do pai e do marido

Dentro da suíte que dividia com o marido, Márcia viveu dias angustiantes à espera de respostas sobre a saúde dos entes queridos.

Em 2 de abril, ela se assustou ao receber mensagens de condolências nas redes sociais. “Estranhei, mas depois fiquei sabendo pela televisão: confirmaram o óbito do sargento que estava internado no hospital. Era o meu marido. Primeiro contaram para a imprensa”, lamenta. No período em que esteve internado, o sargento teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, parada cardiorrespiratória e falência múltipla dos órgãos.

Ela confessa ter ficado anestesiada ao saber da morte do marido e permaneceu em silêncio. “Não podia chorar na frente da minha mãe. Eu não queria que ela soubesse sozinha, porque eu não poderia ampará-la naquele momento”, diz. Márcia foi ao banheiro, abriu o chuveiro e chorou copiosamente a perda do marido.

“Chorei baixinho. Foi muito difícil conter a dor”, diz.

Dois dias depois, outra notícia triste: o pai dela teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. “De novo fui para o chuveiro e comecei a chorar. Naquele momento, eu tive certeza de que a próxima seria eu.”

Apesar de sentir dores pelo corpo, falta de ar e febre, ela não quis ser internada. “Não queria deixar a minha mãe sozinha”, diz. Os três irmãos de Márcia moram no Paraná.

José e Benedito foram enterrados nos dias seguintes às suas mortes. Os procedimentos fúnebres foram breves. Eles estavam em caixões lacrados, conforme determina a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Um dos filhos de Márcia — ela possui três, todos do primeiro casamento — e outros familiares ajudaram a organizar os enterros.

“Não consegui acompanhar nada. Estava em meu quarto, reclusa”, lamenta Márcia. Na suíte de casa, ela alternava entre momentos de incredulidade e outros de choro silencioso.

Após 15 dias em isolamento, Márcia foi considerada recuperada. Já sem sintomas, ela saiu da suíte em 13 de abril. “A primeira coisa que fiz foi contar para a minha mãe. Ela ficou tão incrédula quanto eu. Estamos muito tristes com tudo isso. Mas parece que a ficha ainda não caiu. Uma não gosta de chorar na frente da outra”, diz Márcia.

Quando a situação da pandemia acalmar, ela pretende levar a mãe de volta para o Paraná. “Farei isso daqui a alguns meses. Por enquanto, ela vai passar o isolamento comigo”, diz. “Uma está cuidando da outra. É como se estivéssemos adiando o luto, para sofrermos lá na frente, quando estivermos sozinhas. Foi a forma que encontramos para lidar com isso”, comenta.

Evangélica, ela afirma que se apegou à fé para enfrentar as perdas. “Independente da religião, acredito que a fé é muito importante em momentos assim”, pontua.

O mais difícil para Márcia, desde as mortes de José e Benedito, tem sido lidar com a saudade. “O meu marido foi um homem incrível. Éramos muito felizes. A gente planejava começar a viajar muito, após a aposentadoria dele. A nossa vida era muito boa”, lamenta. “O meu pai também foi um homem incrível. Ele fazia tudo pelos filhos e me ensinou muitas coisas”, diz.

Após as perdas, ela pede que as pessoas se conscientizem sobre os cuidados referentes ao novo coronavírus.

“É muito mais sério do que eu pensava. As pessoas precisam usar máscaras e higienizar as mãos. Você nunca sabe o que vai acontecer em seu organismo quando pega o vírus. É importante se cuidar, não só por você, mas também pelos outros”, diz Márcia.

G1, com BBC

Opinião dos leitores

  1. Muito triste. Revolta é certas pessoas zombarem dessa doença e menosprezar a vida em detrimento de dinheiro. Tdos nos pagaremos muito caro pelo fim do isolamento agora, antes de atingirmos o pico da doença.

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Política

“Pagamos 14 folhas, salários em dia e hospital não será UPA de luxo”: Paulinho Freire faz balanço de um ano à frente de Natal

Foto: Divulgação/PMN

O prefeito de Natal, Paulinho Freire, fez um balanço detalhado do primeiro ano de gestão, destacando equilíbrio fiscal, regularização salarial, avanços em saúde, educação, infraestrutura e obras prioritárias. As declarações foram dadas ao programa Meio Dia RN, da rádio 96 FM Natal.

Paulinho assumiu a Prefeitura com salários atrasados e conseguiu colocar em dia toda a folha. “Pegamos o salário de dezembro atrasado e hoje finalizamos pagando 14 folhas. O servidor recebeu dezembro no dia 10, o 13º salário, e estamos quites com todos os servidores”, afirmou.

Segundo ele, o equilíbrio financeiro veio da disciplina herdada da iniciativa privada: “Eu só posso gastar o que eu tenho. Não posso gastar mais do que tenho”. Sobre os empréstimos autorizados pela Câmara, Paulinho foi enfático: “Foi feito um estudo. A gente não pediu aleatoriamente. Natal ainda tem poder de endividamento e trabalha com responsabilidade”.

Obras e infraestrutura

O prefeito reconheceu obras herdadas inacabadas, como o Hospital Municipal e o Mercado da Redinha. “Não adianta esconder: pegamos ainda o hospital e o mercado para terminar as obras”.

Ele detalhou o hospital: “Se abrir do jeito que está hoje, ele vai ser uma UPA de luxo, porque não existem centros cirúrgicos”. A previsão de inauguração é entre março e abril de 2026, usando recursos próprios enquanto se aguardam verbas federais represadas. “Temos mais de R$ 100 milhões represados em obras inacabadas do governo federal”.

Paulinho também ressaltou a Zona Norte como prioridade. “Queremos deixar quase 80% da Zona Norte pavimentada. O primeiro Centro de Imagem do município de Natal vai ser lá”, afirmou.

Saúde e educação

Na saúde, ele modernizou sistemas e contratos. “Hoje o cidadão é atendido com reconhecimento facial. A informação vai automaticamente para o Ministério da Saúde, o que aumentou nosso repasse. E não faltou mais médicos nem insumos. Hoje, tem dia que a UPA está vazia”, disse.

Sobre o atendimento a pessoas com autismo em Natal, Paulinho afirmou que o maior problema é o diagnóstico, e que o município enfrenta dificuldades para encontrar médicos neuropediatras. Ainda assim, a gestão segue “ampliando esses espaços”.

Na educação, os avanços incluem fila zerada de creches, merenda de qualidade, fardamento completo e quase 100% das salas climatizadas. “Não faltou um dia sequer de merenda. Também chamamos 700 professores e vamos chamar mais 300”, garantiu.

Eventos e economia

Paulinho defendeu os investimentos em eventos como política de desenvolvimento econômico. “A festa é muito importante. Ela gera emprego, renda e movimenta a economia da cidade”, afirmou.

E rebateu críticas: “Quem não tem o que falar vai ter que falar disso. Natal precisa melhorar em muitos setores, e nós vamos continuar trabalhando 24 horas por dia”, concluiu.

 

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Política

VÍDEO: “Não posso ficar contra quem me ajudou”: Paulinho fecha com Rogério, Álvaro e Styvenson e mira 2026 contra o PT

Imagens: Reprodução/Youtube

O prefeito de Natal, Paulinho Freire, foi claro e direto sobre o cenário político de 2026: reafirmou o alinhamento com a oposição ao PT e cravou que não haverá traição dentro do grupo que foi decisivo para sua eleição na capital. As declarações foram dadas nesta terça-feira (30), durante entrevista ao programa Meio Dia RN, da rádio 96 FM Natal, apresentado por BG.

Ao falar sobre as articulações para 2026, Paulinho fez questão de lembrar que sua eleição foi construída com apoios fundamentais dos senadores Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (PSDB), além do ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos). “Quando eu fui candidato a prefeito, recebi apoios importantes na minha eleição, de Rogério, Styvenson e Álvaro. Nós formamos um grupo para a minha eleição”, disse.

O prefeito reconheceu que o cenário eleitoral pode não permitir que todos caminhem juntos, mas deixou claro que sua posição política tem um limite bem definido. “Se não sair unido, eu vou ter que me posicionar. E é claro: eu não posso ficar contra quem me ajudou. Isso é muito claro”.

Paulinho reforçou que a lealdade é um princípio que sempre guiou sua trajetória política e que seguirá sendo o eixo das decisões para 2026. “Eu sempre fiz política dessa maneira, com lealdade. Acho que hoje eu estou como prefeito por conta disso, porque consegui juntar um grupo e passar confiança de que não ia trair”.

União da oposição contra o PT

O prefeito também endossou a tese defendida pelo presidente estadual do União Brasil, ex-senador José Agripino Maia, de que a oposição precisa sair unida para enfrentar o PT na eleição de 2026. “Eu acredito que esse é o melhor caminho. É o que eu defendi durante todo o ano, em conversas muito transparentes com Rogério, com Álvaro e com Allyson Bezerra (prefeito de Mossoró)”.

Segundo Paulinho, a união foi determinante para o resultado eleitoral em Natal.“Isso foi um dos segredos da minha eleição aqui em Natal. A gente saiu unido e saiu com força”, ressaltou.

Sobre os critérios para a definição de uma candidatura única da oposição, o prefeito explicou que o debate envolve diferentes visões dentro do grupo.“Tem quem defenda pesquisas, tem quem defenda quem une mais, quem tem mais prefeitos. Isso vai ser conversado”.

Ele afirmou que o mês de janeiro será decisivo para essas articulações. “Nós vamos sentar, conversar durante todo o mês de janeiro para ver se a gente consegue sair numa convergência”. E deixou um alerta claro para o futuro da oposição no Estado: “Se não conseguir agora, que pelo menos esse grupo esteja unido num possível segundo turno, desde que eles não se enfrentem”.

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Política

VÍDEO: “Se precisar sair, vai sair”, diz Paulinho, sobre futuro partidário de Nina Souza

Imagens: Reprodução/Youtube

O prefeito de Natal, Paulinho Freire, foi direto ao comentar o futuro político da primeira-dama e secretária municipal do Trabalho e Assistência Social (Semtas), Nina Souza. Ao tratar das especulações sobre uma possível mudança partidária para as eleições de 2026, Paulinho deixou claro que, se houver necessidade, Nina pode deixar o União Brasil, mesmo ciente das consequências políticas e jurídicas da decisão.

Segundo o prefeito, a definição não será tomada de forma isolada, mas pode ser imposta pelas regras do jogo eleitoral. “Às vezes a legislação eleitoral força você a tomar decisões, porque é natural que todos procurem uma coligação na qual realmente tenham chance de eleição”, afirmou.

Paulinho disse que o cenário está sendo avaliado dentro de um grupo político e que nenhuma possibilidade está descartada, inclusive a saída do União Brasil. “Já disseram que ela ia para os Republicanos, que ia ficar no União, que podia ir para o PL. Isso está sendo analisado em grupo, para que a gente possa tomar uma decisão”, declarou.

O prefeito reconheceu que, caso Nina precise deixar o partido, o União Brasil pode questionar a decisão — o que, segundo ele, faz parte do processo democrático. “Se Nina precisar sair do partido, ela vai ter que sair independentemente disso”, afirmou. “Ela pode correr o risco, sim, de ser candidata e, se perder a eleição, acabar perdendo também o mandato de vereadora”, lembrou.

Ele também destacou que eventuais reações da legenda são um direito legítimo do partido e que o caminho adotado será o do diálogo, sem confronto público. “Nós vamos buscar, no diálogo com o ex-senador, que, se realmente isso vier a precisar acontecer, que aconteça da melhor forma possível, sem briga”, disse.

Paulinho destaca resultados de Nina na Semtas

Além da discussão política, Paulinho fez questão de destacar os resultados da gestão de Nina à frente da Assistência Social, citando a ampliação do alcance dos programas e a redução de custos por meio de parcerias.

“A gente atendia 23 instituições com alimentos. Hoje estamos atendendo 96 instituições. O Banco de Alimentos foi transformado. A maioria dos alimentos hoje a gente consegue por conta de parcerias. Aumentamos o número de instituições atendidas e diminuímos as compras”, afirmou.

Ao final, o prefeito reforçou que, acima das disputas partidárias, o foco da gestão segue sendo o atendimento à população. “O nosso compromisso é bem claro: é com as pessoas”, garantiu.

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Geral

Moraes dá 24h para que defesa de Filipe Martins explique suposto uso de rede social

Foto: Reprodução/Twitter e Divulgação/TSE

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou nesta terça-feira (30) que a defesa do ex-assessor presidencial Filipe Martins explique, em até 24 horas, um suposto uso da rede social LinkedIn. Martins está proibido de utilizar plataformas digitais e pode ter a prisão preventiva decretada caso a violação seja confirmada.

No despacho, Moraes afirmou que foi anexada aos autos a informação de que o réu teria acessado a rede para consultar perfis de terceiros. O ministro abriu prazo para esclarecimentos e alertou que o descumprimento das medidas impostas pode levar à revogação da prisão domiciliar.

Martins passou a cumprir prisão domiciliar no sábado (27), por decisão de Moraes, que apontou risco de fuga após a condenação no caso da trama golpista. Ele foi condenado pela Primeira Turma do STF a 21 anos de prisão, acusado de elaborar a minuta de um decreto para tentar reverter o resultado das eleições de 2022.

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Geral

Mortes por álcool ao volante sobem 14,6% nas rodovias federais em 2025

Foto: PRF/divulgação

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 204 mortes em acidentes envolvendo motoristas alcoolizados entre janeiro e novembro de 2025. O número representa aumento de 14,6% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 178 óbitos.

No período, a PRF também contabilizou mais de 3.350 acidentes relacionados ao consumo de álcool. Foram registradas mais de 7 mil infrações por embriaguez ao volante e cerca de 40 mil autos de infração por recusa ao teste do bafômetro. Ao todo, 3.070 motoristas foram detidos, número 16% menor que em 2024.

Diante do cenário, a PRF iniciou nesta terça-feira (30) a Operação Ano Novo, com reforço da fiscalização nas rodovias federais de todo o país até o próximo domingo (4), com foco na prevenção de acidentes e na segurança viária.

Saiba as recomendações da PRF para viagens no final do ano

  • Faça a revisão do veículo;

  • Acompanhe as condições meteorológicas;

  • Veja as condições da rodovia;

  • Descanse antes da viagem;

  • Use o cinto de segurança e os equipamentos obrigatórios;

  • Ultrapasse apenas em locais permitidos;

  • Não consuma bebidas alcoólicas antes de dirigir;

  • Respeite os limites de velocidade;

  • Não use o celular ao volante.

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Geral

Governo Lula libera R$ 1,8 bilhão em emendas em uma semana e tenta reduzir pressão do Congresso no fim do ano

Foto: Waldemir Barreto/Agência O Globo

O governo Lula liberou cerca de R$ 1,8 bilhão em emendas parlamentares na última semana para acelerar a execução do Orçamento e reduzir a pressão do Congresso no fim de 2025. Com isso, o total pago no ano chegou a R$ 31,01 bilhões.

Apesar do avanço, ainda há um descompasso entre valores autorizados e efetivamente desembolsados. Do total de R$ 48,49 bilhões previstos para emendas em 2025, R$ 45,26 bilhões foram empenhados e R$ 31,25 bilhões liquidados, mas cerca de R$ 17 bilhões seguem sem pagamento, podendo virar restos a pagar.

A liberação ocorre em meio a mudanças nos procedimentos, após o Orçamento ter sido sancionado apenas em abril e novas regras de transparência exigidas pelo STF entrarem em vigor. O governo atribui a essas alterações o ritmo mais lento da execução ao longo do ano.

As emendas individuais concentram a maior parte dos pagamentos, com R$ 19,7 bilhões. As de bancada somam R$ 6,02 bilhões e as de comissão, R$ 5,29 bilhões. Entre os partidos, o PL lidera em valores pagos, seguido por PSD, PT e União Brasil.

Opinião dos leitores

  1. Isso não é gestão, mas comércio. Por isso que estamos nessa situação onde há rombo financeiro para tudo quanto é canto. E o povo pagando.

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Geral

Bolsonaro volta a centro cirúrgico pela 3ª vez após quadro de soluços, diz Michelle

Imagem: reprodução/Instagram

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro informou nesta terça-feira (30) que o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou ao centro cirúrgico após apresentar novo quadro de soluços persistentes.

Segundo Michelle, os médicos decidiram reforçar o bloqueio do nervo frênico, procedimento indicado quando os soluços não respondem a medicamentos. Bolsonaro já havia passado por dois bloqueios: no sábado (27), no lado esquerdo, e na segunda-feira (29), no lado direito.

Bolsonaro está internado desde 24 de dezembro no Hospital DF Star, em Brasília, onde foi submetido a uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral, realizada sem intercorrências. O procedimento foi autorizado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, após solicitação da defesa.

Opinião dos leitores

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Geral

Dívida pública bruta do Brasil aumenta e chega a 79% do PIB em novembro, diz Banco Central


Foto: NeoFeed

A dívida bruta do governo registrou nova alta em novembro, quando o setor público voltou a registrar déficit primário, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Banco Central.

A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou novembro em 79,0%, contra 78,4% no mês anterior e em linha com o esperado por economistas.

Já a dívida líquida do setor público foi a 65,2% do PIB, de 64,8% em outubro.

No mês passado, o setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 14,420 bilhões, ligeiramente acima da expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de R$ 14,0 bilhões. Em outubro, o setor público teve um superávit de R$ 32,392 bilhões.

No acumulado em 12 meses, o déficit primário correspondeu a 0,36% do PIB. Considerando também as despesas com juros, o déficit nominal ficou em 8,13% do PIB.

Folhapress

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Geral

Estatais têm déficit recorde de R$ 20,5 bilhões desde o início do terceiro mandato de Lula

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

As empresas estatais acumularam déficit primário de R$ 20,5 bilhões desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo dados do Banco Central compilados pela CNN Money. É o maior resultado negativo já registrado para o período na série histórica.

O rombo começou em 2023, com déficit de R$ 2,2 bilhões. Em 2024, o valor subiu para R$ 8,07 bilhões e, em 2025, entre janeiro e novembro, já soma R$ 10,3 bilhões.

Correios lideram perdas

Os Correios são os principais responsáveis pelo resultado negativo. A empresa registrou déficit de R$ 6 bilhões entre janeiro e setembro de 2025, após um rombo de R$ 2,6 bilhões em 2024.

Petrobras e bancos públicos não entram no cálculo. A estatal petrolífera é excluída por operar com regras de governança semelhantes às de empresas privadas.

O que diz o governo

O governo afirma que o déficit primário não reflete, necessariamente, a saúde financeira das estatais. Segundo o Ministério da Gestão e Inovação (MGI), investimentos elevados ou uso de recursos acumulados podem gerar resultado negativo sem indicar desequilíbrio de caixa.

Para o ministério, o indicador segue a lógica das finanças públicas e não mede o desempenho operacional ou mercadológico das empresas.

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Geral

SITUAÇÃO CRÍTICA: RN tem 18 reservatórios com volume inferior a 10% da capacidade

Foto: ASCOM/IGARN

O Rio Grande do Norte enfrenta queda significativa nos níveis de seus reservatórios. Segundo o Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), 18 dos 69 mananciais monitorados estão com menos de 10% da capacidade. No total, as reservas hídricas superficiais somam 2,01 bilhões de m³, o equivalente a 38,08% da capacidade estadual.

A redução é expressiva em relação ao fim de 2024, quando os reservatórios acumulavam 62,82%. O índice atual também reflete a inclusão da barragem de Oiticica no sistema de monitoramento, que opera com apenas 14,66% da capacidade. O maior reservatório do estado, Armando Ribeiro Gonçalves, está com 45,3%, enquanto Santa Cruz do Apodi registra 55,6% e Umari, 53,17%.

A situação mais crítica é no Seridó, onde os reservatórios somam apenas 14% da capacidade total. Entre os mananciais com volumes abaixo de 10% estão Itans (seco), Passagem das Traíras (0,03%), Sabugi (1,12%), Mundo Novo (1,06%) e Lulu Pinto (0,01%), indicando alerta para o abastecimento em várias regiões do estado.

Confira os reservatórios monitorados que apresentam volumes inferiores a 10% de sua capacidade total. São eles:

Itans, em Caicó, que se encontra seco;

Sabugi, em São João do Sabugi (1,12%);

Passagem das Traíras, em São José do Seridó (0,03%);

Esguicho, em Ouro Branco (0,67%);

Carnaúba, em São João do Sabugi (1,99%);

Japi II, em São José do Campestre (7,26%);

Bonito II, em São Miguel (6,15%);

Apanha Peixe, em Caraúbas (7,33%);

Gangorra, em Rafael Fernandes (3,50%);

Jesus Maria José, em Tenente Ananias (0,33%); Tourão, em Patu (2,64%);

Brejo, em Olho D’Água do Borges (0,43%);

25 de Março, em Pau dos Ferros (5,74%);

São Gonçalo, em São Francisco do Oeste (2,57%);

Mundo Novo, em Caicó (1,06%);

Inspetoria, em Umarizal (6,41%);

Dinamarca, em Serra Negra do Norte (8,30%); e

Lulu Pinto, em Luís Gomes (0,01%).

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