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[FOTOS] Imprensa nacional repercute 139 dias de falta de água nas torneiras de Luiz Gomes

Moradores do município de Luis Gomes (450 km de Natal) estão sofrendo há 139 dias com a falta de água nas torneiras.

O problema ocorreu depois que o único manancial que abastece o município, o açude dona Lulu Pinto, secou.

Eles se queixam de que os caminhões-pipas, que trazem água diariamente enviados pela Caern (Companhia de Águas e Esgotos do RN) para minimizar os transtornos, não são suficientes para atender a todos, que se veem obrigados a comprar água a preços exorbitantes, que chegam a R$ 350 por mês.

Foto:Francisco Morais/site Serra/UOL

A imprensa nacional já começa a repercutir a situação no município. O Bol e o Uol deram matérias sobre o assuntos.

Leia reportagem do Bol na íntregra.

Moradores de Luís Gomes (RN) estão sem água há 139 dias e vivem castigados pela seca

Aliny Gama
Do UOL, em Maceió

Moradores do município de Luis Gomes (450 km de Natal) estão sofrendo há 139 dias com a falta de água nas torneiras. O problema ocorreu depois que o único manancial que abastece o município, o açude dona Lulu Pinto, secou. Eles se queixam de que os caminhões-pipas, que trazem água diariamente enviados pela Caern (Companhia de Águas e Esgotos do RN) para minimizar os transtornos, não são suficientes para atender a todos, que se veem obrigados a comprar água a preços exorbitantes, que chegam a R$ 350 por mês.

Há pouco mais de quatro meses, a cena de mulheres, homens e até crianças carregando baldes com água tornou-se rotina no município, que tem 9.610 habitantes, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com moradores, nos últimos três meses choveu pouco no município, e a água da chuva não foi suficiente para manter o açude com água, que fica a 5 quilômetros do centro da cidade.

“O que tem lá no açude é um lamaçal que secou, e mesmo com a chuva não juntou nenhuma água”, disse a dona de casa Maria Anaída Silva, 40, que estava na tarde desta quarta-feira (14) de prontidão esperando o caminhão-pipa chegar com água. Segundo ela, quem não vai cedo aos pontos de distribuição não consegue pegar água. Sem condições financeiras de comprar água de terceiros, ela conta que acorda ainda na madrugada para ser uma das primeiras da fila para conseguir pegar água do caminhão-pipa da Caern, “que chega às 5 horas da manhã”.

“Quando terminamos de carregar os baldes num carro de mão já é hora de voltar para marcar o lugar na fila novamente para pegar água do caminhão que chega à tarde. Não tenho condições financeiras de comprar água de terceiro, e só a misericórdia de Deus para nos ajudar”, disse a dona de casa, que mora com o marido e o filho.

Reaproveitamento

Se as donas de casa já economizavam água para ajudar a baixar o orçamento, agora estão obrigadas a racionar até a última gota de água do dia ao realizarem os afazeres domésticos. O morador Ananias Vieira da Silva, 50, diz que na casa dele se tornou “lei” tentar reaproveitar a água ao máximo que puder e também mudou a rotina com a troca de roupas.

Silva contou que agora usa mais vezes uma única roupa antes de lavá-la, além de reaproveitar a água do enxágue das roupas nos banheiros da casa. “A situação está muito difícil e já não aguentamos mais viver assim. Quem tem condições, compra água. Quem não tem peregrina para conseguir um balde do caminhão-pipa”, afirmou.

Ele e a família de quatro pessoas gastam 5.000 litros de água por mês e agora têm de desembolsar cerca de R$ 250 para não ficarem desabastecidos. O estouro no orçamento da pedagoga Cláudia Maria Vieira de Morais Gonçalves, 40, pegou a família de surpresa. Ela conta que desde que não tem mais água fornecida pela Caern gasta dez vezes mais com a compra de água.

“Aqui em casa somos quatro pessoas, sendo duas crianças, e mesmo economizando ao máximo estamos gastando muito dinheiro com água. Antes pagávamos entre R$ 27,00 e R$ 30,00 com a conta da Caern e agora gastamos uma média de R$ 300,00 a R$ 350,00 por mês. O valor é exorbitante, mas não temos como viver sem água”, disse.

Cláudia cobrou uma solução da Caern para a situação porque, segundo ela,  ninguém consegue manter esse alto custo com a compra de água até o próximo inverno, quando as chuvas voltarem a encher o açude. “Estamos tomando um prejuízo por falha da Caern, pois é inadmissível termos apenas uma fonte de água na cidade. Temos uma adutora que seria a solução do problema, mas está com a obra parada. Sei que a companhia não vai nos ressarcir desse prejuízo que estamos tomando agora”, afirmou Cláudia.

MP cobra solução

A falta de abastecimento de água em Luis Gomes levou o MP (Ministério Público Estadual) elaborar uma ação civil pública com pedido de tutela antecipada quando completou 100 dias sem água nas torneiras de Luis Gomes. O MP deu o prazo de seis meses para que a Caern resolva o problema em definitivo “permitindo a retomada, de forma contínua e ininterrupta, do fornecimento de água tratada encanada nas torneiras das residências.”

A reportagem do UOL entrou em contato com a Caern e, por meio de nota, a companhia informou que a Semarh (Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos) e a companhia reconhecem o problema da falta de água em Luis Gomes, mas atribuem o problema à estiagem, acabou secando o açude Lulu Pinto. A companhia destacou que emergencialmente instalou 18 reservatórios com capacidade para armazenar ao todo 180 mil litros de água por dia. Também são disponibilizados 11 caminhões-pipa – quatro da Caern e do Exército para abastecer diariamente os reservatórios.

A água trazida para Luis Gomes nos caminhões-pipa é captada no município de Rafael Fernandes, a 40 quilômetros. A Caern destacou ainda que “espera que as chuvas previstas para este ano abasteçam o açude com o volume de água suficiente para que o produto volte às torneiras das casas.”

A nota destaca ainda que outras ações estão ocorrendo em paralelo para também minimizar o problema. A Caern e a Semarh informaram vão perfurar seis poços no município, mas sem data para iniciarem os trabalhos. A companhia informou ainda que outra ação será o desassoreamento do açude para que aumente a capacidade de armazenamento de água.

Segundo a Caern, “a solução definitiva para a cidade de Luís Gomes virá com a retomada das obras do sistema adutor Alto Oeste, prevista para este semestre.” A obra é de responsabilidade da Semarh e foi paralisada por falta de recursos. A Caern não informou se existem outros municípios no Rio Grande do Norte com o mesmo problema da falta de água como ocorre em de Luis Gomes.

 

 

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Geral

Lula diz que o Brasil, ‘em muitas coisas, é muito mais democrático’ do que os EUA

Foto: REUTERS/Adriano Machado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira, 13, que o Brasil é, “em muitas coisas, muito mais” democrático do que os Estados Unidos. Na abertura da 4ª Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária (Conaes), Lula destacou que o presidente dos EUA, Donald Trump, estaria sendo julgado no Brasil se a invasão ao Capitólio tivesse ocorrido aqui.

“Isso é um mau exemplo para a humanidade. Durante muitas décadas, os EUA tentaram se apresentar como país mais democrático e de mais oportunidades. E, agora, ele tem esse comportamento inexplicável e totalmente inaceitável”, disse. “Nós até perdoamos eles (EUA) por envolvimento no golpe de 1964.”

O presidente brasileiro afirmou que a decisão de Trump de cassar os vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não condiz com a postura de um presidente dos EUA. Além disso, o petista ressaltou que o Brasil tem sinalizado ao mundo a disposição para negociar, mas que não encontra interlocutores para o diálogo. Ele destacou que o governo federal continuará com a política de envolvimento da sociedade e políticas públicas, enfatizando que não permitirá o retorno de “tranqueiras”, em referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mencionado na carta de Trump, ao comando do País.

“Apresentaram um relatório dizendo que nós não respeitamos os direitos humanos porque estamos perseguindo o ex-presidente. E que o ministro da Suprema Corte que está julgando é um ditador. Não é possível que ele não conheça nossa Constituição”, continuou Lula. “Essas coisas que me deixam pasmo. Estamos precisando viver em tempos de paz. Ele está tentando destruir o multilateralismo.”

InfoMoney

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Delegada da PF alerta sobre o que atrai pedófilos nas redes: ‘Abusador vai onde a criança está’

Foto: Reprodução

A ampla utilização da internet por crianças cada vez mais novas e a falta de moderação de conteúdo por parte das redes sociais tornou o ambiente digital um local ainda mais perigoso para menores.

A análise é da delegada da Polícia Federal, Rafaella Parca, responsável por coordenar nacionalmente a repressão a crimes cibernéticos ligados ao abuso sexual infantojuvenil. Em entrevista ao Estadão, ela alerta que os abusadores infantis estão em toda parte, mesmo em plataformas que à primeira vista os pais podem considerar inofensivas.

“Sempre tem essa pergunta: ‘qual plataforma é mais perigosa?’ Todas são perigosas. Por quê? O abusador está onde a criança está. E crianças estão cada vez mais novas com redes sociais, desvigiadas, sem educação digital”, diz.

Na semana passada, o influenciador Felca chamou atenção para o tema após publicar um vídeo sobre o que chamou de “adultização”. Na publicação, Felca traz um compilado de denúncias sobre influenciadores que abusam da imagem de crianças e mostra como o algoritmo das plataformas, segundo ele, funciona para entregar esse tipo de conteúdo para pedófilos.

Como o Estadão mostrou, o número de investigações sobre o tema na Polícia Federal explodiu nos últimos anos. Somente em 2024, foram instaurados 1202 inquéritos. Nesse cenário, a delegada afirma que a falta de regulação das plataformas digitais é um dos principais desafios, já que muitas delas não contribuem com a polícia.

“As plataformas digitais têm de monitorar proativamente. Só assim a gente vai conseguir melhorar, porque a polícia não vai conseguir ficar 24 horas fazendo isso. É impossível”, afirma.

Ao Estadão, o Telegram afirmou que mais de 481.670 grupos e canais relacionados a abuso sexual infantil foram removidos da plataforma no primeiro semestre deste ano, e que tem repassado dados dos criminosos para atender “solicitações legais válidas”. Em nota, a empresa disse que “aplica uma rigorosa política de tolerância zero” em relação a esses conteúdos. O Telegram afirma ainda que as mídias enviadas no aplicativo são confrontadas com um banco de dados de conteúdos semelhantes já removidos, para permitir o reenvio.

O Discord afirmou que colabora com as autoridades brasileiras em todos os níveis de governo e “oferece orientação e treinamento sobre como enviar solicitações legais adequadas, garantindo um processo eficiente e respostas em tempo hábil.” A plataforma cita como exemplo a cooperação com as autoridades na Operação Fake Monster, de combate à rede de crimes de ódio. A empresa disse ainda que reforçou equipes para identificar e remover conteúdos nocivos e aprimorou a resposta rápida a abusos. O Discord menciona ainda a “Central da Família”, que presta assistência aos responsáveis sobre como a rede é utilizada pelos filhos e com quem eles interagem.

Estadão

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Geral

[VÍDEO] Waack: Pacote de socorro ao tarifaço é paliativo sem solução real

Vídeo: Reprodução/CNN

Nesta quarta-feira (13), o governo americano aumentou a escalada de ações contra o Brasil, ao cassar o visto de servidores públicos que estiveram envolvidos no programa Mais Médicos, descrito pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, como ajuda irregular para gerar divisas para uma ditadura comunista – o Mais Médicos teve grande participação de médicos cubanos.

Na CNN nesta quarta-feira, o jornalista William Waack analisou que, apesar de Lula dizer que negocia com os Estados Unidos, a prática mostra o contrário.

“Lula demonstra acreditar que ficar sem tentar linha direta com Trump é mais vantajoso do ponto de vista político eleitoral e que os americanos vão acabar sofrendo mais do que os brasileiros com o tarifaço e suas consequências – tudo isto é um autoengano político”.

CNN – William Waack

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Lula validou licenciamento ambiental por pressão política, diz Observatório do Clima

Foto: Evaristo Sa/AFP

O Observatório do Clima, rede com mais de uma centena de ONGs ambientalistas, divulgou nesta quarta-feira (13) uma nota técnica em que elenca os trechos considerados preocupantes da nova lei do licenciamento ambiental.

A organização diz que os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitaram os maiores retrocessos do texto aprovado pelo Congresso. Apesar disso, o texto segue com pontos que ferem a Constituição, sendo o principal delas a LAE (Licença Ambiental Especial), na avaliação da entidade.

O modelo de licenciamento já está em vigor por meio de medida provisória e prevê uma tramitação acelerada para projetos considerados estratégicos por um conselho do governo. A lei determina o prazo de 12 meses para concluir a licença de obras sob essa modalidade.

Na visão do Observatório do Clima, apesar de o governo ter derrubado o artigo que previa o licenciamento em apenas uma fase com a LAE, na prática, ela continua sendo uma licença única.

“A redação da LAE na medida provisória não é nada clara. Pelo que está escrito, é um processo monofásico com previsão de etapas”, diz Suely Araújo, coordenadora de políticas públicas da organização.

“Não tem LAE 1, LAE 2 ou LAE 3. Houve uma simplificação para casos de significativo impacto, o que eu considero inconstitucional”, afirma.

Araújo avalia que o prazo máximo para completar as análises é inviável: “Em um ano, não dá para fazer as três fases de uma hidrelétrica, de uma grande estrada, de um empreendimento minerário”. A autorização para obras de grande porte costuma envolver as licenças prévia, de instalação e de operação.

O Observatório do Clima defende a alteração ou rejeição da medida provisória apresentada pelo governo para esclarecer a exigência das três fases e o tempo para cada uma delas.

Segundo Araújo, o governo inverteu as prioridades: em vez de facilitar as licenças para obras de baixa complexidade, está havendo uma simplificação nos casos de maior impacto ambiental.

“Se a priorização de um empreendimento tiver coerência com o planejamento governamental, eu não vejo problema. Agora, se for feita para atender a interesses políticos e regionais de determinadas autoridades, aí tem problema”, diz.

O avanço do novo modelo de licença é uma vitória para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) , e pode facilitar a exploração de petróleo. Araújo analisa que a perfuração na Foz do Amazonas deve ser aprovada mesmo sem o dispositivo.

“Para o bloco 59 [da bacia Foz do Amazonas], nem precisa da LAE. Todas as evidências indicam que a licença sairá logo, infelizmente. Não vai dar tempo de reunir o conselho de governo, mas a LAE vai servir para apressar os outros blocos”, diz.

O Observatório do Clima avalia como positivo o veto presidencial à LAC (Licença por Adesão e Compromisso), emitida pelo próprio empresário, para restringi-la a casos de baixo potencial poluidor.

Porém, a lei segue prevendo que a vistoria anual e a análise do relatório de caracterização da obra serão feitas por amostragem. Ou seja, somente alguns projetos serão analisados a fundo.

“Isso nos incomoda bastante, porque é possível que empreendimentos não tenham controle ambiental em fase nenhuma da sua vida útil”, diz Araújo.

Segundo a nota técnica, a análise por amostragem também pode facilitar casos de corrupção. “A questão é como será feita essa amostragem. Haverá uma pressão enorme para que o projeto não passe por uma análise ou vistoria mais detalhada”, afirma a coordenadora de políticas públicas.

Folha de S.Paulo

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Economia

Devolução de impostos para exportadores divide setores e economistas

Foto: Reprodução/Canal gov

A elevação da alíquota do Reintegra (Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários) anunciada pelo governo federal para socorrer empresas prejudicadas pelo tarifaço divide opiniões: os setores feridos celebram, enquanto economistas e investidores criticam o impacto fiscal.

O Reintegra é um mecanismo que busca ressarcir as empresas exportadoras por tributos residuais ao longo de suas cadeias produtivas. Com o pacote anunciado pelo governo, micro e pequenas empresas terão devolução de 6% (antes era 3%), e as demais, de 3% (antes era 0,1%).

Segundo apuração da CNN, a elevação da alíquota do Reintegra foi a política do pacote mais celebrada por uma série de setores socorridos.

O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban, por exemplo, destacou este item quando questionado por jornalistas, durante o evento de anúncio, sobre os destaques do plano de contingência.

Por outro lado, o impacto às contas públicas preocupa. O governo enviará um PLP (projeto de lei complementar) ao Congresso para excepcionalizar da meta fiscal R$ 9,5 bilhões em gastos com o pacote — sendo R$ 4,5 bilhões para aportes em fundos e R$ 5 bilhões com renúncia do Reintegra.

Acontece que até os últimos metros da preparação do plano, a equipe econômica planejava utilizar a banda de tolerância da meta fiscal para acomodar o aporte em fundos. Com a decisão de mexer no Reintegra, se tornou necessário tirar as despesas da meta, explicaram técnicos em uma entrevista coletiva.

O mercado financeiro vem sendo crítico a movimentos do governo de excepcionalizar gastos da meta, a fim de atingi-la. Apesar de o valor não contar para a perseguição à meta de primário, castiga a dívida pública do país.

CNN

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Geral

Após reclamações do MST, Lula faz segunda entrega de títulos de regularização fundiária em uma semana

Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja ao Recife nesta quinta-feira para a entrega de 599 títulos de regularização fundiária para a comunidade de Brasília Teimosa, na Zona Sul da cidade. É a segunda entrega de reforma agrária que Lula faz em uma semana. Na sexta, Lula assentou famílias em Porto Velho (RO).

O gesto do governo ocorre após o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) divulgar, em julho, uma carta em que crítica o ritmo da reforma agrária do governo Lula. “Após quase três anos de governo Lula, a reforma agrária continua paralisada e as famílias acampadas e assentadas se perguntam: Lula, cadê a reforma agrária?”, diz o texto. Dias depois, Lula recebeu a cúpula do movimento no Palácio do Planalto.

Brasília Teimosa integra o Acordo de Cooperação Técnica firmado entre Ministério de Gestão e Inovação e a prefeitura do Recife para a efetiva entrega dos títulos aos beneficiários. Na primeira etapa, a entrega de títulos engloba uma área de aproximadamente 80 mil metros quadrados, avaliada em mais de R$ 3,8 milhões.

Na sexta-feira, em viagem de Lula a Porto Velho foram entregues 152 títulos de propriedade a famílias assentadas e moradores de glebas públicas federais. Desses, 145 são títulos definitivos e Concessões de Direito Real de Uso (CDRU). Lula também assinou a portaria de criação de três novos assentamentos de reforma agrária, totalizando 157 lotes em uma área de 15.544 hectares.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) rebate a crítica do MST e diz que a reforma agrária no Brasil retomou o ritmo dos dois primeiros governos Lula, com 14 mil novos lotes para assentamentos disponibilizados este ano. Acrescenta que até o final do mandato serão 60 mil, o que representa metade de todas as 120 mil famílias acampadas em todo o Brasil. O ministério ressalta que respeita o papel dos movimentos sociais de reivindicar, mas argumenta que o governo Lula 3 caminha para bater recordes históricos na reforma agrária.

O Globo

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Geral

EUA revoga vistos de brasileiros ligados ao Mais Médicos

Foto: Reprodução

Os Estados Unidos anunciaram uma nova revogação de vistos de funcionários públicos do governo do Brasil, agora ligados ao programa Mais Médicos. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (13) pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, chefe da diplomacia norte-americana.

Foram sancionados Mozart Julio Tabosa Sales, secretário do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-coordenador-geral da COP30. Os dois integravam o Ministério da Saúde quando o programa foi implementado no Brasil.

Além disso, ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) foram atingidos pela restrição, que os impede de entrar no país liderado por Donald Trump.

Mais cedo, o Departamento de Estado dos EUA já havia anunciado a revogação dos vistos de autoridades dos governos de Cuba e de países da África e da Granada. A retaliação é uma resposta direta a programas cubanos que enviam profissionais de saúde para atuarem em outros países, como o Mais Médicos no Brasil.

Para Marco Rubio, o envio de médicos de Cuba para outras nações é um “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”. Conforme antecipado pela coluna Igor Gadelha, a ofensiva é uma espécie de “acerto de contas” do chefe da diplomacia norte-americana, que é filho de imigrantes cubanos e crítico ao governo do país.

Em nota, o Departamento de Estado dos EUA acusou o governo brasileiro de driblar as sanções impostas contra Cuba, por meio de um suposto desvio do pagamento de profissionais de saúde cubanos.

“Como parte do programa Mais Médicos do Brasil, essas autoridades usaram a OPAS como intermediária com a ditadura cubana para implementar o programa sem seguir os requisitos constitucionais brasileiros, driblando as sanções dos EUA a Cuba e, conscientemente, pagando ao regime cubano o que era devido aos profissionais de saúde cubanos. Dezenas de médicos cubanos que atuaram no programa relataram ter sido explorados pelo regime cubano como parte do programa”, disse um trecho do comunicado da chancelaria norte-americana.

Em julho, o governo norte-americano já havia cancelado os vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), na tentativa de interferir no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Metrópoles

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Geral

Defesa de Bolsonaro chama acusação da PGR de absurda e diz que ex-presidente determinou transição, não golpe

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que a acusação da PGR (Procuradoria-Geral da República) da suposta trama golpista é absurda e mistura eventos para conseguir uma condenação sem provas.

“Não há como condenar Jair Bolsonaro com base na prova produzida nos autos, que demonstrou fartamente que ele determinou a transição, evitou o caos com os caminhoneiros e atestou aos seus eleitores que o mundo não acabaria em 31 de dezembro, que o povo perceberia que o novo governo não faria bem ao país”, diz.

A afirmação foi feita nas alegações finais da defesa de Bolsonaro no processo sobre a suposta tentativa de golpe de Estado no fim de 2022. O prazo para as defesas dos réus apresentarem sua versão final encerrava nesta quarta (13).

A defesa diz que a Polícia Federal não conseguiu encontrar as supostas minutas golpistas mesmo tendo apreendido centenas de celulares e computadores.

Na versão dos advogados, os documentos que tratavam sobre a tentativa de golpe de Estado só são relatados pelo delator Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

“A falha na acusação é profunda. Descortina que essa narrativa sobre um decreto com prisões diversas existiu apenas na palavra não corroborada do delator, e exibe o vazio da presunção de que as minutas teriam sido alteradas pelo ex-presidente”, diz.

A equipe comandada pelo advogado Celso Vilardi argumenta que a inexistência de documentos na acusação da PGR é “também a inexistência de prova sobre sua alteração”.

“O mantra deste processo surge já aqui: ninguém viu, nem testemunha, nem mesmo o delator. Afinal, também não existe nos autos a suposta minuta de decreto com um texto ‘enxugado’ prevendo apenas a prisão do Ministro Alexandre de Moraes”, completa.

Segundo a defesa de Bolsonaro, as discussões travadas entre o ex-presidente e os chefes das Forças Armadas se limitavam a “impedir o caos social que a ameaça de fechamento das estradas pelos caminhoneiros poderia causar”.

Os advogados dizem que o ex-presidente nunca tratou com os comandantes militares de possibilidades de reverter o resultado das eleições. Era somente a possibilidade de uma decretação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) para emprego de militares contra o fechamento de rodovias.

“Se em algum momento as discussões foram ou não desviadas para outras medidas, isto é percepção subjetiva e pessoal do brigadeiro [Baptista Júnior], não fato. O que se tem de factual é o general Freire Gomes não ameaçando uma prisão, mas alertando a necessidade de cuidado, para medidas como a GLO que podiam levar a outras medidas cuja ilegalidade deveria ser objeto de análise”, diz.

Mesmo negando a existência de minutas golpistas, a defesa de Bolsonaro diz que a confecção de um documento com medidas antidemocráticas seria um ato preparatório, sem punição possível no Código Penal.

“Para além de estarmos diante, como visto, de mero ato preparatório e, portanto, impunível, evidente que o estudo, cogitação e o ‘brainstorm’ de possíveis medidas legais, sob um viés analítico de sua viabilidade e submissão à lei, não pode ser tido como ato violento”, completa.

Ela também dedica parte do documento para colocar em dúvida a voluntariedade do tenente-coronel Mauro Cid no acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal.

“Essa é a prova dos autos. Uma delação manipulada desde o seu primeiro depoimento e, portanto, imprestável. Mauro Cid se protegeu apontando o dedo àquele cujos atos foram sempre públicos e de governo”, afirma.

Celso Vilardi chega a comparar as táticas adotadas pela Polícia Federal e pelo ministro Alexandre de Moraes contra Mauro Cid com as adotadas na Operação Lava Jato.

A citação à força-tarefa de Curitiba se dá no contexto de medidas restritivas contra investigados e familiares servirem como elemento de pressão para acordos de colaboração premiada.

Bolsonaro foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) como o líder da suposta trama golpista que planejou um golpe de Estado após Lula (PT) derrotá-lo nas eleições presidenciais de 2022.

O ex-presidente e outras 33 pessoas foram acusados de cometer os crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado do patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado.

As penas máximas somadas ultrapassam 40 anos. A expectativa no Supremo é que o julgamento ocorra em setembro.

Folha de S.Paulo

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Geral

Lei “Juliana Soares” é aprovada por unanimidade na Câmara de Parnamirim

Foto: reprodução

Foi aprovado, nesta quarta-feira (13), o projeto de lei ordinária “Juliana Soares”, que proíbe pessoas condenadas pelo crime de feminicídio, de forma tentada ou consumada, de assumir cargos públicos no município de Parnamirim. O projeto foi apresentado inicialmente pelo vereador Michael Borges, mas devido a sua importância, foi solicitado que houvesse a assinatura coletiva, reconhecendo que esse é um tema que sensibiliza todos os mandatos da Casa Legislativa.

O projeto de lei ordinária nº. 178/2025 tramitava em regime de urgência desde o dia 5 de agosto. Durante a 80ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Parnamirim, nesta quarta (13), os vereadores decidiram pela aprovação de forma unânime do projeto que agora segue para sanção do Poder Executivo.

Durante a apresentação do projeto de lei, no dia 5 de agosto, Michael Borges destacou que a medida é um passo importante para que o município adote uma postura firme contra a violência de gênero: “Não podemos permitir que pessoas condenadas por feminicídio ocupem funções públicas e representem a população. A violência contra a mulher é uma chaga social que precisa ser combatida com leis severas e exemplos claros de intolerância a esse tipo de crime”, afirmou o parlamentar.

“Essa lei que leva o nome de Juliana é uma resposta dessa Casa Legislativa, em pleno Agosto Lilás, com relação às agressões sofridas pelas mulheres”, discursou o vereador Michael Borges durante a votação. Juliana Soares foi brutalmente agredida com 61 socos dentro de um elevador pelo seu ex-companheiro, o caso chamou a atenção em todo o país.

Tribuna do Norte 

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Brasil

Braga Netto nega plano de golpe e pede para ser absolvido pelo STF

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em alegações finais apresentadas ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quarta-feira (13), a defesa do general Walter Braga Netto pediu para ser absolvido na ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Braga Netto está preso preventivamente desde dezembro do ano passado, por obstrução de Justiça, no Rio de Janeiro.

A etapa processual de apresentação das alegações finais é a última antes do relator, ministro Alexandre de Moraes, concluir seu relatório e voto para disponibilizar o caso para julgamento na Primeira Turma do STF.

O general integra o chamado núcleo 1, considerado o grupo principal pela PGR (Procuradoria-Geral da República) na trama golpista, junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid e outros réus.

CNN

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