Saúde

Imunidade coletiva, bolhas de proteção ou distanciamento? O que explica queda da pandemia de Manaus a Estocolmo

Foto: BBC

Após a chegada do coronavírus, Manaus registrava 15 mortes diárias no início de abril, 78 um mês depois e atualmente essa cifra não passa de 10. Na Suécia, a média diária de mortes era 20 no início de abril, passou a 80 um mês depois e atualmente está em torno de 14.

Nenhuma das duas localidades adotou um bloqueio total à circulação de pessoas, como ocorreu em partes da China, Itália e Espanha. Então, como o número de mortes e internações está caindo ou não está subindo com a economia aberta?

Há três hipóteses em voga: distanciamento social, imunidade coletiva e bolhas de proteção.

A primeira e principal explicação, baseada em dezenas de estudos e análises de dados municipais, é que o distanciamento social praticado por parte da população surtiu efeito. Mesmo adotado de forma parcial e não obrigatória. O mesmo vale para o uso de máscaras. Não está no patamar ideal, mas tem colaborado para salvar vidas e evitar hospitais lotados. Só que alguns pesquisadores dizem que o distanciamento não explica sozinho porque o número de internações não voltou a crescer na capital amazonense, por exemplo.

A segunda hipótese tem gerado debate entre pesquisadores no Brasil: imunidade coletiva (ou “de rebanho”). Segundo essa visão, algumas cidades brasileiras atingiram um patamar de pessoas infectadas alto o suficiente (e bem menor do que se estimava) para que o vírus tivesse dificuldade para encontrar a quem infectar. A partir daí, a epidemia teria perdido força em Manaus ou São Paulo, por exemplo.

Esse conceito de imunidade coletiva, associado à estratégia de vacinação, explicaria porque não é necessário imunizar 100% da população para conter o espalhamento de uma doença. Em alguns casos, vacinar 80% já surtiria o efeito esperado porque derruba a probabilidade de uma pessoa infectada contaminar alguém suscetível. No caso da covid-19, há quem fale que isso acontece quando um terço da população foi infectada, metade do patamar estimado pela maioria dos pesquisadores, em mais de 60% (leia mais abaixo).

Mas se a parcela da população com anticorpos contra o coronavírus não passa de 8% em Manaus e de 12% em São Paulo, segundo estudos de âmbito nacional e municipal, como essas e outras cidades teriam atingido uma imunidade coletiva na pandemia atual?

Para o físico Domingos Alves, do Laboratório de Inteligência em Saúde da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, aventar essa hipótese de imunidade de rebanho é perigoso e antiético por diversos motivos, principalmente por falta de evidências científicas e pelo risco de fundamentar medidas de governantes contra o distanciamento social, como se o pior da pandemia já tivesse quase passado, o que poderia estimular a circulação do vírus e aumentar o número de mortes.

Segundo projeções, mais de 1 milhão de brasileiros morreriam até o país atingir a imunidade de rebanho, e mesmo assim o vírus ainda circularia e não se sabe por quanto tempo as pessoas ficam imunes a ele.

“É igual à defesa da cloroquina. Se constrói argumentos de veracidade sem evidência. E em um país onde existe um negacionismo violento, isso é até perigoso. O Brasil não achatou a curva e governantes estão tentando falsificar a ideia de controle da epidemia. Somos um dos únicos países do mundo que adotaram medidas de reabertura com o número de casos e óbitos crescendo.”

Segundo ele, é questão de tempo até novas ondas de infecções e mortes em cidades que atualmente registram quedas nesses índices.

Por fim, a terceira possível explicação para o recuo da pandemia em algumas cidades brasileiras passa por bolhas de proteção, que, a grosso modo, incorpora as hipóteses de distanciamento social e imunidade coletiva.

Nesta visão, a doença tem dificuldade de circular porque parcelas da população são expostas inicialmente ao vírus, mas em geral não convivem tanto com outros grupos sociais que não foram expostos. Assim, surgem “bolhas” em que distanciamento e imunidade coletiva surtem efeito a ponto de “confinar” o espalhamento do coronavírus.

Mas isso varia muito de uma região para outra das cidades. Quanto mais adensadas e precárias as condições de vida de um bairro, mais vulneráveis serão os moradores dele. Segundo estudos do grupo de pesquisadores Ação Covid-19, esse equilíbrio é tão instável que o contato com pessoas doentes de outros bairros ou cidades pode, por exemplo, estourar essas bolhas de proteção e resultar em novas ondas de infecção.

Por que imunidade coletiva desperta tanto debate?

Esse conceito de imunidade de grupo gera controvérsia desde o início da pandemia. Inicialmente, o debate girava em torno da possibilidade de orientar estratégias dos países contra a doença.

Seria possível um país deixar de adotar quarentenas até que a população atingisse o patamar de imunidade coletiva necessário para conter o vírus? O Reino Unido cogitou seguir essa linha, mas as projeções de que isso levaria a milhares de mortes fizeram o governo recuar. A Suécia segue mais ou menos nessa vertente.

Um ponto central no debate atual sobre imunidade coletiva envolve lugares onde os casos caíram sem quarentenas e poderiam estar mais “protegidos” contra novas ondas de doenças, como a Suécia.

Qual foi o resultado da estratégia sueca? Até agora, em comparação aos vizinhos nórdicos, a Suécia teve até sete vezes mais mortes e o declínio econômico foi equivalente ao de quem fechou comércios e escolas (já que habitantes evitaram circular nas ruas).

Mas o número de mortes tem caído no país, algo que reacende o debate sobre imunidade coletiva. O país nórdico teria atingido o patamar, que seria muito menor do que se estima? Há menos pessoas suscetíveis do que se imagina, já que há outras defesas do corpo que podem combater o coronavírus além dos anticorpos, como as células T (leia mais abaixo)?

Em geral, calcula-se o patamar hipotético para conter a circulação do vírus a partir do número de pessoas que podem ser contaminadas por alguém com a doença. No caso da covid-19, estima-se que 10 infectados têm o potencial de transmitir o vírus para cerca de 25 pessoas.

Pesquisadores consideram que, no caso da covid-19, o patamar é de pelo menos 60% da população. Em linhas gerais, sem ponderar a vulnerabilidade de cada faixa etária, isso representaria pelo menos 127 milhões de brasileiros infectados e 1,3 milhão de mortos, sem contar o impacto da falta de leitos hospitalares e as sequelas em pacientes recuperados, que relatam fadiga e falta de ar meses depois da infecção.

Esse patamar de pelo menos 60% não é igual para todos os habitantes. Varia conforme o país, a faixa etária, a adesão ao distanciamento e a condição socioeconômica, por exemplo.

O debate ganhou força com números de um estudo publicado na revista Science sobre o tema, considerando essa heterogeneidade de suscetibilidade em uma população.

Segundo pesquisadores da Universidade de Estocolmo, na Suécia, e da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, esse patamar pode ser de 43% ou até mesmo 34%, se a taxa de contágio da covid-19 for menor do que se imagina (em média, 10 infectados contaminariam 20 pessoas em vez de 25).

Mas os editores da própria Science publicaram uma carta em que afirmam que mesmo que a previsão mais otimista de 43% esteja correta, não há nenhum estudo que aponte que qualquer país esteja próximo da imunidade coletiva. “A continuidade de intervenções não farmacêuticas (como distanciamento social) ao redor do mundo ainda é de grande importância.” Enfim, novas ondas de infecção não estão descartadas.

Bolhas de proteção podem explicar a queda em Manaus e São Paulo?

O debate sobre imunidade coletiva no Brasil se concentra principalmente sobre o que está acontecendo em Manaus e São Paulo. Como a pandemia pode recuar se não há gente suficiente com anticorpos e se muitos não aderem ao distanciamento social?

Hoje, a Organização Mundial da Saúde (OMS) trabalha com uma taxa de prevalência de anticorpos em cerca de 14% da população da capital do Amazonas e pouco mais de 3% em São Paulo. Segundo o biológo Fernando Reinach, um estudo na cidade de São Paulo apontou que regiões mais pobres da capital paulista registravam 16% de infectados em junho.

“Em Manaus, o número de casos subiu rapidamente, não foram adotadas medidas drásticas de isolamento social, os mortos foram enterrados em valas comuns no pico, e logo em seguida o número de casos diminuiu. Qual a causa dessa rápida queda do número de infectados em Manaus? Teria a cidade atingido a imunidade de rebanho? Um modelo matemático demonstra que isso pode ter ocorrido, e talvez esteja ocorrendo em cidades como São Paulo”, escreveu Reinach em sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo no sábado.

(Estudos do projeto Monitoramento Covid-19, do qual Reinach é membro, apontaram que no fim de junho 11% da população da cidade de São Paulo tinha anticorpos contra covid-19. A taxa entre pessoas que não concluíram o ensino fundamental era 23%, ante os 5% entre aqueles com diploma universitário.)

A física Patricia Magalhães, pesquisadora da Universidade de Bristol, no Reino Unido, e seus colegas do grupo de cientistas Ação Covid-19 apontam outra hipótese para a queda do contágio em São Paulo: um fenômeno conhecido como bolha de proteção.

Essa hipótese é calculada por meio de um modelo matemático multiagente, que simula a interação das pessoas na pandemia da vida real. Nele, o espalhamento da doença em uma localidade é estimado a partir dos contatos pessoais dentro de um espaço delimitado (como um bairro, por exemplo).

As “pessoas” são colocadas dentro desta grade e se movem independente e aleatoriamente ao longo do tempo. Quando elas se encontram nesse cenário hipotético, mas não estão infectadas, seguem o rumo. Quando uma delas está infectada, pode passar a doença para a outra.

Com o tempo, o distanciamento (pessoas paradas ou transitando menos) e a imunização crescente reduzem as possibilidades de transmissão do vírus de uma pessoa para outra dentro de uma bolha.

Mas a transmissão não é igual em todos os bairros de uma cidade, e depende da vulnerabilidade dessas pessoas à contaminação onde elas vivem.

Para traduzir isso em números, Magalhães e outros pesquisadores inserem nos cálculos o IDH (índice de desenvolvimento humano) ou o Índice de Proteção Covid-19 (IPC19), criado pelo grupo Ação Covid-19. Este indicador leva em conta fatores socioeconômicos para definir quão protegidas ou desprotegidas estão as pessoas de diferentes classes. Número de moradores na mesma casa, saneamento básico, densidade demográfica, renda familiar, raça ou cor de pele.

Além das condições sociais, há outros três grandes parâmetros usados nesses cálculos: 1. a quantidade de pessoas que adere ao distanciamento social; 2. a densidade demográfica de cada região; 3. o número de pessoas que desenvolveram anticorpos. Quem quiser pode fazer as simulações neste link aqui.

“O nosso modelo mostrou que a taxa de contaminação na cidade de São Paulo está caindo. E fomos surpreendidos por esse resultado. Ao tentar entendê-lo a fundo, observamos que as pessoas tendem a contaminar mais seu entorno, onde as pessoas ao seu redor não são mais suscetíveis, ou porque estão isoladas ou porque já tiveram a doença. Isso leva a uma redução da propagação da doença”, afirmou Magalhães à BBC News Brasil. O mesmo pode estar acontecendo em Manaus.

A cientista ressalta, no entanto, que esse equilíbrio é frágil porque o vírus não deixa de circular e não se sabe exatamente onde regiões das cidades vivem essa situação porque há poucos testes de covid-19 para identificar quem está infectado e quem já produziu anticorpos.

Como essas bolhas não são isoladas, no momento em que o distanciamento social cai ou uma pessoa infectada de outro bairro ou município adentra uma área em “equilíbrio instável”, a doença pode voltar a se espalhar com força novamente.

Vale lembrar que o número de infecções tem caído nas capitais de São Paulo e do Amazonas, mas crescido nas cidade do interior desses Estados.

O que são as células T e por que são associadas à queda de mortes na Suécia?

Imunidade é o conjunto de mecanismos do corpo que nos protegem de infecções. É uma complexa rede de células, órgãos e tecidos que trabalham juntos para se defender contra microrganismos e substâncias tóxicas que podem nos deixar doentes.

Existem dois tipos de imunidade: a inata (ou natural) e a adaptativa.

A primeira está sempre pronta para agir quando qualquer invasor é detectado no corpo. Ela inclui a liberação de substâncias químicas que causam inflamação e células brancas capazes de destruir células infectadas. Mas esse sistema não é específico para o coronavírus. Ele não irá aprender e tampouco lhe dará imunidade contra a covid-19.

A segunda, a resposta adaptativa, é dividida em dois ramos: imunidade derivada de anticorpos, também denominada imunidade humoral, e imunidade celular exercida por células chamadas linfócitos T (ou células T), conhecida como resposta celular. Esta pode atacar apenas as células infectadas com o vírus, por exemplo.

E o que isso tem a ver com o debate sobre imunidade coletiva, bolhas de proteção e distanciamento social?

O caso da Suécia pode ser ilustrativo para explicar essa relação. O país nórdico, como dito anteriormente, decidiu não adotar medidas duras de restrição à circulação de pessoas como forma de combater a covid-19.

Em relação aos países vizinhos, a média de mortes por 1 milhão de habitantes na Súecia por covid-19 chegou a ser quatro vezes a da Finlândia e sete vezes a da Noruega. Desde meados de maio, nenhum país da região passa de 15 novos casos diários por 1 milhão de habitantes, exceto a Suécia, atualmente com 40.

Mas a doença não se espalhou de forma descontrolada em território sueco, com hospitais lotados e milhares de mortos. O número de infecções e mortes em território sueco tem caído.

A principal explicação é que, mesmo sem quarentenas ou lojas fechadas, a maioria da população circulou menos na rua. Dados de celulares coletados pela Apple e pelo Google apontam isso, por exemplo.

Mas o debate sobre o recuo da pandemia na Suécia passa também pelo impacto da quantidade de pessoas imunes. No fim de abril, pico da doença na Suécia, estudos oficiais apontavam que apenas 7,3% da população na região de Estocolmo haviam produzido anticorpos contra a doença.

Por outro lado, um estudo liderado pelo instituto sueco Karolinksa apontou que pessoas que testaram negativo para anticorpos contra o coronavírus ainda podem ter alguma imunidade.

Para cada pessoa que testou positivo para anticorpos, o estudo encontrou duas que tinham células T específicas que identificam e atacam células infectadas pelo Sars-CoV-2. Ou seja, a quantidade de pessoas imunes ao novo coronavírus pode ser muito maior do que apontam os estudos que quantificam pessoas com anticorpos.

Essa presença das células T foi observada também em pessoas que tiveram casos leves ou sem sintomas de covid-19. Mas ainda não está claro se isso apenas protege esse indivíduo ou se também pode impedi-lo de transmitir a infecção a outras pessoas.

Uma característica particular do segundo tipo de imunidade do corpo humano, o adaptativo, é que ele deixa memória. Mas o novo coronavírus, Sars-CoV-2, não é conhecido há tempo suficiente para se saber o quanto dura essa memória de imunidade contra ele.

Há relatos preliminares de pessoas que parecem ter sido infectadas mais de uma vez pelo novo coronavírus em um período curto de tempo. Mas o consenso científico é de que a questão eram os testes, com os pacientes sendo incorretamente informados de que estavam livres do vírus.

BBC

Opinião dos leitores

  1. Está dita segunda onda para mim nada mais é do que o efeito colateral do falacioso "fica em casa".

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Jornalismo

Jornalista Rudimar Ramon é ameaçado por filho do Prefeito de Canguaretama após denúncias contundentes feitas no Blog do RR

Foto: Reprodução

Jornalista Rudmar Ramon foi ameaçado de perseguição judicial para tentar intimidar e evitar as publicações feitas pelo jornalista. As ameaças partiram do filho do Prefeito de Canguaretama, Luís Fernando, atual secretário de financas, filho do prefeito Leandro Varela, após as denúncias de ação de cassação das transferências PIX de caixa 2 na campanha e do jornalista ter divulgado o trator do PAC em terreno privado de forma irregular

Minha solidariedade ao jornalista e o blog hoje traz mais detalhes em instantes.

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Luto

Morre Celina Alves, ex-primeira-dama de Natal e Parnamirim

Foto: Reprodução

Faleceu na manhã desta sexta-feira (15), a ex-primeira-dama de Natal e Parnamirim, Celina Apparecida Nunes Alves, aos 89 anos. A causa da morte foi uma parada cardiorrespiratória.

Celina Alves era esposa do ex-prefeito de Natal e Parnamirim, Agnelo Alves, que faleceu em 2015. O casal teve três filhos: o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, e os empresários Agnelo Filho e José Luiz.

O velório terá início às 14h no cemitério Morada da Paz, em Emaús. Uma missa será celebrada às 20h, seguida pelo sepultamento.

Novo Notícias

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Brasil

VÍDEO: Veja momento da prisão de Hytalo Santos e marido em SP

O influenciador digital Hytalo Santos e seu marido, Israel Nata Vicente, foram presos nesta sexta-feira (15) em Carapicuíba, na Grande São Paulo, após mandados serem expedidos pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux, na Paraíba. As investigações apuram os crimes de tráfico humano e exploração sexual infantil.

A Justiça da Paraíba já havia determinado a suspensão imediata de todos os perfis de Hytalo nas redes sociais, proibido seu contato com os menores citados e ordenado a desmonetização dos conteúdos.

Mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao influenciador já tinham resultado na coleta de celulares, computadores, câmeras e outros dispositivos para análise pericial.

A Polícia Civil de São Paulo foi responsável por realizar o cumprimento dos mandados de prisão. No vídeo, que mostra a abordagem da polícia, Hytalo e Israel aparecem olhando para câmera e recebendo a orem de prisão do agente: “Vocês estão sendo presos pelo Deic (Departamento de Investigações Criminais).”

Em nota, o Deic afirmou que policiais da 3ª Delegacia de Investigações sobre Estelionato e Crimes Contra a Fé Pública (DIG) cumpriram o mandado de prisão temporária e realizam buscas no endereço onde ele foi localizado, em cumprimento a ordem judicial. A ação segue em andamento.

Veja o vídeo abaixo:

CNN

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Celebridades

VÍDEO: Bell Marques passa mal durante corrida e abandona prova

 

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Vídeo: Bnews

O cantor Bell Marques, 72 anos, precisou abandonar o percurso da corrida “100% Você” na manhã desta sexta-feira (15) em Fortaleza, após sentir um desconforto físico. O episódio ocorre menos de um mês depois de o artista também ter passado mal durante outra edição da prova, realizada em Sergipe.

A largada da prova aconteceu às 7h, com o percurso de 10 km, seguido pelos 5 km. Os atletas correram pela nova orla da cidade, com vista para o mar e diversas ativações musicais, como banda de fanfarra e batucada, para animar os participantes.

Durante o trajeto, Bell Marques interrompeu a corrida e retornou ao hotel para se recuperar. Segundo os organizadores, o cantor está bem e mantém a programação de se apresentar normalmente no show marcado para esta noite.

O artista comentou o sucesso das corridas que levam seu nome e o desafio de conciliar o esporte com a carreira musical:

“Eu sempre me senti um atleta de ponta em cima do trio elétrico. O que eu faço ali não é fácil, você precisa de resistência vocal, força nas pernas, respiração. Mas eu sempre treinei para cantar, nunca para correr”, afirmou Bell Marques.

96FM

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Política

Nilda lança cartão EDUCAPARNAMIRIM

Foto: Divulgação

A prefeita Nilda anunciou a instituição do cartão EDUCAPARNAMIRIM. No ato de renovação da matrícula para o ano letivo de 2026, os estudantes da rede pública municipal de ensino de Parnamirim receberão um cartão para adquirirem o fardamento e o material escolar no comércio local.

A medida tem o objetivo de garantir dignidade e valorizar a identidade estudantil dos alunos da rede pública da cidade, como também visa fortalecer a economia local, fazendo o dinheiro circular, reforçando que os recursos fiquem onde a população mora e trabalha.

O cartão EDUCAPARNAMIRIM alcançará todos os mais de 24 mil alunos matriculados na rede pública municipal de ensino tanto na educação infantil quanto no ensino fundamental.

“A nossa gestão segue implementando políticas públicas inovadoras e de grande impacto, pensando sempre no melhor para Parnamirim. Essa é uma ação até certo ponto simples, mas poderosa no aspecto econômico, pois vamos garantir que o dinheiro circule na nossa cadeia produtiva, fortalecendo o comércio local”, falou Nilda, elencando também os benefícios da garantia do fardamento para os alunos: “Educação é prioridade no nosso Governo e não iremos medir esforços para oferecer o melhor para nossos alunos, promovendo economia para as famílias, inclusão social, organização, equidade e ampliando o vínculo deles com a rede pública de ensino”, finalizou.

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Polícia

Influenciador paraibano Hytalo Santos é preso em operação contra tráfico humano e exploração sexual infantil

Foto: Reprodução

O influenciador digital paraibano Hytalo Santos e Israel Nata Vicente foram presos em cumprimento a mandados expedidos pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux, assinados pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa. As detenções ocorreram no âmbito de uma ação conjunta que envolve o Ministério Público da Paraíba (MPPB), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), o Ministério Público do Trabalho, a Polícia Civil da Paraíba, através da UNINTEPOL e da Delegacia de Crimes Cibernéticos (DECC), o Ciberlab da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP/MJSP), a Polícia Civil de São Paulo (DEIC) e a Polícia Rodoviária Federal.

As investigações apuram crimes de tráfico humano e exploração sexual infantil, com foco especial no ambiente digital. Segundo o MPPB, o trabalho está sendo conduzido com rigor técnico e absoluto respeito aos direitos e à dignidade das vítimas, em sua maioria crianças e adolescentes.

O órgão alerta que o vazamento de informações sigilosas e a adoção de medidas civis fora do protocolo da investigação criminal têm prejudicado a eficiência das apurações e colocado as vítimas em risco. “O caso exige tratamento responsável, sem sensacionalismo e com máxima proteção à intimidade das vítimas”, ressalta a nota.

A operação também chama atenção para o tráfico humano de caráter interno, praticado dentro das fronteiras estaduais. Segundo o MPPB, vítimas em situação de vulnerabilidade socioeconômica são aliciadas e exploradas sexualmente, submetidas a trabalho análogo à escravidão ou a outras formas de servidão.

Fonte 83

Opinião dos leitores

    1. Além dessas qualidades, estava explorando crianças, canalha.

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Chuvas

VÍDEO: Carro fica preso em alagamento após lagoa transbordar no bairro Pitimbu

As fortes chuvas que caem em Natal desde a noite desta quinta-feira (14) causaram mais transtornos na cidade. Na manhã desta sexta-feira (15), a lagoa de captação da Xavantes, no bairro Pitimbu, transbordou e invadiu a avenida.

Um vídeo enviado à TV Tropical mostra o nível elevado da água, que tomou conta da pista. Um motorista que tentou atravessar o local acabou ficando com o carro parado no meio do alagamento.

De acordo com a EMPARN, Natal registrou 62 milímetros de chuva nas últimas 24 horas. O volume elevado contribuiu para o transbordamento da lagoa, que já havia apresentado o mesmo problema em outras ocasiões de chuva forte.

O alagamento compromete o tráfego na região e oferece risco para motoristas e pedestres. As autoridades reforçam a orientação para evitar passar por vias alagadas, reduzindo o risco de acidentes e danos aos veículos.

Assista:

Portal da Tropical

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Geral

FOTOS: Chuvas causam queda de árvores, alagamentos e trânsito lento em Natal

Foto: Vinicius Marinho

As chuvas que atingem Natal nesta sexta-feira (15) provocaram pontos de alagamento, queda de árvores, panes em semáforos e lentidão em diversos trechos da cidade.

Além dos alagamentos, a STTU registrou queda de galho na Avenida das Alagoas, próximo ao túnel. Panes em semáforos no cruzamento da Serra dos Carajás com Serra das Juremas e na Avenida Prudente de Morais com a Rua 7 de Setembro, também foram registradas.

No bairro Cidade Satélite, as chuvas interditaram a Avenida dos Xavantes, próximo à lagoa de captação, deixando um carro parcialmente submerso.

Foto: Sérgio Henrique

Na Rua Apodi, em frente ao Colégio Marista, uma árvore caiu e interditou parcialmente a via. Equipes do Corpo de Bombeiros e agentes de mobilidade atuam na remoção e no controle do tráfego.

Foto: Stephany Souza

No bairro Candelária, dois veículos quebrados na Rua Jaguarari, em frente ao posto Shell, deixaram a via praticamente intransitável e com lentidão.

A Avenida Senador Salgado Filho tem trânsito lento no sentido Centro. Na Ponte Newton Navarro, o fluxo é moderado nos dois sentidos, e a Avenida Felizardo Firmino Moura apresenta lentidão nos dois sentidos.

Na Rua São Vicente, em Cidade Nova, a água das chuvas deixou a via completamente alagada, impedindo a passagem de veículos.

G1RN

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Chuvas

STTU alerta para pontos de alagamentos nas ruas de Natal nesta sexta-feira (15)

Foto: Everton Dantas

A Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU) informou pontos de alagamentos transitáveis e intransitáveis nas ruas de Natal nesta sexta-feira (15). Chove desde a madrugada na capital.

De acordo com a STTU, até às 6h foram constatados 14 pontos de alagamentos, sendo 9 considerados transitáveis e 5 intransitáveis. A secretaria explica que faz videomonitoramento constante das vias e que a situação segue sendo acompanhada para possíveis atualizações.

Confira:

Pontos Intransitáveis

  1. Av. dos Canindés x Av. Pte. Sarmento
  2. Rua Ângelo Varela com Av Hermes da Fonseca
  3. Rua Almino Afonso Ribeira
  4. Av Solange Nunes próximo a unimetais
  5. Av interventor Mário Câmara entre a Jerônimo Câmara e av Cap Mor Gouveia

Pontos Transitáveis:

  1. Av. Cap. Mor Gouveia x Rua Adolfo Gordo
  2. Av. Nevaldo Rocha, entre a linha férrea e a Av. Cel. Estevam
  3. Av. Ayrton Senna x Av. das Alagoas
  4. Av Antônio Basílio próximo a Sucavel
  5. Av Nevaldo Rocha entre a linha férrea e a av Cel Estevam
  6. Rua Adolfo Gordo com Av Cap Mor Gouveia
  7. Rua Leão Veloso com Rua Manoel Miranda
  8. Av Cel Estevam Com rua Baraúna
  9. Av da Integração próximo a Br 101

Novo Notícias

Opinião dos leitores

  1. E AS PROVIDENCIAS, PREFEITO PAULO FREIRE? VAI CONTINUAR NA MAQUIAGEM DOS TEMPOS DO SEU PADRINHO POLÍTICO, ALVARO DIAS?

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Geral

Soldados do Exército russo acusam dupla brasileira de golpes financeiros

Foto: Divulgação/Redes Sociais

Após publicar em primeira mão o desaparecimento de Anderson de Oliveira Ferreira, a CNN teve acesso a outros soldados que acusam uma dupla de brasileiros de aplicar supostos golpes financeiros contra jovens que pretendiam servir ao Exército russo na guerra contra à Ucrânia.

Pelo menos cinco soldados brasileiros e de outros países da América do Sul entraram em contato com a reportagem para detalhar o suposto ‘modus operandi’ da dupla.

De acordo com os relatos, Arthur Michel e Antônio Neto mantêm um canal de mensagens nas redes sociais sobre como se alistar no Exército russo, alguns brasileiros decidiram aplicar após contato com o material. O conflito entre os países se arrasta desde 2022.

Quando os novos recrutas chegavam à Rússia com recursos próprios, a dupla os auxiliava no processo de tradução dos documentos burocráticos e nos trâmites para o alistamento militar.

Mas um dos papéis assinados era uma procuração que dava acesso à conta bancária dos soldados. Inicialmente a dupla dizia que se tratava de um exame padrão psicológico admissional, de acordo com as acusações.

Depois de enviados para as missões, os militares perceberam saques e movimentações financeiras nas contas bancárias.

Foi o caso de Fernando Mazzo, 44, que decidiu falar abertamente sobre a situação, pois já retornou ao Brasil.

“Chegando lá, a gente assinou uns documentos sem saber o que era. Eu vi o contrato, mas na verdade, não era um centro de psicólogo, era uma espécie de cartório e aquilo era uma procuração. Depois, com essa procuração, eles nos levaram até uma agência bancária. Eles abriram a conta pra gente, que na verdade, não estava no nosso nome, era uma conta vinculada a uma principal dele e eles conseguiriam fazer transação como conta dependente”, aponta Mazzo.

Prejuízo financeiro

A fonte relata que desviaram da conta aproximadamente um milhão de rublos, ou seja, cerca de R$ 60 mil reais. “Assinamos a procuração e eu só vim dar conta do que era depois que o Arthur entrou e roubou um milhão de rublos”, relata.

Segundo apuração, um soldado brasileiro na Rússia, ao longo do contrato, pode chegar a receber algo em torno de R$ 350 mil reais, considerando bônus por alistamento e soldo.

Além da tensão do combate, a fonte afirma que a situação prejudicou sua dedicação ao serviço militar. “Isso me afetou 100% na missão. Você fica preocupado, não consegue focar. Comecei a abrir várias contas on-line para transferir o dinheiro rapidamente assim que ele caísse”, contou.

Atualmente a fonte em questão aguarda uma cirurgia, após ser ferido, durante uma missão. Ao entrar numa floresta e avistar um drones, foi atingido e perdeu o movimento do pé direito, além de múltiplos ferimentos pelos estilhaços.

Outra vítima do suposto golpe está recebendo ajuda jurídica russa. Em nota enviada à reportagem, o advogado russo Roman Petrov, especializado em direito militar, afirma:

“Um cidadão entrou em contato comigo para obter assistência jurídica. Ele relatou que fundos pagos pelo Ministério da Defesa da Federação Russa, no valor total de 800 mil rublos, foram roubados de seu cartão bancário. Os fraudadores obtiveram acesso à conta. Devido à sua falta de conhecimento da língua russa, uma procuração foi lavrada em seu nome por um tabelião de Moscou e, como ele não fala o idioma, assinou-a sem entender seu verdadeiro significado. Atualmente, a liderança do Ministério de Assuntos Internos da Rússia, a meu pedido, demonstrou interesse em tomar medidas para responsabilizar criminalmente os fraudadores, nos termos do Artigo 159 do Código Penal da Federação Russa”, cita trecho da nota.

CNN

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