Política

Mais uma vez PSDB e PT envolvidos em caixas 2 e desvios de dinheiro público

Ou se faz um reforma política urgente no Brasil aprovando inclusive o financiamento oficial para campanhas políticas, desburocratiza a administração estatal ou o Brasil vai se acabar na corrupção. Todo dia noticiamos a mesma ladainha…

Segue post de Josias de Souza:

Em julho do ano passado, após ser afastado por Dilma Rousseff do comando do Dnit, Luiz antonio Pagot foi convidado a depor na Câmara e no Senado sobre as denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes. Quem esperava por grandes estrondos decepcionou-se.

Num dos depoimentos, após sustentar oito horas de lero-lero, Pagot balbuciou a senha do seu silêncio: “Sou um leal companheiro.” Àquela altura, o pseudodepoente ainda acalentava a perspectiva de retornar ao comando do departamento que rasga estradas federais e provê às empreiteiras contratos e aditivos milionários.

Passados dez meses, nem o PR retomou a pasta dos Transportes nem Pagot foi devolvido ao Dnit. O esquecimento produziu na língua do ex-gestor das arcas rodoviárias uma espécie de formigamento. Hoje, ele classifica sua demissão como uma “traição mortal”. Súbito, a lealdade companheira tornou-se menor do que a vontade de falar.

Pagot acionou a língua em três conversas gravadas. Ouviu-o o repórter Claudio Dantas Sequeira. O resultado das conversas foi despejado numa notícia de teor devastador. Destravados, os lábios do ex-mandachuva do Dnit acusaram o PSDB de fazer caixa dois nas obras do Rodoanel, tocadas com verbas federais e do governo de São Paulo. Informaram também que empreiteiras contratadas pelo Dnit foram instadas a contribuir com o caixa da campanha presidencial de Dilma Rousseff.

No pedaço da conversa em que se refere ao tucanato, Pagot diz que os repasses clandestinos azeitaram em 2010 as campanhas de José Serra, o antagonista de Dilma, e de Geraldo Alckmin, que disputou a reeleição para o governo de São Paulo. Também o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab –ex-DEM, hoje no PSD— teria se servido do dinheiro supostamente repassado por baixo da mesa.

Na versão de Pagot, o governo paulista pressionou-o para liberar um aditivo de R$ 264 milhões para o Rodoanel. Deu-se em meados de 2009. Então diretor da Dersa, a estatal que cuida das estradas em São Paulo, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, foi a Brasília. Apresentou a conta.

Numa reunião testemunhada pelo petista Hideraldo Caron, afastado junto com ele da diretoria de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, Pagot teria refugado a demanda de Paulo Preto. Alegou que o governo federal havia contribuído com R$ 1,2 bilhão dos R$ 3,6 bilhões gastos até então no Rodoanel. Sustentou que Brasília não devia mais nada à Dersa.

Pagot diz que passou a receber telefonemas constantes de Paulo Preto. Ministro dos Transportes da época, o senador Alfredo Nascimento (PR-AM) também cobrava-lhe explicações. Mencionou, de resto, o deputado mensaleiro Valdemar Costa Neto (PR-SP) como outro protagonista do cerco pela liberação das verbas. O aditivo de R$ 264 milhões acabou saindo. Com autorização do TCU e parecer favorável da Advocacia-Geral da União.

Tomada de inusitada loquacidade, a língua de Pagot conta que degustava uma dobradinha no Francisco, famoso restaurante de Brasília, quando achegou-se à sua mesa um personagem conhecido. Sentou. E disse-lhe que um pedaço do aditivo do Rodoanel não se destinava à obra. Hã?!? “Veio o procurador de empreiteira me avisar: ‘Você tem que se prevenir, tem 8% entrando lá’.” Heimm?!? Pagot diz ter ouvido do preposto da empreiteira qual seria o rateio dos 8%: “Era 60% para o Serra, 20% para o Kassab e 20% para o Alckmin.”

Pagot esquiva-se de declinar o nome do interlocutor que interrompeu a mastigação de sua dobradinha. “É um sujeito muito informado”, limita-se a declarar. “Se eu disser o nome da empreiteira, ele perde o emprego.” Mas o ex-diretor do Dnit insinua que não ignorava o que se passava à sua volta: “Aquele convênio tinha um percentual ali que era para a campanha. Todos os empreiteiros do Brasil sabiam que essa obra financiava a campanha do Serra.” O PSDB nega as acusações. Serra e Kassab informam que irão processar Pagot.

No naco da conversa em que o prazo de sua lealdade revelou-se vencido, Pagot discorreu diante do gravador do repórter sobre o papel que lhe coube desempenhar na coleta de verbas para o comitê eleitoral de Dilma. “Um dia fui chamado no QG da campanha [petista] no Lago Sul para uma reunião com o tesoureiro José De Filippi”, relatou Pagot. “Ele disse que tinha uma estratégia e precisava conversar comigo, que eu era o cara ideal. Marcamos outra reunião no Dnit. Eu apresentei uma lista de 40 empresas. Ele me disse que não me preocupasse com as maiores, pois isso era lá em cima. Eu cuidei das medias. Não adiantava pegar o zé da esquina. Tinha que dar volume.”

Vale a pena ouvir mais um pouco de Pagot: “Eu não peguei nada. Só pedi, de maneira genérica, sem valor fixo. Eu falava: ‘Você está vendo o desempenho do governo, estamos em período pré-eleitoral, precisamos de dinheiro para a campanha. Se puderem fazer alguma coisa, a gente agradece’. Cada um doou o que quis. Algumas enviavam cópia do boleto para mim e eu remetia para o Filippi. Outros diziam: ‘Depositamos.’ Era caixa um, não tinha nada Escondido.”

Das 40 empreiteiras que indicou, Pagot diz que 15 borrifaram verbas na campanha de Dilma. Coisa de R$ 10 milhões. Ele relaciona as logomarcas: Carioca Engenharia, Concremat, Construcap, Barbosa Mello, Ferreira Guedes, Triunfo, CR Almeida, Egesa, Fidens, Trier, Via Engenharia, Central do Brasil, Lorentz, Sath Construções e STE Engenharia.

Perguntou-se a Pagot se considerava normal exercer, a partir do Dnit, o papel de coletor de arcas eleitorais. E ele: “Ora, qual agente público, ministro, que nunca fez isso em época de eleição? Essa porra toda que você tá vendo aí é culpa do financiamento de campanha, A chaga aberta que não cicatriza. Os caras vivem com o pires na mão atrás de empreiteira.”

Nesse ponto, Pagot injetou na conversa a ministra Ideli Salvatti, atual coordenadora política de Dilma na conversa:  “A Ideli também veio me procurarar.” Hummm!!! Ela pediu dinheiro? “Pediu, pessoalmente, tête-à-tête. Pediu audiência para tratar de três convênios lá no Estado [Santa Catarina] e, no final, disse: ‘Pagot, me ajuda, a gente precisa, estamos crescendo [nas pesquisas]’. Queria que eu chamasse as empreiteiras, fizesse uma reunião e pedisse para pôr grana na campanha dela [ao governo catarinense]. Não tive como atendê-la.”

Não é só. Há mais. Pagot conta que foi procurado também pelo senador Demóstenes Torres. Coisa de 2010, ano em que Demóstenes ainda não se havia convertido no ex-Demóstenes que enfrenta no Senado um pedido de cassação por envolvimento com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira.

“Ele preparou todo o jogo”, relatou Pagot. Primeiro, me convidou para jantar com a família. Num segundo jantar, cheguei lá e estavam os caras da Delta, o Cláudio Abreu e o Fernando Cavendish.” Sim, e sobre o quê conversaram? “Ao final do jantar, o Demóstenes me convidou para uma sala separada. Só eu e ele. Disse: ‘Olha, Pagot, estou com dívidas com a Delta e precisava carimbar alguma obra para poder retribuir o favor que a Delta fez para mim na campanha’. Eu disse que não tem como o diretor-geral do Dnit ir no mercado pedir obra para a Delta.”

Campeã de obras do PAC, a Delta tem no Dnit sua principal fonte de contratos em Brasília. Cláudio Abreu, um dos personagens mencionados por Pagot, era diretor da empreiteira para a região Centro-Oeste. Pilhado na Operação Monte Carlo, encontra-se preso. A PF refere-se a ele como sócio de Carlinhos Cachoeira. Demóstenes é citado no inquérito como “sócio oculto” da Delta. Quanto a Fernando Cavendish, presidente licenciado da empreiteira, soou num grampo captado por ex-sócios afirmando que, se entregasse R$ 6 milhões a um senador, conseguiria cavar muitos contratos.

Toda essa gente frequenta a zona de tiro da CPI do Cachoeira. Cláudio Abreu deveria ter prestado depoimento na semana passada. Silencionou para não se autoincriminar. Demóstenes imitou-o. Há requerimentos pedindo a convocação de Cavendish. Mas a CPI não se anima a votá-los. A oposição requereu também a convocação de Pagot. A infantaria governista da CPI bloqueia a análise do pedido.

Pagot declara-se pronto para falar à CPI. Porém, em timbre desafiador, descrê da hipótese de vir a ser chamado: “Duvido que me chamem. Muitos ali têm medo do que posso contar.” É, faz sentido. Quando Pagot cultuava o silêncio, foi chamado a duas comissões, uma da Câmara e outra do Senado. Agora que ele ligou o ventilador e fala em catadupas –concendeu entrevista também aos repórteres Murilo Ramos e Leandro Loyola—não parece haver no Congresso quem se disponha a ouvi-lo.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

PF desmonta esquema que desviou R$ 7 milhões de FGTS de jogadores

Foto: Divulgação 

A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (13/11), a terceira fase da Operação Fake Agents III, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes milionárias em contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pertencentes a jogadores de futebol, ex-jogadores e treinadores. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 7 milhões.

Nesta etapa, os agentes da PF cumpriram quatro mandados de busca e apreensão na capital fluminense, três em residências de funcionários da Caixa Econômica Federal, localizadas nos bairros da Tijuca, Ramos e Deodoro, e um na agência do banco no Centro do Rio.

A investigação teve início com o caso do jogador peruano Paolo Guerrero, que teve cerca de R$ 2,2 milhões desviados de sua conta de FGTS por meio de documentos falsos. Essa fraude deu origem à primeira fase da operação.

Na segunda fase, as investigações levaram à advogada Joana Costa Prado de Oliveira, apontada como responsável por coordenar os saques fraudulentos. Segundo a PF, ela utilizava seus contatos em agências da Caixa no Rio de Janeiro para facilitar o levantamento indevido dos valores. A advogada teve a carteira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) suspensa.

Com o avanço das apurações, a terceira fase passou a investigar funcionários da Caixa que colaboravam com o esquema. Foi a partir dessa etapa que os investigadores constataram que as fraudes ocorreram em diversas agências da Caixa no Rio de Janeiro, envolvendo outros jogadores e treinadores.

Os inquéritos da PF apuram denúncias apresentadas pelo técnico Oswaldo de Oliveira e pelo zagueiro Christian Chagas Tarouco, o Titi, ambos vítimas de saques irregulares em contas vinculadas ao FGTS. Há também indícios de irregularidades relacionadas aos valores do ex-treinador da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, o Felipão.

A operação é conduzida pela UIS/Delefaz (Unidade de Investigações Sensíveis da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários), com apoio da área de inteligência e segurança da Caixa.

Os investigados poderão responder pelos crimes de falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa, sem prejuízo de novas imputações que possam surgir com o avanço das investigações.

A CNN tenta contato com a advogada Joana Costa Prado de Oliveira e mantém espaço aberto para que se manifeste sobre as investigações.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

PESQUISA GENIAL/QUAEST: 59% dizem que Lula não deveria tentar reeleição em 2026

Foto: Ricardo Stuckert/PR

De acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (13), 59% dos brasileiros acreditam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria se candidatar à reeleição.

O número voltou a subir após uma leve melhora registrada no mês de outubro, quando 56% dos entrevistados eram contrários a uma nova candidatura. Em contrapartida, 38% afirmam que Lula deveria tentar um novo mandato.

Foto: Genial/Quaest

A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 9 de novembro, com 2.004 entrevistados de 16 anos ou mais. O nível de confiança é de 95%.

Com informações do Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

PF cumpre mandado na casa do tesoureiro da CBPA, Gabriel Negreiros, em Parnamirim, alvo da CPMI do INSS

Foto: Reprodução

Equipes da Polícia Federal estiveram, na manhã desta quinta-feira (13), na residência de Gabriel Negreiros, tesoureiro da Confederação Brasileira de Pensionistas e Aposentados (CBPA), localizada em Parnamirim, na Grande Natal. Ele é um dos investigados na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS e foi citado em delações que apontam repasses milionários.

De acordo com informações apuradas pela CPMI, Gabriel teria recebido valores que chegavam a R$ 5 milhões e mantinha vínculos próximos com o presidente da CBPA, Abraão Lincoln — que, apesar de afirmar manter apenas uma “relação institucional”, teve o nome envolvido após vir à tona que Gabriel é padrinho de seu neto.

A ação faz parte da nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada nesta quinta-feira pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU). A operação apura um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões, envolvendo entidades e associações de todo o país.

No total, estão sendo cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, 10 de prisão preventiva e outras medidas cautelares em 15 estados, incluindo o Rio Grande do Norte, além do Distrito Federal. Os investigados poderão responder por crimes como estelionato previdenciário, corrupção, inserção de dados falsos em sistemas públicos, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Chanceler Mauro Vieira se reúne com Marco Rubio em Washington para discutir tarifas impostas aos produtos brasileiros

Foto: Itamaraty / Reprodução

O chanceler brasileiro Mauro Vieira se reúne nesta quinta-feira (13), em Washington, com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, para discutir as tarifas de 40% aplicadas pelo governo americano sobre produtos brasileiros desde agosto. O encontro busca avançar nas negociações diplomáticas iniciadas após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrar a suspensão imediata das taxas.

A reunião é a terceira entre os dois ministros desde que Rubio foi designado principal interlocutor do governo Trump nas tratativas comerciais com o Brasil. Segundo o Itamaraty, o país já apresentou uma proposta formal aos EUA em 4 de novembro, e espera agora uma resposta concreta.

O tema também foi tratado brevemente entre os dois durante o encontro do G7 no Canadá, na quarta-feira (12). A expectativa brasileira é que a conversa em Washington tenha um caráter mais técnico, com encaminhamentos que permitam destravar o impasse antes de um novo encontro entre Lula e Trump, previsto para dezembro.

Em meio às negociações, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que o governo americano deve anunciar em breve isenções para produtos como café, bananas e outros itens não produzidos no país, o que pode representar o primeiro sinal de flexibilização das medidas tarifárias.

Com informações da CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Nova regra tributária pode reduzir capital de giro das empresas a partir de 2026

Foto: Reprodução

A partir de 2026, uma mudança prevista na reforma tributária deve alterar a forma como as empresas recolhem impostos e, segundo especialistas, pode ter forte impacto no capital de giro do setor produtivo. Trata-se do split payment, mecanismo que prevê o recolhimento automático dos tributos a cada transação comercial — e não mais de forma mensal.

A informação é da coluna da Andreza Matais, do Metrópoles. Na prática, o valor devido será transferido diretamente ao governo no momento da operação, impedindo que o dinheiro permaneça temporariamente com a empresa. Especialistas consideram a medida uma “bomba de nêutrons na atividade econômica”, pois reduz a liquidez das companhias e aumenta seus custos operacionais.

“Esse novo modelo retira das empresas a possibilidade de usar os recursos do tributo até a data de pagamento, o que compromete o capital de giro e altera toda a dinâmica financeira dos negócios”, explica o professor de Direito da USP, Fernando Facury Scaff. Ele também prevê um aumento nas disputas judiciais entre contribuintes e o Fisco.

A Receita Federal, por sua vez, defende que o sistema ajudará a reduzir a sonegação fiscal e argumenta que, diferentemente da Europa — onde o modelo foi abandonado —, o Brasil possui infraestrutura bancária mais automatizada, o que garantiria o funcionamento da medida.

Com informações do Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Moraes amplia prazo para governo do Rio entregar relatórios sobre operação

Foto: Gustavo Moreno/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (12) prorrogar até o dia 17 de novembro o prazo para que o governo do Rio de Janeiro envie os relatórios e imagens da megaoperação policial que resultou em 121 mortes. A ampliação foi concedida após pedido da Procuradoria-Geral do Estado, que alegou dificuldade para reunir todos os materiais exigidos.

De acordo com o governo fluminense, a prorrogação permitirá que as secretarias envolvidas “tenham tempo hábil para consolidar e encaminhar as informações e documentos solicitados”. A decisão anterior de Moraes, datada de 8 de novembro, previa 48 horas para o envio de cópias de laudos necroscópicos, imagens de câmeras corporais, relatórios de inteligência e dados sobre os alvos da Operação Contenção.

Na mesma determinação, o ministro havia exigido que o Ministério Público do Rio (MP-RJ), o Tribunal de Justiça (TJ-RJ) e a Defensoria Pública prestassem esclarecimentos sobre a ação. Nesta quarta, os três órgãos enviaram suas respostas, e o MP informou que já iniciou a análise das gravações registradas pelos policiais.

As medidas fazem parte da ADPF das Favelas (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 635), que trata da letalidade policial no estado. Moraes atua como relator temporário do processo.

Com informações da CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Esse Moraes é um sujeitinho incompetente, sempre está prejudicando os andamento dos serviços.

  2. Esse ministro vai dá muito trabalho ao povo de bom traficantes parabéns cidadão silasca

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Sob pressão de governadores, Câmara adia votação do PL Antifacção

Foto: KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), adiou nesta quarta-feira (12) a votação do Projeto de Lei Antifacção. O pedido partiu do relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), e foi reforçado por governadores que pediram mais tempo para avaliar o texto.

Derrite, que também é secretário de Segurança Pública de São Paulo, subiu à tribuna para solicitar o adiamento e propôs que a discussão volte à pauta no dia 18 de novembro. “Atendendo à demanda de vários parlamentares e líderes, que a gente possa pautar definitivamente esse debate na próxima terça-feira”, declarou o relator.

Com o pedido aceito, Motta cancelou a reunião de líderes que estava prevista para quinta-feira (13) e confirmou que o PL Antifacção será o único item da pauta quando retornar ao plenário.

O movimento para adiar a votação ganhou força após reunião entre Motta e governadores na terça-feira (11). Participaram do encontro Ronaldo Caiado (Goiás), Romeu Zema (Minas Gerais), Cláudio Castro (Rio de Janeiro) e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão — todos defendendo mais tempo para discutir o alcance e os impactos da proposta.

Com informações do Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Janja pede desculpas por calor na COP30 e relaciona situação à crise climática

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Durante um painel da COP30 em Belém (PA), nesta quarta-feira (12), a primeira-dama Janja Lula da Silva pediu desculpas aos artistas e convidados pelo forte calor no local do evento. Ela destacou que as altas temperaturas refletem as dificuldades enfrentadas diariamente por comunidades amazônicas diante dos efeitos das mudanças climáticas.

“Quero pedir desculpas porque eu sei que o dia hoje foi um pouco quente, bastante quente aqui na COP e estamos tentando resolver (…). É um calor que a população enfrenta diariamente na Amazônia, que os povos ribeirinhos convivem e agora muito mais afetados pelas mudanças climáticas”, disse Janja durante o painel “Narrativas e histórias para enfrentar a crise climática”.

O encontro contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, da ex-ministra alemã Claudia Roth, do líder indígena Davi Kopenawa, dos atores Kleber Toledo e Giovanna Nader e da ativista Kumi Naidoo. O cantor Gilberto Gil era esperado, mas não compareceu.

Janja afirmou ainda que percorreu os biomas brasileiros para ouvir mulheres sobre os desafios climáticos, trabalho que resultou no minidocumentário “As Vozes do Bioma”, que será lançado em seu canal no YouTube. Ela definiu a conferência como “a COP da verdade, das pessoas e dos povos”, reforçando a proposta de soluções locais para problemas globais.

Com informações do Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Descobriram agora que o clima amazônico é úmido e quente. Sinal que nunca pisaram de verdade na região. Só usam pra ganhar voto

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Senadores e ministros do STF veem recado a Lula sobre Messias em aprovação apertada de Gonet

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A recondução de Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR), com 45 votos a 26, acendeu um sinal de alerta no Palácio do Planalto. O placar, um dos mais apertados desde a redemocratização, foi visto por aliados do governo e por ministros do STF como um recado direto sobre a resistência que Jorge Messias, atual advogado-geral da União, pode enfrentar ao ser indicado para a Corte.

A disputa expôs o peso político do grupo comandado por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que tem papel central nas sabatinas do Senado. Sem o apoio dele e de sua base, a aprovação de Messias dificilmente alcançaria os 41 votos necessários. Mesmo assim, Lula tem reafirmado confiança no nome do ministro e pretende intensificar a articulação com senadores nas próximas semanas.

Nos bastidores, governistas tentam minimizar o resultado e apontam o cenário atual do Senado como reflexo da fragmentação entre oposição, centrão e base aliada. Já líderes oposicionistas destacam que o desempenho de Gonet — mesmo sem uma mobilização ampla — mostra força suficiente para dificultar novas indicações do Executivo.

Integrantes do centrão admitem que a votação de Messias pode se transformar em uma disputa ainda mais acirrada, com negociações envolvendo aliados de André Mendonça e possíveis acordos entre bancadas. Para ministros do STF, o recado foi claro: o governo precisará calibrar a articulação política se quiser garantir maioria na próxima votação.

Com informações da Folha de S.Paulo

Opinião dos leitores

  1. Se ele já era “menino de recado” da Dilma, imagina agora, agradecido pelo peito vitalício e autoritário. “Bessias” fará tudo o que “meu mestre mandar”….

  2. Esses senadores são uma vergonha, esssa instituição que é o maior desperdício do dinheiro dos pagadores de impostos, deveria ser fechada

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

COP30: Países ricos pressionam por metas mais rigorosas, enquanto emergentes cobram recursos

Foto: Alex Ferro/COP30

As negociações da COP30, em Belém, entraram no quarto dia nesta quinta-feira (13) marcadas por fortes divergências entre países desenvolvidos e nações emergentes. Enquanto europeus defendem metas climáticas mais ambiciosas e maior transparência nas ações, os países em desenvolvimento insistem na ampliação do financiamento internacional para a transição energética.

Os países ricos, liderados por representantes da União Europeia, cobram metas mais frequentes e fiscalização sobre as NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas). Já os emergentes, como Brasil e Índia, apontam para o artigo 9.1 do Acordo de Paris, que obriga as nações desenvolvidas a bancar, com recursos públicos, parte das políticas climáticas em países mais pobres. O grupo também critica o chamado “protecionismo verde”, que impõe barreiras comerciais sob o argumento ambiental.

Delegada do Reino Unido, Rachel Kyte afirmou que os compromissos atuais “ainda não colocam o mundo no caminho certo” para limitar o aquecimento global. Ela também defendeu mudanças estruturais no sistema financeiro internacional, destacando que “muitos países pequenos e em desenvolvimento devem mais ao mundo rico do que recebem em investimentos”.

Com os impasses, a presidência da COP30 convocou uma plenária extraordinária para o sábado (15). O encontro discutirá temas sensíveis como o financiamento climático, o relatório das metas NDCs e o protecionismo verde, em tentativa de evitar bloqueios nas negociações principais da conferência.

Com informações da CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *