Política

“Não podemos banalizar o instrumento do impeachment. No caso de Bolsonaro, ainda não há uma comprovação que permita”, diz governador petista

Foto: Cristiano Mariz/VEJA

O governador do Piauí é um petista moderado, muito próximo a Lula e que não esconde o entusiasmo diante da perspectiva de o PT voltar ao Palácio do Planalto em 2023. Embora admita que há espaço para uma candidatura que represente a chamada terceira via, Wellington Dias acredita que a tendência, por enquanto, é mesmo a polarização entre Jair Bolsonaro e Lula — estratégia, ressalte-se, que atende aos interesses de ambos. Ao ser questionado sobre a possibilidade de impeachment, por exemplo, ele critica a banalização do instrumento e ressalta que ainda não vê provas suficientes para iniciar uma ação de destituição do presidente da República, embora seu partido tenha sido um dos signatários do mais recente pedido de impedimento. À frente do Consórcio Nordeste, grupo que reúne os estados da região, Dias afirma que a pressão dos governadores acelerou a vacinação no país, uma bem-sucedida contraposição à política do governo federal que ele avalia como “desastrosa”. Em entrevista a VEJA, olhando também para o passado, o governador admite que a candidatura à reeleição de Dilma Rousseff foi um erro, diz não ver problemas em firmar aliança com o chamado Centrão e revela que chegou a participar de conversas para a formação de uma insólita chapa com o tucano Aécio Neves (MG) com vistas às eleições presidenciais de 2010. A seguir os principais trechos.

O senhor segue a mesma linha dos oposicionistas de que o governo adotou uma política genocida no enfrentamento da pandemia? Ninguém pode negar que tivemos uma tragédia no Brasil. Cito um dado apenas: o Brasil tem 2,7% da população mundial e já alcançou mais de 13% do número de óbitos do mundo. O Brasil tem cerca de quatro vezes mais óbitos do que a proporção de sua população. É uma tragédia. Não seguir a ciência levou a essa tragédia. Não ter monitoramento, não ter a compra de insumos, não ter plano para prevenção e tratamento, não fazer a compra de vacina quando teve oportunidade, tudo isso junto levou a esse resultado desastroso.

O presidente teria deixado de fazer isso deliberadamente para matar as pessoas? Precisa ser analisado se o objetivo era causar as mortes ou se tinha mesmo alguém que acreditava que a propagação do vírus era uma forma de se livrar rápido do problema. A ciência negou isso o tempo inteiro. Se houve mesmo incentivo à propagação do vírus para se livrar da pandemia, foi uma política genocida. Vamos esperar o resultado da CPI.

Qual a impressão que o senhor tem do presidente Bolsonaro? Eu convivi com o deputado Jair Bolsonaro no Congresso. Nesse período atuamos em um mesmo bloco e mantivemos relação sempre respeitosa. O presidente precisa colocar o interesse do país acima das disputas políticas. Infelizmente, ele procura manter um tensionamento permanente. A disputa política fica sempre em primeiro plano e a pauta de interesse público em segundo.

E sobre o governo Bolsonaro? Além dos problemas no combate à pandemia, o que precisamos hoje na política é de diálogo. Na área econômica, não é possível acreditar apenas no livre mercado. Há necessidade de ter um plano, uma presença forte do governo estimulando o setor privado para que a gente tenha chance. O país está dependendo das commodities muito mais do que antes. Commodities que, sob o ponto de vista econômico, geram crescimento, mas não muito emprego e renda. Também estamos estragando nossas relações internacionais, metendo-nos o tempo todo em assuntos impróprios. A imagem do Brasil no exterior é péssima, especialmente por causa da política ambiental, da questão indígena, da forma como tratamos a segurança. O armamento vai na contramão da história. Em resumo: o governo é muito ruim.

Por que o eleitor deve acreditar que o PT é alternativa a todos esses problemas? Temos uma situação tão grave no Brasil que devemos priorizar o diálogo. Lula se coloca como alternativa pela sua reconhecida capacidade de dialogar, ouvir e tolerar. Há a necessidade de alguém com experiência democrática, alguém empenhado em fortalecer as instituições que foram atingidas nesse período. Há a necessidade de criar uma política de pacificação dentro do país, aliada a um plano que possa fortalecer a economia, gerar emprego e renda.

A corrupção não será um empecilho a esse projeto eleitoral do ex-presidente? Hoje é mais fácil responder sobre isso. Foram dezessete processos que criaram para o Lula e para outros líderes uma imagem de corrupção. Destes, catorze já foram arquivados. O que houve, na verdade, foi uma estratégia política coordenada pelo juiz Sergio Moro, que depois se tornou ministro do governo que ajudou a eleger com pretensões de ir ao Supremo. Eu sempre disse que a Lava-Jato era uma ação contra os líderes políticos e empresariais. Nós vamos defender o combate à corrupção, que ainda é grave no Brasil. Mas não dessa maneira.

O senhor fala como se não tivesse havido casos gravíssimos de corrupção durante os governos do PT. Pagou e pagará qualquer um que cometer crime de corrupção em nossos governos. Quem cometeu, quem a Justiça comprovou que cometeu, foi expulso do PT. O que precisa ser dito, em alto e bom som, é que, enquanto partido, continuamos defendendo a ideia de que quem cometer corrupção terá de pagar. O que não podemos é permitir o espetáculo processual, expondo pessoas inocentes.

O PT se corrompeu? Digo que pessoas do meu partido, em meio a 1,5 milhão de militantes, infelizmente, também foram para o descaminho.

Quem? O ex-ministro Palocci confessou em depoimentos, não sou eu quem o está julgando. Era uma pessoa preparada, com capacidade técnica extraordinária.

Apenas ele? O ex-ministro José Dirceu foi julgado, condenado e cumpriu pena, mas ele sustenta que não participou de nenhuma ilegalidade. No caso do mensalão, foram apresentadas apenas provas testemunhais.

O senhor acredita na formação de uma frente ampla para enfrentar o presidente Bolsonaro em 2022? Sinceramente, não. Um campo político com o apoio que tem o ex-presidente Lula dificilmente abrirá mão de utilizar essa vantagem. O que estou dizendo: é possível que o ex-ministro Ciro Gomes seja candidato? Sim. Que o campo do ex-presidente Fernando Henrique, Doria, Eduardo Leite, lancem candidato? Sim. Defendo o entendimento pensando no interesse maior.

Hoje o PT critica a aliança que o governo fez com o chamado Centrão, mas o partido fez a mesma aliança quando estava no poder. Em todos os lugares do mundo você governa com os partidos que ajudaram a construir a vitória. Qualquer presidente precisa confiar a composição de um governo a um conjunto de líderes. Evidentemente, o ideal é que as escolhas priorizem afinidade, conhecimento e experiência nas áreas de atuação. Fui governador entre 2003 e 2010, período em que Lula foi presidente. Vi de perto a capacidade dele de dialogar, construindo uma maioria no Congresso que permitiu a aprovação de projetos importantes. O que não pode é submeter o país a qualquer caminho que seja prejudicial ao interesse da população.

O senhor considera que as escolhas foram adequadas nos governos petistas? Tanto foram adequadas que isso foi o que gerou problemas, principalmente na gestão da presidenta Dilma. O conflito que ela enfrentou tinha a ver com determinados anseios de aliados que queriam indicação em determinadas áreas que não foram atendidas.

O senhor faz muitos elogios ao governo Lula, mas pouco fala sobre o governo Dilma, que foi destituída por um processo de impeachment. Dilma foi uma presidenta honesta, uma presidenta com elevado espírito público. Em 2009, eu avaliava que não seria uma tarefa fácil substituir um dos maiores presidentes da história deste país. Havia a necessidade de ter alguém que tivesse uma experiência maior em relação à política. Dilma foi eleita para o primeiro mandato e seguiu o programa daquele primeiro mandato. Em 2014, havia a oportunidade de uma alternância, mas o Lula nunca sugeriu isso a ela. Foi aí que começaram os problemas.

Lula errou ao não impor sua candidatura em 2014? O que o presidente Lula diz é que, quando houve a alteração constitucional prevendo a reeleição, Fernando Henrique exerceu esse direito. Ele também teve o direito à reeleição. Por isso, não seria razoável a primeira mulher presidente do Brasil não exercer esse direito. O problema é que era um momento muito tenso e exigia uma capacidade de diálogo, de articulação, realmente muito elevada, e ela tinha essa dificuldade.

Mas o que a ex-presidente poderia ter feito de diferente? Eu estava no Congresso Nacional, no Senado Federal, era líder do bloco de apoio ao governo da presidenta Dilma. Repito: uma pessoa honesta, uma pessoa de grande espírito público, mas tinha muitas dificuldades em relação aos líderes. Você não é obrigado a dizer sim aos pleitos que são apresentados. Mas é razoável que ouça, é razoável que receba e responda. E que responda com uma justificativa adequada e uma política de respeito. Olhando para trás, acho que, se Lula tivesse sido candidato em 2014, creio que não teríamos enfrentado os problemas que enfrentamos.

Defender o impeachment do presidente Bolsonaro é uma estratégia correta? Compreendo que a democracia prevê a figura do afastamento de um presidente da República, mas não podemos banalizar o instrumento do impeachment. Ou existe uma prova muito concreta, robusta, ou temos de respeitar a soberania da vontade popular. No caso de Bolsonaro, na minha opinião, ainda não há uma comprovação que permita o impeachment. Não duvido que venha a surgir. Se tiver desvios, especialmente nesse caso da Covaxin, aí muda tudo. Se o remédio necessário for o impeachment, vamos usar. Mas não podemos levar o país a aventuras.

É verdade que o senhor chegou a cogitar a possibilidade de formar uma chapa com Aécio Neves em 2010? Na época teve aquela dobradinha em Minas Gerais, de Lula e Aécio, o Lulécio. Esse diálogo foi aberto pela boa relação dele com o Lula, pela possibilidade de ele se filiar a um partido da nossa base e como um líder destacado, citado para ser candidato a presidente pelo campo político apoiado pelo Lula. Eu estava no segundo mandato de governador e meu nome era lembrado como alternativa para vice. Hoje eu brinco que ele perdeu a chance de ser presidente e ainda tirou a minha de ser vice.

Veja

Opinião dos leitores

    1. Não há e nunca vai ter.
      O que tem muito é cachorrada desses vagabundos.
      É melhor Jair se acostumando.
      Vai até 2026.
      Éssa quadrilha não manda mais no Brasil.
      Palhaços corruptos.

  1. Acho que a militância digital remunerada recebeu dinheiro, estão “endiabrados” hoje. Kkkkkkkk

  2. Os caras querem entregar o Brasil para corruptos defensores de ladrões e ficam na internet, conversando asneiras sobre um presidente honesto, competente, bem intencionado, patriota, religioso, trabalhador, sincero e boa praça. Preferem um canalha, cachaceiro, analfabeto, mentiroso, mal caráter, preguicoso, corrupto e lavador de dinheiro. Está muito fácil separar o joio do trigo.

  3. Seguindo a lógica dele e de muitos outros não vamos banalizar a prisão, vamos deixar o cara que cometeu crime cometer pelo menos uns 20 pra poder prender.

    A lei é clara, não existe meio termo, fez errado é prisão, fez errado é impeachement…

    O resto é conversinha de quem tem medo de banalizar isso ou aquilo e chegar a sua vez.

  4. Mais um defensor de bandidos, altamente seletivo. Fecha os olhos para o manancial de corrupção que assolou os governos do PT ao tempo em que tentar isentar os chefes da ORCRIM, o Zé “Daniel” Dirceu e o bandido mor, o vagabundo de 9 dedos. Para simplificar, do PT não escapa NENHUM, incluindo esse traste da reportagem.

  5. Tirar uma besta, pra assumir um cavalo?
    Deixa ele aí.
    Quero ver ele passar a faixa pra Lula. Aí as tripas são um nó de vez!

  6. Petistas sabidos. Batem em Bolsonaro não querem seu impeachment, porque sabem que é a única chance para voltar ao poder é enfrenta-lo no segundo turno. Estão morrendo de medo da terceira via, principalmente se for Moro.

    1. O ex juiz, assim como outros da mesma vertente, está “queimado” à direita e à esquerda. Essa tal 3a. via só interessa ao PT pois tende a tirar alguns votos da ÚNICA barreira que ainda protege o Brasil do caos, que é o presidente Bolsonaro. O PSDB não passa de um PT banhado, perfumado, que estudou mais um pouco e que prefere vinhos finos a um litro de 51.

    2. Eles batem no presidente porque sabem que ele é o único verdadeiramente diferente. O resto é tudo farinha do mesmo saco.

  7. Pro PT não interessa o impeachment. Acabaria com a candidatura Lula. Melhor concorrer com Bozo, é a determinação do chefe.

    1. Exatamente! O MINTO só tem chances de ganhar as eleições de 2022 contra Lulaladrão e vice versa…

  8. Um impeachment agora só vale pelo menos 01(um) ano e alguns meses. No próximo ano no voto, esse maluco ficará impedido por 04(quatro) anos. O que é melhor?

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Geral

Oficial de Justiça vai a hospital para tentar notificar Bolsonaro sobre abertura de processo no STF

Foto: divulgação

Uma oficial de Justiça procurou o ex-presidente Jair Bolsonaro no hospital onde está internado em Brasília para notificá-lo sobre a abertura do processo no Supremo Tribunal Federal que o julgará por tentativa de golpe de estado. Bolsonaro está há dez dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital DF Star.

O Supremo decidiu em março tornar réus Bolsonaro e outros sete denunciados no inquérito da tentativa de golpe. Bolsonaro, de acordo com as investigações, apresentou a proposta aos comandantes das Forças Armadas, e tinha o objetivo de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em depoimento, os então comandantes do Exército, Freire Gomes, e da Aeronáutica, Baptista Jr., relataram a abordagem de Bolsonaro e disseram ter se colocado contra qualquer tentativa de ruptura institucional. A defesa do ex-presidente nega as acusações.

Bolsonaro não recebeu a oficial de Justiça e, por isso, ainda não assinou a notificação oficial, o que dá início à contagem do tempo para que ele apresente sua defesa. Apesar de recomendação médica de não receber visita, Bolsonaro recebeu nesta terça-feira o presidente do PL, seu partido, Valdemar Costa Neto.

Em nota, o STF infomou que os demais réus na ação penal foram citados entre os dias 11 e 15 de abril, para que apresentem suas defesas. No caso do ex-presidente, em virtude de sua internação, a ordem foi aguardar uma data em que ele pudesse receber o oficial de Justiça. “A divulgação de live realizada pelo ex-Presidente na data de ontem (22/4) demonstrou a possibilidade de ser citado e intimado hoje (23/4)”, informou o tribunal.

Bolsonaro foi internado para passar por mais uma cirurgia para tratar uma “suboclusão intestinal” – uma obstrução parcial do intestino. Boletim médico divulgado nesta terça-feira afirma que o ex-presidente tem uma boa evolução clínica e já apresenta sinais efetivos de movimentação intestinal.

O Globo

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Lewandowski diz que aposentados lesados por fraudes no INSS poderão ser ressarcidos

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira que os aposentados e pensionistas lesados pelas fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderão ser ressarcidos. A declaração foi feita após questionamentos sobre a possibilidade de devolução dos valores indevidamente descontados dos benefícios.

Segundo Lewandowski, muitos dos envolvidos nas irregularidades possuem patrimônio que poderá ser utilizado para compensar as vítimas.

— Muitas dessas entidades têm bens, têm patrimônio. Foram arrecadados muitos bens e dinheiro em espécie. Tudo isso será, num primeiro momento, utilizado para fazer frente a essas reivindicações, que certamente virão — disse.

Lewandowski também reforçou que, nos casos em que os recursos dos responsáveis não forem suficientes, o Estado deverá assumir a compensação.

— É evidente que o Estado terá responsabilidade subsidiária. Trata-se de um processo complexo, que precisará ser analisado individualmente, caso a caso — explicou.

As fraudes no INSS são alvo de uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), que investiga desvios de cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo por decisão judicial.

O Globo

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Geral

Prefeitura de Macaíba reforça estrutura da Ponte do Vigário com concretagem

Imagem: Luan Alves

A Prefeitura de Macaíba, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, realizou nesta terça-feira (22/04) a concretagem da estrutura da passagem sobre o Rio Pitimbu conhecida como “Ponte do Vigário”, localizada na estrada vicinal que liga o bairro Bela Macaíba à BR-304.

Segundo o secretário de Infraestrutura, Vítor Aguiar, foi feita a substituição dos tubos de concreto que haviam sido danificados pelas fortes chuvas que caíram na região durante o mês de março. Logo após, iniciou-se a etapa de concretagem do maciço estrutural. Nessa fase, atendendo às normas estruturais, o concreto precisa passar por um período de cura, que dura em torno de 28 dias. Esse processo é que permite que o concreto alcance a sua máxima resistência.

Só então terminada essa fase, é possível liberar o tráfego de veículos de forma definitiva. Vítor Aguiar também informou que, nesse período de cura, serão realizados serviços complementares para a conclusão da obra, tais como: elevação do grade (nível) da estrada, execução dos dispositivos dissipadores de energia na estrada e na saída dos tubos, além da revitalização das guardas da ponte. Assim, em um mês, a passagem estará totalmente livre para circulação.

 

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Voepass entra com pedido de recuperação judicial após ter operações suspensas pela Anac

Foto: William Robson

A Voepass Linhas Aéreas entrou com um pedido de recuperação judicial na noite de terça-feira (22). A ação ocorreu cerca de um mês após a companhia ter as operações suspensas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que apontou irregularidades e falta de segurança.

Esse é o segundo pedido de recuperação judicial da Voepass nos últimos anos. No documento, protocolado em Ribeirão Preto (SP), a empresa afirma ter uma dívida de mais de R$ 400 milhões, sendo a maior parte dos credores trabalhistas e empresas de pequeno e médio porte.

Em nota, a Voepass informou que o pedido é parte de uma estratégia para reorganizar as finanças e estruturar o capital da empresa, em continuidade ao processo de reestruturação financeira iniciado anteriormente. “Esta foi a única saída para realizar uma reestruturação completa e garantir que a Voepass volte a oferecer um serviço essencial para o desenvolvimento do Brasil.”

Empresa enfrenta forte crise após acidente aéreo

A Voepass vem enfrentando uma forte crise financeira desde agosto de 2024, quando um acidente aéreo deixou 62 mortos em Vinhedo (SP). Depois da tragédia, a Latam suspendeu as atividades de quatro das 10 aeronaves que eram utilizadas nas operações de codeshare – parceria que permitia o uso dos aviões da Voepass por passageiros que compravam passagens pela Latam.

A crise foi agravada com a suspensão das operações pela Anac. A ação afetou milhares de passageiros e causou impacto direto no caixa, que já estava em processo de reestruturação financeira desde fevereiro, quando entrou com um pedido de tutela preparatória na Justiça.

SBT News

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Cardeal que foi condenado à prisão e perdeu direito a voto no Conclave diz que vai participar da eleição: ‘Estarei lá’

Foto: Andreas Solaro/AFP

O cardeal Giovanni Angelo Becciu, condenado à prisão por envolvimento em um escândalo de corrupção no Vaticano, afirmou que irá participar do Conclave mesmo com a Santa Sé tendo-o excluído da lista de eleitores. As declarações foram feitas ao jornal italiano “L’Unione Sarda”, nesta terça-feira (22).

Becciu renunciou aos direitos ligados ao cardinalato em 2020, após ser alvo de uma investigação que apurou irregularidades na compra de um imóvel de luxo em Londres. Na ocasião, o Vaticano anunciou que o papa Francisco havia aceitado a renúncia.

Segundo as investigações, em 2014, o Vaticano gastou mais de US$ 200 milhões na aquisição do imóvel. De acordo com a BBC, parte do dinheiro utilizado deveria ter sido destinada a obras de caridade.

O acordo foi assinado por Becciu, que na época atuava como chefe de gabinete do papa. Além disso, o religioso também teria desviado recursos para a diocese de sua cidade natal, na Sardenha, beneficiando membros da própria família.

Em dezembro de 2023, Becciu foi condenado a cinco anos e seis meses de prisão, além da inabilitação perpétua para cargos públicos, por peculato e abuso de poder. A decisão foi proferida pelo Tribunal do Vaticano. O religioso recorreu da decisão e continua em liberdade.

Ao “L’Unione Sarda”, Becciu afirmou que já viajou a Roma e participará do Conclave para eleger o sucessor de Francisco. Segundo ele, seus direitos continuam válidos, já que foi convidado a participar de um Consistório sobre reformas no Vaticano em 2022, mesmo após ter renunciado.

“O papa reconheceu que minhas prerrogativas de cardeal permanecem intactas, já que não houve uma vontade explícita de me excluir do Conclave nem um pedido para minha renúncia explícita por escrito”, disse.
Em 2022, o Vaticano confirmou que Becciu foi convidado por Francisco para participar do Consistório, mas esclareceu que os “direitos do cardinalato não se referem à participação na vida da Igreja”.

Becciu também afirmou que a lista divulgada pelo Vaticano com os nomes dos cardeais aptos a participar do Conclave não tem valor legal e deveria ser desconsiderada.

Na lista divulgada, Becciu ainda aparece como um dos integrantes do Colégio de Cardeais — grupo formado por 252 religiosos de todo o mundo que ajudam na organização do Conclave e tomam decisões pela Igreja enquanto um novo papa não é eleito.

No entanto, a relação indica que Becciu não está entre os 135 cardeais com direito a voto no Conclave. Sendo assim, ele poderia participar da preparação da eleição, mas ficaria de fora da votação.

Becciu já foi considerado uma figura influente no Vaticano. Como conselheiro de Francisco, chegou a ser apontado como um possível sucessor. Em 2018, foi nomeado cardeal pelo próprio papa, mas perdeu espaço na Igreja após o escândalo vir à tona.

O religioso sempre negou as acusações e chegou a afirmar que Francisco havia perdido a fé nele.

“Foi também uma dor imensa ver o papa mudar de repente a sua opinião sobre mim de forma tão radical. Uma dor que aceitei como um teste à minha fé”, afirmou ao “L’Unione Sarda”.

g1

Opinião dos leitores

  1. Pode vir pro Brasil, os Bolsopetistas vão abraça-lo com fevor e dizer até que merece ganhar um Nobel da paz depois de uns anos.

  2. Esse é bolsonarista raiz: Perde, é corrupto e ainda quer sentar na janela…ô raça sem futuro.

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Geral

Vaticano cogita aumentar hora de visitação ao corpo do papa por conta do elevado número de fiéis

Foto: Reuters/Guglielmo Mangiapane

 

O Vaticano pode estender o horário para que os fiéis visitem o corpo do papa Francisco na Basílica de São Pedro até depois da meia-noite em Roma, devido ao grande número de visitantes, afirmou em um comunicado nesta quarta-feira (23).

Francisco, que faleceu aos 88 anos na segunda-feira, está em velório público por três dias.

O Vaticano havia planejado originalmente encerrar as visitas à meia-noite de quarta e quinta-feira, e às 19h, horário local, na sexta-feira.

g1

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Jornalismo

Brasileira é encontrada morta na Itália e família faz campanha para custear cremação e traslado ao RN

Foto: Cedida

A brasileira Florence de Vasconcelos Medeiros, de 41 anos, foi encontrada morta no apartamento onde morava na cidade de Trieste, Itália, no último sábado (19). A família ainda aguarda laudo conclusivo das autoridades italianas, mas a suspeita é de que ela teve um infarto.

A família, que mora em Natal, começou uma campanha na internet para arrecadar recursos para o traslado dos restos morais de Florence, após a liberação do corpo, que deve acontecer até o início da próxima semana.

Segundo a tia, Mara Silveira, para tentar reduzir os custos, a família pretende realizar a cremação do corpo na Itália, para que a mãe de Florence viaje com as cinzas da filha para o Rio Grande do Norte.

Florence era formada em Turismo e morava na Itália há cerca de oito anos. No país europeu, trabalhou prestando serviços, principalmente como cuidadora de idosos.

Ainda de acordo com Mara, a sobrinha enfrentava a diabetes desde os 12 anos de idade, o que causou diversos problemas de saúde. A potiguar inclusive vinha sendo acompanhada por um cardiologista.

“Ela veio ao Brasil em janeiro e a gente tentou convencer ela a ficar aqui. Ela disse que ia voltar para lá para organizar as coisas dela e que viria. Ela é filha única”, conta a tia.

Mara também afirmou que Florence tinha crises de ansiedade, que a faziam vomitar e, com isso, alteravam as taxas de seu organismo.

O corpo de Florence foi encontrado no sábado (19) por vizinhos que arrombaram o seu kitnet, após se darem conta da ausência dela desde a sexta (18) e ouvirem o telefone dela tocando várias vezes.

“Quando eles entraram, encontraram ela como se estivesse dormindo, mas ela já estava morta. Chamaram a polícia e o policial disse que não tinha sinais de violência. O médico que chegou pra levar na ambulância foi quem falou da suspeita de infarto”, contou Mara.

Contribuições podem ser feitas pelo pix da mãe de Florence:

  • Pix: 019.293.714-62 (CPF)
    Marize de Vasconcelos Medeiros

G1RN

Opinião dos leitores

  1. Outro dia LULA mandou um avião da FAB para buscar a ex primeira-dama do Peru. Agora que uma família brasileira precisa trazer seu ente querido, o governo se faz de cego.

    1. Verdade Juvenal. Mas esse é o Governo que os Brasileiros adoram.. Enfim só resta a nós ajudar aos familiares pois para gente pobre e humilde eles não chegam junto.

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Política

Paraná Pesquisas: desaprovação de Lula sobe para 57%

Foto: Reprodução

Levantamento divulgado nesta quarta-feira, 23, pelo Instituto Paraná Pesquisas mostra que a desaprovação de Luiz Inácio Lula da Silva chegou a 57,4%, a maior desde agosto de 2023. Naquele mês, 40,1% desaprovavam o governo Lula.

Em fevereiro deste ano, na última pesquisa, a desaprovação era de 55%. Agora, na última pesquisa, a aprovação de Lula é de apenas 39,2%.

A maior desaprovação de Lula é no Norte e no Centro-Oeste, de 66,7%; em seguida vêm o Sul, com 62,9%, e o Sudeste, com 60,1%. No Nordeste, a reprovação é menor: 45,5%.

O porcentual dos que acham a gestão de Lula péssima também subiu para 36,7%. Era de 35,8% em fevereiro, e, em agosto de 2023, era de 23,7%.

Para 26,6%, o governo Lula é ótimo (7,8%) ou bom (18,8%); 24,4% acham regular, e para 48%, é ruim (11,3%) ou péssimo (36,7%).

Na terça-feira 22, o Paraná Pesquisas divulgou dados da mesma pesquisa que mostraram que Lula seria derrotado em um eventual segundo turno pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

No primeiro turno, Lula seria derrotado por Bolsonaro, empataria tecnicamente com Michelle e venceria Tarcísio, conforme noticiou Oeste.

As entrevistas da pesquisa foram feitas entre 16 e 19 de abril. Ao todo, 2.020 eleitores do Distrito Federal e de 160 municípios de 26 Estados foram ouvidos. A amostra atinge um grau de confiança de 95% para uma margem estimada de erro de 2,2 pontos porcentuais.

Revista Oeste

Opinião dos leitores

  1. VAI BEM, VAI BEM, observador vc com certeza não é, nunca foi registrado um OBSERVADOR burro e que não vê, a única coisa que vcs conseguem pegar, cheirar e identificar é merda.

  2. Voto em LULA de novo em 2026. Vai ser HEXA primeiro que a SELEÇÃO BRASILEIRA. Ganhar SEIS ELEIÇÕES para presidente é pra poucos.

  3. Antes que venham duvidar desse Instituto. Foi o que mais se aproximou dos resultados em 2022. E, antes que venham mentir: Não… ele jamais previu a vitória de Bolsonaro.

    1. Ver o gado acreditando em pesquisas não tem preço kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    2. Não tenha dúvida LULA, sempre sobre saiu das TRAQUINAGENS já que no 08 de maio está em MOSCOU, tenho certeza que fará a paz entre RÚSSIA X UCRÂNIA isto é , se tomar uma grade de cerveja porque bom está sujeito cair do 5° andar , escorrega da escada ou tomar um chá que venha envepado para o BRASIL. Nunca serviu tão Hipócrate com narrativa desconectado com relação a guerra.

    3. Eu sou de direita, nunca acreditei nesses pesquisas e nessa acredito menos ainda, tenho certeza que a reprovação de Lula está acima de 60%

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Jornalismo

TAVA PRECISANDO: Mudanças na UPA de Parnamirim

Fotos: Reprodução

A UPA de Nova Esperança, estava passando sérias dificuldades, que vem de um histórico de várias gestões. Chegavam relatos a este comunicador quase diariamente dos problemas não apenas de superlotação, mas também de falta de insumos no início do ano.

Temos sido desde o início críticos quanto a gestão da Professora Nilda, mas inclusive na entrevista que nos concedeu, ela focou em buscar resolver alguns problemas da UPA, parece que começa a colher frutos.

Chega a informação que a unidade passou a ter 03 ambulâncias, agora conta com 32 tipos de exames sendo realizados e também a reativação do aparelho de raio-x que já se encontrava parado.

O problema da superlotação continua é a prefeita tem que focar nisso.

Opinião dos leitores

  1. Sem defender gestor, quem conhece a dinâmica de um hospital público, seja ele, UPA, PA, HOSPITAL DE TRAUMA, PS, ou correlato, sempre estará lotado por falta de vagas na rede. Para acabar com essa desgraça, seria necessário um investimento altíssimo na construção de unidades especializadas, hospitais terciários e uma reforma no SUS.

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Brasil

Nova rota da história: Estudo aponta chegada de Pedro Álvares Cabral no RN, e não na Bahia

Foto: Reprodução

Há exatos 525 anos, em 22 de abril de 1500, uma frota portuguesa avistava terras desconhecidas no Atlântico Sul — um episódio que marcaria, nos livros de História, a chegada da missão de Pedro Álvares Cabral às terras que mais tarde seriam chamadas de Brasil. Desde então, o imaginário nacional fixou-se em Porto Seguro, na Bahia, como o local do primeiro contato, do avistamento ao desembarque, dos exploradores europeus. Essa versão foi amplamente aceita, ensinada e reforçada ao longo dos séculos. Agora, um novo estudo reacende um antigo debate ao fortalecer hipóteses já defendidas por outros pesquisadores e questionar a rota consagrada pela tradição.

Publicado no Brazilian Journal of Science, o trabalho combina dados físicos, mapas interativos e imagens de satélite para sustentar que o ponto mais provável da chegada portuguesa não foi a Bahia, mas o atual território do Rio Grande do Norte. Liderado por cientistas potiguares e paraibanos, o estudo revisita registros históricos sob uma nova perspectiva, cruzando documentos da época com evidências geográficas e oceanográficas que apontam para um trajeto diferente daquele eternizado nos livros didáticos.

A ideia surgiu a partir da releitura da famosa carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão da frota de Cabral. Nela, o fidalgo português descreve distâncias, profundidades do mar e uma montanha alta e arredondada avistada do navio. Os autores do estudo cruzaram essas informações com medições modernas e descobriram que os dados batem com a geografia do litoral potiguar, mais especificamente na região entre as praias do Marco, no município de Pedra Grande, e de Zumbi, em Rio do Fogo, próximo à foz do rio Punaú.

Conduzido por Carlos Chesman, do Departamento de Física da UFRN, e Cláudio Furtado, do Departamento de Física da UFPB, o estudo recorreu a conceitos da física para reinterpretar a trajetória da frota portuguesa. Um dos pontos centrais da pesquisa envolve a força de Coriolis, um efeito gerado pela rotação da Terra que influencia os ventos e as correntes marítimas. Esse fenômeno faz com que as correntes oceânicas girem no sentido horário no hemisfério norte e no sentido anti-horário no hemisfério sul. Segundo os autores, essa dinâmica natural teria desviado a frota portuguesa para o litoral potiguar, contrariando a versão tradicional.

O trajeto também foi calculado com base na batimetria, que mede a profundidade do oceano. Os pesquisadores converteram as “braças” mencionadas na carta de Caminha para metros e simularam a aproximação da costa usando softwares como o QGIS. Além disso, realizaram expedições reais com barcos, navegando cerca de 30 quilômetros mar adentro para fotografar, da mesma distância descrita na carta, as montanhas avistadas pela esquadra. O estudo indica que o monte avistado em 1500 (indicado nos livros como Monte Pascoal) seria, na verdade, o Monte Serra Verde, localizado no interior do RN, perto de João Câmara.

As simulações por GPS indicam que a chegada pela Bahia não corresponderia aos ventos e correntes da época. Já a rota pelo RN segue o trajeto natural das correntes atlânticas, descritas nos diários de navegação do século XV. A localização do desembarque na carta também coincide com a existência de um marco português, hoje representado por uma réplica na praia do Marco (o original está no Museu Câmara Cascudo, da UFRN). O ponto sugerido para esse desembarque fica a cerca de 60 quilômetros dali, exatamente como descrito no documento histórico.

Segundo os autores, o objetivo é revisar a narrativa histórica à luz de novas evidências científicas, promovendo uma interpretação mais alinhada aos dados contemporâneos. Eles acreditam que a ciência pode aprimorar a forma como compreendemos o passado, contribuindo para uma visão mais fundamentada e precisa dos eventos históricos.

Uma teoria cada vez mais forte

A pesquisa publicada por Carlos Chesman e Cláudio Furtado é mais uma peça que reforça uma tese antiga, agora sustentada por novos dados físicos, batimétricos e simulações computacionais. Essa abordagem atualiza o trabalho de estudiosos como Lenine Pinto, que defendeu durante décadas que o Brasil foi achado no litoral do Rio Grande do Norte e não na Bahia. Lenine baseou-se em registros náuticos, mapas antigos e relatos, como o da carta de Américo Vespúcio, para sustentar que a primeira terra avistada pelos portugueses foi o saliente potiguar.

Foto: Cícero Oliveira

Outros autores também contribuíram para essa hipótese. Luís da Câmara Cascudo, em Dois ensaios de história, destacou a força das correntes marítimas e dos ventos alísios, que empurrariam naturalmente qualquer embarcação vinda da África em direção ao litoral norte-rio-grandense. A professora Rosanna Mazaro, da UFRN, já havia reforçado esse argumento com base em sua própria experiência como navegadora, afirmando que as condições de vento e mar praticamente impossibilitam uma chegada direta à Bahia sem antes tocar o RN.

O pesquisador Manoel de Oliveira Cavalcanti Neto também apontou compatibilidade entre as profundidades descritas por Pero Vaz de Caminha e os dados batimétricos da costa potiguar. Seus argumentos mostram que, ao contrário de Porto Seguro, o litoral do potiguar apresenta os níveis de profundidade e visibilidade descritos no documento histórico. A mesma carta menciona um “monte muito alto e redondo”, que Lenine e Manoel identificaram inicialmente como o Pico do Cabugi. Em um segundo livro, porém, o próprio Manoel Neto corrigiu a informação para o Monte da Serra Verde.

Embora o debate não esteja encerrado, o acúmulo de evidências empíricas e o uso de métodos científicos contemporâneos fortalecem a tese de que Cabral teria chegado primeiro ao litoral do Rio Grande do Norte. A combinação entre tecnologia atual e documentação histórica fortalece a hipótese potiguar com um ineditismo metodológico que diferencia este estudo de interpretações anteriores, até então baseadas majoritariamente em análise documental. O que antes era sustentado por teoria literária e investigação histórica agora ganha reforço acadêmico e científico.

UFRN

Opinião dos leitores

  1. quem navega sabe que o Pico do Cabugi avistado do mar poderia se encaixar muito bem na descrição do Monte Pascoal feita por Caminha

  2. A primeira vez q surgiu essa hipótese, Garibaldi era o governador, e perguntaram a ele se não ia lutar pra colocar isso pra frente, pois era muito bom para o RN… e aí, sabe o q Garibaldi disse: Vcs acham que eu sou doído pra brigar com Antonio Carlos Magalhães??

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