O navio Costa Concordia, naufragado na Itália na última sexta-feira (13), está afundando a um ritmo constante de 7 milímetros por hora, o que vem dificultando as operações de resgate.
O desastre deixou ao menos 11 mortos e mais de 20 continuam desaparecidos.
A medida exata com a qual o navio está deslizando foi divulgada pelo analista Nicola Costagli, professor de Ciências da Terra na Universidade de Florença e encarregado de acompanhar a evolução da embarcação, que acrescentou que a proa se movimenta em maior velocidade que a popa, em até 15 milímetros por hora.
Apesar da impossibilidade de as equipes de salvamento entrarem no navio, as tarefas de inspeção continuam graças a um robô teleguiado por cabo, com capacidade para descer até 500 metros de profundidade e enviar à superfície as imagens que capta.
Segundo explicou o assessor de imprensa dos bombeiros, Luca Cari, a sonda está sendo utilizada para verificar os pontos de apoio da embarcação, além de buscar pelas mais de 20 pessoas ainda desaparecidas.
Cari declarou que o robô já inspecionou duas áreas do navio, de 10 mil metros quadrados, na proa e na popa, e dispõe de outros sistemas de detecção, que incluem mecanismos acústicos que permitirão obter uma ideia da morfologia do fundo do mar.
PREVISÃO
A atenção está voltada agora para as previsões meteorológicas, já que para as próximas horas é esperada uma ressaca, que pode ameaçar a estabilidade do navio, já que as correntes e as ondas poderiam empurrar o casco em direção a um precipício de 70 metros de profundidade.
Uma circunstância que dificultaria as tarefas de extração das 2.380 toneladas de combustível transportadas pelo navio, que causariam uma nova catástrofe em caso de vazamento, desta vez de caráter ambiental, pois a ilha de Giglio faz parte de um parque natural marinho considerado um dos mais importantes ecossistemas do Mediterrâneo.
A este respeito, está previsto que durante a reunião do Conselho de Ministros realizada hoje em Roma seja decretado estado de emergência na área do naufrágio diante dos possíveis vazamentos de combustível e outros materiais poluentes.
Fonte: Folha .com
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