O Blog reproduz post do Blog Fome de Gol do Jornalista Gabriel Negreiros:
O ABC tem criado um clima hostil com a torcida sem necessidade. Está faltando clareza e, principalmente, humildade para assumir o erro.
O time não tem camisa oficial para vender. E não é porque o produto acabou recentemente, desde que fechou com a Lupo que o material está em falta. A quantidade inicial que foi anunciada com pompa não deu nem para começar a brincadeira. Enquanto o torcedor procura as camisas para comprar, reclama pela falta do produto, o clube prefere produzir matérias no site oficial querendo esconder a falha. Chegaram ao absurdo de gravar com o roupeiro Joca atestando a qualidade do produto. O que danado tem a ver? O lateral Nêgo também já foi “garoto propaganda” da beleza e qualidade do produto, mas a questão não é essa. A questão é: estamos em junho e até agora o torcedor não tem camisa oficial para comprar!
Chegaram ao absurdo de tirar uma foto do presidente Rubens Guilherme Dantas passeando no shopping com uma “camisa casual” para dizer que existe produto para vender. Desculpem-me, mas estão expondo até o presidente a uma situação ridícula como essa. O pior de tudo é que o clube é o principal interessado na venda dos produtos. Ganha dinheiro com isso. Maquiar o erro é sem dúvida o mais insensato de toda essa situação. O clube deveria era cobrar da empresa o material. O trabalho de esconder os erros que o ABC faz se assemelha muito ao da equipe de Micarla de Souza ao tentar desqualificar a onda de protestos.
Por outro lado, não sou besta de não entender que estão “guardando” o produto para inauguração da loja da Prudente de Morais. Outro ponto interessante é: isso interessa a quem?
Do Blog: Parece que a parceria com a LUPO virou o pesadelo do Marketing do ABC. Diga-se de passagem que enquanto fui vice-presidente do Clube fui favorável a troca da ERK pela LUPO. Mas não vejo ninguém criticar o material da LUPO, ele é de excelente qualidade. O problema está na falta das camisas. Um dos argumentos que usamos para a troca de fornecedor foi justamente o tamanho da nova parceira. Não teria falta de produto, inclusive, o pedido feito para o ano chegaria todo de uma vez. Não foi isso que aconteceu. Em uma ótima reportagem na edição de hoje, do Novo Jornal, sobre o grave problema da falta de produto, o Diretor Comercial da LUPO, Valquírio Cabral Júnior, disse ao reporter Bruno Araújo: “entregamos os produtos de acordo com a demanda de pedidos”. Quem fala isso é o Diretor da empresa. Nesse caso o erro de o clube ter chegado a junho com apenas 3000 camisas vendidas é de quem? Será que a consultoria de Marketing do ABC cometeria esse erro? Quanto o clube já deixou de faturar? Vamos torcer que se normalize o mais rápido possível.
Perfeito sua interpretação do que vem acontecendo no ABC. Camisa para vender virou produto premium. Bruno quando o ABC já não deixou de faturar num momento tão bom?
Qualidade não se discute, mas o compromisso em ter todos os produtos para a torcida, isso sim, deixa muito a desejar. Eu especialmente, desde o lançamento que aguardo para comprar a tão cobiçada camisa preta (4 terno), mas que vem a conta-gotas ou nem chega. Elogios e apoio são dados na mesma proporção que críticas construtivas, logo, vejo uma excelente oportunidade de melhoria do nosso marketing, a torcida "clama" por camisas, onde estão?
Quantas camisas o ABC deixou de vender nesse dia dos namorados? Conheço varios amigos que pretendiam pedir as namoradas, noivas e esposas a camisa preta de presente, imaginem a quantidade de pessoas que não pensavam o mesmo. faltou tino comercial aos responsaveis por essa comercialização.
Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, nesta sexta-feira (6), a condenação da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) a dez anos de prisão por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou pela manutenção da pena. O entendimento foi seguido pelos ministros Cristiano Zanin, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia.
O julgamento do recurso se iniciou nesta sexta-feira (6) às 11h e vai até às 23h59 do mesmo dia. Isso porque Moraes pediu ao presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, para reduzir o tempo de análise do recurso, que foi de uma semana para um dia.
O recurso é analisado pelo plenário virtual da Corte. Neste formato não há debate entre os ministros que apenas depositam seus votos no sistema eletrônico do Supremo.
Em seu voto, Moraes defendeu o transito em julgado do processo e argumentou que os pedidos de Zambeli são meramente “protelatórios”.
“Considerando o caráter manifestamente protelatório do presente recurso, evidenciado pela mera reprodução de argumentos anteriormente apresentados, é de rigor a certificação do trânsito em julgado”, afirmou.
Zambelli foi condenada em maio pelos crimes de invasão de dispositivo informático, falsidade ideológica e inserção de dados falsos no sistema do CNJ. A pena inclui dez anos de prisão, perda do mandato parlamentar e o pagamento de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos.
Com o julgamento do recurso, o processo pode ser acelerado rumo ao trânsito em julgado — etapa em que se encerram todas as possibilidades de apelação. Caso os ministros rejeitem o recurso e não vejam espaço para novas contestações, a pena poderá ser executada imediatamente.
Após marcar gerações com sua voz potente e emocionar o Brasil no reality FAMA (TV Globo), o cantor natalense João Batista inicia um novo capítulo em sua carreira. Com quase 30 anos de estrada e parcerias com ícones como Ivete Sangalo, Elba Ramalho e Sandra de Sá, o artista retorna aos palcos com força total.
Durante a pandemia, João precisou pausar sua trajetória e enfrentou desafios longe da música — mas nunca perdeu a fé na arte. Agora, renasce com mais verdade, maturidade e emoção.
Seu retorno acontece em grande estilo no São João de Natal, nesta sexta, 06 de junho, na Arena das Dunas. Um show que celebra a resistência, o talento e a cultura potiguar.
João Batista está de volta. E como sempre, com alma, voz e coração.
“Que a vida seja cantada sempre.”
A Justiça concedeu liberdade ao homem suspeito de importunar sexualmente mulheres em ônibus universitários e intermunicipais de Natal, com a maioria dos casos ocorrendo em linhas que atendem a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Segundo a Polícia Civil, a decisão foi tomada com base na alegação de que o suspeito está em tratamento psiquiátrico.
O homem, de 33 anos, foi preso no dia 16 de maio, em cumprimento a um mandado de prisão preventiva. Ele é investigado pela prática reiterada do crime de importunação sexual contra mulheres. De acordo com a Polícia, o suspeito já foi preso duas vezes pelo mesmo crime no estado de Minas Gerais.
A prisão dele ocorreu em um condomínio no bairro de Petrópolis, Zona Leste de Natal. O mandado foi cumprido por policiais civis da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher das Zonas Oeste, Leste e Sul (DEAM ZLOS).
Ele foi identificado após diligências que contaram com o apoio das vítimas e com cruzamentos de informações de linhas e horários dos ônibus. As investigações apontam que os casos ocorreram desde fevereiro de 2025 e se intensificaram durante o mês de março.
As vítimas, estudantes de uma universidade do Rio Grande do Norte, relataram que foram importunadas em transportes públicos e decidiram compartilhar suas experiências por meio de um grupo de mensagens instantâneas. Algumas vítimas foram importunadas mais de uma vez.
Importunação sexual
O crime de importunação sexual está previsto no artigo 215-A do Código Penal Brasileiro e consiste na prática de ato libidinoso, sem o consentimento da vítima, com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro. A pena prevista é de reclusão de um a cinco anos
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta sexta-feira (6), que não pretende “lacrar” em seu depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) na semana que vem e que possui a verdade ao seu lado. A oitiva ocorrerá no âmbito da ação penal que apura uma suposta trama golpista após as eleições de 2022, na qual Bolsonaro é réu.
“Não vou lá para lacrar, para querer crescer, para querer desafiar quem quer que seja. Estarei lá com a verdade ao nosso lado. Não fugimos de qualquer chamamento, sabemos o que falar e temos uma coisa ao nosso lado, que o outro lado não tem: temos a verdade do nosso lado”, afirmou na abertura de um encontro de mulheres do PL em Brasília (DF).
Bolsonaro também chamou o público para acompanhar a oitiva. A fase de interrogatórios dos réus do chamado “núcleo crucial” da investigação começa na próxima segunda-feira (9), presencialmente na sala da Primeira Turma do STF, com transmissão pela TV Justiça.
“O que aconteceu em 2022, com toda certeza será falado por mim quando ao vivo estiver no Supremo com cinco ministros na minha frente me cobrando. Vale a pena assistir, obrigado meu Deus por essa oportunidade. Conto com a audiência de vocês, deve ser na terça-feira a minha inquisição”, declarou.
Os depoimentos começam na segunda a partir das 14h pelo delator Mauro Cid. Em seguida, os réus seguirão sequência por ordem alfabética. O ex-presidente será o sexto depoente.
O ministro do STF Alexandre de Moraes, que é relator do caso, agendou horário para os interrogatórios também na terça-feira (10), durante todo o dia, na quarta (11) e quinta (12) pela manhã, e na sexta-feira (13) durante todo o dia.
o Brasil do bem sente muito orgulho de Jair Bolsonaro, ele pode até ser preso, mais o que nos consola é porque ele não será condenado por ter roubado, não vai ser condenado por ser corrupto, ele vai ser condenado porque o “mecanismo” tem medo que ele seja eleito em 2026.
Parabéns Jair Bolsonaro por ser um patriota honesto.
A Prefeitura do Natal sancionou nesta sexta-feira (6), a lei que reconhece como associação de utilidade pública do município a Garra Alvinegra, uma das principais torcidas organizadas do ABC. As informações constam em decreto publicado no Diário Oficial do Município (DOM).
O projeto é de autoria do vereador Kleber Fernandes (Republicanos) e foi aprovado pela Câmara Municipal no dia 13 de maio deste ano. Segundo o parlamentar, o reconhecimento, além de desmistificar a atuação e o papel das torcidas organizadas, abre possibilidade para a associação pactuar convênios e fazer termos de cooperação com o poder público municipal.
“É uma instituição que desenvolve relevantes serviços sociais, culturais, desportivos, ações filantrópicas, ações beneficentes. Desenvolve um trabalho nas comunidades carentes de Natal, encontrando atletas, jovens e crianças, talentos não só no futebol, mas em outras modalidades esportivas. Fazem visitas a instituições beneficentes e filantrópicas, fazem campanhas de arrecadação de alimentos, fazem trabalhos sociais nas comunidades carentes”, afirmou o vereador.
Instituída juridicamente, para fins legais e burocráticos, no dia 14 de abril de 2023, a Associação Recreativa e Cultural Torcida Garra Alvinegra – TGA, tem sua fundação política datada em 3 de março de 1991, mais precisamente no bairro da Cidade Alta, por um grupo de jovens apaixonados pelo futebol potiguar, e focados em dedicar seu amor e apoio incondicional ao ABC Futebol Clube.
A lei de Nº 7.886 entra em vigor a partir desta sexta-feira (6), considerando as datas de publicação.
No início dessa semana, a Clínica Vivianny Lopes – especializada em reabilitação neurofuncional – publicou em suas redes sociais um comunicado informando “dificuldades contratuais e operacionais em sua parceria com a Unimed Natal”, fruto da irregularidade dos pagamentos do plano de saúde à clínica. De acordo com a publicação, a situação “comprometeu a regularidade dos atendimentos realizados por meio do referido convênio”. O caso foi relatado em reportagem do Diário do RN na quarta-feira (04). “É uma perseguição mesmo, não é?”, indagou a proprietária da Clínica em conversa com a reportagem.
A Unimed Natal, por sua vez, emitiu nota afirmando que as informações recentemente divulgadas pela Clínica Vivianny Lopes, “não correspondem à realidade dos fatos”.
A nota afirma que “os contratos firmados com nossos prestadores de serviços são cumpridos com rigor, dentro dos prazos e conforme os termos acordados. No caso específico da Clínica Vivianny Lopes, a pedido da própria clínica, que alegou dificuldades para cumprir seus compromissos internos, a Unimed Natal adiantou valores, de forma excepcional, demonstrando, mais uma vez, sua postura responsável e colaborativa”.
RESPOSTA CLÍNICA Depois da nota oficial da Unimed Natal, a Clínica Vivianny Lopes voltou a se pronunciar e rebateu o plano de saúde.
“Apesar do que foi amplamente veiculado, esclarecemos que as alegações apresentadas pela operadora não refletem com exatidão os fatos vivenciados no contexto da parceria existente entre as instituições”.
De acordo com a Clínica, o que aconteceu foi “de maneira pontual e excepcional, o cumprimento de obrigações por parte da operadora, com o repasse financeiro referente a um montante devido em razão de desequilíbrio sequenciado dos valores repassados nos meses de janeiro a abril de 2025, sendo realizado após o prazo previsto, ainda que com atraso”. A clínica destaca ainda que “tal circunstância não pode ser interpretada como regra ou padrão de conduta, mas sim como um episódio isolado em meio a diversas dificuldades já enfrentadas por esta clínica, as quais seguem sendo tratadas por vias formais e administrativas”.
O comunicado finaliza relatando a dificuldade de diálogo e falta de interesse para resolução do problema por parte do plano de saúde: “Ressaltamos que diversos pontos pendentes, previamente notificados à UNIMED NATAL, permanecem sem resposta efetiva, gerando instabilidade no vínculo contratual e desequilíbrio na operação da clínica. As pendências apontadas, inclusive de ordem técnico-operacional, beneficiam exclusivamente a operadora, que até o momento não demonstrou disposição concreta para resolvê-las. (…) Diante disso, reiteramos nossa disposição ao diálogo e esperamos que a UNIMED NATAL estabeleça, com a urgência que a situação exige, um canal legítimo, objetivo e honesto de tratativa com as clínicas credenciadas, respeitando os valores que busca representar institucionalmente”.
Um carro perdeu o controle ao sair do viaduto e capotou várias vezes até que colidiu com um poste, por volta das 05h20 da manhã desta sexta-feira (06), na AV. Rio Doce, na Zona Norte de Natal. Aparentemente a pista estava molhada.
Segundo informações de pessoas que estavam no local, duas crianças poderiam estar dentro do veículo, ninguém se feriu. O carro deu perda total.
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte deflagrou, nesta sexta-feira (06), a “Operação Cerberus”, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa com atuação no município de Caicó, na região Seridó. A ação foi coordenada pela 3ª Delegacia Regional de Polícia (3ª DR/Caicó).
Durante a operação, foram cumpridos 27 mandados judiciais, entre mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão. Também foram executadas medidas de bloqueio de bens e sequestro de valores que podem ultrapassar R$ 1 milhão.
O principal foco da ofensiva é a prisão de líderes locais de uma facção criminosa envolvida com crimes como tráfico de drogas, homicídios, tortura, comércio ilegal de armas e lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, esses grupos mantêm o controle de territórios e impõem o medo à população por meio da violência e do terror.
O nome da operação faz referência à mitologia grega: Cérbero (Cerberus), o cão de três cabeças que guardava os portões do submundo, em analogia à estrutura fragmentada e brutal da organização criminosa alvo da ação.
A operação contou com a participação de policiais civis da Diretoria de Polícia do Interior (DPCIN), da Divisão de Polícia do Oeste (DIVIPOE), do Núcleo de Inteligência Qualificada (NIQ), da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM/Caicó) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE).
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou nesta quinta-feira (5) o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para adiar o depoimento dele, na condição de réu, no processo sobre a trama golpista.
A defesa de Bolsonaro havia pedido para o depoimento ser remarcado após a fase de testemunhas de todos os núcleos do processo.
Com a negativa de Moraes, está mantido o início da fase de interrogatório dos réus na próxima segunda-feira (9), começando pelo relator Mauro Cid.
Os depoimentos serão realizados presencialmente na sala da 1ª turma do STF, com transmissão pela TV Justiça.
Na segunda-feira (2), o STF concluiu a fase de depoimento das testemunhas de defesa e acusação apenas do primeiro núcleo de réus, em que estão inseridos Bolsonaro e ex-ministros de governo. Não há data para concluir a oitiva das testemunhas de todos os núcleos. CNN
Há 20 anos, uma entrevista revelava ao Brasil a existência de um esquema de compra de apoio político envolvendo integrantes do Congresso Nacional, do governo federal e da cúpula de diversos partidos políticos. Era o início do escândalo do Mensalão, uma crise que abalou o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O termo “mensalão” foi citado em uma entrevista do então deputado e presidente do antigo PTB, Roberto Jefferson, à jornalista Renata Lo Prete, então editora do Painel no jornal Folha de S.Paulo. A expressão vinha de “mensalidade”, que seriam pagas a parlamentares para voltarem em projetos de interesse do Poder Executivo, segundo o parlamentar.
No relato, Jefferson acusou Delúbio Soares, à época tesoureiro do PT, de ser o responsável pelos repasses para compra do apoio dos congressistas. Mas a sombra de uma crise de grandes proporções, associada a desvio de dinheiro público dentro da máquina federal, já ameaçava pairar sobre o Palácio do Planalto semanas antes.
Em maio de 2005, a revista Veja revelou a existência de um vídeo em que um diretor dos Correios negociava propina em nome de Jefferson. Daí surgiu o requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que levaria o nome da estatal, mas seria alçada a palco das principais revelações e investigações, em tempo real, do esquema do mensalão.
No dia 8 de junho, a Câmara abriu o processo de cassação do mandato de Jefferson. No dia seguinte, foi instalada a CPMI dos Correios.
No dia 11 de junho, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, o deputado afirmou que o dinheiro vinha de empresas estatais e do setor privado, sendo levado em malas para Brasília.
Dirceu deixa a Casa Civil
Um dia depois, à Folha, Jefferson mencionou que o então ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, estava envolvido no esquema. Eram os primeiros capítulos de um duelo que marcaria os meses seguintes.
Na época, o PT enfrentava dificuldades de consolidar uma base governista no Congresso, principalmente na Câmara dos Deputados. A crise política avançava a passos largos e, no dia 16 daquele mês, Dirceu pediu demissão da Casa Civil e retomou seu mandato de deputado.
Em meio às reportagens de veículos impressos e emissoras de TV, a opinião pública tomava conhecimento de figuras que se tornariam protagonistas do caso, como o publicitário Marcos Valério, apontado como operador financeiro dos repasses irregulares.
Em julho, a revista Veja revelou que Marcos Valério, Delúbio Soares e o então presidente do PT, José Genoino, deram aval a um empréstimo milionário em nome do partido.
No dia seguinte, o secretário-geral do PT, Silvio Pereira, pediu afastamento do cargo. E em 5 de julho, Delúbio também deixou seu posto.
Dólar na cueca
Três dias depois, um episódio se tornaria simbólico e ainda hoje lembrado quando se trata de escândalos da política. José Adalberto Vieira da Silva, secretário do PT do Ceará e assessor do irmão de José Genoino – o atual líder do governo na Câmara, José Guimarães – foi preso ao tentar embarcar em um voo com R$ 200 mil. Foram encontrados também US$ 100 mil escondidos em sua cueca.
A repercussão foi imediata e incontornável. Genoino deixou a presidência do PT no dia seguinte à prisão do assessor de seu irmão, e o partido mergulharia de vez em uma espécie de inferno astral e crise reputacional.
Mandatos cassados
Em um primeiro momento, o escândalo do Mensalão jogava holofotes sobre o PT, partido de Lula e Dirceu, e o PTB, presidido por Jefferson. Mas, aos poucos, outras siglas da base do governo tiveram deputados e dirigentes envolvidos, como o PP e o PL, que havia formado a chapa presidencial vitoriosa em 2002.
O presidente nacional da sigla era o então deputado Valdemar Costa Neto, cujo nome foi citado nas investigações da CPMI. Em 1º de agosto, Valdemar renunciou ao mandato de deputado para não ser cassado.
Em 14 de setembro, Jefferson teve o mandato cassado, com 313 votos a favor e 256 contrários. A decisão da Câmara ocorreu após 120 dias da denúncia feita à Folha. Além de perder o mandato, ele teve os direitos políticos suspensos por oito anos.
Ao subir da tribuna para se defender, Jefferson fez acusações contra Lula, Dirceu e o PT. “Este é o governo mais corrupto que vi em meus 23 anos como deputado. O Zé Dirceu tratou a Câmara como um prostíbulo (…) E a turma que forneceu o dinheiro vai ficar de fora? Tem ministro que recebeu mensalão (…) Foi de lá do Planalto que partiu a corrupção”, disse o deputado cassado.
Jefferson reiterou ainda que não acusava Lula de ser desonesto, mas afirmou que o presidente era “preguiçoso” e “malandro”, além de afirmar que o mandatário foi omisso. “Tirei a roupa do rei. Mostrei ao Brasil o que é o governo Lula. Mostrei ao Brasil quem são esses fariseus”, discursou.
No dia 1º de dezembro de 2005, após uma sessão que começou no dia 30 de novembro, o mandato de Dirceu também foi cassado.
Por 293 votos a favor e 192 contrários, o plenário acatou o relatório do Conselho de Ética, que considerou que o ex-ministro de Lula quebrou o decoro parlamentar e que esteve envolvido no suposto esquema do pagamento de mensalão. Em seu discurso de defesa, Dirceu negou as acusações.
“Não há provas contra mim. Não quebrei o decoro parlamentar. Nunca fui processado na minha vida. Fiquei 30 meses na Casa Civil e não tenho nenhuma ação contra mim”, disse
Lula e o Mensalão
O presidente realizou seu primeiro pronunciamento à nação sobre o Mensalão no dia 12 de agosto de 2005. Lula disse ao Brasil estar indignado com a crise política e destacou que o governo errou e pedia desculpas.
“Estou indignado pelas revelações que aparecem a cada dia, e que chocam o país. O PT foi criado justamente para fortalecer a ética na política e lutar ao lado do povo pobre e das camadas médias do nosso país. Eu não mudei e, tenho certeza, a mesma indignação que sinto é compartilhada pela grande maioria de todos aqueles que nos acompanharam nessa trajetória”, afirmou Lula.
“Queria, neste final, dizer ao povo brasileiro que eu não tenho nenhuma vergonha de dizer que nós temos que pedir desculpas. O PT tem que pedir desculpas. O governo, onde errou, tem que pedir desculpas”, finalizou o presidente.
No dia 1º de janeiro de 2006, Lula deu uma entrevista exclusiva ao Fantástico, da TV Globo. Ao falar sobre o mensalão, dizendo que não tinha conhecimento do esquema e que as denúncias foram como uma “facada nas costas”.
‘Os 40 do Mensalão’
Em março de 2006, a CPMI dos Correios concluiu que existia um esquema de corrupção, afirmando que havia pagamento de mesada para os deputados governistas. A despeito dessa conclusão, parte dos envolvidos sustentava tratar-se de “caixa 2”, ou seja, financiamento de campanha eleitoral não declarado, na tentativa de apontar um crime de menor gravidade do que desvio de recursos públicos.
No dia 30 de março, o então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, apresentou denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra 40 pessoas por envolvimento no mensalão.
A lista inclui os ex-ministros Dirceu, acusado de ser o “chefe da organização criminosa”, e Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação Social), além de empresários, publicitários e parlamentares.
A PGR fez acusações por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão ilegal de divisas, corrupção ativa e passiva, peculato, falsidade ideológica e gestão fraudulenta.
De acordo com o procurador-geral, o Mensalão foi colocado em prática por meio de uma organização criminosa dividida em três núcleos: o político-partidário, o publicitário e o financeiro.
Em agosto de 2007, o STF autorizou a abertura de processo criminal contra os 40 acusados, tornando todos réus. Em novembro, foi instaurada a Ação Penal 470, outro nome que se tornou referência em menção ao escândalo do Mensalão.
Após 53 sessões, o Supremo concluiu o julgamento do caso, entendendo que houve um esquema de compra de votos durante os primeiros anos do governo de Lula. Os ministros validaram ainda a existência de desvio e dinheiro público de contratos da Câmara dos Deputados e do Banco do Brasil.
Ao final, o STF condenou 24 dos acusados, além de fixar as penas de cada um e cassar mandatos de três deputados federais que foram condenados. Protagonistas da política, como Dirceu, Genoino e Valdemar, entregaram-se às autoridades policiais para presos. Entretanto, parte das condenações foi revertida em análise de recursos pelo Supremo, revertendo-se em relaxamento da pena ou mesmo absolvição de alguns dos crimes.
Quem recebeu a maior pena foi Marcos Valério, o “operador” do mensalão. Ele foi condenado a 40 anos, dois meses e dez dias de prisão, além de uma multa milionária.
O que chama mais a atenção é que o próprio abc não se pronuncia quando realmente chegam as camisas!Falta de respeito com o torcedor
Com a palavra os Srs. Paiva Torres e Alan Oliveira.
Muito bom seu post. Assino aonde?
O pior e ver blogueiros dizendo que esse porcedimento do marketing está certo. Recebendo jabá até eu…
Perfeito sua interpretação do que vem acontecendo no ABC. Camisa para vender virou produto premium. Bruno quando o ABC já não deixou de faturar num momento tão bom?
Qualidade não se discute, mas o compromisso em ter todos os produtos para a torcida, isso sim, deixa muito a desejar. Eu especialmente, desde o lançamento que aguardo para comprar a tão cobiçada camisa preta (4 terno), mas que vem a conta-gotas ou nem chega. Elogios e apoio são dados na mesma proporção que críticas construtivas, logo, vejo uma excelente oportunidade de melhoria do nosso marketing, a torcida "clama" por camisas, onde estão?
Quantas camisas o ABC deixou de vender nesse dia dos namorados? Conheço varios amigos que pretendiam pedir as namoradas, noivas e esposas a camisa preta de presente, imaginem a quantidade de pessoas que não pensavam o mesmo. faltou tino comercial aos responsaveis por essa comercialização.