Polícia

Identificado o oitavo corpo de detento da Penitenciária Estadual de Alcaçuz

O Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) identificou o oitavo corpo, dentre os 26 retirados da Penitenciária Estadual de Alcaçuz durante a rebelião na unidade prisional. O detento é Luiz Carlos da Costa, identificado através de exame de necropapiloscopia.

Até agora, a lista de detentos identificados é a seguinte: Tarcisio Bernardino da Silva, Antonio Barbosa do Nascimento Neto, Jefferson Souza dos Santos, Jefferson Pedroza Cardoso, Anderson Barbalho da Silva, George Santos de Lima, Diego de Melo Ferreira e, por último, Luiz Carlos da Costa.

O trabalho de identificação conta com o apoio da Polícia Federal, que enviou papiloscopistas para ajudar no processo. A expectativa é de que mais corpos sejam identificados até o fim do dia.

Opinião dos leitores

  1. Bruno, coloca as boas ações que levaram esses pobres coitados para o presídio. Aposto que eles eram voluntários no Criança Esperança…

  2. Eles deviam divulgar as fotos destes detentos, assim como fazem quando fogem. aposto que tem muita gente curiosa…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

EXCLUSIVO – (VÍDEO): Permuta de presos do PEP, Presídio Provisório da Zona Norte e Alcaçuz; entenda

Detentos da Penitenciária Estadual de Parnamirim(PEP) foram transferidos na manhã desta quarta-feira(18) para o Presídio Provisório Raimundo Nonato, na Zona Norte de Natal.

A estratégia da Secretaria de Segurança é transferir presos de Alcaçuz, da facção Sindicato do Crime, para presídio de Parnamirim, na Grande Natal. Permuta tem como objetivo restaurar a ordem no presídio de Nísia Floresta. Troca e separação de facções.

O número de presos, até o momento, não foram divulgados.

Opinião dos leitores

  1. jeito mais barato e mais fácil de resolver toda essa parada: bota colher de pedreiro, enxada, vassouras e outros aparelhos de trabalho nas mãos dos detentos e mande-os limpar e consertar o que o Estado (nós tb) pagamos. Quebrou; conserta !!! Nada dessa palhaçada de minoria de presos desarmados dizer que quem manda no País são os sindicatos do crime…. Já bastou o sindicato na Presidência da República…

  2. "Permuta de preso" é fod@@@@@@
    Palhaçada de Governo fraco…
    O Brasil tá igual a Alcaçuz: Desmantelado!!

  3. Isso nada mais é do que o governo se ajoelhando e atendendo às ordens dos bandidos. Nós cidadões do bem estamos simplesmente a mercê da bandidagem, antes pagássemos o imposto para os bandidos, acho que desta forma estaríamos mais seguros. Vivemos presos e sem direito a nada que a constituição prevê: cadê saúde? Cadê Educacao? Cadê segurança? Aliás, quem mesmo falava que seria o governador da segurança????

    1. Alcaçuz esta destruída, não tem como manter presidiários, os bandidos foram espertos, depredaram o presídio todo, sem grades, sem segurança, e o raio da nossa legislação ainda é complacente completamente com esses bandidos.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Inep divulga notas do Enem 2016; confira

O Ministério da Educação divulgou nesta quarta-feira (18) as notas do Exame Nacional do Ensino Médio 2016. As consultas são individuais e restritas aos candidatos.

Os candidatos terão acesso às notas de cada uma das quatro provas – ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e matemática – e da redação, que teve como tema a intolerância religiosa no Brasil. Para consultá-las, o candidato deve fazer login no site do Enem com dados pessoais e senha. Quem perdeu a senha, pode resgatá-la no botão ‘esqueci minha senha.’

As notas do Enem podem ser usadas para disputar vagas no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificado (Sisu). As datas de inscrições para a edição do primeiro semestre de 2017 devem ser divulgadas nesta quarta. Estudantes que fizeram qualquer uma das três edições do Enem realizadas em 2016 poderão concorrer a vagas pelo sistema.

Em seguida ao Sisu, o MEC abre inscrições para o processo seletivo do Programa Universidade para Todos (Prouni), que oferece bolsas de estudo na rede privada, a partir do desempenho no Enem e da situação socioeconômica do candidato.

Com a nota do Enem, também é possível participar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Ainda não há datas para abertura de inscrições em ambos os programas.

Candidatos com mais de 18 anos podem ainda usar o Enem para receber a certificação do ensino médio. A consulta dos resultados individuais estão disponíveis no site http://enem.inep.gov.br/participante/#/inicial

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Forças Armadas poderão atuar em presídios por 12 meses

Foto: Wilson Dias / Agência Brasil / Agência Brasil

Após o presidente Michel Temer colocar as Forças Armadas à disposição dos governos estaduais, um decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU), nesta quarta-feira, determina que os militares poderão permanecer nos Estados por até 12 meses. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, frisou que as Forças Armadas atuarão apenas em ações de vistoria nos presídios estaduais, caso sejam solicitadas pelos governadores.

— (Não se trata) em momento algum, de substituir, gerenciar, controlar ou operar os presídios. Trata-se, especificamente, de fazer varreduras e vistorias que são fundamentais para reduzir essas tragédias que estamos vendo — afirmou Jungmann. — Não vamos substituir nem forças locais, nem agentes penitenciários. Essa responsabilidade permanece sendo dos governos (dos Estados).

O auxílio do governo federal inclui também a disponibilização de recursos para a compra de bloqueadores de telefonia, scanners e equipamentos de raio-x. De acordo com o ministro, até o momento, não há informação de que qualquer governo estadual tenha solicitado a Temer a convocação das forças armadas.

— Feita a vistoria e ficando limpos esses presídios, a responsabilidade para que eles permaneçam nessa situação, evidentemente, é dos governos estaduais — afirmou. — Compete aos governos estaduais evitar a corrupção no interior dos presídios, evitar que o crime termine comprando, seja um ou seja outro, e tendo o ingresso de arma ou meio de comunicação.

O decreto assinado pelo presidente Michel Temer autoriza o emprego das Forças Armadas para a “garantia da lei e da ordem” no sistema penitenciário brasileiro. De acordo com o texto, os militares executarão atividades em todos os presídios brasileiros para a detecção de armas, aparelhos de telefonia móvel, drogas e outros materiais ilícitos ou proibidos.

A decisão prevê ainda a atuação dos militares em forma articulada com as forças de segurança pública e com o apoio de agentes penitenciários do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça.

Zero Hora

Opinião dos leitores

  1. Bons tempos aqueles em que os três poderes eram o Exército, a Marinha e a Aeronáutica."

  2. Como escreveu o saudoso Millôr Fernandes: Bons tempos aqueles em que os três poderes eram o Exército, a Marinha e a Aeronáutica."
    E o salário: óóóóóóó

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Veja decreto em que Temer autoriza o emprego das Forças Armadas para garantia da Lei e da Ordem no sistema prisional brasileiro

Reprodução

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Fichas carcerárias dos presos na Penitenciária de Alcaçuz foram destruídas durante rebelião

O secretário da Secretaria de Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte, Wallber Virgolino, informou nessa terça-feira(17) que grande parte das fichas carcerárias dos presos na Penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na Grande Natal, foi destruída durante a rebelião iniciada no último sábado (14).

A Secretaria de Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte disse que o Estado não sabe quantos presos estão dentro da penitenciária. O que se sabe é que há cerca de 1.600 presos na unidade, mas somente uma recontagem, ainda sem previsão de realização, poderá apresentar números atualizados.

Opinião dos leitores

  1. São erros de segurança, "primários" como esses que nos fazem refletir sobre a gerência estatal sobre o sistema carcerário do país!!
    Absurdo que diante da crise que estava instalada no sistema carcerário, o governo não tenha criado um plano alternativo "básico", que antecipasse a propagação da crise para fora dos muros dos presídios do RN, há que se questionar o porquê de o Exército não ter sido colocado em estado de alerta, para prontamente retomar as ruas de Natal, solução simples, que evitaria o todo o transtorno causado.

  2. O estado não sabe quantos presos tem e seus nomes, não sabe quantos médicos tem no Walfredo e seus nomes, não sabe quantos funcionários tem ativos e inativos e seus respectivos nomes, agora sabe quantos CONTRIBUINTES DE ICMS tem, seus nomes, endereços, e também seus estoques. Ora, já mostrou que é capaz a partir do momento que sabe tudo do contribuinte, que em número é muito, muito superior a todos esses juntos, então pq não mostra capacidade nos outros setores???

  3. O governo tá maquiando as informações – acredito que houve fuga de mais de 100 presos. Para a sociedade não se manifestar contra o secretário e o governo – tudo mentira…

  4. E ELES NAO TEM SISTEMA DE INFORMATICA? CHEGARAM DE PARAQUEDAS NO PRESIDIO É? A DELEGACIA NAO TEM ?

  5. Certamente ainda não conhecem os benefícios da informática e da tecnologia ou ainda não sabem que estão no ano 2017 do século 21.

  6. Falta de gestão, estado incompetente. Até eles os presos são mais competentes que o estado infelizmente. Realidade do país inteiro. E nós enquanto cidadãos a mercê do estado e da bandidagem.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Ministro da Defesa diz que estados não tem como resolver o problema prisional sozinhos

Assista aqui vídeo em que ministro fala sobre a crise dos presídios

Leia abaixo a transcrição da entrevista do ministro Raul Jungmann ao Blog:

Blog do Camarotti: Ministro, qual foi o objetivo dessa decisão de colocar as Forças Armadas para essa vistoria, varredura dentro dos presídios?

Raul Jungmann: Bom, a ideia aqui é apoiar os governos estaduais e, ao mesmo tempo, contribuir para frear essa aspiral de violência que está ocorrendo dentro do sistema prisional do país. Nós estamos, além das Forças Armadas, que vão realizar a vistoria, a varredura e retirar as armas e explosivos e retirar tudo aquilo que tem contribuído para esta carnificina dentro do sistema prosional, o governo federal, através de determinação do presidente Temer, está oferecendo recursos para compra para todo sistema prisional de bloqueadores de celular, de raio x e de scanners. Então, feita a limpeza dos presídios e penitenciárias, retirando todos esses objetos que contribuem para esta situação e também tirando os celulares, que é um meio de comunicação que existe atualmente do crime no interior dos presídios com as gangues lá fora e, colocando essa ferramentas à disposição dos governos, nós estaremos dando uma contribuição que nós repitamos importante para reduzir não apenas essa violência no interior do sistema, mas também para cortar essa relação dos chefes que estão presostêm com suas quadrilhas que estão fora das prisões e penitenciárias. Essa é a razão dessa determinação do presidente Temer e que as Forças Armadas vão cumprir, como sempre, com a competência, logística e planejamento que elas desenvolveram ao longo do tempo.

Blog: No momento da varredura das Forças Armadas nos presídios, caso haja uma rebelião, como se evitaria um novo Carandiru?

Jungmann: Em primeiro lugar, quem vai lidar com os presos serão as polícias militares, os agentes penitenciários e, em alguns casos, a Força Nacional. O que as Forças Armadas vão cuidar é de fazer uma limpeza completa nas instalações, deixando elas limpas e, daí em diante, a responsabilidade para que elas assim permaneçam vai ficar na mão dos governos estaduais e dos sistemas prisionais dos estados e para isso estamos colocando um conjunto de ferramentas: o scanner, o raio x, o bloqueador para que de fato não voltem a entrar esses instrumentos ou substância que contribuem para a insegurança e o descontrole dos presídios brasileiros.

Blog: Risco de confronto não haveria?

Jungmann: Eu diria que todo planejamento será feito e será bem feito para evitar isso. Além do mais, quando um governador solicitar ao presidente da República que as Forças Armadas façam essa limpeza nas penitenciárias, o instrumento legal será o GLO. Ou seja, um decreto de Garantia da Lei e da Ordem. Nesse decreto, que observa o mandamento constitucional, o controle do planejamento e a execução ficam nas mãos das Forças Armadas, que contarão com o apoio e o suporte das polícias Civil e Militar, do sistema penitenciário e seus agentes, e também, quando necessário, da Força Nacional de Segurança. Isso significa que vai se reduzir ao mínimo a possibilidade de qualquer tipo de confronto.

Blog: Essa decisão do presidente Michel Temer de colocar as Forças Armadas é uma resposta, é um sinal de que essa é uma grave crise de segurança não só dos estados, mas do país como um todo?

Jungmann: Eu não diria que o país ou a nação está em crise mas, de fato, é uma emergência nacional que nós estamos vivendo e, em particular, dado que o crime se nacionalizou no Brasil, o PCC e Comando Vermelho estão em praticamente em todos os estados, e que eles também começam a disputar mercado na área internacional, é evidente que os governos estaduais sozinhos não poderiam resolver essa emergência. Daí, a decisão do presidente, que é uma decisão corajosa, de empregar a força do Estado, o prestígio, a capacidade que têm as Forças Armadas para darem apoio aos estados e também para cortar essa aspiral de violência e tragédias que tem ocorrido no interior do sistema.

Blog: Como foi recebida pelas Forças Armadas essa decisão do presidente Michel Temer?

Jungmann: As Forças Armadas já vêm, através de, por exemplo, decretos de Garantia da Lei e da Ordem, só citando os mais recentes, em Natal, nós entramos quando havia uma situação de rebelião e de ameaça à ordem pública. No caso também de São Luis, a mesma coisa: o desafio dos criminosos à ordem e à segurança e nós também fomos lá, no caso as Forças Armadas. Mais recentemente, em Pernambuco, onde uma greve das polícias colocava em risco a segurança, a propriedade e as pessoas. Em todos esses casos, as forças estavam contribuindo para restaurar ou manter a segurança e a ordem pública, então, elas encaram isso como missão. E missão para as Forças Armadas aqui é sempre dito e sempre respondido o seguinte: missão dada, missão cumprida! E assim vai ser feito.

Blog do Camarotti – G1

 

Opinião dos leitores

  1. Ai eu pergunto, mas sabendo que não sei se tem resposta: Porque diabos o EXÉRCITO, A MARINHA E A AERONÁUTICA não vão pra rua, fazer a segurança da população? Não falo somente por causa desse caus do presídio, falo de um modo geral. Meu amigo, os caras se formam pra ficar tudo trancafiados dentro dos quarteis, pra quê? Que serventia tem isso. Porque não pode ajudar a policia militar, e as outras polícias no dia a dia da população?

  2. Vamos agir pessoal, vamos ser pró-ativos como a bandidagem é hoje em dia, e por isso está colocando o Estado e a sociedade de joelhos. Vossas Senhorias são pagas pelos contribuintes para isso, chega de lengalenga.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

VÍDEO: Polícia Civil disponibiliza imagens e FICHA de líderes da rebelião de Alcaçuz

Veja perfil dos cincos detentos retirados da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, apontados como líderes da rebelião de sábado(14), que serão encaminhados para presídios federais.

https://www.youtube.com/watch?v=LF-_s6tByT8&feature=youtu.be

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Segurança

VÍDEO: Comboio para transferência de presos chega a Alcaçuz

O número de presos e o destino deles não foi informado, mas, esta quarta-feira(18) marca um dia importante para tentativa de retomada do controle da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no  município de Nísia Floresta, na Grande Natal: a transferência de presos. Um comboio  formado por um ônibus e veículos do Batalhão de Operações Especiais e do Batalhão de Choque da Polícia Militar e do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil se encontra na maior penitenciária do estado para realizar a operação.

Duas facções rivais, compostas por integrantes do Sindicato RN e Primeiro Comando da Capital (PCC), passaram a noite em barricadas montadas durante essa terça-feira (17), e trocam ameaças de um novo confronto,  e muitos passaram a noite desta quarta-feira(18) sobre os telhados dos pavilhões.

O Sindicato do RN exige a transferência de integrantes do PCC, que estão no Pavilhão 5, para que não ocorra um revide ao ataque, em que segundo a facção, matou 26 presos no sábado(14), que pertenceriam ao Sindicato. Veja imagem da chegada do comboio abaixo, enviado pelo ZAPBG:

Opinião dos leitores

  1. Entrega as chaves de uma penitenciária ao Sindicato, e de outra ao PCC…pronto, e mandem eles viverem felizes para sempre….

  2. Se a SEJUC optar por transferir os presos do chamado "PCC", como quer a facção "SINDICATO DO CRIME", esta vai acabar assumindo o comando de Alcaçuz. Aí não precisará mais de Agente Penitenciário, BOPE, CHOQUE, GOE, etc…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Câmara Municipal de Natal define presidentes de Comissões Permanentes

Após a instalação das 16 comissões técnicas e permanentes do Poder Legislativo, os vereadores de Natal reuniram-se nesta terça-feira (17) para organizar a composição das mesmas. Destas, 12 já possuem presidentes, que foram indicados pelos próprios membros de cada comissão. Os presidentes das outras quatro serão definidos amanhã. As comissões permanentes são responsáveis por receber e dar parecer aos Projetos de Lei antes que os mesmos sejam apreciados em plenário.

“Das 16 comissões, chegamos ao consenso sobre a presidência em 12. Ou seja, um resultado muito positivo, que mostra quanto o diálogo pode contribuir para a eficiência dos trabalhos legislativos. Nesta quarta-feira (18), vamos concluir a formatação de todas as comissões”, destacou o presidente da Casa, vereador Raniere Barbosa (PDT).

O vereador Fernando Lucena (PT), que permanece na presidência da Comissão de Saúde por mais dois anos, falou sobre suas prioridades para o próximo biênio. “Temos que lutar para que os recursos da saúde sejam aplicados corretamente. Cerca de 30% das pessoas que tinham plano de saúde tende a migrar para o SUS. Portanto, a rede pública que já sofre com a falta de receita, terá que atender um público muito maior”, concluiu.

Confira a lista das comissões que já definiram seus presidentes:

Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final

Presidente: Aldo Clemente (PMB)

Comissão de Saúde

Presidente: Fernando Lucena (PT)

Comissão de Educação

Presidente: Eleika Bezerra (PSL)

Comissão de Habitação, Planejamento Urbano, Meio Ambiente e Assuntos Metropolitanos

Presidente: Sueldo Medeiros (PHS)

Comissão de Assistência Social e Previdência

Presidente: Wilma de Faria (PTdoB)

Comissão de Defesa do Consumidor

Presidente: Kleber Fernandes (PDT)

Comissão de Turismo

Presidente: Felipe Alves (PMDB)

Comissão de Direitos Humanos, Trabalho e Minorias

Presidente: Natália Bonavides (PT)

Comissão de Desporto

Presidente: Robson Carvalho (PMB)

Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida

Presidente: Nina Souza (PEN)

Comissão de Ciência e Tecnologia

Presidente: Ney Lopes Júnior (PSD)

Comissão de Implementação de Leis Municipais

Presidente: Ubaldo Fernandes (PMDB)

Opinião dos leitores

  1. As atividades parlamentares desenvolvidas pelas comissões serão de grande relevância, dada ao conhecimento específico das áreas de atuação de cada um. Assim, as matérias serão deliberadas por vereadores com conhecimento técnico do campo temático a que se refere à proposta.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Jornalismo

‘A gente só sai quando derramar a última gota de sangue’, diz preso no RN

Por Aura Maza / O Globo

Presos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Região Metropolitana de Natal, ameaçam promover uma nova matança caso o governo estadual não transfira detentos ligados a uma facção rival para outra unidade prisional. É o que avisa um preso que conversou por telefone com a reportagem do GLOBO por volta das 18h30m desta terça-feira.

— Nós não quer o PCC aqui não, nós quer que tire eles. E eles (governo) tinham até hoje para tirar eles (preso). Não tirou. Com quatro dias que não tiraram, hoje, nós vamos matar tudinho — diz o preso, que se intitula membro do Comando Vermelho e aliado do Sindicato do RN. — Nós quer que tire eles. Bote eles pra Caraúba, Mossoró, bote pros infernos da terra, mas não deixe perto de nós. Porque Alcaçuz é só nossa. Tá entendendo? É só nós. Aqui a gente só sai quando derramar a última gota de sangue.

Segundo o preso, a situação em Alcaçuz é crítica. Ele diz que há detentos com ferimentos à bala e cortes. Ele não descarta que outros presos tenham sido mortos além dos 26 contabilizados pelo governo.

O GLOBO conversou com o preso por cerca de três minutos por intermédio de sua mulher, de 19 anos, que não quis se identificar e mantém conversas regulares com o marido por telefone. Ontem, de um morro próximo ao presídio, ela acenava para o marido enquanto acompanhava a movimentação dos detentos.

— Olha lá, é aquele com uma bandeira azul perto do pavilhão cinco. Ele está vivo, você está vendo? — disse a jovem.

 

Opinião dos leitores

  1. Estou muito confiante que isso seja vdd. Assim, acredito que o outro grupo esteja com esse msm pensamento, e acabemos logo com esse mimi da gota! Assim, a mídia para de dá matéria pra esses sem futuros!

  2. CADE os bloqueadores?? TUDO ISSO E CULPA DOS POLÍTICOS LADRÕES QUE SÃO ALIADOS COM ESSE TIPO DE GENTE !! E A POPULAÇÃO SÓ SE FUFUFUFU

  3. Eu não tiraria nenhum…bandido não tem que dar ordem e sim obedecer.

    Que começem os jogos!!!

  4. Agora não atendam as ordens pra ver… O governo está de joelhos para a bandidagem. Aqui é terra de ninguém e o crime, infelizmente, já mostrou quem manda…

    1. Eles desligaram… não sei como mas fizeram isso.
      Se os bloqueadores é fora da prisão… como foram desligados?
      ??Eu só queria entender!!

  5. É isso mesmo como parte da mídia é responsável por isso aí. Dando holofotes ao lado desses elementos…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Segurança

Alcaçuz tem noite calma e governo deve anunciar hoje medidas praticas dentro da unidade

O BG recebeu a informação que apesar de todo o caos, o presidio de Alcaçuz teve uma noite calma. Policiais militares, agentes e equipe da força nacional passaram a madrugada de prontidão nas guaritas e no entorno da unidade.

Nesta quarta-feira segundo apuramos, o governo do estado deve anunciar as primeiras medidas praticas dentro de Alcaçuz para encerrar o conflito.

Um agente confirmou ao blog por whattsapp que toda a unidade está sem energia.

Opinião dos leitores

    1. A energia está desligada para os policiais e para os agentes penitenciários. Para os bandidos, não POOOOOOODE, senão….

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Após 90 dias preso, Cunha balança sobre fazer delação

Foto: Wilton Junior/Estadão

Eduardo Cunha já balança sobre fazer delação. Apesar de ainda não confirmar que vai colaborar, quem acompanha sua rotina avalia que os 90 dias preso o fizeram “dobrar os joelhos”.

Coluna Estadão

Opinião dos leitores

  1. Esse aí falar ou não falar, pouco contribuirá, não tem quem minta mais do que ele, nem o LULADRÃO.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Nova delação da Camargo deve levar Lava Jato a SP

O Estado de S.Paulo

O recall da delação de executivos da empreiteira Camargo Corrêa deve levar a Operação Lava Jato a fazer uma devassa em contratos de obras municipais e estaduais em São Paulo. A necessidade de a construtora refazer seu acordo é um efeito colateral da delação de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht, que mencionaram casos de corrupção em contratos de outras empresas e não foram citados anteriormente.

No caso da Camargo, fontes ligadas à negociação do recall consideram que a Lava Jato pretende resgatar suspeitas de corrupção apuradas pela Operação Castelo de Areia, de 2009, que havia identificado indícios de irregularidades em pelos menos 12 obras paulistas. A operação foi invalidada pela Justiça.

Relatórios da Castelo de Areia já apontavam indícios de pagamentos indevidos no Rodoanel, no túnel da Avenida Jornalista Roberto Marinho e na expansão do metrô. Havia suspeitas também em contratos com a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa), de Campinas, e com a prefeitura de Jundiaí. Foram levantados indícios ainda em obras dos metrôs de Fortaleza, Salvador e Rio.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

VALE A PENA LER: Juízes prendem por ‘covardia’, diz ex-magistrado

Carceragem de Contagem e Livingsthon José Machado

Por FOLHAPRESS

Em 2005, o juiz Livingsthon José Machado determinou a soltura de 59 presos que cumpriam pena ilegalmente em delegacias superlotadas na comarca de Contagem (MG). Ele foi aposentado compulsoriamente pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Doze anos depois, ele diz que, “por desespero e medo”, os juízes estão liberando presos sem planejamento, diante dos massacres nos presídios do Amazonas e de Roraima.

É o que revela reportagem da Folha nesta quarta-feira (18), com trechos de entrevista concedida ao editor deste Blog.

Criticado na época pelo governador Aécio Neves (PSDB), acusado de “fazer proselitismo pessoal” e colocar em risco a segurança pública, Machado recebeu apoio de juízes de varas de execução criminal e de entidades de direitos humanos.

Em 2010, o TJ-MG participou de mutirão do Conselho Nacional de Justiça que libertou 3.000 presos no Estado. “Não há nenhuma diferença quanto aos fundamentos jurídicos nos dois episódios: ilegalidade das prisões ou abuso no uso dessas medidas”, ele afirmou, na ocasião.

Machado atualmente exerce a advocacia e é professor em cursos de Execução Penal na PUC-MG e na OAB-MG.

A seguir, a íntegra da entrevista concedida por e-mail.

*
Folha – O episódio de Contagem já sinalizava que a situação dos presídios caminhava para os massacres das últimas semanas?

Livingsthon José Machado – Não foi diferente do que está acontecendo agora em proporções mais desastrosas. A omissão do Estado já vem de longa data. O poder público varre o lixo para debaixo do tapete. Quando as crises acontecem, a solução tem sido construir novos presídios a preços superfaturados. Logo estarão superlotados.

A ideia de que prender bandidos é a solução reproduz parte do sentimento coletivo causado pelo herói nacional da atualidade, o juiz Sergio Moro. Centenas de magistrados têm a ideia de que a prisão vai resolver o problema da corrupção.

O sr. tem conhecimento de algum caso semelhante de liberação de presos antes de sua decisão, em 2005?

Não tenho conhecimento, no Brasil, de decisões com o mesmo fundamento jurídico que adotei, quando determinei a expedição de alvarás de soltura porque presos estavam cumprindo penas de forma ilegal.

Depois daquelas decisões, outros juízes adotaram o mesmo fundamento, inclusive em tribunais superiores. Contudo, o cenário político já era diferente e não causaram tanta repercussão.

Tenho conhecimento de decisões semelhantes à que tomei ocorridas na Espanha, França e Canadá. Mas não sei de nenhuma decisão anterior à minha no Brasil.

Como avalia as decisões recentes de alguns juízes de liberar presos para evitar novas mortes?

Essas decisões têm sido de desespero e medo, sem nenhum planejamento. Deveria fazer parte do cotidiano de todo juiz criminal determinar a imediata expedição de alvará de soltura quando a prisão for ilegal ou abusiva.

O ex-presidente do TJ-SP, desembargador Ivan Sartori, diz que o Estado é tolerante com a criminalidade por pressões, entre outras, de entidades de direitos humanos.

O Estado não é tolerante. As entidades de direitos humanos não gozam de grande simpatia da população. Têm espaço em discussões acadêmicas, mas não no Judiciário. São outras organizações –políticas e econômicas– que exercem pressões sobre magistrados no sentido de medidas mais duras.

A Associação Juízes para a Democracia diz que o massacre de Manaus resulta do “punitivismo” e do tratamento da questão social como caso de polícia.

A ideia também não é de todo verdadeira. Quando questões sociais são tratadas como caso de polícia é demonstração de incompetência dos gestores da coisa pública. Há, na verdade, uma covardia dos juízes em decidir por outras pressões, como interesses corporativos, de partidos políticos ou do Executivo.

Veja o caso que vivenciei em 2005. Penso que a significativa maioria dos magistrados cederia às pressões.

A interrupção dos mutirões carcerários agravou a situação das penitenciárias?

Mutirões carcerários são medidas paliativas. Não contribuem para a questão carcerária. Nas varas comuns, o processo tem começo e fim. Os mutirões podem até ajudar. Mas nas varas de execução criminal o processo é contínuo e só termina com o cumprimento definitivo da pena. Mutirões carcerários nessas varas são coisa “pra inglês ver”.

As audiências de custódia reduziriam as prisões ilegais?

A ideia é boa, mas a prática tem sido desastrosa. Em boa parte das audiências são os promotores que decidem. A maioria significativa dos juízes não examina os elementos necessários para a decretação da prisão preventiva, que é excepcional. Os delegados de polícia cumprem um papel meramente administrativo. Aumentaram as prisões ilegais porque os tribunais não têm examinado as ilegalidades praticadas por vários juízes.

Magistrados paulistas [em nota pública da Apamagis] afirmam que os juízes estaduais não são responsáveis pela administração dos presídios, tarefa que caberia ao Executivo.

Pois é … Magistrados sempre fugindo da responsabilidade. A Constituição determina que “a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária”. A Lei de Execuções Penais diz que compete ao juiz da execução “zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança” e “inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais”. Então, os juízes estaduais não têm responsabilidade pela execução da pena?

Por que o Estado não consegue eliminar o tráfico de celulares nos presídios, o que permite às organizações criminosas dirigir operações fora das prisões?

Porque simplesmente não tem conhecimento dos problemas prisionais e viola, cotidianamente, as regras que ele mesmo estabelece, inclusive com o trato a seus servidores.

Os presos possuem outros meios de comunicação com o meio externo. Ou seja, a questão das organizações criminosas não se combate apenas com o impedimento de comunicação entre os líderes e o mundo exterior, isto seria apenas um analgésico para a dor de cabeça, mas não o combate da causa da dor de cabeça, que muitas vezes pode levar à morte.

Em que medida a política penitenciária se confunde com a política de segurança pública?

As duas políticas estão ligadas desde o embrião. O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária tem como papel principal o planejamento destas políticas de forma integrada. Não é que se confundam, mas uma depende da outra, embora gozem de autonomia, com regras próprias, mas não isoladas e independentes.

Não é possível pensar, por exemplo, em medidas punitivas mais rigorosas como aquelas planejadas por um movimento conhecido como da “Lei e da Ordem”, que prevê mais rigor no combate ao crime pela punição, sem se pensar nos efeitos destas punições na execução.

Também não é possível se pensar só no abrandamento de medidas punitivas em razão do fracasso do modelo prisional existente, como advogam os defensores do “Direito Penal Mínimo”.

É preciso pensar as duas políticas não uma em oposição a outra ou de ponderação entre elas, mas de integração, com um único objetivo comum. Promover o bem-estar, a liberdade e a segurança como complementares um do outro.

Por que não há uma força-tarefa para prevenir e reprimir facções como o PCC, o CV e a FDN?

Falta de vontade política. Operações da Polícia Federal, com nome pomposos, ganham espaço na mídia e a simpatia de parte da população. Muitas operações são atabalhoadas, como na Lava Jato. Só que isso gera dividendos políticos. Quando a questão é o problema prisional, boa parte da população tem aversão ao tema. Muitos defendem o assassinato de presos e são aplaudidos, como o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que se apresenta como pré-candidato à Presidência em 2018.

O poder público não tem se ocupado de impedir as ações dessas organizações criminosas e de seus líderes porque, de certa forma, são eles que mantêm certa “ordem” nos presídios. É a “ordem pela desordem”.

Como vê a terceirização e privatização de presídios?

Eu vejo como uma solução possível e viável para ser utilizada na execução de penas privativas de liberdade, mas que devem ser pensadas de forma transparente e sem demagogia ou fantasias acadêmicas.

Para não parecer que estou sendo só pessimista, uma experiência que a sociedade civil vem tentando implementar para amenizar este problema é o método de execução penal conhecido como APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados). Foi idealizado pelo advogado Mário Ottoboni [são snidades de não mais de 300 presos, com elevado índice de ressocialização]. O sistema foi implementado em várias comarcas no Brasil e até no exterior. Uma das dificuldades que este método tem enfrentado é exatamente a atuação desastrosa do poder público.

O trabalho, ou aquilo que na APAC é conhecido como “laborterapia”, deve ser pensado de forma harmônica com os interesses econômicos do empreendedor (do empresário) de forma a termos ganhos tanto para a atividade econômica, como para o sentenciado (ganhos econômicos e profissionais) e para a sociedade –redução da reincidência e colaboração de força de trabalho produtiva.

Na Vara de Execuções Criminais de Contagem, elaboramos juntamente com a Defensoria Pública, lojistas, assistentes sociais e poder público municipal um projeto neste sentido, com excelente receptividade pelo empresariado. Mas é preciso seriedade e transparência.

Na sua opinião, quais serão os desdobramentos dos episódios ocorridos no início deste ano?

Eu prefiro não fazer prognósticos, pois não tenho boas expectativas sobre o que está por vir. O que tenho visto do ministro da Justiça e do Supremo Tribunal Federal não me anima muito, não… Tomara que esteja errado.

Opinião dos leitores

  1. O que difere bandido de cidadãos,?????? hoje a diferença é que o cidadão paga a conta e ainda vive preso dentro da própria casa, tá difícil, temos que repensarmos o executivo precisa de ser destravado, ter voz ativa, com o nosso nível de legisladores, não conseguimos dar um passo a frente

  2. Se bandido pode ser solto, mesmo apos julgado e culpado. Nao ha necessidade de poder judiciario caro, nem policia retraída, nem legislativo inutil. Deixe que o povo volte as trevas e resolva da forma instintiva.

  3. "Cabeça de juiz e terra que ninguém anda". Enquanto a população desprotegida e esquecida por magistrados, Direitos Humanos e governos, se estuda maneiras para beneficiar os criminosos em detrimento ao mal que causaram. Parabéns aos nosso magistrados!

  4. O herói Sérgio Moro, a q ele.se.refere está em outra situação, ele mandou prender qm nunca era preso mesmo qdo recebia sentença transitado e julgado… Ja os presos, "normais" eram ou são presos qdo deveriam está soltos… essa é à diferença Sr Magistrado…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Segurança

Plano de Segurança sobe no telhado antes mesmo de ser concretizado

Secretários estaduais de segurança para o ministro Moraes, da Justiça: ‘De onde virá o dinheiro?’

Para se chegar a qualquer tipo de acordo, a primeira condição é estar falando a mesma língua. O Planalto havia preparado um palco para esta quarta-feira. Sobre ele, Michel Temer brilharia a partir das 15h. Ao lado do presidente, governadores do país inteiro, profundamente agradecidos, assinariam o novo Plano Nacional de Segurança Pública, compremetendo-se a implementá-lo. Deu chabu. O espetáculo foi cancelado na véspera.

Verificou-se que as partes falam coisas diferentes. O que faz com que toda essa conversa sobre união de esforços, essa vontade de modernizar o sistema penitenciário brasileiro, essa ânsia de combater a criminalidade organizada transnacional, essa busca altruísta de medidas capazes de reduzir a quantidade de homicídios no país, tudo isso esbarra na única invenção humana cujo sucesso dispensa comprovação: o dinheiro.

Em reunião prévia com o ministro Alexandre de Moraes (Justiça), os secretários estaduais de segurança debruçaram-se sobre os detalhes do plano que seus chefes deveriam assinar. Fizeram a indefectível pergunta: de onde virá o dinheiro? Súbito, a solenidade de Temer, a exemplo da bandidagem da cadeia potiguar de Alcaçuz, subiu no telhado.

O secretário de Defesa de Rondônia, coronel Lioberto Caetano, resumiu a cena: ”Se o governo não mostrar a origem dos recursos, os governadores não vão assinar isso. Nós vamos assessorá-los. A gente assina se for uma coisa que atenda efetivamente às necessidades. O Brasil já passou pela experiência. Não estamos mais na fase de testes.”

Lioberto atacou uma das prioridades do plano: ”Construir presídio não resolve. Construir presídio aumenta o número de presos, mas vai aumentar também o gasto com pessoal. Não temos mais condição de gastar com pessoal. A nossa verba não é igual à saúde que tem destinação [constitucional] de 25%.”

Poucas horas depois do encontro do ministro com os secretários estaduais, o palco em que Temer irradiaria todo o seu fulgor estava desmontado. Em vez da cerimônia apoteótica com 27 governadores, o presidente receberá em audiência apenas os que chefiam Estados das regiões Norte, além de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Por ora, nada de adesões ao Plano Nacional de Segurança.

Antes, deseja-se que o Planalto aprove no Congresso uma emenda enfiando dentro da Constiuição artigo que obrigue a União a destinar um pedaço do seu orçamento anual para a segurança pública —nos moldes do que sucede com educação e saúde. Como se as escolas não estivessem em petição de miséria e os hospitais públicos não matassem doentes esquecidos nos corredores.

Há três meses, o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, injetou num de seus despachos uma reflexão premonitória sobre a encrenca do sistema prisional. Conforme já noticiado aqui, Barroso anotou:

“A sociedade brasileira deverá estar ciente de que o aumento da efetividade e da eficiência do sistema punitivo exige o aporte de recursos financeiros substanciais. Isso porque será necessário um conjunto de providências, que vão do aprimoramento da atuação policial a investimentos vultosos no sistema penitenciário. Embora estas sejam pautas institucionais importantes, é preciso explicitar que em momento de escassez geral de verbas, os valores que forem para o sistema punitivo deixarão de ir para outras áreas mais vistosas e populares, desde a educação até obras públicas.”

Hoje, o Brasil gasta R$ 2,4 mil por mês para manter um criminoso atrás das grades. E investe R$ 2,2 mil por ano para bancar em escola pública um estudante do ensino médio. Repetindo: o Estado gasta 13 vezes mais com os presos do que com os estudantes. Como se o contraste já não fosse perturbador, o Datafolha informa que 57% dos brasileiros concordam com a tese segundo a qual “bandido bom é bandido morto.”

É contra esse pano de fundo que o governo de Michel Temer precisa responder à pergunta dos secretários estaduais de segurança: de onde virá o dinheiro? Ao farejar o cheiro de queimado, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) erguerá defronte dos cofres do Tesouro Nacional uma barricada semelhante às que foram levantadas no pátio da cadeia potiguar de Alcaçus, nesta terça-feira, pela bandidagem do PCC e do Sindicato do Crime.

JOSIAS DE SOUZA

Opinião dos leitores

  1. Mais uma do governo do "joão redondo" Michel Temer.
    Ah governo CHIBATA !! Ah país véi CHIBATA !!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *