Diversos

Pais de jovem morta após explosão de botijão de gás em feira livre de Natal em 2011 serão indenizados em R$ 200 mil

O juiz Cícero Martins de Macedo Filho, da 4ª Vara da Fazenda Pública de Natal, condenou o Município de Natal a pagar a um casal, a título de dano moral, o valor de R$ 200 mil, acrescidos de juros de mora e correção monetária, em virtude da morte da sua filha decorrente da explosão de um botijão de gás em uma barraca de uma feira livre de Natal, no ano de 2011.

O magistrado condenou ainda o Município de Natal a pagar aos autores a título de dano material uma pensão mensal correspondente a 2/3 do salário mínimo a partir da data do evento, até a data em que a vítima completaria 25 anos, e a partir daí reduzindo-se para 1/3 até a data em que completaria 65 anos.

Para a efetivação do pagamento da pensão mensal, devem ser observados os valores do salário mínimo de cada ano, reajustando-se sempre, observando-se os terços fixados, quando ocorrer alteração do seu valor, devendo incidir juros moratórios a partir da data do evento, assim como a correção monetária.

Os autores promovem a ação de indenização por danos materiais e morais contra o Município de Natal, afirmando que na manhã do dia 24 de julho de 2011 a filha dos autores, com 18 anos de idade, dirigiu-se à feira livre do bairro de Cidade da Esperança, acompanhada do seu namorado.

Ao transitar pela feira, mantida pelo Município, a jovem foi surpreendida com a explosão de um botijão de gás em uma barraca de tapioca, acidente que deixou 19 pessoas feridas, entre elas a filha dos autores, com queimaduras de 2º grau em pelo menos 70% do corpo.

O casal afirmou que após o acidente a jovem teve que iniciar verdadeiro calvário em hospitais, no entanto ela veio a falecer em 20 de setembro de 2011, após passar dois meses de intenso sofrimento em vários estabelecimentos hospitalares.

Sofrimento

Os pais sustentam que o sofrimento e morte da jovem somente ocorreram em razão da negligência do ente público em permitir o funcionamento de bancas sem a observância das regras mínimas de segurança, deixando de exercer seu papel poder de polícia nas feiras livres.

Para eles, caso existisse fiscalização efetiva por parte do Município jamais o acidente teria ocorrido, pois foi causado pela explosão de um botijão de gás que superaqueceu e que sequer possuía válvula de alívio para situações de superaquecimento, conforme declarou o Corpo de Bombeiros.

Nos fundamentos jurídicos que utilizaram para defender o seu direito, invocaram o disposto no § 6º do art. 37, da Constituição Federal, e entendem presentes, no caso, a omissão do ente público, o dano, o nexo de causalidade e a culpa.

Mencionaram doutrina para sustentar que o nexo causal e a conduta omissiva do agente se revelam pela falha da prestação de serviço de fiscalizar as feiras livres e impedir que os feirantes utilizem objetos que possam colocar em risco o ambiente.

Argumentaram que a autorização para explorar a atividade das feiras livres bem como a sua fiscalização é atribuição do Município de Natal, e para tanto os feirantes recolhem taxas de licença, fundada no poder de polícias assegurado pelo art. 145, II, CF.

Dever de indenizar

Asseguraram os pais da jovem que os fatos narrados revelam o dano decorrente da dor e sofrimento experimentado pelos autores, bem como o nexo causal entre a conduta do preposto do ente público e o dever de indenizar.

Segundo o juiz, pelas provas constantes dos autos, especialmente os documentos juntados ao processo, não há dúvida de que a jovem faleceu em razão dos ferimentos (queimaduras) sofridos em decorrência da explosão do botijão de gás que ocorreu na feira livre da Cidade da Esperança.

Para ele, é possível se afirmar que a explosão poderia ter sido evitada se tivesse havido uma fiscalização efetiva por parte do ente público. “Não há como afastar a responsabilidade do ente público no evento, em razão da omissão do dever de fiscalizar”, comentou.

“Resta evidente que esse dever de fiscalização, imposto por lei, não foi cumprido satisfatoriamente. A observância mais rigorosa desse dever poderia ter evitado a tragédia. A omissão na fiscalização criou, portanto, um risco de ocorrência de um resultado danoso, como de fato aconteceu”, decidiu.

Processo nº 0801367-40.2013.8.20.0001
TJRN

Opinião dos leitores

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Geral

Toffoli manda retirar da CPMI mensagens de celular do dono do Banco Master

Foto: Rubens Cavallari/Folhapress

O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta sexta-feira (12) a retirada dos documentos que contêm mensagens de celular do banqueiro Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, dos arquivos da CPMI do INSS. A comissão havia aprovado nesta semana a quebra dos sigilos bancário e telemático do empresário, mas o material foi retirado após a decisão do magistrado.

A defesa de Vorcaro pediu a anulação das quebras de sigilo bancário, fiscal e telemático. Toffoli negou o pedido, mas, em decisão provisória, ordenou que todo o material já coletado seja encaminhado à Presidência do Senado até que o STF dê uma decisão definitiva sobre o caso. As quebras de sigilo autorizadas tanto pela CPMI quanto pela Justiça criminal de origem foram mantidas.

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), reagiu duramente e disse receber a decisão com “indignação”. Segundo ele, os documentos retirados não são acessórios, mas fundamentais para entender fluxos financeiros e relações institucionais ligadas ao escândalo. “Sempre que se afasta uma CPMI de documentos essenciais, enfraquece-se a investigação e cresce a desconfiança da sociedade”, afirmou.

O caso Master está sob sigilo elevado por determinação do próprio Toffoli, que no início de dezembro avocou para si as investigações que tramitavam na Justiça Federal do Distrito Federal. A decisão ocorre em meio a críticas após reportagens revelarem que o ministro viajou a Lima, dias antes, para assistir à final da Libertadores ao lado de um advogado que atua na defesa de investigados ligados ao banco — episódio que ampliou o desgaste do STF no caso.

Com informações da Folha de S.Paulo

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Economia

Bancos fecham empréstimo de R$ 12 bilhões para salvar contas falidas dos Correios

Foto: Divulgação

Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander fecharam uma nova proposta de empréstimo de R$ 12 bilhões para tentar equilibrar as contas dos Correios, que acumulam prejuízo de mais de R$ 6 bilhões só em 2025. Documentos formais ainda não chegaram à estatal.

A tentativa vem depois que o Tesouro recusou o primeiro pedido de R$ 20 bilhões. Na ocasião, os juros cobrados pelos bancos chegavam a 136% do CDI, acima do limite de 120% aceito pelo governo, considerado “altíssimo risco”. A estatal ainda busca aportes da União e melhores condições com novos bancos.

Para tentar sair do sufoco, os Correios planejam demissão voluntária de 15 mil funcionários entre 2026 e 2027, fechamento de agências e venda de imóveis, que devem render cerca de R$ 1,5 bilhão. O aporte emergencial da União, estimado em R$ 5,8 bilhões, também é praticamente certo, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O empréstimo e o plano de reestruturação são vistos como medidas de emergência para manter salários e evitar um colapso ainda maior na estatal, que desde 2022 acumula déficits superiores a R$ 10 bilhões.

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Geral

O Natal tá batendo na porta e o Papo de Fogão vem todo doce! Panetone trufado e rabanadas recheadas

O Natal tá batendo na porta e o Papo de Fogão vem todo doce!  A Chef Jullyane Britto, do Maníacos por Cacau, ensina um panetone recheado de chocolate e morangos. E Fernando Amaral prepara rabanadas com Nutella e doce de leite.

SÁBADO

BAND MARANHÃO e PIAUÍ – 8h
PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30

DOMINGO

RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h

Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

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Judiciário

Enquanto Master afunda em 77 mil ações, esposa de Moraes fatura R$ 129 milhões em apenas 1 caso

Foto: Reprodução

Viviane Barci, esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes, aparece como advogada do Banco Master em apenas uma das cerca de 77 mil ações em que a instituição é envolvida. O processo, que corre sob segredo de Justiça, trata de calúnia, injúria e difamação contra o gestor Vladimir Joelsas Timerman, da Esh Capital.

Apesar de figurar oficialmente em apenas esse caso do Master, Viviane tem cerca de 1,6 mil processos em seu nome, sendo o parque Hopi Hari seu principal cliente, com 600 ações. Já o Banco Master enfrenta investigações da Polícia Federal por fraudes que podem chegar a R$ 12 bilhões.

Documentos apreendidos na Operação Compliance Zero mostram que o escritório de Viviane recebeu um contrato milionário do banco: R$ 3,6 milhões por mês durante três anos, totalizando até R$ 129 milhões. Mensagens indicam que o pagamento era prioridade para o controlador do Master, Daniel Vorcaro, mesmo com a instituição sob investigação.

Procurado, o escritório de Viviane não comentou o caso, e o Banco Master também não respondeu. A revelação levanta dúvidas sobre o vínculo da advogada com uma instituição investigada e sobre o contrato milionário enquanto milhares de processos seguem ativos.

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Judiciário

MAGNITSKY SUSPENSA: Moraes dribla EUA e escapa das sanções com manobra do STF e recuo do governo

Foto: Reprodução

As sanções da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Barci, foram suspensas nesta sexta-feira (12/12). A decisão é resultado direto de uma estratégia bem-sucedida do STF, que combinou articulação política e recuo estratégico do governo brasileiro, segundo informações do Metrópoles.

Fontes do Itamaraty apontam que o avanço do PL da Dosimetria, comandado por Moraes, e a desistência do Brasil em pressionar por regras internacionais para big techs pesaram na decisão da Casa Branca. O movimento encerra cinco meses de tensão diplomática entre Brasília e Washington.

A sanção havia sido vista como uma ameaça às relações bilaterais, com risco de atrapalhar a cooperação em segurança e combate à desinformação. Agora, a reversão é interpretada como um alívio para o governo, que deve negociar novas concessões até janeiro, incluindo suspensão de restrições de vistos e tarifas comerciais.

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Política

VÍDEO: Carro locado ao Governo do Estado precisar ser empurrado porque foi bloqueado por falta de pagamento

Imagens: Cedidas

Um vídeo que circula nas redes mostra o descaso da gestão Fátima: um carro do governo do RN precisou ser empurrado porque estava bloqueado por falta de pagamento. A cena evidencia o caos administrativo que trava serviços e prejudica o cidadão.

Não foi falta de gasolina ou manutenção: o veículo ficou parado por pendências financeiras. Em plena era digital, rastreadores desligados e burocracia emperram até o transporte mais básico da frota estadual.

Os carros locados pela Secretaria Estadual de Saúde do RN foram temporariamente bloqueados porque a empresa locadora desligou os rastreadores. Segundo o Governo do RN, o pagamento havia sido feito na quinta-feira (11), mas a empresa não registrou o repasse e travou os veículos.

A Sesap garante que a situação foi resolvida e que, nesta sexta-feira (12), os carros já circulam normalmente. Mas o episódio expõe falha na gestão de Fátima Bezerra, que continua transformando tarefas simples em problemas e deixando o potiguar pagar a conta da incompetência.

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Judiciário

Alexandre de Moraes agradece Lula por suspensão de sanções dos EUA

Foto: Reprodução

O ministro do STF Alexandre de Moraes agradeceu publicamente o presidente Lula pela revogação das sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos contra ele e sua esposa, Viviane. Em evento de lançamento do SBT News em Osasco, Moraes chamou a decisão de “vitória tripla”: do Judiciário, da soberania nacional e da democracia.

As sanções da chamada Lei Magnitsky atingem alvos por meios econômicos, como o congelamento de bens e contas em instituições norte-americanas. Criada em 2012 nos EUA após a morte do advogado russo Sergei Magnitsky, a lei visa punir autoridades acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos.

Moraes estava na mira da lei por supostas ordens de censura que afetaram empresas e cidadãos nos EUA. Plataformas como Rumble e Trump Media contestaram judicialmente bloqueios determinados pelo ministro. Em maio, políticos americanos, incluindo Marco Rubio, chegaram a alertar que Moraes poderia ser alvo das sanções.

A lei Magnitsky ganhou alcance global e já foi aplicada fora da Rússia, incluindo casos na América Latina por corrupção e violações de direitos humanos. Alvos entram na lista SDN da OFAC, que restringe negócios internacionais e congelamento de ativos. Para Moraes, a suspensão das sanções mostra que “a verdade prevaleceu” com o apoio do presidente Lula.

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Geral

Governo do Estado diz que pagou, mas a empresa “não viu” e bloqueou carros da Saúde no RN; veículos já estão desbloqueados

Foto: Reprodução

Os carros locados pela Secretaria Estadual de Saúde do RN ficaram temporariamente bloqueados porque a locadora desligou os rastreadores. Segundo o Governo do Estado, o pagamento à empresa havia sido feito na quinta-feira (11), mas a empresa não tomou conhecimento do repasse e travou os veículos.

A Sesap afirma que a situação foi resolvida e, nesta sexta-feira (12), os carros administrativos já circulam normalmente. O episódio expõe, porém, falhas na comunicação e na gestão do governo Fátima Bezerra, que mais uma vez mostra dificuldade em manter serviços básicos funcionando sem sobressaltos.

Enquanto isso, servidores e serviços essenciais ficaram reféns de uma situação que poderia ter sido evitada com simples conferência do pagamento antes do bloqueio. O caso reforça o histórico de problemas da gestão estadual na área da saúde, que continua colecionando percalços mesmo em tarefas consideradas básicas.

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Política

Flávio reage à decisão de Trump: “Gesto gigante que acelera anistia no Brasil”

Foto: Reprodução

O senador Flávio Bolsonaro classificou como “gesto gigante” do presidente dos EUA, Donald Trump, a retirada de Alexandre de Moraes, da esposa dele e da empresa Lex da lista de sanções conhecida como Magnitsky, nesta sexta-feira (12). Para Flávio, a decisão marca o início do “retorno à normalidade democrática” nas relações entre Brasil e Estados Unidos — algo que, segundo ele, pode impulsionar a votação da anistia no Congresso.

A queda das sanções foi confirmada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), permitindo que contas e eventuais bens ligados ao casal sejam desbloqueados e que empresas americanas voltem a fazer negócios com eles.

Moraes havia sido incluído na lista em julho, acusado pelo governo Trump de promover censura, prisões arbitrárias e perseguição política — especialmente no caso que resultou na condenação de Jair Bolsonaro.

Flávio acredita que o gesto de Trump deverá influenciar diretamente na votação do PL da Dosimetria, prevista para a próxima semana no Senado. Para ele, a aprovação da proposta pode abrir espaço para que os EUA removam sobretaxas que atingem produtos brasileiros, prejudicando setores inteiros da economia.

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Saúde

Carros da Saúde locados têm rastreadores bloqueados após calote do Governo do Estado

Foto: Secom RN

Os carros alugados pela Secretaria Estadual de Saúde do RN simplesmente pararam de rodar. A locadora desligou os rastreadores por falta de pagamento — e, sem o sistema ativo, os veículos ficam automaticamente bloqueados, impedidos de circular. Ou seja: ambulâncias, carros de apoio e serviços essenciais estão parados por puro calote administrativo.

A empresa afirma que o Governo do Estado não cumpriu nada do que foi acertado, acumulando atrasos e ignorando tentativas de solução. Sem pagamento, a regra é clara: rastreador desativado e frota imobilizada. A situação escancara mais um capítulo do caos na gestão Fátima Bezerra, que segue colecionando problemas na saúde pública.

Enquanto isso, servidores e pacientes ficam reféns de uma estrutura que não funciona, travada por falta de planejamento básico — pagar o que deve. É mais um exemplo da incapacidade do Governo do RN de manter o mínimo em dia, mesmo em áreas que deveriam ser prioridade absoluta.

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