Política

Pesquisa exclusiva: maioria apoia políticas conservadoras de Bolsonaro, destaca Veja

Foto: Alan Santo/PR

Reconhecido como um dos maiores gênios políticos da história, Winston Churchill mantinha o bom humor mesmo sob pressão e, entre outras tiradas antológicas, costumava dizer que nunca se deve deixar uma boa crise ser desperdiçada. Sua sentença ensina que, nos momentos de enorme turbulência, se abrem oportunidades preciosas para tentar a resolução de problemas graves. No caso do Brasil, infelizmente, Jair Bolsonaro tem feito uso literal da frase de Churchill. O presidente parece agir acreditando que uma crise é sempre uma boa chance para produzir uma crise ainda maior. Assim ocorreu nos últimos dias, quando uma tempestade perfeita começou a se formar na direção do país, com a fraca recuperação econômica correndo o risco de ser atropelada pelas crises do petróleo e do coronavírus (veja as reportagens nas págs. 56 e 58). Bolsonaro preferiu, mais uma vez, apagar o fogo com gasolina.

Exemplo maior disso foi seu comportamento errático em relação à convocação das manifestações de 15 março contra o Congresso. Entre o embarque e os compromissos de uma viagem a Miami, onde se reuniu com Donald Trump (de quem, aliás, o capitão imita o estilo disparatado e o radicalismo de direita), o presidente, depois de já haver recuado sobre o endosso aos protestos pelas críticas que recebeu ao compartilhar um vídeo agressivo contra o Parlamento, voltou a apoiar o movimento organizado por grupos que gravitam ao redor do núcleo duro do bolsonarismo. Para não haver dúvidas sobre o endosso oficial aos atos que estavam programados em mais de 100 cidades, a Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto reforçou a convocação na última terça, 10, via Twitter. O ministro da Justiça, Sergio Moro, também aplaudiu a ideia, chamando-a de “festa da democracia”.

Tal festa, no entanto, dividiria o país justo no momento em que o Brasil precisa de união para enfrentar um ano que promete ser dos mais difíceis (grupos de esquerda revidaram, chamando uma série de pas­sea­tas de protestos contra o governo). O apoio do presidente a uma grande manifestação também se chocava com o comportamento de governantes de vários outros países, que têm proibido aglomerações como medida de combate ao novo vírus. Na última quarta, 11, por pressões políticas, Bolsonaro fez um novo movimento de recuo com relação ao seu apoio aos atos. Na noite do dia seguinte, finalmente chancelou oficialmente a atitude mais sensata, pedindo em uma live e em cadeia nacional a seus seguidores que adiem as manifestações.

Em meio a essas idas e vindas em relação aos protestos, o presidente foi surpreendido pela suspeita de que havia contraído o coronavírus. Foi uma grande ironia. Antes disso, ele havia declarado que a pandemia “não é isso tudo” e, mais uma vez, aproveitou a ocasião para criticar a imprensa, que, na sua opinião, estava exagerando na cobertura do problema. Na última quinta, conforme revelou o site de VEJA, o presidente aguardava o resultado do teste para a doença, feito depois que o secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, foi contaminado. Bolsonaro esteve com ele na viagem recente aos Estados Unidos.

O Congresso e seus líderes estavam entre os principais alvos dos manifestantes do 15 de março (pixulecos de personalidades como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, eram preparados para “estrelar” os eventos). Segundo uma recente pesquisa exclusiva encomendada por VEJA ao instituto FSB, o prestígio dos parlamentares encontra-se na lona. O levantamento mostra que apenas 11% dos brasileiros classificam como “ótimo” ou “bom” o trabalho de deputados e senadores. A maioria, 44%, diz que o desempenho está entre péssimo e ruim. Esse mesmo estudo VEJA/FSB revela que, além das críticas ao Congresso, o presidente está em sintonia com boa parte dos eleitores nas chamadas “pautas conservadoras”. Detalhe importante: isso não se restringe apenas a quem votou no capitão nas eleições de 2018. O levantamento foi feito no mês passado, por telefone, com 2 000 eleitores de mais de 16 anos, nas 27 unidades da federação. Os resultados apontam alta rejeição de questões comportamentais como a união civil entre gays e a possibilidade de a mulher decidir sobre um aborto. Por outro lado, encontram aceitação na sociedade políticas pensadas pelo governo Bolsonaro que parecem datadas do século passado, como a militarização das escolas, o poder de veto do governo a determinados temas em projetos culturais financiados com dinheiro público e a campanha de abstinência sexual entre adolescentes como forma de evitar a gravidez precoce. “Essas questões estavam fora da pauta das manifestações do 15 de março, mas recebem nosso apoio integral”, afirma Edson Salomão, um dos líderes do Movimento Conservador, grupo que engordará o evento pró-governo.

Entre todos os temas abordados na pesquisa, o conservadorismo aflora mais na questão da descriminalização das drogas. Nada menos que 62% dos brasileiros rejeitam liberar o consumo, embora a maioria concorde com a autorização para o uso medicinal da maconha. “Nosso presente está cheio de passado”, afirma a historiadora Lilia Schwarcz, da Universidade de São Paulo. “É preciso considerar que nós sempre fomos conservadores, são dados estruturais. Não tem a ver apenas com pessoas que elegeram Bolsonaro, mas com o perfil da população. O conservadorismo é um traço do brasileiro.” Nos anos 60, por exemplo, Jânio Quadros foi eleito com votação expressiva graças a um discurso moralizador em que usou uma vassoura como símbolo de que varreria a corrupção. Uma vez empossado, ficou mais conhecido pela série de medidas esdrúxulas que adotou, como a proibição de rinhas de galo, de corridas de cavalo e do uso de biquíni em praias.

A “cara” da onda conservadora atual tem algumas diferenças e peculiaridades. “O fenômeno aflorou no período mais recente, mas isso não significa que não estivesse no submundo da sociedade nem que não estivesse se organizando há muito tempo. Basta ter como referência que as marchas para Jesus reúnem milhares de pessoas todos os anos”, afirma Eduardo Grin, professor da FGV. Bolsonaro conseguiu vocalizar esse sentimento e foi eleito em um cenário de profundo descrédito das instituições democráticas e da elite política. Criou-se em torno do então candidato a imagem de que ele era um “mito”, uma alternativa a “tudo que está aí”. Fato é que, decorrido mais de um ano desde a sua posse, os índices de rejeição ao establishment não se alteraram. Na visão de Heloisa Starling, professora da Universidade Federal de Minas Gerais, quanto mais esgarçados são os pontos que fazem a sociedade confiar no campo público, mais fortes se tornam os bolsões privados, como a família e a religião. “Não há referência no mundo público, então a referência é a família. Se eu perco a família, qual é a minha referência num país de coisas tão instáveis?” Não por acaso, “família” é uma das palavras mais citadas por Bolsonaro em seus discursos.

O aumento da população evangélica também se explica dentro desse cenário de desamparo. O último levantamento feito pelo Datafolha mostra que os evangélicos superarão os católicos em 2032. “Eles crescem porque prometem a resolução de problemas o tempo todo”, diz Maria das Dores Campos Machado, especialista em sociologia da religião. Outro componente novo no conservadorismo brasileiro é a questão da segurança. “Bolsonaro surfa nesse tema porque as esquerdas se negam a entrar na discussão com ideias claras”, diz Lilia Schwarcz.

Se encontram eco na sociedade, as propostas de cunho conservador fazem espuma no Congresso. Esperava-se que, com a ascensão de Bolsonaro, a pauta do Legislativo fosse inundada de propostas voltadas para o campo moral, mas projetos como a implementação da Escola sem Partido travaram em comissões da Câmara por falta de apoio parlamentar. Formar uma base no Congresso, aliás, algo que é uma das tarefas básicas de um presidente, tem sido um dos muitos pontos negligentes criados pelo atual governo. Em vez disso, Bolsonaro prefere a política do confronto com deputados e senadores, como se viu na forma de seu apoio aos atos do dia 15 e nos ataques a outras instituições, como o STF e, mais recentemente, o TSE — o mesmo tribunal que avalizou sua vitória em 2018 foi posto por ele em dúvida nos últimos dias, com a declaração estapafúrdia e sem provas de que teria havido fraude nas eleições.

Grande parte da agenda do capitão é concentrada em ações diversionistas e populistas, sempre com o objetivo de manter os apoiadores unidos pela causa bolsonarista, em uma campanha eleitoral prematura e permanente para 2022, com enorme energia gasta em confusões de todos os tipos e prejuízos claros aos temas urgentes. Não bastassem as altas taxas de desemprego persistentes e o crescimento econômico pífio, há agora pela frente desafios como o de uma grande encrenca mundial de saúde pública batendo às portas do país. Bolsonaro personificou com sucesso o antipetismo e, como mostra a pesquisa VEJA/FSB, ganhou pontos também por defender ideias e valores que coincidem com os da média da população brasileira. Mas esse capital político dificilmente resistirá caso ele não deixe de lado as lutas desnecessárias e se concentre em governar o país, portando-se à altura do cargo que conquistou democraticamente. Como dizia Churchill, é no enfrentamento das crises que um verdadeiro líder precisa encontrar soluções. Mais do que um conservador de plantão, o Brasil precisa de um presidente.

Veja

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Natal anuncia desconto de 16% no IPTU 2026 e facilita regularização de dívidas de 2025

Foto: Secom

Para ajudar o contribuinte a planejar melhor o próximo ano, a Prefeitura do Natal divulgou, por meio da Secretaria Municipal de Finanças (SEFIN), as regras para o IPTU 2026 — que incluem a Taxa de Lixo e a Contribuição de Iluminação Pública (COSIP) — e instituiu um parcelamento especial para débitos referentes a 2025. As medidas ampliam as oportunidades de regularização fiscal e oferecem mais alternativas de organização financeira. A ação foi publicada na íntegra no Diário Oficial do Município (DOM) da última sexta-feira (21).

Uma das principais novidades é o desconto de 16% para quem estiver adimplente até 30 de dezembro de 2025 e optar pelo pagamento antecipado do IPTU em parcela única até 9 de janeiro de 2026. Além da emissão digital do Documento de Arrecadação Municipal (DAM), os contribuintes contemplados também receberão o boleto impresso em casa, garantindo mais praticidade. O pagamento poderá ser feito via PIX, código de barras, cartões de crédito e pelos canais digitais do Banco do Brasil.

O secretário municipal de Finanças, Marcelo Oliveira, destacou a importância das medidas e reforçou os benefícios ao contribuinte. “Estamos garantindo condições mais acessíveis e vantajosas para que o cidadão possa manter sua regularidade fiscal. O desconto de 16% é um estímulo importante, que premia quem se organiza e contribui com a cidade. Nosso objetivo é facilitar, desburocratizar e ampliar os canais de atendimento para que todos tenham acesso às melhores condições de pagamento”, afirmou.

Para quem não optar pelo pagamento antecipado, o município mantém o parcelamento automático do IPTU, da Taxa de Lixo e da COSIP em até 10 parcelas mensais. A SEFIN também instituiu um parcelamento especial para débitos com fatos geradores entre 1º de janeiro e 31 de outubro de 2025. Os contribuintes poderão regularizar a dívida em até 12 parcelas, mediante entrada mínima de 10%. O benefício estará disponível apenas entre 1º e 30 de dezembro de 2025, permitindo que mais contribuintes fiquem adimplentes e possam ter acesso ao desconto antecipado do IPTU 2026.

Formas de pagamento

Os boletos estarão disponíveis no portal da SEFIN. Contribuintes com direito ao desconto antecipado também receberão o documento impresso em suas residências. Os pagamentos poderão ser efetuados utilizando o sistema PIX ou via leitura de código de barras nos canais eletrônicos do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Lotéricas e Correspondentes Bancários desses bancos.

Além disso, correntistas do Banco do Brasil podem consultar e emitir débitos de IPTU sem acessar o sistema da SEFIN e sem necessidade de boleto. O serviço está disponível no aplicativo do Banco do Brasil, no Internet Banking e nos terminais de autoatendimento, pelo caminho: Pagamentos > Impostos e Taxas > IPTU > RN > Natal.

É necessário informar o sequencial do imóvel e o CPF para consultar qualquer débito disponível — seja o IPTU 2026 com desconto ou débitos anteriores. Ao realizar o pagamento pelo Banco do Brasil, a baixa é automática e instantânea na SEFIN, garantindo ainda mais praticidade.

Contribuintes que tenham dúvidas ou necessitem de mais informações sobre o IPTU 2026 podem procurar os canais de atendimento da SEFIN, disponíveis presencialmente na sede da Secretaria, pelo WhatsApp (84) 98786-8208 ou pelo chat online no portal.

Como emitir o boleto do IPTU 2026 pelo WhatsApp

A SEFIN disponibiliza atendimento digital rápido e intuitivo para emissão do boleto com desconto. Basta seguir os passos:

Enviar um “Oi” para o WhatsApp da SEFIN: (84) 98786-1990;

Digitar “IPTU2026” ou o código “116”;

Seguir as instruções automáticas da ferramenta;

Para pessoas físicas, informar o CPF de um dos proprietários e a data de nascimento.

Confira a tabela de vencimento do IPTU 2026.

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Bolsonaro diz a familiares que teme ser envenenado na prisão

Foto: reprodução/SBT

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou a familiares que teme ser envenenado na prisão. Foi por esse motivo, e não apenas por restrições alimentares, que o ex-mandatário solicitou que parentes lhe enviem comida na carceragem da Polícia Federal em Brasília, onde está detido.

A interlocutores próximos Bolsonaro disse acreditar que o “sistema” não quer vê-lo preso, mas, sim, morto. A tese tem como base a facada ocorrida em 2018 e o fato de a PF ter concluído que o agressor, Adélio Bispo, agiu sozinho.

Em conversa recente, o ex-presidente se mostrou convicto de que Adélio teria sido financiado por alguém ligado ao referido sistema – mesma organização que, segundo Bolsonaro, agora atuaria contra ele. “Adélio não foi um lobo solitário”, opinou.

Nessa terça-feira (25/11), Moraes autorizou que uma pessoa previamente cadastrada pela defesa possa levar alimentos a Bolsonaro na prisão, no horário que for estipulado pela Polícia Federal. A corporação deverá fiscalizar e registrar os alimentos que forem entregues ao ex-presidente.

Bolsonaro resiste a indicar sucessor

Mesmo preso, Jair Bolsonaro resiste a indicar um nome do campo conservador para disputar a eleição à Presidência da República no ano que vem. O ex-mandatário avalia que, a partir do momento que fizer a indicação, será esquecido pela classe política e terá mais dificuldades de reverter o quadro atual.

Dirigentes de partidos do Centrão, contudo, pressionam para que Bolsonaro defina um candidato ainda este ano, de modo que o escolhido tenha tempo para fazer uma pré-campanha e ganhe musculatura para o pleito contra o presidente Lula.

Paulo Cappelli – Metrópoles

Opinião dos leitores

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Daniel Rendall, Samanda Alves e Tárcio de Eudiane formam a comissão que analisará novo pedido de cassação de Brisa

Está formada Comissão Especial Processante (CEP) que analisará o processo de cassação da vereadora Brisa Bracchi (PT). Os nomes sorteados foram os dos vereadores Daniel Rendall, Samanda Alves e Tárcio de Eudiane.

A sessão que aprovou a abertura do processo contra Brisa chegou a ser suspensa até que o vereador Tárcio de Eudiane fosse localizado para informar se acatava ou declinava em fazer parte da comissão. No momento em que teve o nome sorteado, Tárcio estava ausente do plenário. Localizado, retornou e aceitou participar da comissão.

Ao final da fala de Tárcio acatando a participação na comissão, a sessão foi suspensa. Os três sorteados se reunirão para decidirem que será o presidente da comissão, o relator e o membro.

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Lula diz que Brasil deu ‘lição de democracia ao mundo’ após prisão de Bolsonaro

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (25) que o Brasil deu uma “lição de democracia” ao mundo após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou o início do cumprimento da pena de Jair Bolsonaro e de outros condenados pela tentativa de golpe.

Durante a cerimônia de sanção da nova isenção do Imposto de Renda, Lula afirmou: “Sem nenhum alarde, a Justiça brasileira mostrou a sua força, não se amedrontou com as ameaças de fora e fez um julgamento primoroso.”

Ele disse estar satisfeito não pelas prisões, mas pelo avanço institucional do país: “Estou feliz não pela prisão de ninguém, mas porque o Brasil demonstrou que está maduro para exercer a democracia na sua mais alta plenitude.”

Lula também afirmou que as acusações contra Bolsonaro e militares vieram “de dentro da quadrilha que tentou dar um golpe neste país” e reforçou: “A democracia vale para todos. Não é privilégio de ninguém. É um direito de 215 milhões de brasileiros.”

Opinião dos leitores

  1. Bolsonaro, o maior líder deste país, ainda que preso. Gostem ou não dele.

  2. O que você diz sobre sua DESCONDENACÃO, canalha? O Brasil vive de dar MAUS EXEMPLOS, sua FLOP 30 foi um.

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Formação da Comissão que analisará novo processo que pede a cassação de Brisa é marcada por impasses e polêmicas

Imagem: reprodução/YouTube

A formação da  Comissão Especial Processante (CEP) que analisará o novo processo que pede a cassação da vereadora Brisa Bracchi foi cercada de impasses e polêmicas na tarde desta quarta-feira (26) na Câmara Municipal de Natal.

O primeiro sorteado para fazer parte foi o vereador Luciano Nascimento que declinou, alegando que o voto de Brisa a favor de um processo que pedia a cassação dele. “Pela transparência do processo, declinarei”, afirmou Luciano. Em seguida foi sorteado o nome do vereador Tárcio de Eudiane, que estava ausente do plenário da Câmara.

O presidente da Câmara Eriko Jácome comunicou que seriam feitas três tentativas de contato por telefone com Tárcio para que ele respondesse se faria ou não parte da comissão. Surgiram dúvidas e questionamentos sobre o procedimento que não estava previsto no regimento da Câmara e então a sessão foi suspensa.

Minutos depois, Eriko Jácome comunicou que Tárcio estava chegando à Câmara para responder se faria parte da comissão. A sessão segue suspensa aguardando a chegade de Tárcio.

Daniel Rendall e Samanda Alves foram os outros dois nomes sorteados e que aceitaram fazer parte da Comissão que analisará o novo pedido de cassação contra Brisa e apresentará um parecer sobre o caso.

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Câmara de Natal rejeita pedido de Brisa Bracchi para abrir processo de cassação contra Matheus Faustino

Foto: Francisco de Assis/CMN

A Câmara Municipal de Natal rejeitou, nesta quarta-feira (26), a abertura de processo de cassação contra o vereador Matheus Faustino (União). O plenário decidiu por 21 votos contra a abertura do processo, 5 a favor, e 3 ausências.

O pedido foi apresentado pela vereadora Brisa Bracchi (PT), após Faustino afirmar em entrevistas que poderia haver “venda de sentença” caso o Tribunal de Justiça decidisse a favor dela no processo de cassação que tramitava na Casa. A declaração ocorreu após decisões judiciais suspenderem a sessão que julgaria Brisa por descumprimento de prazos regimentais — o caso acabou arquivado por perda de prazo.

Como votaram os vereadores

A favor da abertura de processo de cassação contra Matheus Faustino:

Carlos Silvestre (PT)*,
Daniel Valença (PT),
Fúlvio Saulo (Solidariedade),
Samanda Alves (PT),
Thabatta Pimenta (Psol)

Contra abertura de processo de cassação contra Matheus Faustino:
Anne Lagartixa (Solidariedade),
Albert Dickson (União)*,
Aldo Clemente (PSDB),
Camila Araújo (União),
Chagas Catarino (União),
Cláudio Custódio (PP),
Cleiton da Policlínica (PSDB),
Daniell Rendall (Republicanos),
Daniel Santiago (PP),
Eribaldo Medeiros (Rede),
Eriko Jácome (PP),
João Batista Torres (Democracia Cristã),
Kleber Fernandes (Republicanos),
Leo Souza (Republicanos),
Luciano Nascimento (PSD),
Pedro Henrique (PP),
Preto Aquino (Podemos),
Robson Carvalho (União),
Tárcio de Eudiane (União),
Tercio Tinoco (União),
Tony Henrique (PL)

Ausentes:
Herberth Sena (PV),
Irapoã Nóbrega (Republicanos),
Subtenente Eliabe (PL)

*Por orientação da Procuradoria, Brisa Bracchi e Matheus Faustino não puderam votar. Seus suplentes — Carlos Silvestre e Albert Dickson — foram convocados.

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Câmara de Natal decide abrir novo processo de cassação contra Brisa Bracchi

Foto: Veronica Macedo

Por 19 votos a favor e 6 votos contra, a Câmara Municipal de Natal decidiu abrir um novo processo de cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi (PT) nesta quarta-feira (26). Três vereadores estavam ausentes da sessão no momento da votação.

O processo de cassação deve durar até 90 dias, conforme o Decreto-Lei 201/1967. A próxima etapa é a criação de uma Comissão Especial Processante, com três vereadores sorteados, que emitirá um parecer para votação em plenário.

O novo pedido também foi apresentado pelo vereador Matheus Faustino (União), que acusa Brisa Bracchi (PT) de usar verba de emenda — R$ 18 mil destinados ao evento Rolé Vermelho — para fins político-partidários, após ela divulgar que a ação celebraria a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. Ele também alega que a vereadora destinou recursos para eventos pagos, o que configuraria desvio de finalidade e favorecimento privado.

O novo processo foi aberto um dia após a Câmara arquivar outra investigação sobre o mesmo caso por perda de prazo.

Confira os votos dos vereadores:

Seguindo parecer da Procuradoria, a Mesa Diretora entendeu que Brisa Bracchi e Matheus Faustino estavam impedidos de votar sobre o recebimento da denúncia. Com isso, foram convocados seus respectivos suplentes Carlos Silvestre e Albert Dickson. Mas, por ser diretamente interessado, Silvestre também foi proibido de votar.

A favor (19):

Albert Dickson (União)*,
Aldo Clemente (PSDB),
Anne Lagartixa (Solidariedade),
Camila Araújo (União),
Chagas Catarino (União),
Cláudio Custódio (PP),
Cleiton da Policlínica (PSDB),
Daniell Rendall (Republicanos),
Daniel Santiago (PP),
Eriko Jácome (PP),
Fúlvio Saulo (Solidariedade),
João Batista Torres (Democracia Cristã),
Kleber Fernandes (Republicanos),
Leo Souza (Republicanos),
Luciano Nascimento (PSD),
Preto Aquino (Podemos),
Robson Carvalho (União),
Tercio Tinoco (União) e
Tony Henrique (PL)

Contra (6):

Daniel Valença (PT),
Eribaldo Medeiros (Rede),
Pedro Henrique (PP),
Samanda Alves (PT),
Tárcio de Eudiane (União) e
Thabatta Pimenta (Psol)

Ausentes (3):

Herberth Sena (PV),
Irapoã Nóbrega (Republicanos) e
Subtenente Eliabe (PL)

 

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General Heleno passa por exame no Exército e diz que convive com Alzheimer desde 2018

Foto: Ton Molina/STF

O general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), informou ao Exército que sofre de Alzheimer desde 2018. A declaração foi feita durante exame de corpo de delito realizado nesta terça-feira (26), no Comando Militar do Planalto, em Brasília, antes de sua entrada no sistema prisional.

No relatório, Heleno disse ter perda de memória recente e relatou um quadro progressivo de demência do tipo Alzheimer, além de prisão de ventre e hipertensão, todos em tratamento. Durante a avaliação, ele reclamou apenas de dor nas costas. A médica responsável registrou que o militar estava lúcido, com sinais vitais normais e emocionalmente estável.

Condenado a 21 anos de prisão no processo da tentativa de golpe de 2022, Heleno aguardava o fim da ação em liberdade. Nesta terça, o ministro Alexandre de Moraes declarou o trânsito em julgado e determinou sua prisão imediata.

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Motorista é preso pela quarta vez por embriaguez ao volante na Zona Norte de Natal

Foto: divulgação/CPRE

Um motorista de 45 anos foi preso novamente por embriaguez ao volante na Zona Norte de Natal. Esta é a quarta vez que ele é detido pelo mesmo crime.

A abordagem foi feita por uma equipe do Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE), que flagrou o condutor dirigindo de forma perigosa durante patrulhamento. No teste do bafômetro na tarde desta terça-feira (25), o resultado foi de 1.23 mg/L, quase quatro vezes acima do índice que configura crime de trânsito.

O motorista foi levado imediatamente à delegacia. Além da reincidência — com prisões anteriores em 2020, 2021 e 2024 — ele ainda estava com a Carteira Nacional de Habilitação suspensa por determinação judicial, o que agravou a infração.

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Em atrito com o governo, Motta e Alcolumbre faltam a evento com Lula

Imagem: reprodução/Canal Gov

Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não compareceram à cerimônia de sanção da nova lei que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês. O evento ocorreu nesta quarta-feira (25), no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Mesmo sem os chefes das duas Casas, a cerimônia reuniu parlamentares, entre eles Arthur Lira (PP-AL), relator do texto na Câmara, e Renan Calheiros (MDB-AL), relator no Senado. Ambos discursaram.

O projeto foi enviado pelo governo em março e aprovado por unanimidade no Congresso no início de novembro. Segundo suas assessorias, Motta faltou devido à “agenda intensa”, enquanto Alcolumbre passou a manhã em reunião com senadores.

Durante o evento, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, minimizou as ausências e destacou a importância de ambos na aprovação da proposta. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou a participação dos presidentes das Casas e afirmou que eles foram “diligentes” para garantir que a nova regra pudesse valer já em 2026.

Nos bastidores, aliados de Alcolumbre afirmam que “não há clima” para participar de atos com o governo. Já interlocutores de Motta dizem que, após críticas de que ele buscava protagonismo na tramitação de outros projetos, o deputado preferiu deixar o foco do evento exclusivamente para o governo — especialmente sabendo que Alcolumbre também não iria. Mesmo ausente, Motta celebrou a sanção da lei nas redes sociais: “Uma vitória histórica para milhões de brasileiros”.

Com informações de g1

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