Política

Pesquisa exclusiva: maioria apoia políticas conservadoras de Bolsonaro, destaca Veja

Foto: Alan Santo/PR

Reconhecido como um dos maiores gênios políticos da história, Winston Churchill mantinha o bom humor mesmo sob pressão e, entre outras tiradas antológicas, costumava dizer que nunca se deve deixar uma boa crise ser desperdiçada. Sua sentença ensina que, nos momentos de enorme turbulência, se abrem oportunidades preciosas para tentar a resolução de problemas graves. No caso do Brasil, infelizmente, Jair Bolsonaro tem feito uso literal da frase de Churchill. O presidente parece agir acreditando que uma crise é sempre uma boa chance para produzir uma crise ainda maior. Assim ocorreu nos últimos dias, quando uma tempestade perfeita começou a se formar na direção do país, com a fraca recuperação econômica correndo o risco de ser atropelada pelas crises do petróleo e do coronavírus (veja as reportagens nas págs. 56 e 58). Bolsonaro preferiu, mais uma vez, apagar o fogo com gasolina.

Exemplo maior disso foi seu comportamento errático em relação à convocação das manifestações de 15 março contra o Congresso. Entre o embarque e os compromissos de uma viagem a Miami, onde se reuniu com Donald Trump (de quem, aliás, o capitão imita o estilo disparatado e o radicalismo de direita), o presidente, depois de já haver recuado sobre o endosso aos protestos pelas críticas que recebeu ao compartilhar um vídeo agressivo contra o Parlamento, voltou a apoiar o movimento organizado por grupos que gravitam ao redor do núcleo duro do bolsonarismo. Para não haver dúvidas sobre o endosso oficial aos atos que estavam programados em mais de 100 cidades, a Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto reforçou a convocação na última terça, 10, via Twitter. O ministro da Justiça, Sergio Moro, também aplaudiu a ideia, chamando-a de “festa da democracia”.

Tal festa, no entanto, dividiria o país justo no momento em que o Brasil precisa de união para enfrentar um ano que promete ser dos mais difíceis (grupos de esquerda revidaram, chamando uma série de pas­sea­tas de protestos contra o governo). O apoio do presidente a uma grande manifestação também se chocava com o comportamento de governantes de vários outros países, que têm proibido aglomerações como medida de combate ao novo vírus. Na última quarta, 11, por pressões políticas, Bolsonaro fez um novo movimento de recuo com relação ao seu apoio aos atos. Na noite do dia seguinte, finalmente chancelou oficialmente a atitude mais sensata, pedindo em uma live e em cadeia nacional a seus seguidores que adiem as manifestações.

Em meio a essas idas e vindas em relação aos protestos, o presidente foi surpreendido pela suspeita de que havia contraído o coronavírus. Foi uma grande ironia. Antes disso, ele havia declarado que a pandemia “não é isso tudo” e, mais uma vez, aproveitou a ocasião para criticar a imprensa, que, na sua opinião, estava exagerando na cobertura do problema. Na última quinta, conforme revelou o site de VEJA, o presidente aguardava o resultado do teste para a doença, feito depois que o secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, foi contaminado. Bolsonaro esteve com ele na viagem recente aos Estados Unidos.

O Congresso e seus líderes estavam entre os principais alvos dos manifestantes do 15 de março (pixulecos de personalidades como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, eram preparados para “estrelar” os eventos). Segundo uma recente pesquisa exclusiva encomendada por VEJA ao instituto FSB, o prestígio dos parlamentares encontra-se na lona. O levantamento mostra que apenas 11% dos brasileiros classificam como “ótimo” ou “bom” o trabalho de deputados e senadores. A maioria, 44%, diz que o desempenho está entre péssimo e ruim. Esse mesmo estudo VEJA/FSB revela que, além das críticas ao Congresso, o presidente está em sintonia com boa parte dos eleitores nas chamadas “pautas conservadoras”. Detalhe importante: isso não se restringe apenas a quem votou no capitão nas eleições de 2018. O levantamento foi feito no mês passado, por telefone, com 2 000 eleitores de mais de 16 anos, nas 27 unidades da federação. Os resultados apontam alta rejeição de questões comportamentais como a união civil entre gays e a possibilidade de a mulher decidir sobre um aborto. Por outro lado, encontram aceitação na sociedade políticas pensadas pelo governo Bolsonaro que parecem datadas do século passado, como a militarização das escolas, o poder de veto do governo a determinados temas em projetos culturais financiados com dinheiro público e a campanha de abstinência sexual entre adolescentes como forma de evitar a gravidez precoce. “Essas questões estavam fora da pauta das manifestações do 15 de março, mas recebem nosso apoio integral”, afirma Edson Salomão, um dos líderes do Movimento Conservador, grupo que engordará o evento pró-governo.

Entre todos os temas abordados na pesquisa, o conservadorismo aflora mais na questão da descriminalização das drogas. Nada menos que 62% dos brasileiros rejeitam liberar o consumo, embora a maioria concorde com a autorização para o uso medicinal da maconha. “Nosso presente está cheio de passado”, afirma a historiadora Lilia Schwarcz, da Universidade de São Paulo. “É preciso considerar que nós sempre fomos conservadores, são dados estruturais. Não tem a ver apenas com pessoas que elegeram Bolsonaro, mas com o perfil da população. O conservadorismo é um traço do brasileiro.” Nos anos 60, por exemplo, Jânio Quadros foi eleito com votação expressiva graças a um discurso moralizador em que usou uma vassoura como símbolo de que varreria a corrupção. Uma vez empossado, ficou mais conhecido pela série de medidas esdrúxulas que adotou, como a proibição de rinhas de galo, de corridas de cavalo e do uso de biquíni em praias.

A “cara” da onda conservadora atual tem algumas diferenças e peculiaridades. “O fenômeno aflorou no período mais recente, mas isso não significa que não estivesse no submundo da sociedade nem que não estivesse se organizando há muito tempo. Basta ter como referência que as marchas para Jesus reúnem milhares de pessoas todos os anos”, afirma Eduardo Grin, professor da FGV. Bolsonaro conseguiu vocalizar esse sentimento e foi eleito em um cenário de profundo descrédito das instituições democráticas e da elite política. Criou-se em torno do então candidato a imagem de que ele era um “mito”, uma alternativa a “tudo que está aí”. Fato é que, decorrido mais de um ano desde a sua posse, os índices de rejeição ao establishment não se alteraram. Na visão de Heloisa Starling, professora da Universidade Federal de Minas Gerais, quanto mais esgarçados são os pontos que fazem a sociedade confiar no campo público, mais fortes se tornam os bolsões privados, como a família e a religião. “Não há referência no mundo público, então a referência é a família. Se eu perco a família, qual é a minha referência num país de coisas tão instáveis?” Não por acaso, “família” é uma das palavras mais citadas por Bolsonaro em seus discursos.

O aumento da população evangélica também se explica dentro desse cenário de desamparo. O último levantamento feito pelo Datafolha mostra que os evangélicos superarão os católicos em 2032. “Eles crescem porque prometem a resolução de problemas o tempo todo”, diz Maria das Dores Campos Machado, especialista em sociologia da religião. Outro componente novo no conservadorismo brasileiro é a questão da segurança. “Bolsonaro surfa nesse tema porque as esquerdas se negam a entrar na discussão com ideias claras”, diz Lilia Schwarcz.

Se encontram eco na sociedade, as propostas de cunho conservador fazem espuma no Congresso. Esperava-se que, com a ascensão de Bolsonaro, a pauta do Legislativo fosse inundada de propostas voltadas para o campo moral, mas projetos como a implementação da Escola sem Partido travaram em comissões da Câmara por falta de apoio parlamentar. Formar uma base no Congresso, aliás, algo que é uma das tarefas básicas de um presidente, tem sido um dos muitos pontos negligentes criados pelo atual governo. Em vez disso, Bolsonaro prefere a política do confronto com deputados e senadores, como se viu na forma de seu apoio aos atos do dia 15 e nos ataques a outras instituições, como o STF e, mais recentemente, o TSE — o mesmo tribunal que avalizou sua vitória em 2018 foi posto por ele em dúvida nos últimos dias, com a declaração estapafúrdia e sem provas de que teria havido fraude nas eleições.

Grande parte da agenda do capitão é concentrada em ações diversionistas e populistas, sempre com o objetivo de manter os apoiadores unidos pela causa bolsonarista, em uma campanha eleitoral prematura e permanente para 2022, com enorme energia gasta em confusões de todos os tipos e prejuízos claros aos temas urgentes. Não bastassem as altas taxas de desemprego persistentes e o crescimento econômico pífio, há agora pela frente desafios como o de uma grande encrenca mundial de saúde pública batendo às portas do país. Bolsonaro personificou com sucesso o antipetismo e, como mostra a pesquisa VEJA/FSB, ganhou pontos também por defender ideias e valores que coincidem com os da média da população brasileira. Mas esse capital político dificilmente resistirá caso ele não deixe de lado as lutas desnecessárias e se concentre em governar o país, portando-se à altura do cargo que conquistou democraticamente. Como dizia Churchill, é no enfrentamento das crises que um verdadeiro líder precisa encontrar soluções. Mais do que um conservador de plantão, o Brasil precisa de um presidente.

Veja

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Haddad rebate críticas e dispara: “Taxar bancos, bilionários e bets só é injusto pra quem é desinformado”

 

Fonte: Geraldo Magela/Agência Senado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não poupou palavras nesta terça-feira (14) ao defender a taxação de bancos, bilionários e casas de apostas. Segundo ele, só quem “não entende o que está acontecendo no Brasil” acha essa cobrança injusta. A fala foi feita durante audiência no Senado, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Haddad disse que setores que geram impactos negativos na sociedade, como apostas esportivas e jogos on-line, precisam pagar mais impostos — da mesma forma que bebidas alcoólicas e cigarros. “Não é um entretenimento qualquer; é algo que gera dependência e precisa ser tratado como tal”, afirmou.

O ministro ainda mandou um recado direto às bets, que perderam benefícios após a MP 1.303 caducar no Congresso no último dia 8. A medida criava o programa “Litígio Zero Bets”, que permitiria regularizar e tributar ganhos antigos dessas empresas. Com o texto travado na Câmara, o governo perdeu arrecadação e agora busca alternativas para recompor o caixa.

“Vamos corrigir o que aconteceu. A MP era justa e buscava diminuir desigualdades até entre títulos públicos e incentivados”, disse Haddad. Ele garantiu que o governo tem tecnologia para enfrentar as apostas se o impasse continuar.

Segundo o ministro, com o presidente Lula de volta às articulações, a ideia é retomar as conversas com líderes do Congresso. “Agora que a poeira baixou, há mais compreensão sobre os efeitos da derrota. Isso vai pesar no Orçamento do ano que vem”, concluiu.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Trump “amarra” socorro dos EUA à reeleição de Milei na Argentina: “se não vencer, estamos fora”

Foto: Divulgação/Embaixada EUA/Argentina

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, colocou todo o peso político a favor do argentino Javier Milei nesta terça-feira (14), em um encontro na Casa Branca que soou mais como um comício do que uma reunião diplomática.

Trump foi direto: o resgate financeiro de US$ 20 bilhões prometido pelos EUA à Argentina só deve continuar se Milei vencer as próximas eleições. “Estou com este homem porque sua filosofia está correta. Se ele ganhar, continuamos com ele. Se não vencer, estamos fora”, afirmou, sem rodeios, conforme informações da CNN.

A fala veio logo depois de o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, confirmar o pacote de ajuda bilionária após a queda do peso argentino nas últimas semanas. Segundo Bessent, Milei representa “a melhor chance de sucesso” para o país vizinho, mergulhado em crise e endividamento.

Trump reforçou o tom político do encontro ao dizer que “as aprovações dependem de quem vence a eleição”, e comparou Milei aos seus aliados ideológicos. “Se um socialista vence, você pensa diferente sobre investir”, provocou.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Guararapes quebra o silêncio: BTG entra em cena, mas venda do Midway por R$ 1 bilhão ainda é só rumor

Foto: Divulgação

A Guararapes Confecções quebrou o silêncio nesta terça-feira (14) e confirmou que o BTG Pactual foi contratado para prestar assessoria financeira sobre o futuro do Midway Mall, o maior shopping de Natal. Mas a empresa foi direta: não existe venda fechada, contrato assinado nem valor definido.

A resposta veio após o jornal Valor Econômico publicar que o BTG teria sido chamado para conduzir a venda do Midway Mall, avaliado em R$ 1 bilhão — valor considerado alto por fontes do mercado. O shopping é um dos principais ativos do grupo Guararapes, dono da Riachuelo e fundado pelo empresário potiguar Nevaldo Rocha.

No comunicado, a Guararapes afirmou que o banco foi contratado apenas para analisar opções estratégicas sobre sua participação no empreendimento. E reforçou que, até agora, nenhum documento definitivo foi assinado.

Assinado pelo diretor de relações com investidores, Miguel Cafruni, o texto diz que a companhia segue avaliando oportunidades que aumentem o valor para os acionistas e otimizem a estrutura do grupo.

O Midway Mall, inaugurado em 2005, é o maior shopping do RN e um dos símbolos do poder econômico da família Rocha. Até agora, o R$ 1 bilhão segue apenas no campo das especulações.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

VÍDEO: “República sindical de volta”: Rogério Marinho detona fraudes no INSS e diz que PT quer reviver o sindicalismo dos anos 40

Foto: Reprodução

O senador Rogério Marinho (PL) voltou a mirar no governo Lula e acusou o PT de ressuscitar o que chamou de “República sindical”, com fraudes no INSS, peleguismo milionário e ataques à reforma trabalhista. Durante a apresentação do Observatório da Oposição nº 105, o líder da oposição no Senado afirmou que o governo estaria recriando o velho modelo sindical da era Vargas, usado, segundo ele, para financiar a esquerda com dinheiro do trabalhador.

“Eles estão roubando o aposentado da forma mais vil”, disparou, ao criticar a chamada contribuição assistencial, que permite desconto em folha mesmo de quem não é filiado a sindicato. Ele também apontou um aumento de mais de 50% nos gastos com o seguro-defeso, benefício pago a pescadores durante o período em que a pesca é proibida para preservar os peixes.

Segundo o senador, “qualquer pessoa ligada a uma associação de pescadores, mesmo sem nunca ter pescado, está recebendo o benefício”. Ele criticou a volta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), classificado por ele como “mais um roubo travestido de justiça social”.

“Quem compra uma geladeira está pagando IOF. O governo já aumentou 27 impostos em menos de três anos e o país tem o maior déficit da história”, afirmou o senador. Ele disse ainda que o agronegócio está desestruturado e acusou o governo de se preocupar apenas com propaganda. “O PT é o passado. É o bizarro. Um partido que não tem projeto de país, apenas de poder”, concluiu.

O Relatório Semanal do Observatório da Oposição é uma publicação do gabinete de Marinho que analisa as ações dos Três Poderes e alerta os senadores sobre medidas consideradas prejudiciais ao Brasil.

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

“Programa Viver Melhor” leva saúde à zona rural de São Gonçalo

Para melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas, a Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, por meio da Secretaria Municipal da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência (SEMIPD), está levando o Programa Viver Melhor à zona rural do município. Um dos locais de atividades é o Centro Comunitário de Poço de Pedra, beneficiando idosos que vivem na zona rural com mais movimento, saúde e alegria.

As aulas incluem exercícios funcionais com muita animação, acompanhados por músicas que tornam o momento mais leve e prazeroso.

A instrutora do programa, Ana Patrícia, explica que o objetivo é fortalecer o corpo e a mente. “Aqui no Viver Melhor trabalhamos para aumentar a capacidade física e a disposição dos alunos nas atividades do dia a dia. Inserimos música em cada exercício para dar empolgação e motivação”, afirmou.

Entre os participantes, a aposentada Aparecida Freire encontrou no programa um novo sentido para viver. “Após perder alguns entes queridos, entrei em um quadro depressivo. Mas aqui encontrei motivos para me levantar e voltar a sorrir. Hoje tenho mais disposição e coragem”, contou.

No Centro Comunitário de Poço de Pedra, o Viver Melhor acontece às terças e quintas-feiras, e faz parte das ações da Prefeitura voltadas à promoção da saúde e à melhoria da qualidade de vida da pessoa idosa.

Além de Poço de Pedra, o programa também contempla as comunidades de Jacaré-Mirim, Ganduba e Serrinha, e em breve chegará à comunidade de Igreja Nova, ampliando o alcance das atividades e levando mais qualidade de vida aos idosos da zona rural de São Gonçalo do Amarante.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Parque Linear da Roberto Freire usará áreas degradadas para lazer e preservará vegetação densa, diz secretário

Foto: Instagram / Reprodução

O secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita, afirmou que o Parque Linear da Avenida Engenheiro Roberto Freire será construído com participação popular e respeito ambiental, utilizando apenas as áreas degradadas para lazer e preservando as de vegetação densa.

Segundo ele, a proposta é criar um espaço de convivência e práticas esportivas ao longo de 10 hectares do Parque das Dunas, entre a Comjol e o Praia Shopping, em terreno cedido pelo Exército Brasileiro. “As áreas mais degradadas serão usadas para lazer; as mais preservadas terão trilhas, arborismo e educação ambiental”, explicou em entrevista à TV Agora RN.

Mesquita afirmou que o projeto será amplamente participativo, com consulta pública por meio de QR Codes espalhados pela cidade, e que a execução só começará após os estudos ambientais e o licenciamento, previstos para início de 2026.

Ele rebateu críticas de ambientalistas e órgãos como o Idema e o Conselho Gestor do Parque das Dunas, que apontaram risco de impacto ambiental. “Como não existe projeto pronto, não há como dizer que é incompatível. Vamos respeitar o plano de manejo e minimizar qualquer intervenção”, declarou.

O secretário garantiu que o impacto sobre a vegetação será mínimo e que haverá replantio em dobro para cada árvore removida. A área ocupada pelo parque representará menos de 1% do total do Parque das Dunas.

Mesquita destacou que o projeto é ambientalmente viável, está regularizado e financiado, e nasceu de uma demanda popular identificada nas audiências do Plano Diretor de Natal. “Queremos aproximar as pessoas da natureza, como acontece no Bosque dos Namorados e no Parque da Cidade”, completou.

Com informações de Agora RN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

‘OPERAÇÃO ABUTRES’: Suspeitos de desviar R$ 5 milhões do grupo Oitava Rosado são presos por ameaçar e extorquir ex-funcionário

Foto: José Aldenir / Agora RN

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN), por meio da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR) de Mossoró e do 2º Núcleo de Investigação Qualificada (2º NIQ), com o apoio da Delegacia Especializada em Narcóticos (DENARC) e DIVIPOE deflagrou, nesta segunda-feira (13), a “Operação Abutres”, desdobramento direto da “Operação Judas”.

A operação teve início após a constatação de que três indivíduos vinham extorquindo o ex-funcionário de um grupo empresarial já investigado na Operação Judas, que apurou o desvio de aproximadamente R$ 5 milhões contra o Grupo Oitava Rosado.

De acordo com as investigações, os suspeitos utilizavam ameaças armadas e intimidações para exigir dinheiro da vítima, oferecendo “proteção” em troca do silêncio sobre o caso.

Durante as diligências, os policiais civis identificaram que os investigados chegaram a se dirigir às residências de familiares do ex-funcionário, incluindo o pai e a ex-sogra, portando armas de fogo e proferindo ameaças graves. Diante da gravidade dos fatos, a DEFUR Mossoró e o 2º NIQ representaram pela prisão temporária de um dos envolvidos, deferida pelo Poder Judiciário ainda no final de semana.

Mesmo após a expedição da ordem judicial, as ameaças persistiram, levando as equipes a intensificar o monitoramento dos suspeitos. Na manhã de hoje, foram presos em flagrante três investigados — uma mulher de 39 anos e dois homens, de 27 e 28 anos — sendo um deles alvo do mandado de prisão temporária já expedido. A polícia não divulgou os nomes das pessoas presas.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Ex-governador Fernando Freire deixa hospital após cirurgia no quadril

Foto: reprodução

O ex-governador do Rio Grande do Norte, Fernando Freire, recebeu alta hospitalar nesta segunda-feira (13), após uma semana internado no Hospital Memorial, em Natal. Ele passou por uma cirurgia no quadril e no fêmur, com colocação de prótese, e apresentou boa recuperação.

Segundo a equipe médica, o procedimento foi bem-sucedido, e Freire continuará o tratamento em casa, com fisioterapia para reabilitação motora.

Em nota, o ex-governador agradeceu à equipe médica, aos familiares, amigos e apoiadores pelas mensagens de carinho e orações. “Sou muito grato a Deus, à equipe médica e a todos que me enviaram palavras de força e esperança. Cada gesto de apoio foi essencial neste momento”, declarou.

Freire seguirá em tratamento domiciliar, com boas perspectivas de recuperação nos próximos meses.

Com informações de Tribuna do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Tarifaço provoca mudanças em mercados e pauta de exportações, mostra FGV

Foto: REUTERS/Amanda Perobelli

O tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos exportados pelo Brasil tem provocado mudanças de mercados e na estrutura da pauta de exportações.

A avaliação é do relatório do Icomex (Indicador de Comércio Exterior) divulgado nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

As vendas brasileiras de produtos de carne e de café permaneceram compensando a perda para o mercado dos Estados Unidos com um aumento das vendas para o restante do mundo. Em setembro, alguns produtos de madeira e de fumo também registraram aumento nas vendas para o restante do mundo.

“Os efeitos do tarifaço provocam mudanças de mercados e na estrutura da pauta de exportações. A fase ainda é de transição, podendo esse cenário mudar se as negociações entre Brasil e Estados Unidos conseguirem chegar a um desfecho positivo. Em negociação, o desafio é que cada participante quer mostrar ganhos e/ou que as concessões oferecidas são compensadas com benefícios. Dado o grau de assimetria dessa negociação, o maior desafio é para o Brasil”, frisou o relatório do Icomex.

Em setembro de 2025, as exportações brasileiras aumentaram 7,2% em valor em relação a setembro de 2024.

Em volume, o avanço foi de 9,6% no período. Já as importações cresceram 17,7% em valor em setembro de 2025 ante igual mês de 2024, enquanto o avanço em volume foi de 16,2%.

No acumulado de janeiro a setembro, o Brasil exportou um volume 3,5% maior que no mesmo período do ano anterior, enquanto o crescimento na importação foi de 9,4%.

A balança comercial brasileira teve um superávit de US$ 3 bilhões em setembro. No acumulado do ano até nono mês, houve superávit de US$ 45,5 bilhões, US$ 13,2 bilhões a menos que em igual período de 2024.

Em setembro deste ano, ante setembro do ano passado, o crescimento do volume exportado pelo Brasil foi puxado por avanços nas vendas para a Argentina (+22,0%), China (+15,0%) e União Europeia (+5,7%). No acumulado até setembro, o volume exportado para a Argentina saltou 48,9%, e para a China, 5,8%.

O volume exportado para os Estados Unidos, China e União Europeia explicaram 40% de todas as exportações brasileiras em setembro.

CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Jovem endividado com apostas simula sequestro e exige R$ 2.000 de resgate da própria mãe


Foto: Daniel Cymbalista/FotoArena/Estadão Conteúdo

Um homem endividado por causa de apostas forjou o próprio sequestro para exigir dinheiro de resgate da própria mãe.

A história teve início após o jovem de 22 anos, manobrista em uma loja, sair de casa na tarde de quarta-feira (8) para trabalhar. Naquele dia, ele faltou ao serviço e não voltou para sua residência, na zona leste de São Paulo.

Naquela mesma data a mãe passou a receber mensagens do número do filho que anunciavam o sequestro. A exigência foi de R$ 2.000 pelo resgate.

A mulher, então, procurou o plantão da 1ª Delegacia Antissequestro, localizada no centro da capital paulista.

Os investigadores passaram a desconfiar de que não se tratava de um sequestro, mas de um golpe contra a própria família, conhecido como autosequestro. Durante as investigações, os policiais descobriram que o homem estava em São Bernardo do Campo, no Grande ABC.

Na delegacia, segundo a investigação, o homem confessou ter inventado a história para tentar tirar dinheiro da mãe e afirmou ter contraído dívidas com apostas. O telefone dele foi apreendido.

O caso foi registrado como estelionato e é investigado pela Polícia Civil.

Folhapress

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *