Política

Pesquisa exclusiva: maioria apoia políticas conservadoras de Bolsonaro, destaca Veja

Foto: Alan Santo/PR

Reconhecido como um dos maiores gênios políticos da história, Winston Churchill mantinha o bom humor mesmo sob pressão e, entre outras tiradas antológicas, costumava dizer que nunca se deve deixar uma boa crise ser desperdiçada. Sua sentença ensina que, nos momentos de enorme turbulência, se abrem oportunidades preciosas para tentar a resolução de problemas graves. No caso do Brasil, infelizmente, Jair Bolsonaro tem feito uso literal da frase de Churchill. O presidente parece agir acreditando que uma crise é sempre uma boa chance para produzir uma crise ainda maior. Assim ocorreu nos últimos dias, quando uma tempestade perfeita começou a se formar na direção do país, com a fraca recuperação econômica correndo o risco de ser atropelada pelas crises do petróleo e do coronavírus (veja as reportagens nas págs. 56 e 58). Bolsonaro preferiu, mais uma vez, apagar o fogo com gasolina.

Exemplo maior disso foi seu comportamento errático em relação à convocação das manifestações de 15 março contra o Congresso. Entre o embarque e os compromissos de uma viagem a Miami, onde se reuniu com Donald Trump (de quem, aliás, o capitão imita o estilo disparatado e o radicalismo de direita), o presidente, depois de já haver recuado sobre o endosso aos protestos pelas críticas que recebeu ao compartilhar um vídeo agressivo contra o Parlamento, voltou a apoiar o movimento organizado por grupos que gravitam ao redor do núcleo duro do bolsonarismo. Para não haver dúvidas sobre o endosso oficial aos atos que estavam programados em mais de 100 cidades, a Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto reforçou a convocação na última terça, 10, via Twitter. O ministro da Justiça, Sergio Moro, também aplaudiu a ideia, chamando-a de “festa da democracia”.

Tal festa, no entanto, dividiria o país justo no momento em que o Brasil precisa de união para enfrentar um ano que promete ser dos mais difíceis (grupos de esquerda revidaram, chamando uma série de pas­sea­tas de protestos contra o governo). O apoio do presidente a uma grande manifestação também se chocava com o comportamento de governantes de vários outros países, que têm proibido aglomerações como medida de combate ao novo vírus. Na última quarta, 11, por pressões políticas, Bolsonaro fez um novo movimento de recuo com relação ao seu apoio aos atos. Na noite do dia seguinte, finalmente chancelou oficialmente a atitude mais sensata, pedindo em uma live e em cadeia nacional a seus seguidores que adiem as manifestações.

Em meio a essas idas e vindas em relação aos protestos, o presidente foi surpreendido pela suspeita de que havia contraído o coronavírus. Foi uma grande ironia. Antes disso, ele havia declarado que a pandemia “não é isso tudo” e, mais uma vez, aproveitou a ocasião para criticar a imprensa, que, na sua opinião, estava exagerando na cobertura do problema. Na última quinta, conforme revelou o site de VEJA, o presidente aguardava o resultado do teste para a doença, feito depois que o secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, foi contaminado. Bolsonaro esteve com ele na viagem recente aos Estados Unidos.

O Congresso e seus líderes estavam entre os principais alvos dos manifestantes do 15 de março (pixulecos de personalidades como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, eram preparados para “estrelar” os eventos). Segundo uma recente pesquisa exclusiva encomendada por VEJA ao instituto FSB, o prestígio dos parlamentares encontra-se na lona. O levantamento mostra que apenas 11% dos brasileiros classificam como “ótimo” ou “bom” o trabalho de deputados e senadores. A maioria, 44%, diz que o desempenho está entre péssimo e ruim. Esse mesmo estudo VEJA/FSB revela que, além das críticas ao Congresso, o presidente está em sintonia com boa parte dos eleitores nas chamadas “pautas conservadoras”. Detalhe importante: isso não se restringe apenas a quem votou no capitão nas eleições de 2018. O levantamento foi feito no mês passado, por telefone, com 2 000 eleitores de mais de 16 anos, nas 27 unidades da federação. Os resultados apontam alta rejeição de questões comportamentais como a união civil entre gays e a possibilidade de a mulher decidir sobre um aborto. Por outro lado, encontram aceitação na sociedade políticas pensadas pelo governo Bolsonaro que parecem datadas do século passado, como a militarização das escolas, o poder de veto do governo a determinados temas em projetos culturais financiados com dinheiro público e a campanha de abstinência sexual entre adolescentes como forma de evitar a gravidez precoce. “Essas questões estavam fora da pauta das manifestações do 15 de março, mas recebem nosso apoio integral”, afirma Edson Salomão, um dos líderes do Movimento Conservador, grupo que engordará o evento pró-governo.

Entre todos os temas abordados na pesquisa, o conservadorismo aflora mais na questão da descriminalização das drogas. Nada menos que 62% dos brasileiros rejeitam liberar o consumo, embora a maioria concorde com a autorização para o uso medicinal da maconha. “Nosso presente está cheio de passado”, afirma a historiadora Lilia Schwarcz, da Universidade de São Paulo. “É preciso considerar que nós sempre fomos conservadores, são dados estruturais. Não tem a ver apenas com pessoas que elegeram Bolsonaro, mas com o perfil da população. O conservadorismo é um traço do brasileiro.” Nos anos 60, por exemplo, Jânio Quadros foi eleito com votação expressiva graças a um discurso moralizador em que usou uma vassoura como símbolo de que varreria a corrupção. Uma vez empossado, ficou mais conhecido pela série de medidas esdrúxulas que adotou, como a proibição de rinhas de galo, de corridas de cavalo e do uso de biquíni em praias.

A “cara” da onda conservadora atual tem algumas diferenças e peculiaridades. “O fenômeno aflorou no período mais recente, mas isso não significa que não estivesse no submundo da sociedade nem que não estivesse se organizando há muito tempo. Basta ter como referência que as marchas para Jesus reúnem milhares de pessoas todos os anos”, afirma Eduardo Grin, professor da FGV. Bolsonaro conseguiu vocalizar esse sentimento e foi eleito em um cenário de profundo descrédito das instituições democráticas e da elite política. Criou-se em torno do então candidato a imagem de que ele era um “mito”, uma alternativa a “tudo que está aí”. Fato é que, decorrido mais de um ano desde a sua posse, os índices de rejeição ao establishment não se alteraram. Na visão de Heloisa Starling, professora da Universidade Federal de Minas Gerais, quanto mais esgarçados são os pontos que fazem a sociedade confiar no campo público, mais fortes se tornam os bolsões privados, como a família e a religião. “Não há referência no mundo público, então a referência é a família. Se eu perco a família, qual é a minha referência num país de coisas tão instáveis?” Não por acaso, “família” é uma das palavras mais citadas por Bolsonaro em seus discursos.

O aumento da população evangélica também se explica dentro desse cenário de desamparo. O último levantamento feito pelo Datafolha mostra que os evangélicos superarão os católicos em 2032. “Eles crescem porque prometem a resolução de problemas o tempo todo”, diz Maria das Dores Campos Machado, especialista em sociologia da religião. Outro componente novo no conservadorismo brasileiro é a questão da segurança. “Bolsonaro surfa nesse tema porque as esquerdas se negam a entrar na discussão com ideias claras”, diz Lilia Schwarcz.

Se encontram eco na sociedade, as propostas de cunho conservador fazem espuma no Congresso. Esperava-se que, com a ascensão de Bolsonaro, a pauta do Legislativo fosse inundada de propostas voltadas para o campo moral, mas projetos como a implementação da Escola sem Partido travaram em comissões da Câmara por falta de apoio parlamentar. Formar uma base no Congresso, aliás, algo que é uma das tarefas básicas de um presidente, tem sido um dos muitos pontos negligentes criados pelo atual governo. Em vez disso, Bolsonaro prefere a política do confronto com deputados e senadores, como se viu na forma de seu apoio aos atos do dia 15 e nos ataques a outras instituições, como o STF e, mais recentemente, o TSE — o mesmo tribunal que avalizou sua vitória em 2018 foi posto por ele em dúvida nos últimos dias, com a declaração estapafúrdia e sem provas de que teria havido fraude nas eleições.

Grande parte da agenda do capitão é concentrada em ações diversionistas e populistas, sempre com o objetivo de manter os apoiadores unidos pela causa bolsonarista, em uma campanha eleitoral prematura e permanente para 2022, com enorme energia gasta em confusões de todos os tipos e prejuízos claros aos temas urgentes. Não bastassem as altas taxas de desemprego persistentes e o crescimento econômico pífio, há agora pela frente desafios como o de uma grande encrenca mundial de saúde pública batendo às portas do país. Bolsonaro personificou com sucesso o antipetismo e, como mostra a pesquisa VEJA/FSB, ganhou pontos também por defender ideias e valores que coincidem com os da média da população brasileira. Mas esse capital político dificilmente resistirá caso ele não deixe de lado as lutas desnecessárias e se concentre em governar o país, portando-se à altura do cargo que conquistou democraticamente. Como dizia Churchill, é no enfrentamento das crises que um verdadeiro líder precisa encontrar soluções. Mais do que um conservador de plantão, o Brasil precisa de um presidente.

Veja

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Geral

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Saúde

Após alegar confusão mental, Bolsonaro está clinicamente estável, diz boletim

Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro está clinicamente estável e passou as últimas horas sem intercorrências na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, segundo boletim médico divulgado no domingo (24).

O documento foi assinado pelos médicos do ex-presidente, que visitaram Bolsonaro na prisão. Ele está detido desde as primeiras horas da manhã de sábado, após a Polícia Federal apontar risco de fuga, violação da tornozeleira eletrônica e tentativa de usar aglomeração de apoiadores  para dificultar a fiscalização das medidas cautelares.

De acordo com a equipe médica, Bolsonaro relatou ter apresentado, na noite da última sexta-feira (22), um episódio de confusão mental e alucinações. Os médicos afirmam que o quadro pode ter sido provocado por medicamentos prescritos por outro profissional da equipe.

O próprio Bolsonaro alegou, em audiência de custódia, confusão mental e alucinação, o que o teria levado a avariar, com um equipamento de solda, a tornozeleira eletrônica que usava em sua prisão domiciliar.

O remédio foi suspenso imediatamente e, por enquanto, Bolsonaro não apresenta sintomas residuais.

Band News

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Mundo

Morre Udo Kier, ator de “Bacurau” e referência do cinema mundial

Foto: Divulgação

O ator alemão Udo Kier, um dos nomes mais singulares e prolíficos do cinema internacional, morreu neste domingo (23), aos 81 anos. A informação foi confirmada à revista Variety pelo artista visual Delbert McBride, seu companheiro. A causa da morte não foi divulgada. Com mais de seis décadas de carreira e mais de 200 trabalhos no currículo, Kier consolidou-se como um ícone das telas, especialmente em obras de terror e produções experimentais.

Ao longo da trajetória, o ator colaborou com alguns dos maiores cineastas do mundo, incluindo Andy Warhol, Lars von Trier e Werner Herzog. No Brasil, ganhou ainda mais notoriedade ao participar de dois filmes de Kleber Mendonça Filho: Bacurau (2019), em que interpretou o vilão Michael, e O Agente Secreto (2025), no papel de Hans. Sua presença em Bacurau foi elogiada pela crítica e ajudou a alçar o longa ao Prêmio do Júri no Festival de Cannes.

Kier também conquistou gerações de fãs por papéis marcantes, como sua interpretação de Drácula em Sangue Para Drácula (1974), dirigido por Paul Morrissey, e por participações em projetos de grande repercussão, como Ninfomaníaca (2013), de Lars von Trier. O ator transitava com naturalidade entre o cinema autoral, o terror clássico e a cultura pop.

Além das telas, deixou marca no universo dos videogames, dando voz ao personagem Yuri na franquia Command & Conquer: Red Alert e participando de produções como OD Knock, de Hideo Kojima. Após a notícia de sua morte, perfis oficiais e colegas de trabalho manifestaram pesar e celebraram o legado do artista.

Com informações da CNN

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Geral

Lula reclama de tradutor durante entrevista e faz brincadeira envolvendo Janja

Foto: Julie BOURDIN / AFP

Durante uma entrevista com a imprensa neste domingo (23), em Joanesburgo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protagonizou um momento de desconforto com o tradutor responsável pela interpretação simultânea. O petista, que estava na África do Sul para participar da cúpula do G20, interrompeu a pergunta de uma jornalista estrangeira ao perceber que não conseguia ouvir a tradução pelo fone.

Lula retirou o equipamento, reclamou da baixa intensidade da voz do intérprete e pediu que ele se aproximasse da repórter para captar melhor a pergunta. Visivelmente incomodado, afirmou que o tradutor estava “falando só para ele mesmo”, já que o presidente não conseguia compreender o conteúdo traduzido.

Ao repreender o intérprete, Lula ainda fez uma brincadeira envolvendo a primeira-dama. “Ficar sussurrando no meu ouvido só a Janja”, disse, em tom bem-humorado, ao pedir que a tradução fosse feita em voz alta para que pudesse acompanhar a entrevista.

O episódio ocorreu enquanto o presidente respondia questionamentos da imprensa internacional durante sua agenda oficial na cúpula. Após a correção da postura do tradutor, a entrevista prosseguiu normalmente.

Com informações do Pleno News

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Política

Lula enfrenta desgaste simultâneo com Motta e Alcolumbre às vésperas de 2026

Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vive um cenário incomum no terceiro mandato: entrou em rota de colisão com os chefes da Câmara e do Senado ao mesmo tempo. Com Hugo Motta (Republicanos-PB), o atrito se agravou na disputa sobre o PL Antifacção — proposta que nasceu no Planalto, mas cuja relatoria acabou entregue pelo deputado a um oposicionista, Guilherme Derrite (PP-SP). As mudanças aprovadas irritaram a base governista e motivaram críticas públicas de ambos os lados.

O desgaste com Motta, porém, acabou momentaneamente contido graças ao Senado, onde Davi Alcolumbre (União-AP) designou um relator mais alinhado ao governo. Mas é justamente com Alcolumbre que Lula abriu uma nova frente de conflito. A indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao STF contrariou o senador, que já havia sinalizado preferência por Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A escolha gerou incômodo, e aliados relatam que o clima azedou após o presidente oficializar a nomeação sem avisá-lo pessoalmente.

O ambiente deve ficar ainda mais tenso com a discussão do Orçamento de 2026, especialmente no embate sobre o pagamento das emendas parlamentares. O Congresso quer obrigar o governo a seguir um calendário; o Planalto tenta flexibilizar o formato. A disputa ganha relevância porque o STF, para onde Messias foi indicado, já atuou como árbitro em conflitos semelhantes — em alguns casos, seguindo orientações da própria AGU.

A combinação de rusgas com Motta e Alcolumbre coloca Lula numa posição delicada em um momento decisivo. Com as duas Casas pressionando em pautas sensíveis e a relação política mais instável, o governo deve enfrentar dificuldades adicionais nas negociações que se intensificam à medida que 2026 se aproxima.

Com informações do Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Estou torcendo pela briga, já comprei a pipoca e fiz a reserva de uma poltrona na primeira fila.

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Geral

Após polêmica, chanceler alemão diz que quer redescobrir Belém em nova visita

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz (CDU), afirmou que pretende conhecer melhor Belém em sua próxima passagem pelo Brasil. A declaração foi dada durante encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Joanesburgo, na África do Sul, durante a Cúpula do G20. Merz disse que planeja explorar mais a capital paraense, após ter gerado controvérsia com comentários feitos durante a COP30.

No dia 13 de novembro, ao encerrar sua agenda na conferência, Merz afirmou que ele e sua equipe estavam “contentes” por deixar Belém e retornar à Alemanha, o que provocou reação imediata de Lula. O chanceler não pediu desculpas diretamente, alegando que suas palavras foram tiradas de contexto. No novo encontro, Lula chegou a recomendar restaurantes e danças tradicionais da cidade.

Em publicação no X, Merz afirmou que pretende aproveitar melhor a experiência na próxima visita. “Da próxima vez que estiver em Belém, vou explorar mais – dos passos de dança à gastronomia local e à floresta tropical. Espero fortalecer ainda mais nossa relação de parceria e amizade”, escreveu. Lula comentou que o político alemão “não conheceu a noite de Belém” e atribuiu o episódio a “falta de experiência política”.

O governo brasileiro confirmou que Lula viajará à Alemanha em abril de 2026 para participar da abertura da Hannover Messe, importante feira de tecnologia industrial. Merz também reiterou apoio ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), ao qual a Alemanha anunciou aporte de 1 bilhão de euros.

Com informações do Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Será que até lá vão fazer os 80% que falta pra sanear Belém? Em caso negativo, vai continuar com o fedor a céu aberto.

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Geral

VÍDEO: Piloto morre após grave acidente durante apresentação no Beto Carrero World

Vídeo: Reprodução/X/Hugo Gloss

Um piloto de motocicleta morreu neste domingo (23) após sofrer um acidente durante uma apresentação de manobras radicais no Beto Carrero World, em Penha (SC). Lurrique Ferrari participava do “Hot Wheels Epic Show” quando perdeu o controle da moto e atingiu uma das rampas do espetáculo. O impacto foi presenciado por centenas de visitantes que acompanhavam o show.

A cena registrada por espectadores mostra que Lurrique seguia outro piloto que conseguiu completar o salto. Na sequência, ele acelera para subir a rampa inicial, mas não consegue encaixar a aterrissagem na segunda estrutura. O choque ocorre na parte frontal da rampa e o motociclista cai imediatamente no solo. Ele recebeu atendimento dos bombeiros do parque e foi levado ao Hospital Marieta Konder Bornhauser, em Itajaí, onde passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.

Em nota oficial, o Beto Carrero World lamentou profundamente a morte do piloto e afirmou que está prestando suporte à família. O parque destacou que Ferrari era reconhecido pela dedicação e experiência nas apresentações, e que uma investigação interna foi aberta para apurar as circunstâncias do acidente.

Lurrique Ferrari era integrante da equipe de shows radicais do parque e tinha vasta experiência em apresentações desse tipo. A morte do piloto gerou forte comoção entre colegas, profissionais do setor e visitantes que presenciaram o episódio.

Com informações do G1

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Geral

Só 12% dos investimentos anunciados nas viagens de Lula viraram realidade

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Levantamento recente mostra que a maior parte dos investimentos anunciados nas viagens internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não saiu do papel. Desde o início do governo, foram divulgadas promessas que somam R$ 345,6 bilhões, mas apenas R$ 42 bilhões — cerca de 12% — já foram efetivamente aplicados ou contratados. Mesmo assim, o Palácio do Planalto segue defendendo que os deslocamentos ao exterior fortalecem a imagem do país e abrem portas para novos aportes.

A informação é da coluna da Andreza Matais, do Metrópoles. Os números contrastam com o crescimento expressivo dos gastos do governo com viagens ao exterior. De 2023 até agora, as despesas chegaram a R$ 837,8 milhões, mais que o dobro do registrado nos últimos dois anos da gestão Jair Bolsonaro. Lula já acumulou 43 viagens internacionais, passando por 41 países e mais de 50 cidades, muitas delas em agendas acompanhadas por grandes comitivas.

Embora parte das promessas esteja vinculada a concessões de longo prazo — algumas com execução prevista para até 30 anos — outras foram contabilizadas como “novos investimentos” mesmo já estando contratadas anteriormente. Em nota de 2023, a Secretaria de Comunicação chegou a atribuir às viagens de Lula a responsabilidade direta por 111,5 bilhões em aportes no semestre, o que equivaleria a 75% de todo o investimento estrangeiro no Brasil naquele período, segundo dados do Banco Central — algo considerado improvável por especialistas.

Casos de anúncios que nunca se concretizaram também não são novidade em governos anteriores. Em 2019, Jair Bolsonaro divulgou que a Arábia Saudita investiria R$ 10 bilhões no Brasil, mas o recurso jamais se materializou. Agora, diante da baixa execução dos valores anunciados no atual governo, cresce a pressão por maior transparência e rigor na apresentação desses números, sobretudo diante do aumento expressivo dos gastos públicos com viagens internacionais.

Com informações do Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Sem contar que esses recursos geralmente vai para as ongs inúteis.
    Na verdade o que Lula quer é fazer turismo com a deslumbrada as nossas custas

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Geral

STF inicia nesta segunda (24) julgamento que pode manter prisão preventiva de Bolsonaro

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A Primeira Turma do STF começa nesta segunda-feira (24) a analisar se mantém ou não a prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes no sábado. O julgamento será feito no plenário virtual, entre 8h e 20h, em sessão convocada pelo presidente do colegiado, ministro Flávio Dino.

O grupo é formado por Dino, Moraes, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A saída recente de Luiz Fux para a Segunda Turma retirou a única voz tendencialmente divergente, o que, segundo ministros do próprio tribunal, torna provável uma decisão unânime pela manutenção da prisão. Bolsonaro está desde sábado em uma cela especial na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

Moraes justificou a preventiva citando a vigília organizada por aliados do ex-presidente e a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica, apontando risco de fuga. A medida ainda não representa início do cumprimento da pena de 27 anos e três meses pela condenação no caso da tentativa de golpe — Bolsonaro ainda tem prazo até hoje para apresentar seu último recurso no STF.

No domingo (23), durante audiência de custódia realizada por videoconferência, o ex-presidente afirmou ter sofrido um surto provocado por medicamentos e negou intenção de fugir. A juíza auxiliar responsável pela sessão homologou a prisão, após verificar a legalidade da detenção e ouvir Bolsonaro sobre eventuais maus-tratos ou irregularidades.

Com informações da CNN

Opinião dos leitores

  1. Alguém tem dúvidas quanto ao resultado? Desde já eu afirmo que será 4 x 0 pela manutenção da prisão preventiva.
    Observação: como o voto é combinado, fica fácil acertar o resultado.

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Esporte

Jadson André encerra jejum de seis anos e conquista etapa nacional da WSL no Espírito Santo

Foto: Instagram/@wslbrasil

O potiguar Jadson André voltou a sentir o gosto da vitória neste domingo ao triunfar na etapa do Circuito Banco do Brasil de Surfe, realizada na Praia d’Ulé, em Guarapari (ES). O evento marcou a primeira passagem oficial da World Surf League pelo estado e coroou o retorno do atleta ao topo após seis anos sem levantar um troféu em competições da liga.

A vitória tem peso estratégico: o QS 4.000 distribuiu pontos valiosos na disputa sul-americana e deixa Jadson novamente firme na luta por uma vaga no Challenger Series, porta de entrada para a elite mundial. A última vez em que o potiguar havia vencido um campeonato da WSL foi em 2019, em Fernando de Noronha.

 

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Durante toda a etapa, Jadson mostrou consistência e sangue frio. Na semifinal, avançou por uma diferença mínima de 0,20 ponto sobre Gabriel Klaussner, em uma bateria definida no minuto final.

Na decisão, o potiguar foi buscar a virada contra Rodrigo Saldanha em sua última onda, garantindo uma combinação sólida de manobras para assegurar o título. O resultado levou Jadson ao 10º lugar do ranking sul-americano, agora com 8.052 pontos, mantendo-o vivo na corrida pelas sete vagas destinadas ao Challenger Series.

Com informações da Tribuna do Norte

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