Política

Pesquisa exclusiva: maioria apoia políticas conservadoras de Bolsonaro, destaca Veja

Foto: Alan Santo/PR

Reconhecido como um dos maiores gênios políticos da história, Winston Churchill mantinha o bom humor mesmo sob pressão e, entre outras tiradas antológicas, costumava dizer que nunca se deve deixar uma boa crise ser desperdiçada. Sua sentença ensina que, nos momentos de enorme turbulência, se abrem oportunidades preciosas para tentar a resolução de problemas graves. No caso do Brasil, infelizmente, Jair Bolsonaro tem feito uso literal da frase de Churchill. O presidente parece agir acreditando que uma crise é sempre uma boa chance para produzir uma crise ainda maior. Assim ocorreu nos últimos dias, quando uma tempestade perfeita começou a se formar na direção do país, com a fraca recuperação econômica correndo o risco de ser atropelada pelas crises do petróleo e do coronavírus (veja as reportagens nas págs. 56 e 58). Bolsonaro preferiu, mais uma vez, apagar o fogo com gasolina.

Exemplo maior disso foi seu comportamento errático em relação à convocação das manifestações de 15 março contra o Congresso. Entre o embarque e os compromissos de uma viagem a Miami, onde se reuniu com Donald Trump (de quem, aliás, o capitão imita o estilo disparatado e o radicalismo de direita), o presidente, depois de já haver recuado sobre o endosso aos protestos pelas críticas que recebeu ao compartilhar um vídeo agressivo contra o Parlamento, voltou a apoiar o movimento organizado por grupos que gravitam ao redor do núcleo duro do bolsonarismo. Para não haver dúvidas sobre o endosso oficial aos atos que estavam programados em mais de 100 cidades, a Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto reforçou a convocação na última terça, 10, via Twitter. O ministro da Justiça, Sergio Moro, também aplaudiu a ideia, chamando-a de “festa da democracia”.

Tal festa, no entanto, dividiria o país justo no momento em que o Brasil precisa de união para enfrentar um ano que promete ser dos mais difíceis (grupos de esquerda revidaram, chamando uma série de pas­sea­tas de protestos contra o governo). O apoio do presidente a uma grande manifestação também se chocava com o comportamento de governantes de vários outros países, que têm proibido aglomerações como medida de combate ao novo vírus. Na última quarta, 11, por pressões políticas, Bolsonaro fez um novo movimento de recuo com relação ao seu apoio aos atos. Na noite do dia seguinte, finalmente chancelou oficialmente a atitude mais sensata, pedindo em uma live e em cadeia nacional a seus seguidores que adiem as manifestações.

Em meio a essas idas e vindas em relação aos protestos, o presidente foi surpreendido pela suspeita de que havia contraído o coronavírus. Foi uma grande ironia. Antes disso, ele havia declarado que a pandemia “não é isso tudo” e, mais uma vez, aproveitou a ocasião para criticar a imprensa, que, na sua opinião, estava exagerando na cobertura do problema. Na última quinta, conforme revelou o site de VEJA, o presidente aguardava o resultado do teste para a doença, feito depois que o secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, foi contaminado. Bolsonaro esteve com ele na viagem recente aos Estados Unidos.

O Congresso e seus líderes estavam entre os principais alvos dos manifestantes do 15 de março (pixulecos de personalidades como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, eram preparados para “estrelar” os eventos). Segundo uma recente pesquisa exclusiva encomendada por VEJA ao instituto FSB, o prestígio dos parlamentares encontra-se na lona. O levantamento mostra que apenas 11% dos brasileiros classificam como “ótimo” ou “bom” o trabalho de deputados e senadores. A maioria, 44%, diz que o desempenho está entre péssimo e ruim. Esse mesmo estudo VEJA/FSB revela que, além das críticas ao Congresso, o presidente está em sintonia com boa parte dos eleitores nas chamadas “pautas conservadoras”. Detalhe importante: isso não se restringe apenas a quem votou no capitão nas eleições de 2018. O levantamento foi feito no mês passado, por telefone, com 2 000 eleitores de mais de 16 anos, nas 27 unidades da federação. Os resultados apontam alta rejeição de questões comportamentais como a união civil entre gays e a possibilidade de a mulher decidir sobre um aborto. Por outro lado, encontram aceitação na sociedade políticas pensadas pelo governo Bolsonaro que parecem datadas do século passado, como a militarização das escolas, o poder de veto do governo a determinados temas em projetos culturais financiados com dinheiro público e a campanha de abstinência sexual entre adolescentes como forma de evitar a gravidez precoce. “Essas questões estavam fora da pauta das manifestações do 15 de março, mas recebem nosso apoio integral”, afirma Edson Salomão, um dos líderes do Movimento Conservador, grupo que engordará o evento pró-governo.

Entre todos os temas abordados na pesquisa, o conservadorismo aflora mais na questão da descriminalização das drogas. Nada menos que 62% dos brasileiros rejeitam liberar o consumo, embora a maioria concorde com a autorização para o uso medicinal da maconha. “Nosso presente está cheio de passado”, afirma a historiadora Lilia Schwarcz, da Universidade de São Paulo. “É preciso considerar que nós sempre fomos conservadores, são dados estruturais. Não tem a ver apenas com pessoas que elegeram Bolsonaro, mas com o perfil da população. O conservadorismo é um traço do brasileiro.” Nos anos 60, por exemplo, Jânio Quadros foi eleito com votação expressiva graças a um discurso moralizador em que usou uma vassoura como símbolo de que varreria a corrupção. Uma vez empossado, ficou mais conhecido pela série de medidas esdrúxulas que adotou, como a proibição de rinhas de galo, de corridas de cavalo e do uso de biquíni em praias.

A “cara” da onda conservadora atual tem algumas diferenças e peculiaridades. “O fenômeno aflorou no período mais recente, mas isso não significa que não estivesse no submundo da sociedade nem que não estivesse se organizando há muito tempo. Basta ter como referência que as marchas para Jesus reúnem milhares de pessoas todos os anos”, afirma Eduardo Grin, professor da FGV. Bolsonaro conseguiu vocalizar esse sentimento e foi eleito em um cenário de profundo descrédito das instituições democráticas e da elite política. Criou-se em torno do então candidato a imagem de que ele era um “mito”, uma alternativa a “tudo que está aí”. Fato é que, decorrido mais de um ano desde a sua posse, os índices de rejeição ao establishment não se alteraram. Na visão de Heloisa Starling, professora da Universidade Federal de Minas Gerais, quanto mais esgarçados são os pontos que fazem a sociedade confiar no campo público, mais fortes se tornam os bolsões privados, como a família e a religião. “Não há referência no mundo público, então a referência é a família. Se eu perco a família, qual é a minha referência num país de coisas tão instáveis?” Não por acaso, “família” é uma das palavras mais citadas por Bolsonaro em seus discursos.

O aumento da população evangélica também se explica dentro desse cenário de desamparo. O último levantamento feito pelo Datafolha mostra que os evangélicos superarão os católicos em 2032. “Eles crescem porque prometem a resolução de problemas o tempo todo”, diz Maria das Dores Campos Machado, especialista em sociologia da religião. Outro componente novo no conservadorismo brasileiro é a questão da segurança. “Bolsonaro surfa nesse tema porque as esquerdas se negam a entrar na discussão com ideias claras”, diz Lilia Schwarcz.

Se encontram eco na sociedade, as propostas de cunho conservador fazem espuma no Congresso. Esperava-se que, com a ascensão de Bolsonaro, a pauta do Legislativo fosse inundada de propostas voltadas para o campo moral, mas projetos como a implementação da Escola sem Partido travaram em comissões da Câmara por falta de apoio parlamentar. Formar uma base no Congresso, aliás, algo que é uma das tarefas básicas de um presidente, tem sido um dos muitos pontos negligentes criados pelo atual governo. Em vez disso, Bolsonaro prefere a política do confronto com deputados e senadores, como se viu na forma de seu apoio aos atos do dia 15 e nos ataques a outras instituições, como o STF e, mais recentemente, o TSE — o mesmo tribunal que avalizou sua vitória em 2018 foi posto por ele em dúvida nos últimos dias, com a declaração estapafúrdia e sem provas de que teria havido fraude nas eleições.

Grande parte da agenda do capitão é concentrada em ações diversionistas e populistas, sempre com o objetivo de manter os apoiadores unidos pela causa bolsonarista, em uma campanha eleitoral prematura e permanente para 2022, com enorme energia gasta em confusões de todos os tipos e prejuízos claros aos temas urgentes. Não bastassem as altas taxas de desemprego persistentes e o crescimento econômico pífio, há agora pela frente desafios como o de uma grande encrenca mundial de saúde pública batendo às portas do país. Bolsonaro personificou com sucesso o antipetismo e, como mostra a pesquisa VEJA/FSB, ganhou pontos também por defender ideias e valores que coincidem com os da média da população brasileira. Mas esse capital político dificilmente resistirá caso ele não deixe de lado as lutas desnecessárias e se concentre em governar o país, portando-se à altura do cargo que conquistou democraticamente. Como dizia Churchill, é no enfrentamento das crises que um verdadeiro líder precisa encontrar soluções. Mais do que um conservador de plantão, o Brasil precisa de um presidente.

Veja

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Geral

Rogério Marinho afirma que julgamento de Bolsonaro foi “semelhante a uma câmara de gás”

Imagem: reprodução

O senador Rogério Marinho (PL), voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira (28). Ao comentar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele declarou que o processo foi “semelhante a uma câmara de gás”, referência aos instrumentos de extermínio de judeus no regime nazista.

Para Marinho, a condenação foi “completamente irregular”, já que Bolsonaro não teria tido direito ao “juiz natural”. Ele destacou que o ex-presidente foi o “primeiro presidente da República julgado diretamente pela Suprema Corte” e questionou a imparcialidade do ministro responsável, afirmando que “ele não teve a imparcialidade que se quer ou se requer do magistrado”, disse Rogério durante entrevista ao programa 12 em Ponto, da 98 FM Natal.

O senador também lembrou que, quando houve o trânsito em julgado, Bolsonaro já estava preso há mais de 100 dias por outro processo, o que, segundo ele, reforça as irregularidades. Marinho criticou ainda o fato de o caso ter sido decidido por uma das turmas do STF, e não pelo plenário, alegando mudança de entendimento por motivação política.

“Essa câmara de gás que eu falei foi porque, ao invés de ser julgado, como diz a constituição, que um presidente deveria ser julgado no Supremo Tribunal Federal pelo pleno, ele foi numa turma, por uma mudança de entendimento que aconteceu por conveniência política”, disse.

Com informações de 98 FM Natal

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Geral

Adolf Hitler é reeleito na Namíbia e explica nome polêmico

Foto: reprodução/FearedBuck

Adolf Hitler Uunona, político da Namíbia, foi reeleito como conselheiro regional no distrito de Ompundja, na região de Oshana. O nome curioso voltou a chamar atenção durante as eleições.

Em entrevista ao jornal The Namibian, Uunona afirmou que já retirou oficialmente “Hitler” de seus documentos. O político namibiano explicou que seu pai não sabia o significado histórico do nome – associado ao ditador alemão nazista – e que, durante sua infância, considerava um nome normal.

“Para mim, quando criança, era um nome perfeitamente normal. Só quando cresci é que entendi: este homem queria conquistar o mundo inteiro. Não tenho nada a ver com nada disso”, disse.

Apesar da polêmica, Uunona é um político popular no país. Esta é sua quinta reeleição. Em 2020, ele venceu com 85% dos votos.

Com informações de Metrópoles

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Geral

Coronel Hélio lança plataforma Bora Decolar neste domingo (30)

Neste domingo (30 de novembro), às 9h, Coronel Hélio apresenta a todo Rio Grande do Norte a plataforma Bora Decolar no Holiday Inn Natal. O projeto é uma plataforma colaborativa onde as pessoas poderão deixar suas propostas, pensamentos e ideias para um RN e Brasil melhores. O lançamento terá entrada gratuita e conta com a participação do povo e de lideranças políticas do estado.

Coronel Hélio é presidente do diretório do PL em Natal e coordenou as campanhas presidenciais de Jair Bolsonaro no Rio Grande do Norte. Coronel Hélio já percorreu mais de 100 municípios potiguares e tem conhecido de perto as problemáticas mais relatadas pelo povo do RN. A ideia da plataforma é exatamente escutar diretamente do povo o que eles desejam de um mandato de um Senador pelo Rio Grande do Norte.

Informações:
* Data: 30 de novembro (domingo)
* Horário: 9h
* Local: Holiday Inn Natal
* Entrada gratuita

Blog do Rudimar Ramon

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Geral

VÍDEO E FOTOS: FAB faz primeiro lançamento do míssil Meteor pelo caça F-39E Gripen; operação foi realizada a partir da Base Aérea de Natal

Fotos: Sargentos Frutuoso/ DCTA e Müller Marin/ CECOMSAER

De forma inédita, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, com sucesso, o primeiro lançamento do míssil Meteor, tendo como plataforma o caça F-39E Gripen, nesta quinta-feira (27/11), operando a partir da Base Aérea de Natal (BANT).

“O lançamento foi o cenário perfeito para realizar essa transferência de tecnologia, de nós, como Força Aérea, aprender, verificar e testar como o binômio F-39 Gripen e Meteor são eficientes na guerra aérea moderna e contra qualquer tipo de vetor”, pontuou o Comandante da Base Aérea de Natal (BANT), Brigadeiro do Ar Breno Diogenes Gonçalves.

O Comandante da BANT, ainda, enalteceu o sucesso do lançamento como pilar fundamental para que a FAB cumpra sua missão de defesa da pátria. “Na sua caminhada exitosa, o nosso F-39 se mostra cada dia mais pronto e preparado e o que vimos nesse lançamento é um passo essencial, porque ele se torna com o binômio – F-39 Gripen e Meteor – uma autêntica ferramenta de defesa aérea, dentro do cenário moderno e da nossa missão institucional”, finalizou.

O disparo foi realizado contra o alvo aéreo Mirach 100/5, que simulou perfis de voo de caças, manobrando em alta velocidade e altitude, permitindo mensurar o nível de precisão alcançado pelo míssil. Tudo isso ocorreu em cenário bastante desafiador, tanto para o míssil além do alcance visual (BVR – Beyond-Visual-Range), um dos mais letais e avançados do mundo, quanto para a aeronave.

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Geral

Parnamirim garante pacote de benefícios histórico para os servidores municipais

A Prefeitura de Parnamirim vive um novo momento na valorização do funcionalismo público. Paralelamente às obras estruturantes e aos programas implantados em todas as áreas, a gestão da prefeita Nilda tem colocado no centro de suas prioridades o investimento no material humano, reconhecendo que são os servidores que fazem a máquina pública funcionar e entregam resultados à população.

Nos últimos meses, a administração municipal concedeu o maior conjunto de benefícios já registrado na história do município, garantindo direitos, corrigindo distorções antigas e promovendo reajustes para diversas categorias.

Nunca uma gestão havia avançado tanto na valorização dos servidores. Esses benefícios contemplam categorias como magistério, assistência social, quadro geral, agentes de saúde, agentes de endemias, trânsito, guardas municipais e profissionais da saúde, consolidando um gesto amplo de reconhecimento e respeito ao trabalho desenvolvido diariamente por cada servidor.

Entre os avanços assegurados pela gestão Nilda estão a implantação do Piso Nacional do Magistério; o aumento salarial para os profissionais da SEMAS; a convocação de 57 novos guardas municipais; o reajuste dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de endemias; o aumento para os agentes de trânsito; a implantação da Gratificação EMULT; as convocações de novos profissionais da Saúde; o reajuste de 7,5% concedido aos servidores do Plano Geral; o retorno do pagamento da demanda reprimida das progressões de Letras e Níveis; o retorno do pagamento das férias e das rescisões represadas; a liberação das licenças-prêmio, de saúde e de estudo; a implantação do aumento de 6% para o Magistério, e o reajuste de 5,5% para os servidores do Plano Geral, que está em tramitação na Câmara.

Para a prefeita Nilda, valorizar o servidor é uma questão de compromisso e respeito: “Desde o primeiro dia da nossa gestão, assumi como questão de honra garantir que os servidores municipais tivessem seus direitos reconhecidos e valorizados. São homens e mulheres que dedicam suas vidas a cuidar da cidade e da nossa população. Investir no material humano é investir no futuro de Parnamirim. E nós seguiremos avançando”, destacou.

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Saúde

Carlos lista doenças de Bolsonaro após PGR pedir domiciliar de Heleno

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) listou uma série de doenças de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar a favor da prisão domiciliar do general Augusto Heleno, também condenado no processo da trama golpista. Nesta sexta-feira (28/11), a PGR defendeu que Heleno cumpra sua pena de 21 anos de prisão em casa por “caráter humanitário”.

Além das doenças crônicas, Carlos explicou que a defesa de Bolsonaro apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) quadros graves mais recentes como “soluços incoercíveis com refluxos constantes”, que podem gerar crises de vômitos, e alegou que o pai precisa de medicações de ações no sistema nervoso.

Em visita ao ex-presidente, que está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF), Carlos fez questão de enfatizar à imprensa que Bolsonaro passa por crises de soluços constantes e que teme uma situação fatal caso ele broncoaspire o que vomitar.

Bolsonaro recebeu atendimento médico nessa quinta-feira (27/11) após uma “crise de soluços” e o filho 01, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), explicou que foi preciso aumentar a dose dos remédios.

A Polícia Federal informou ao Supremo que, em caso de emergência médica do ex-presidente Jair Bolsonaro, a opção “mais ágil e segura” para o atendimento é o acionamento imediato do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Em caso de intercorrência médica, Bolsonaro pode ser atendido pelo médico-chefe da Divisão de Perícias Médicas e Odontológicas da PF, que se encarregará das providências e orientações necessárias.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. O que os generais da ativa permitiram que o sistema fizessem com esses militares honrados, é uma vergonha para as forças armadas.
    Já tive muito orgulho das forças armadas que um dua servir, hoje não tenho mais

  2. Se o ministro Alexandre de Moraes mandar ele pra casa 🏠 tudo isso desaparece em segundos e ele fica curado, papuda nele ministro.

    1. Não meu nobre.
      Esse histórico é proveniente da facada, firam 7 cirurgias.
      Será que vc aguentava isso tudo?
      É somente uma pergunta.

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Meio Ambiente

Defesa Civil determina remoção integral do Baobá do Poeta

Foto: Reprodução

Responsável pelo espaço e manutenção da árvore há cerca de um mês, a Empresa Vila disse, em nota, que lamenta profundamente a necessidade da retirada. A empresa reforça que seguirá honrando a orientação dos órgãos competentes com o compromisso de proteger vidas e preservar a memória que a árvore deixou.

“A preservação da vida e da segurança da população é, para nós, prioridade absoluta. Sabemos o quanto essa árvore significa para a cidade, e por isso temos acompanhado cada etapa com cuidado e transparência, sempre em diálogo com as autoridades responsáveis. Lamentamos a sua retirada, entretanto, reafirmamos que não é uma decisão tomada de forma leviana”, afirma Nilo Vila, Diretor da Empresa.

Com quase quatro séculos de existência, e impondo expressivos 19 metros de altura e seis metros de diâmetro, o Baobá do Poeta ergueu-se como um marco da cidade, guardando em sua grandiosidade parte da história que Natal aprendeu a reconhecer como sua.

Em 1991, a árvore quase perdeu seu espaço para o concreto de um prédio residencial. Foi então que Diógenes da Cunha Lima a adotou, não apenas adquirindo o terreno, mas também protegendo a sua existência até então.

Historiadores afirmam que Antoine de Saint-Exupéry, autor da obra O Pequeno Príncipe, esteve em Natal em 1939, e teria encontrado inspiração sob a sombra desse baobá. Anos depois, em 2009, o engenheiro francês François d’Agay, sobrinho do escritor, visitou o local e deixou registrada sua admiração pela árvore que, para muitos, é conhecida como o baobá retratado no livro.

 Novo Notícias

Opinião dos leitores

  1. E o terreno que conseguiu irregularmente, da comunidade do conjunto dos Bancários, no satélite, agora vendeu para o supermercado Queiroz. Ficou feio e manchou o nome do ” Ilustríssimo “.

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Jornalismo

“Bandido não é vítima”, afima secretário de Segurança Pública de São Paulo

Foto: Lula Marques

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, esteve no centro da polêmica no Congresso Nacional ao reassumir o posto de deputado pelo PP para relatar o projeto de lei contra facções criminosas. Apresentado pelo Executivo como “PL Antifacção”, o texto foi modificado por Derrite, que ampliou as penas de prisão e restringiu ou eliminou benefícios, como a progressão de regime, a concessão de auxílio-reclusão e o uso de fiança. Também criou tipos penais como o “domínio social estruturado” (quando grupos armados impõem suas leis sobre territórios e populações), e mudou o nome da proposta para Marco Legal do Combate ao Crime Organizado, o que foi visto pelo governo como uma tentativa de assumir a paternidade da iniciativa.

Sob bombardeio de Lula e aliados, sua versão foi aprovada por 370 votos a 110, uma vitória expressiva da oposição. Em entrevista a VEJA, Derrite, que é pré-candidato ao Senado, defende a linha dura e diz que a direita sai na frente na discussão sobre segurança, tema central em 2026. “O governo Lula e o PT têm dificuldade muito grande com isso porque eles têm uma visão de mundo completamente diferente do que a população espera”, diz.

O senhor teve muito apoio, mas também muita resistência na tramitação do projeto contra facções. A que atribui as críticas, em especial do governo Lula, e o que achou do resultado final?

Em qualquer crítica, meu primeiro ponto de partida é quem está criticando. Quando eu vejo me criticarem aqueles que acham que bandido é coitadinho, que traficante é vítima, que é absurdo a polícia prender criminosos só porque estão roubando celulares para tomar uma cervejinha, para mim é um elogio. Encontrei grande respaldo na população. O projeto de lei é tudo o que a sociedade esperava ao longo de décadas do Congresso. É uma legislação dura, que, infelizmente, não contou com o apoio de todos os parlamentares, porque eles ficaram presos à questão política apenas pelo fato de eu ter sido designado relator.

O governo já está se movimentando no Senado para articular uma possível versão mais próxima da original. O que acha dessa articulação?

O governo teve quinze dias para me procurar durante a tramitação na Câmara e não me procurou. No dia em que viram que o projeto foi pautado e não ia ser retirado, governo, PT e esquerda quiseram marcar uma reunião. Depois me atacaram por duas semanas com falsas narrativas, com mentiras, inclusive usando as redes oficiais do governo. Eu avisei o presidente Hugo Motta que não iria me reunir com eles e que íamos enfrentar no voto. Foi o que aconteceu. Agora, a possibilidade de mudança no Senado faz parte do processo democrático no Congresso.

“Temos que usar exemplos de países que tiveram bons resultados, que adotaram política de tolerância zero, que recuperaram o instituto do cumprimento da pena e acabaram com a impunidade”

O senhor conversou com Alessandro Vieira (MDB-SE), que é o relator do PL no Senado?

Conversei inclusive durante a discussão na Câmara. Ele foi delegado de polícia, conhece o assunto, o que julgo importante. Ele deu sugestões desde o início, assim como os senadores Sergio Moro (União Brasil-PR) e Rogério Marinho (PL-RN). É natural que mudanças aconteçam na outra Casa, mas eu acredito muito pouco que sejam no sentido de voltar ao projeto original do governo.

Além do projeto aprovado, o que mais precisa ser feito para melhorar a segurança pública no Brasil?

Precisamos tratar dos crimes comuns, praticados diária e rotineiramente nas ruas. Tem que ter um pressuposto geral de endurecimento da legislação, de encarecimento do custo do crime para qualquer tipo de roubo e receptação. Um tema importantíssimo é a audiência de custódia. Preso reincidente que cometeu crime hediondo ou mediante violência e grave ameaça não tem que ter direito ao benefício. Sou defensor de que a audiência de custódia acabe de uma vez por todas. Só traz benefício ao criminoso. Outra questão é a progressão do regime de cumprimento de pena. É inadmissível cumprir só uma parte da punição. Se um criminoso foi condenado a doze anos de prisão, tem que cumprir os doze anos de prisão. Foi por isso que nós colocamos a exigência de cumprir ao menos 85% da pena no novo marco legal.

Veja

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Mundo

Macron defende aliança com Brasil e alerta para dependência da China e EUA

Foto: Reuters

O presidente Emmanuel Macron defendeu uma aliança entre a França e o Brasil para que os dois países possam se aproximar mais de nações na África, no Oriente Médio e no sudeste asiático.

A intenção seria buscar mais negócios em áreas estratégicas como mineração e energia, beneficiando não apenas os dois países, mas também as nações dessas regiões.

A iniciativa também funcionaria como uma alternativa às pretensões hegemônicas dos Estados Unidos e da China, que buscam controlar o comércio e o acesso a matérias-primas cruciais, como os minerais críticos.

As declarações de Macron foram dadas durante um encontro com um grupo de empresários e executivos brasileiros que participaram de um fórum empresarial em Paris na quinta-feira (27).

A CNN apurou que os empresários abordaram uma série de questões com o líder francês, que não se furtou a responder aos questionamentos.

Macron alertou que não seria bom para o Brasil se aproximar demais da China como forma de se contrapor às dificuldades comerciais enfrentadas com os Estados Unidos por conta do tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump.

Ele argumentou que a China vive um momento de superprodução industrial, inundando mercados de outros países com mercadorias subsidiadas que podem asfixiar a produção local.

Para Macron, países como a França e o Brasil deveriam diversificar ao máximo sua atuação comercial e estratégica pelo mundo, reduzindo a influência tanto de Pequim como de Washington.

Ele deixou claro que a França tem interesse e tecnologia para processar minerais críticos e estratégicos. Essa tecnologia poderia ser transferida para parceiros, como é o caso do Brasil.

CNN

Opinião dos leitores

  1. Esse Macron se vende barato, mijou fora do caco com esbanja agora ficou viciado, o bisonho tem que ter cuidado, ele fez muita coisa como menino e Macron, pelo jeito, gosta.

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Cidades

Incêndio destrói micro-ônibus em galpão na Grande Natal

Foto: Reprodução

Um incêndio registrado na madrugada desta sexta-feira (28) destruiu um micro-ônibus e atingiu outro dentro de um galpão no bairro Santa Terezinha, em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. O fogo começou por volta das 3h da manhã e assustou moradores da região. Ninguém ficou ferido.

De acordo com as primeiras informações, o motorista Anderson — que trabalha há 15 anos no transporte alternativo da capital — recebeu uma ligação de um vizinho avisando que o galpão onde os veículos estavam guardados havia pegado fogo. Um curto-circuito na rede elétrica pode ter sido a causa do incêndio, mas a confirmação depende da perícia.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e conseguiu conter as chamas antes que se espalhassem para imóveis vizinhos. Um dos micro-ônibus foi totalmente destruído e o outro ficou parcialmente danificado. Os veículos pertencem ao sistema alternativo de transporte de Natal e operam a linha 412, que faz o percurso entre Ponta Negra e Alecrim.

As causas do incêndio ainda serão investigadas. Anderson, que dependia dos dois veículos para garantir sua renda, aguarda orientações sobre os próximos passos.

Portal da Tropical

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