As obras de mobilidade urbana são apontadas, de forma inquestionável, como o grande legado que a realização de alguns jogos da Copa 2014 deixará para Natal. São obras de impacto positivo para o tráfego de veículos e o crescimento da capital potiguar.
São 16 intervenções, cinco delas a cargo do Governo do Estado e as demais de responsabilidade da Prefeitura do Natal. Todas com financiamento do Governo Federal.
São intervenções que alterarão de forma positiva corredores como as avenidas Engenheiro Roberto Freire (Estrada de Ponta Negra), Prudente de Morais, Ayrton Senna, Capitão-mor Gouveia e Viaduto da Urbana. Todas muito benvindas e extremamente necessárias.
Mas também é inquestionável a preocupação dos natalenses com a demora no início destas obras.
A Prefeitura do Natal anda às voltas com dificuldades financeiras e legais e já não consegue receber o aval do Tesouro Nacional para contratar o empréstimo junto à Caixa Econômica para dar início às obras que lhe cabem executar.
Diante deste quadro preocupante, o Blog do BG lança aqui uma discussão que consideramos de crucial importância para a importância do evento esportivo e para a melhoria da estrutura viária de Natal: Por que a Prefeitura, diante das dificuldades que enfrenta e do risco iminente de Natal perder a condição de realizar as obras de mobilidade urbana, não senta à mesa com o Governo do Estado e transfere sua execução?
Se não houver este entendimento, Natal corre risco de ficar sem as obras de mobilidade, o que inviabilizará a realização da Copa 2014 e o futuro imediato da cidade.
Até porque a construção de um moderno estádio não é, nem de longe, o único pré-requisito para a realização de jogos do Campeonato Mundial de Futebol, o evento esportivo mundial de maior envergadura. A final da Copa 2010, na África do Sul, foi assistido por mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo.
Enquanto Governo do Estado e Prefeitura de Natal não sentam à mesa, a capital potiguar vem sendo apontada como a cidade-sede mais atrasada no que diz respeito às obras preparatórias para a Copa 2014.
O próprio estádio do Machadão, cuja demolição agora está prevista para iniciar dia 15 de agosto, é uma prova deste atraso. O secretário da Copa, engenheiro Demétrio Torres, garante que o cronograma acertado com o Comitê Organizador Local está sendo rigorosamente observado.
Mas o fato é que obras de mobilidade urbana que deveriam ficar prontas até dezembro de 2013, seis meses antes do Mundial, ainda estão na fase de elaboração do projeto executivo e tem início previsto para o primeiro semestre de 2012. E com prazos de execução de 24 meses.
É só fazer as contas para ver que ou as autoridades do Estado e de Natal tomam uma atitude conjunta ou então corremos sério risco de ver a Copa 2014 se transformar no maior fiasco e fonte de frustração da história do povo potiguar.
Está lançado o debate.
Sem contar que o plano de mobilidade que está prestes a ser apresentado é no minimo questionável. Está mais parecido com um diagnostico ou um estudo da atual situação do que para um plano com ações.
Assim como aconteceu com o Machadão,que a Prefeitura Doou ao Governo do estado,pode Muito bem Transferir essas outras Responsabilidades. O importante é Que não corramos o risco de ficar fora da copa.Na volta Aos trabalhos na CMN, vamos Levantar esse Assunto.