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PRESIDENCIÁVEL: Governador gaúcho, Eduardo Leite surge como alternativa a Doria em 2022

O pontapé simbólico ocorreu no último dia 11, em uma churrascada no Galpão Crioulo, que fica na área externa do Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, em Porto Alegre. Enquanto as peças de carne nobre assavam, o governador Eduardo Leite (PSDB) era aclamado como o mais novo pré-candidato à Presidência para 2022 pela comitiva de deputados tucanos de vários estados. Não por acaso, o convescote ocorreu apenas três dias após um jantar organizado pelo governador paulista João Doria (PSDB), onde ele tentou reivindicar o controle do partido para pavimentar a sua pretensão de ser o escolhido na disputa pelo Planalto — a iniciativa repercutiu muito mal internamente e desembocou na revoada de correligionários para o evento no Sul.

Foto: Arte/Veja

Na ocasião, Leite disse que “aceitava a missão” de debater um plano de propostas para o Brasil. Para um político conhecido pelo cuidado com que mede as palavras, a declaração não passou de um eufemismo para transmitir a seguinte mensagem: sim, ele é candidatíssimo. O nome de Leite já é veiculado há algum tempo como uma aposta futura para os projetos nacionais do PSDB, mas nunca um grupo havia ido até a sua presença levar o tal do “cavalo encilhado”, que um outro gaúcho célebre, o ex-governador Leonel Brizola, tornou famoso em uma frase sobre a importância de, na política, nunca perder a oportunidade quando ela se apresenta.

Em um partido como o PSDB, com enormes dificuldades de renovação em seus principais quadros, o político de 35 anos percorreu até aqui uma trajetória promissora. Tendo no currículo um elogiado mandato como prefeito de Pelotas, cidade de 343 000 habitantes no interior gaúcho, e apenas dois anos como governador, Leite já mostrou qualidades. A principal delas foi construída em meio ao cenário de terra arrasada que recebeu: um estado quebrado, que não conseguia pagar em dia nem o salário do funcionalismo. Com uma reforma fiscal e administrativa, que mexeu em questões sensíveis como o plano de carreira do magistério e regras de aposentadoria, ele diminuiu o déficit previdenciário em 17% — a primeira queda desde 2010 —, estancou o crescimento da folha do funcionalismo e colocou os vencimentos dos servidores em dia após cinco anos de atrasos e parcelamentos.

O governador também conseguiu uma aprovação, embora com ressalvas, do plano do estado para entrar no Regime de Recuperação Fiscal — o seu antecessor, José Ivo Sartori (MDB), teve a proposta rejeitada em 2017. Para efeito de comparação, outro estado importante em situação de penúria fiscal, Minas Gerais não conseguiu ter a sua proposta aprovada porque o governador Romeu Zema (Novo) concedeu reajustes salariais ao funcionalismo, o que vai na contramão de uma boa política fiscal de um estado em grave crise. “Eu diria que o Eduardo Leite fez avanços que nenhum outro governador recente conseguiu. Retirou os penduricalhos dos salários, à exceção dos militares, e conseguiu reduzir os gastos de pessoal”, aponta o economista Raul Velloso, especialista em contas públicas. Para Gil Castello Branco, da Associação Contas Abertas, ainda que insuficientes, as medidas apontam ao menos para a melhora do quadro. “A economia do estado está na UTI. Tal como ocorre com os tratamentos de saúde, os remédios podem ser venenos dependendo da dosagem. Creio que o governo está aplicando a medicação com cautela”, afirma.

Lidar com abacaxis fiscais não é uma novidade para Leite. Apesar de formado em direito, ele estudou gestão pública na Universidade Columbia (EUA) e fez mestrado em gestão e políticas públicas na FGV-SP. Filho de uma família de classe média (os pais são professores da rede federal e os irmãos, servidores públicos), ele chegou aos 23 anos à Câmara de Vereadores de Pelotas, depois de entrar para a política pelas mãos do pai, José Luis Marasco Leite, que disputou sem sucesso a prefeitura em 1988. Em 2012, Eduardo Leite foi eleito, aos 27, o prefeito mais jovem da história de sua cidade. Focou os seus esforços na melhoria da gestão da máquina e na aplicação dos recursos públicos — ganhou apoio popular ao retirar verba do desfile das escolas de samba para subsidiar a abertura de uma unidade de saúde.

Se as contas do Rio Grande do Sul eram uma encrenca conhecida, a pandemia foi um desafio inesperado. Mas aí ele também saiu-se bem. Com políticas acertadas, como dobrar o número de leitos de UTI e promover a defesa ostensiva da vacinação e do uso de máscaras, ele conseguiu evitar o pior: o estado é hoje o 17º do país em número de mortes pela Covid-19, na proporção da população. A partir da análise de dados e com a ajuda de médicos, universidades, setores econômicos e prefeituras, ele montou um modelo chamado de Distanciamento Controlado, no qual o estado passou a adotar graus variados de isolamento social dependendo do avanço do vírus e baseado em onze indicadores, como número de óbitos e ocupação de leitos de UTI. “Ele conseguiu mostrar a imagem de gestor, aparecendo quase todos os dias na casa das pessoas”, diz Jefferson Jaques, diretor-presidente do Instituto Methodus, que produz pesquisas internas para partidos. Na avaliação mais recente de sua gestão, do Ibope, feita em outubro de 2020, só em Porto Alegre, 29% avaliavam o governo de Leite como ótimo ou bom, 30% consideravam ruim ou péssimo e 39% o tinham como regular.

Apesar das conquistas importantes na saúde e na área fiscal, Leite tem muito o que avançar na gestão do estado. Em relação às contas públicas, por exemplo, ainda tem um abacaxi de 78 bilhões de reais em dívida, sendo quase 90% dela com o governo federal, que o estado não paga há cinco anos, amparado por uma liminar do Supremo Tribunal Federal. Ele também tenta tirar do papel uma de suas promessas, a de privatizar três companhias estatais do setor de infraestrutura (veja o quadro). Na educação, não conseguiu cumprir as metas do Ideb (indicador da educação básica) em 2019 e enfrenta pressão dos professores por reajuste salarial. “A educação é um caos. Temos um governo que está se destacando em fechamento de turmas e escolas e desvalorização de professores”, diz Helenir Schürer, presidente do sindicato da categoria, que, ao lado de outras, fez protestos quase diários durante a reforma empunhando cartazes chamando o governador de “Eduardo Mãos de Tesoura”. Vice-líder do PT na Assembleia, Fernando Mainardi afirma que as reformas pesaram no bolso dos servidores. “Os professores, assim como o funcionalismo, estão oito anos sem reajuste. Na Previdência, ele passou a cobrar de quem ganha abaixo do teto. Ou seja, cortou gastos à custa dos trabalhadores”, afirma.

Mas mesmo entre os inimigos há alguma boa vontade com Leite. O próprio Mainardi reconhece que o rival é “uma pessoa correta, de diálogo”. Leite, vira e mexe, atravessa a rua e vai à Assembleia, que é vizinha ao Piratini, negociar diretamente com os parlamentares, além de visitar os sindicatos. Com esse estilo, formou uma base com mais de quarenta dos 55 deputados, mesmo o PSDB tendo apenas quatro cadeiras. Por mais que sejam simbólicos, ele faz gestos para agradar a gregos e troianos. Encampou, por exemplo, um projeto da opositora Luciana Genro (PSOL) que proibia queima de fogos de artifício acima de 100 decibéis — e tirou uma foto ao lado dela no palácio. Na inauguração da duplicação da RS-118, convidou os ex-governadores Germano Rigotto (MDB), Yeda Crusius (PSDB), Tarso Genro (PT) e Ivo Sartori (MDB) para participar do evento — eles não foram, mas Leite, no discurso, disse que a estrada só saiu por contribuição deles. “Ele não vê os opositores como inimigos”, propagandeia o secretário da Casa Civil, Artur Lemos, um dos seus articuladores políticos. “O gaúcho sempre teve a imagem de brigão. Hoje, enquanto o Brasil inteiro está brigando, temos um governador que busca a conciliação”, completa Leany Lemos, presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul. Na visão dos aliados, Leite é contra a “grenalização da política”, em referência ao clássico Grêmio x Internacional — ele também foge dessa polarização do futebol gaúcho e diz torcer para o pequeno Brasil de Pelotas.

O flerte de parte do PSDB com Leite, inclusive de caciques como o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso — de quem recebeu apoio político e financeiro nos seus estudos no exterior —, começou já em 2018, quando chamou a atenção o fato de ele não ter se alinhado automaticamente a Jair Bolsonaro, como fez Doria. A aproximação cresceu à medida que o paulista foi empilhando o que tucanos influentes classificam como erros decorrentes de pura inabilidade política, como a mudança abrupta do figurino de seguidor de Bolsonaro para opositor ferrenho. “Surgiu uma nova liderança, que além de ser bom gestor mostrou habilidade política”, diz o deputado Domingos Sávio (MG), vice-presidente do PSDB. No mesmo dia em que foi aclamado pré-candidato, FHC ligou para o governador gaúcho. Deu sinal verde para a candidatura, mas pediu para ele evitar fraturas na sigla.

Apesar do movimento em favor de Leite, não é possível considerar Doria carta fora do baralho. Além de governar de forma competente o estado mais rico do país, ele tem a seu favor o histórico em prévias, ao vencer, quando pouca gente apostava nisso, nas eleições para a prefeitura e o governo de São Paulo. Para muitos, o aceno a Leite também pode ser interpretado como uma tentativa de frear a tentação de Doria de controlar o partido. “Pode ser o lançamento de um nome que, embora não tenha grandes chances de vitória em 2022, reconstitua o processo de alternativas das lideranças do partido”, diz o cientista político José Álvaro Moisés, da USP. Feito o voo inaugural, o gaúcho agora pensa em como reforçar o seu nome. O plano é construir um programa de pautas para o país que congregue diversos partidos de centro e especialistas de diferentes correntes ideológicas. A estratégia envolve ainda participar o máximo possível de videoconferências para se tornar mais conhecido fora do Rio Grande do Sul.

A equação do PSDB passa por não repetir os erros de 2018, quando Geraldo Alckmin protagonizou o fiasco de terminar com 4,76% dos votos, porcentual próximo ao que apresenta Doria hoje nas pesquisas, apesar da tremenda vitória política obtida com sua aposta na CoronaVac. Em busca dos eleitores que migraram para Bolsonaro em 2018, incomoda parte do partido o exagerado tom de oposição de Doria, enquanto Leite se mantém moderado. O desafio de ambos, no entanto, é muito parecido — se tornar conhecido nacionalmente. No caso de Leite, com uma dificuldade adicional: o seu ativo, por ora, é a austeridade fiscal, infelizmente de pouco apelo junto às massas. Mas, seguindo o conselho de Brizola, o governador montou no cavalo encilhado e se mostra um desafiante sério para ser o presidenciável no hoje dividido ninho tucano.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Qualquer um é melhor que o atual.
    O Bozo falha em todos quesitos. Principalmente educação pessoal!

  2. Esse é mais da turma do PSDB, da turma de Aécio Neves, Dória, FHC, Serra, Azeredo, Alckmin. Todos com problemas na justiça. Esse é o PSOL Kiss.

  3. O calcinha apertada já tá fugindo da candidatura à presidência kkkķkkk.
    A Doriana poderia ter a Pepa Pig e Alexandre Frota seria o 1° Damo kkkkkk

  4. O problema da educacao é o modelo sindical.. onde a educacao nao importa, so o sindicato. Educacao com cabresto sindical é coisa implantada pelo PT, por isso que nao funciona a contento no Brasil e é um ralo de dinheiro publico. Ineficiente porque se gasta muito, vive em greve pensando em salario e em partidos politicos. Educacao publica tem medo de concorrencia privada e de homeschooling. Ate a ciencia no Brasil acabou-se.. hoje é ciencia da ideologia… E nao adianta dar exemplos raros, excessao nao é regra.

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VÍDEO: Imagens de antes do acidente mostram Roberto Carlos dirigindo Cadillac pelas ruas de Gramado em gravação de especial da Globo

Imagens: Notícias Gramado

O cantor Roberto Carlos dirigiu seu Cadillac pelas ruas de Gramado (RS) na madrugada deste domingo (14) durante a gravação de um especial da TV Globo, acompanhado por uma caminhonete com grua de filmagem.

Ao retornar ao Serra Park, onde ocorreram as gravações, uma falha no sistema de freios provocou a colisão do veículo com três carros da equipe de produção.

A emissora informou que Roberto Carlos e três integrantes da equipe foram levados ao Hospital Arcanjo São Miguel por precaução. Após exames, todos receberam alta ainda pela manhã.

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Nas Asas da História e Elba Ramalho marcam início das comemorações pelos 67 anos de emancipação de Parnamirim

Parnamirim viveu uma noite histórica e emocionante neste sábado (13), com a abertura oficial das comemorações pelos 67 anos de emancipação política do município organizada pela gestão Nilda Cruz. Cerca de 10 mil pessoas lotaram a Cohabinal em clima de muita alegria e orgulho pela trajetória da cidade e sua importância no contexto da Segunda Guerra Mundial. O espetáculo “Nas Asas da História”, foi seguido de um grande show da cantora Elba Ramalho, reunindo uma verdadeira multidão em um dos momentos mais marcantes do calendário festivo da cidade.

O evento integrou a programação do Natal do Povo, unindo cultura, música e história em uma celebração que emocionou o público e reforçou o sentimento de pertencimento da população. O espetáculo “Nas Asas da História” conduziu o público por uma viagem emocionante pelas origens e conquistas de Parnamirim, exaltando personagens, fatos históricos e a identidade do município, preparando o palco para a apresentação vibrante de Elba Ramalho, que encantou a plateia com um repertório repleto de sucessos.

A montagem retratou a trajetória do município em três atos marcantes, repletos de cenas impactantes, música, dança e interpretações de alto nível. Ao todo, 35 artistas participaram do elenco, 90% de Parnamirim, reforçando o compromisso da gestão com a valorização dos talentos locais e o fortalecimento da produção cultural da cidade. O espetáculo reuniu personagens e figuras históricas que contribuíram para o crescimento e desenvolvimento do município, celebrando as raízes e a identidade de uma cidade construída com trabalho, coragem e sonhos compartilhados.

Para a prefeita Nilda, a noite simbolizou mais do que uma festa: representou um novo momento vivido pela cidade.

“Foi uma noite inesquecível, preparada com muito carinho para o nosso povo. Celebrar os 67 anos de emancipação de Parnamirim com um espetáculo que valoriza a nossa história e com um show tão especial é motivo de muita alegria e orgulho. Nossa cidade chega a esse momento vivendo uma nova era, de retomada dos investimentos, de recuperação da autoestima da população e de reconstrução do seu protagonismo no Rio Grande do Norte”, destacou a prefeita.

As comemorações continuam no dia 17, data oficial da emancipação política do município, com uma programação especial. Estão previstas a inauguração da estátua do ex-prefeito Agnelo Alves, uma missa em ação de graças e, na sequência, a tradicional Caravana Natalina, levando o espírito festivo e de celebração para diversos pontos da cidade.

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VÍDEO: Lucas Chumbo sobrevive a duas quedas e volta a ser campeão nas ondas gigantes de Nazaré, em Portugal

Foto: Damien Poullenot/World Surf League via Getty Images

O brasileiro Lucas Chumbo sobrevive a duas quedas brutais para conquistar mais um título do Nazaré Big Wave Challenge em ondas gigantes em Portugal.

A competição teve ondas de até 18 metros e um público de milhares de fãs que se aglomeraram nas falésias da Praia do Norte, perto da vila de pescadores portuguesa de Nazaré, que se tornou sinônimo de ondas enormes.

Chumbo, vencedor de várias edições do evento, ditou o ritmo logo na primeira onda, deslizando em alta velocidade antes de enfrentar turbulência e capotar para fora da água.

A segunda onda terminou de forma igualmente brutal, quando ele tentou sair mas foi arrastado pela correnteza e engolido por várias outras ondas antes de ser resgatado por um jet ski.

As ondas da Praia do Norte são amplificadas pelo Cânion da Nazaré, a maior fossa submarina da Europa, que canaliza e amplifica as já enormes ondulações de inverno do Atlântico Norte, transformando-as em picos imponentes. Vários recordes mundiais de maiores ondas já surfadas foram estabelecidos ali.

Assista:

Com informações de InfoMoney

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Carla Zambelli renuncia ao mandato de deputada federal; suplente é convocado

Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou neste domingo (14) que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão da parlamentar foi tomada após uma determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) para que o suplente assumisse o cargo em 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. “Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse”, informou a Casa em nota.

Zambelli está presa desde julho na Itália, para onde fugiu após ser condenada pelo Supremo. A parlamentar se licenciou do cargo entre maio e outubro, mas desde então tem acumulado faltas. A Constituição prevê a perda de mandato de parlamentares caso se ausentem a um terço das sessões no ano.

A Justiça italiana deve avaliar na quinta-feira (18) a possível extradição de Zambelli. Ela foi condenada a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão de sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

A Primeira Turma do STF decidiu em junho pela perda de mandato da deputada e comunicou a Câmara. Na época, pressionado pela oposição, Hugo Motta decidiu enviar o caso para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania).

CNN Brasil

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Esquerda faz atos em São Paulo, Brasília e outras cidades contra PL da Dosimetria neste domingo (14)

Manifestação na Avenida Paulista | Foto: William Cardoso/Metrópoles

Concentração da manifestação em Brasília | Foto: Kebec Nogueira/Metrópoles

Movimentos e políticos de partidos ligados à esquerda estão nas ruas hoje para protestar contra a aprovação do “PL da Dosimetria”, que beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses por tentativa de golpe. Os atos estão previstos em 47 cidades.

Atos ocorreram pela manhã em Salvador, João Pessoa, Belo Horizonte e Brasília. Integrantes de movimentos sociais se manifestaram contrários ao PL da Dosimetria e ao aumento de feminicídio.

Em São Paulo, manifestantes se concentram no período da tarde na avenida Paulista, na altura do Masp.

Mobilização é resposta à aprovação do PL da Dosimetria na Câmara dos Deputados. O texto ainda precisa passar pelo Senado e, se aprovado, pela sanção do presidente Lula (PT). O projeto foi aprovado por 291 votos a 148.

Com informações de UOL

Opinião dos leitores

  1. Também sou contra a anistia ampla e restrita, mas se for para todos os anistiados, inclusive os 79, revogar as anistias de lulis, Dirceu, genuíno e outros beneficiados.

  2. Então agora os de direita e bolsonaristas são a favor de bandidos inclusive corruptos? Com esse projeto de dosimetria os corruptos só irão cumprir 1/6 da pena e olhe la!

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Em menos de 1 hora, PRF flagra dois casos de transporte irregular de passageiros em carrocerias na BR-304

Fotos: PRF/Cedida

A Polícia Rodoviária Federal flagrou dois casos de transporte irregular de passageiros em carrocerias na BR-304, no Rio Grande do Norte, na manhã deste domingo (14), em menos de uma hora.

O primeiro ocorreu por volta das 6h40, no km 57, em Mossoró, onde duas mulheres viajavam escondidas sob cobertores na carroceria de uma caminhonete. Elas seguiam para Assú e desembarcaram após a abordagem, continuando a viagem de táxi. O veículo ficou retido até a regularização.

Passageiras são flagradas escondidas sob cobertores em carroceria na BR-304 — Foto: PRF/CedidaFoto: PRF/Cedida

O segundo flagrante foi às 7h25, no km 106, em Assú. Três pessoas eram transportadas na carroceria de um caminhão, sentadas em cadeiras soltas e sem proteção. O motorista não possuía habilitação.

Em fiscalização na BR-304, PRF flagra passageiros em carrocerias sem proteção — Foto: PRF/CedidaFoto: PRF/Cedida

A PRF alerta que transportar passageiros em compartimento de carga é infração gravíssima, com multa de R$ 293,47, sete pontos na CNH e retenção do veículo. A prática é proibida e coloca vidas em risco.

Com informações de g1-RN

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Manifestantes de esquerda em Natal protestam contra PL da Dosimetria

Foto: Philipe Salvador/Inter TV Cabugi

Manifestantes de esquerda realizaram um protesto neste domingo (14) em Natal contra o Projeto de Lei da Dosimetria (PL 2162/23). A manifestação teve início no bairro de Capim Macio e seguiu no sentido Ponta Negra, atrapalhando o trânsito na Avenida Engenheiro Roberto Freire.

Participantes exibiram cartazes, entoaram palavras de ordem em defesa da democracia e criticaram o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados. A proposta que reduz penas para crimes ligados à tentativa de golpe agora será analisada pelo Senado.

Participaram do protesto a governadora Fátima Bezerra (PT), as vereadoras Samanda Alves (PT) e Brisa Bracchi (PT), além do deputado estadual Francisco do PT.

Com informações de g1-RN

Opinião dos leitores

  1. Os esquerdiopatas estão certo, anistia só ota ladrão, sequestradora, assaltantes de bancos e maconheiros

  2. Quando vão protestar contra a falência dos correios e por condenação dos envolvidos no caso do banco Master.

  3. Cada um ganhou meia banda de pao e 1 fatia de mortadela para participar, se jogar uma carteira de trabalho ai nao sobra 1

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Inadimplência das empresas brasileiras atinge recorde de 8,4 milhões de CNPJs negativados até setembro de 2025

Imagem: reprodução

A inadimplência das empresas brasileiras bateu recorde em setembro de 2025, com 8,4 milhões de CNPJs negativados, segundo a Serasa Experian. É o maior número da série histórica, com dívidas que somam mais de R$ 200 bilhões.

Do total de inadimplentes, 7,95 milhões são micro, pequenas e médias empresas, sendo 20% MEIs (Microempreendedores Individuais). A dívida média por empresa chegou a R$ 24.074,50, alta de 9,5% em relação a setembro de 2024. Já o valor médio por conta atrasada é de R$ 3.331,30, montante que pesa especialmente no caixa dos pequenos negócios.

De acordo com a economista-chefe da Serasa, Camila Abdelmalack, o resultado reflete um ambiente de juros elevados e a desaceleração do crédito no segundo semestre. “Esse cenário afeta tanto a estrutura de custos quanto a receita das empresas”, afirmou ao Poder 360.

Por setor

O setor de serviços lidera as negativações (54,7%), seguido pelo comércio (33,2%). Nas dívidas negativadas, serviços também aparecem em primeiro (32,1%), à frente de bancos e cartões (19,5%).

Por região

Regionalmente, o Sudeste concentra o maior número de empresas no vermelho (4,5 milhões), seguido por Sul (1,3 milhão), Nordeste (1,2 milhão), Centro-Oeste (729 mil) e Norte (499 mil).

Abdelmalack avalia que, após forte expansão do crédito em 2024, os credores ficaram mais restritivos diante da alta inadimplência. Micro e pequenas empresas, com menos acesso a instrumentos financeiros, têm mais dificuldade para renegociar dívidas. Além disso, a economista destaca o enfraquecimento da atividade econômica e problemas de gestão financeira como fatores que agravam o cenário.

Com informações de Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Kkkkkk,eu acho é poucoooooooooooo,quero vê a merda descer pelo mocotó,fico só assistindo aqui de longe,não tenho mais a mínima vontade de colocar os pés nessa pocilga enquanto esses vermes estiverem comandando essa casa noturna.Fica eu por aqui me acabando de rir,os petralhinhas estão fazendo direitinho o dever de casa.

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Novas regras do abono salarial PIS/Pasep vão cortar 3,6 milhões de beneficiários em 4 anos; veja quem ainda tem direito

Foto: Edu Garcia/R7

O abono salarial PIS/Pasep terá novas regras a partir de 2026. A mudança vai restringir gradativamente o número de trabalhadores que podem receber o benefício.

Atualmente, ele é pago a quem trabalha com carteira assinada e ganha até dois salários mínimos mensais. Até 2035, este valor vai chegar a um salário mínimo e meio.

Segundo um estudo do Ministério do Trabalho e Emprego, sobre os impactos da nova legislação, em quatro anos 3,6 milhões de trabalhadores deixarão de receber.

Cortes já começam em 2026

O corte começa já em 2026, quando receberão o benefício os trabalhadores com renda de até 1,94 salário mínimo. A redução será de 896.792 beneficiários.

Esse documento será discutido pelo Codefat (Conselho do Fundo de Amparo do Trabalhador) no dia 18 de dezembro. Além disso, será definido o calendário de pagamento do próximo ano.

Em 2025, o pagamento foi realizado de fevereiro a agosto. Mas o benefício fica disponível para saque até o dia 29 de dezembro.

A partir de 2026, o valor passa a ser reajustado somente pela inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Não vai mais incorporar os ganho real do salário mínimo.

A correção anual, até então, era a mesma do salário mínimo: o índice de inflação mais ganho real do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.

Redução

O salário de acesso será reduzido até chegar a um salário mínimo e meio, o que, na previsão do governo federal, deve ocorrer em 2035.

Com isso, o abono atingirá menos trabalhadores porque o valor de acesso será menor.

A medida que restringiu o abono faz parte da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do corte de gastos, aprovada em 2024.

Neste ano o salário mínimo é de R$ 1,518,00. O governo federal divulgou que para o ano que vem será de R$ 1.621.

Neste ano, o benefício foi pago a 26,4 milhões de trabalhadores, com valor total de R$ 30,6 bilhões.

O valor do abono salarial varia de R$ 127,00 a R$ 1.518,00, de acordo com o número de meses trabalhados no ano-base 2023.

O orçamento do abono salarial para 2026 está previsto em R$ 33,7 bilhões, um aumento de 10% em relação ao orçamento deste ano, de R$ 30,7 bilhões.

Quem tem direito neste ano

  • O trabalhador deve estar cadastrado no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos, contados a partir da data do primeiro vínculo;
  • Ter recebido, de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), até dois salários-mínimos médios de remuneração mensal no período trabalhado;
  • Ter exercido atividade remunerada por, pelo menos, 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base considerado;
  • Ter seus dados do ano-base 2023 corretamente informados pelo empregador no eSocial.

Pagamento

O pagamento do PIS, para trabalhadores do setor privado, é feito pela Caixa por crédito em conta Caixa, para quem tem conta corrente, conta poupança ou conta digital; ou por crédito via aplicativo Caixa Tem, em conta poupança social digital, aberta automaticamente pela Caixa.

Para trabalhadores não correntistas, o pagamento poderá ser feito em agências, casas lotéricas, autoatendimento, Caixa Aqui e demais canais de pagamento oferecidos pela Caixa.

No Banco do Brasil, o pagamento do Pasep, para funcionários públicos, será realizado prioritariamente por crédito em conta bancária, transferência via TED, via Pix ou presencialmente nas agências.

R7

Opinião dos leitores

  1. Lula não gosta de quem trabalha. Ele gosta do desempregado q vive as custas de esmolas do governo.

    1. Lula consertou a economia do país… e vai melhorar mais ainda. Só que vc passa o dia no zap recebendo b*sta dos bolsonaros e não consegue enxergar o óbvio.

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Mudanças no 1º escalão na Prefeitura do Natal: sai Sérgio Freire e troca na PGM

Foto: reprodução

Vem mudança na equipe da Prefeitura do Natal. O blog recebeu a informação que o secretário de Governo, Sérgio Freire, pediu exoneração do cargo para tratar de assuntos particulares.

O secretário Adjunto da SMG, o advogado Costa Neto, deve assumir a pasta.

Outra mudança que deve vir nos diários oficiais dos próximos dias é a saída, também a pedido, da procuradora-geral do Município, Celina Lobo, do cargo.

O atual procurador-geral adjunto, Fernando Benevides deve assumir como procurador-geral e Celina Lobo passa a procuradora-adjunta.

Agora é esperar o Diário Oficial do Município falar. Se confirmadas, as mudanças devem ser recebidas com tranquilidade, uma vez que todos já fazem parte da equipe da gestão e as atividades continuarão sendo desenvolvidas normalmente.

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