Em entrevista ao G1 nessa terça-feira (04), o comerciante Expedito José dos Santos revelou que sabe quem matou o advogado Antônio Carlos, morto a tiros há quase um mês em um bar do bairro Nazaré, zona Oeste de Natal, mas negou ter qualquer participação no crime. “Meu erro foi ter fugido e ter queimado o carro. Eu não sabia que meu carro seria usado em uma morte. Só soube quando me devolveram o automóvel. Sou inocente”, afirmou.
Expedito foi preso, junto de sua esposa, em Fortaleza na semana passada acusado de ter dado fuga ao autor do crime em seu carro. Mas, segundo Expedito, o veículo estava emprestado a um pedreiro que trabalhava para ele. “Ele tinha o costume de usar meu carro. Porque ele trabalhava pra mim como pedreiro, para carregar material”, explicou.
O comerciante acredita que o crime pode ter sido motivado por um desentendimento entre o pedreiro e o advogado por conta de um terreno em São Gonçalo do Amarante: “Ele [Antônio Carlos] ameaçou o pedreiro. Esta pode ter sido a motivação”.
Apesar desse desentendimento, Expedito disse que o autor dos disparos não foi o pedreiro. “Quem matou o advogado, pelo que sei, foi um homem gordo. Foi ele quem matou. O pedreiro dirigiu o carro. Eu só fiquei sabendo disso quando ele me devolveu o carro”. Em seguida, o comerciante revelou o nome do assassino, mas a reportagem do G1 suprimiu a informação para não atrapalhar nas investigações da polícia. O nome do pedreiro também não foi revelado.
O delegado do caso, Roberto Andrade, por sua vez, afirmou que a polícia não acredita nessa versão contada por Expedito dos Santos. “Ele está tentando se safar dessa. É claro que ele tem participação no crime”.
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