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QUALIDADE DE VIDA – Menos trânsito, poluição e violência: bons serviços e economia em alta estimulam migração dos brasileiros para o interior

Foto: Jefferson Coppola/Veja

Fernanda Vasconcelos, 44 anos, terapeuta

“Eu e Danilo aproveitamos o isolamento para dar a nossos filhos mais contato com a natureza no sítio da família. Cultivar uma horta e andar pela mata nos ajudou a atravessar a crise. Percebemos que precisamos de pouco para viver bem e nos mudamos para Bragança Paulista, no interior de São Paulo.”

Migrar é uma atividade tão antiga quanto a própria humanidade, consequência da busca de melhores condições de vida — mais caça e fontes de água na pré-história, mais espaço para fixar comunidades na Antiguidade, mais terra para cultivar e pastorear na Idade Média, mais territórios para ocupar no Novo Mundo, mais segurança e liberdade desde sempre. Ao longo do século XX, os deslocamentos seguiram a trilha aberta na Revolução Industrial: esvaziamento do campo e inchaço das cidades, culminando no aparecimento das megalópoles, capazes de aglomerar milhões de pessoas em uma área relativamente pequena. Como o ser humano é bicho que não se acomoda, nas últimas duas décadas o fluxo começou a se inverter, com as cidades médias atraindo um contingente de moradores urbanos cansados da vida corrida e atentos a economias que emergiam. Agora, veio a pandemia e, também no movimento migratório, seu onipresente efeito se fez sentir. Trabalhando a distância, livres da necessidade de bater o ponto no escritório, milhares de famílias estão pondo o pé na estrada, de mudança para recantos onde mais importante do que ganhar muito dinheiro e ter acesso ao que há de melhor em convívio social e cultura é poder desfrutar uma existência da mais alta qualidade.

O migrante de hoje difere do que já estava indo para o interior no sentido de tratar sua opção não como um sonho, mas como uma realidade que enxerga de olhos bem abertos, firmada na comparação concreta entre o que tinha na metrópole — emprego, restaurantes, escolas de primeira — e o verde e a tranquilidade usufruídos em uma mudança que era para ser temporária e virou definitiva. Seu novo chão se localiza, principalmente, nos municípios situados em um raio de 100 quilômetros ao redor das capitais — cidades com boa oferta de serviços de saúde e educação, razoáveis opções de lazer e um conceito retirado da obsolescência e catapultado à condição de ambição: o ritmo de vida típico do interior. Segundo a mais recente estimativa de população realizada pelo IBGE, a das cidades entre 100 000 e 1 milhão de habitantes vem crescendo na última década a um ritmo até 50% mais rápido do que nas capitais — estas, por outro lado, detentoras de expansão minguada, ou mesmo zero. Atualmente, dois de cada três brasileiros residem em municípios com não mais do que meio milhão de habitantes. “Até 2014, as grandes cidades atraíam muitos trabalhadores por causa da ampla oferta de emprego, mas a crise econômica mudou essa tendência”, explica José Eustáquio Diniz Alves, demógrafo do IBGE.

Outra manifestação do atrativo pela almejada casa no campo — para morar mesmo, não para passar o fim de semana — está em uma pesquisa realizada pelo Zap+, que congrega os dois maiores portais de imóveis do Brasil, obtida com exclusividade por VEJA. Ela mostra que mais da metade — exatamente 59% — dos moradores de São Paulo e de Belo Horizonte, se tivesse de decidir neste momento sobre ir morar em um lugar menor, diria sim à mudança. No Rio de Janeiro, a disposição é ainda maior: 67%. O casal Fernanda, 44 anos, e Danilo Vasconcelos, 48, integra a turma dos novos migrantes. Por causa da pandemia, saiu de São Paulo e instalou-se com os filhos na casa de campo em Bragança Paulista, a 94 quilômetros de distância. Agora, resolveu que lá é o seu lugar: alugou uma casa ampla em condomínio fechado, matriculou as crianças em uma escola com 30 000 metros quadrados de área verde e planeja se mudar de vez. “Percebi que precisava de pouco para viver bem e que o contato com a natureza era fundamental. Não me vejo mais voltando a morar em São Paulo”, reconhece Fernanda.

João Tucci. Foto: Cristiano Mariz/VEJA

Sai avião, entra arara

João Tucci, 45 anos, analista financeiro

“Há dois anos comecei a questionar a vida em São Paulo, trabalhando doze horas por dia. Conheci a Chapada dos Veadeiros, me encantei, virei gerente de uma pousada e entrei para a ponte aérea. Na pandemia, mudei de vez. Agora, tomo banho de cachoeira, medito e, em vez de aviões, ouço o canto das araras.”

Os motivos citados para a virada de rumo são conhecidos: violência, poluição, trânsito e a brutal desigualdade social exposta nas metrópoles. O arquiteto carioca Hélio Pellegrino, 68 anos, desistiu do Rio de Janeiro e foi buscar a tal felicidade em Búzios, balneário a quase 200 quilômetros de distância. “No Rio, andar pela rua à noite, um dos grandes prazeres do carioca, passou a ser uma roleta-russa. Nunca se sabe quem será a próxima vítima”, critica Pellegrino, que tem assumido menos projetos e aproveita o tempo livre para pintar, tocar piano e violão e fazer caminhadas pela exuberante Praia da Ferradura. O fluxo para cidades menores tem, é claro, reflexo no mercado imobiliário. Na Baixada Santista, a compra e venda de imóveis subiu 31% no terceiro trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período do ano anterior, contra meros 5% na região metropolitana de São Paulo. Nas cidades no cobiçado raio de 100 quilômetros, área que engloba Sorocaba, Itu, Jundiaí, Bragança Paulista e Atibaia, os negócios cresceram embalados por uma taxa de 25%.

As casas que os migrantes urbanos estão comprando e alugando oferecem duas características imprescindíveis: área verde e cômodos que possam ser adaptados para home office. “Muitas famílias não têm renda para adquirir um imóvel com esse perfil em São Paulo e se mudam para o interior, onde o metro quadrado é bem mais barato”, explica Patricia Ferraz, diretora de relações institucionais do Registro de Imóveis do Brasil, que congrega cartórios de vários estados. “A pandemia escancarou nossa necessidade por espaço, tanto interno quanto externo”, diz Ju Collen, funcionária pública de 46 anos que está prestes a trocar Porto Alegre por Gramado, a 150 quilômetros de distância.

Luiz Soares. Foto: Pedro Silveira/VEJA

Troca de endereço

Luiz Soares, 48 anos, dono de confecção

“Vim para minha casa de veraneio na Praia do Forte para fugir da pandemia, mas me acostumei à rotina de esportes, banhos de mar e acesso aos bons restaurantes locais. Mudei de endereço: moro aqui e só apareço de vez em quando na casa de Salvador. Tenho qualidade de vida e segurança, sem perder o agito.”

Um dos motores econômicos que impulsionam a migração atual é a mudança profunda nas relações de trabalho trazida pela pandemia. A jornada de quem manteve o emprego durante o período de isolamento social caiu 14% e a renda média, em efeito dominó, diminuiu 20%, segundo uma pesquisa da FGV-RJ. Enquanto apertava o cinto, uma leva de brasileiros fez as malas em busca de vida mais simples e ao mesmo tempo de maior qualidade. O que se observa neste movimento é uma inesperada inversão das prioridades das famílias. “Nas classes mais abastadas, com recurso para mudanças radicais, ganhar dinheiro passou a ser menos importante do que aproveitar a vida”, ressalta Marcelo Neri, diretor da FGV Social.

Helio Pellegrino. Foto: Alex Ferro/VEJA

Adeus, depressão

Hélio Pellegrino, 68 anos, arquiteto

“Morava em uma casa espaçosa no Rio de Janeiro e tinha um escritório de arquitetura bem-sucedido. Mas a violência e a desigualdade social me deixavam cada vez mais deprimido. Quando me instalei na casa de Búzios, vi que era para sempre. Aqui faço o que realmente gosto: pinto, toco violão, namoro e vou à praia.”

Um estudo do Ipea revelou que quase um quarto das ocupações brasileiras está apto a fazer a transição para o home office e são justamente os ocupantes dessas posições, em boa parte situadas no setor financeiro e de tecnologia, que mais se veem à vontade nestes tempos para mudar de vida. Durante quase duas décadas João Tucci, 45 anos, analista financeiro de uma grande empresa de consultoria, experimentou a rotina extenuante de até doze horas de trabalho por dia. Há cinco anos, em plena crise de identidade, conheceu a Chapada dos Veadeiros, em Goiás, e se apaixonou pelo local. Como em um namoro, ele passou a se revezar entre Alto Paraíso e São Paulo — até a chegada da pandemia desembocar em união estável. Tucci se mudou de vez para a Chapada e de lá presta sua consultoria aos clientes, além de ser gerente de uma pousada. “Continuo a fazer o que gosto, mas agora, em vez de barulho de avião na janela, tenho o canto das araras”, comemora, feliz da vida. Embora ainda esteja em fase de consolidação, o fenômeno já é encarado como uma nova etapa dos deslocamentos internos que a população empreende em épocas distintas.

A engrenagem que movimenta as migrações brasileiras tem uma relação histórica com os efeitos da desigualdade social. Mal as primeiras fábricas começaram a se instalar no país, há quase 100 anos, e milhões de pessoas das regiões mais pobres, principalmente do Norte e Nordeste, pegaram seus poucos pertences, deram adeus à zona rural e foram tentar a vida no Sul maravilha. Assim caminharam os brasileiros até o fim do século XX, quando a meia volta começou. A descentralização da indústria e a expansão das fronteiras agrícolas fizeram o interior ser atraente de novo e suas cidades entraram para o rol das localidades recebedoras de mão de obra, em uma dinâmica classificada de “rotatividade migratória”. No arranjo que se desenvolveu durante a pandemia, uma parcela dos migrantes combina o melhor dos dois mundos: muita gente, em vez de ir embora de vez, optou pela dupla residência. Dono de uma confecção de moda praia, Luiz Soares, 48 anos, morava em Salvador e costumava ir para a casa de veraneio na Praia do Forte, a 85 quilômetros, nos fins de semana e feriados. Para cumprir o isolamento social, acabou se instalando na segunda casa e inverteu a ordem dos endereços. Mantém um pé na capital, para compromissos de trabalho, mas mora mesmo na praia. “Aqui tenho qualidade de vida, conforto e segurança sem perder o agito”, alegra-se.

Ju Collen. Foto: Daniel Marenco/VEJA

Vida espaçosa

Ju Collen, 46 anos, funcionária pública

“Sempre quisemos ter um sítio para relaxar nas horas de folga. O isolamento no apartamento em Porto Alegre mudou nossos planos. Compramos um terreno em Gramado e nossa casa, com uma bela vista da Serra Gaúcha, acaba de ficar pronta, satisfazendo a necessidade de espaço interno e externo.”

Os especialistas antecipam que a migração de pessoas com recursos suficientes para sustentar duas casas deve levar riqueza e alterar de forma relevante o perfil de consumo dos municípios médios e pequenos. Atualmente, as cidades com até 500 000 habitantes concentram 68% da população, 58% do PIB e 237 dos 577 shopping centers em atividade no Brasil. A expectativa é que a proporção seja cada vez maior, à medida que o agronegócio se expanda e a busca de qualidade de vida se amplie — uma aliança que tem tudo para mudar para melhor a cara do interior. “O deslocamento das classes mais abastadas traz novos contornos aos processos migratórios e reflete a inserção do Brasil em um contexto global. O território perde importância, já que o mundo está conectado em rede e as relações ocorrem por meio da tecnologia”, explica Rosana Baeninger, demógrafa e professora do Núcleo de Estudos de População da Unicamp. Nos Estados Unidos, onde as migrações rotativas são vistas há mais tempo, os municípios do entorno dos grandes centros urbanos já apresentam um perfil menos provinciano. “Muitos subúrbios estão se reformando e ganhando contornos mais urbanos, com centros comerciais, restaurantes e boas escolas”, lembra James Hughes, professor de planejamento urbano da Universidade Rutgers, em Nova Jersey.

Empurradas para as moradias mais amplas do entorno, em vez de se isolarem em minúsculos apartamentos, cerca de 100 000 pessoas acabaram optando de vez por sair de Man­hattan, o bairro mais habitado de Nova York, a meca cosmopolita do planeta, e pelo menos 30 000 foram embora de São Francisco ao longo da pandemia. Em compensação, Santa Maria e Santa Bárbara, nas imediações de Los Angeles, receberam 124% mais moradores neste ano, em comparação com o ano passado. Louisville, na encruzilhada entre Nova York e Chicago, ganhou 113% mais moradores e Buffalo, no estado de Nova York, aumentou sua população em 80%. A fuga da megalópole se repete em países como Japão — Tóquio subtraiu 30 000 habitantes — e Austrália, onde, desde março, 14 000 pessoas deixaram Sidney e 25 000 deram adeus a Melbourne. “Hoje, há uma competição por gente talentosa, criativa e inovadora. As cidades médias têm tudo para se beneficiar com a absorção dessa mão de obra qualificada”, diz Robert Muggah, fundador do Instituto Igarapé e uma das maiores autoridades sobre o tema. Enquanto a humanidade se desloca, o mundo se transforma.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Eu vou morar no Congo, lá é menos perigoso que o Brasil. Tem um ditador lá, mas nada que dê pra notar, aqui nem o presidente manda, tem 11 que determina.

  2. Vou comprar uma bucólica casa em São Gonçalo, Macaíba ou Extremoz. Lá vou viver feliz da vida e dormir com as portas abertas kkkkk

  3. Aqui para onde formos corremos perigo. Praias assaltos, arrastões, tiros, agressões , etc: Nos sítios e fazendas a mesma coisa. Todos trancados , medo, insegurança. E não temos perspectiva de melhoras. Se correr o bicho pega, se parar o bicho come. Lastimável mas é a VERDADE.

  4. Quero ver irem pra Tangará, Acari, Japi, Campo Redondo, Campo Grande, São Rafael, Coronel João Pessoa, Equador e enfrentar uma seca danada kkkkk

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Geral

Lula desembarca em NY com delegação enxuta e não tem previsão de encontrar Trump em meio a crise

Foto: Wilton Jr/Estadão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Nova York neste domingo, dia 21, para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).

O avião presidencial pousou ao Aeroporto Internacional JFK às 17:57.

Lula veio acompanhado de uma comitiva mais enxuta do que de costume, com quatro ministros de Estado (veja a lista baixo).

Nos últimos dias, houve duas baixas: Fenando Haddad (Fazenda) decidiu ficar no País para tratar de propostas no Congresso, como a isenção do IR. Alexandre Padilha (Saúde) desistiu de vir por restrições de circulação nos EUA impostas por Trump.

Outros nomes que tinham previsão de vir também mudaram os planos, segundo a Presidência. Entre eles os ministros Sidônio Palmeira (Secom), Esther Dweck (Gestão) e Jader Filho (Cidades).

Já estão na cidade a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) e o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores).

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, chegou previamente a Nova York e participou de atividades em nome do governo e circulou pela cidade. Lula e Janja vão se hospedar na residência oficial do Brasil, onde mora o representante permanente do Brasil perante a ONU, embaixador Sérgio Danese.

Esta é a primeira viagem de Lula aos Estados Unidos no auge da crise com o governo Donald Trump.

Ele não tem previsão de se reunir com Trump para discutir o tarifaço e divergências políticas. A viagem coincide com o período em que o Departamento de Estado promete novas medidas de punição ao Brasil após a condenação de Jair Bolsonaro.

Lista de autoridades que viajaram com Lula aos EUA:

1. Ricardo Lewandowski, Ministro da Justiça e da Segurança Pública

2. Camilo Santana, Ministro da Educação

3. Márcia Lopes, Ministra das Mulheres

4. Sônia Guajajara, Ministra dos Povos Indígenas

5. Elmano de Freitas, Governador do Ceará

6. Embaixador Celso Amorim, Assessor-Chefe da Assessoria Especial do Presidente da República

Estadão Conteúdo

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Os tanques infláveis e armamentos ‘2D’ usados pela Ucrânia para enganar a Rússia na guerra

Réplicas infláveis, como esta imitação ucraniana do obuseiro Acacia, são leves, rápidas e fáceis de instalar, mas podem ser facilmente destruídas. — Foto: Back and Alive via BBC

Do alto, esses objetos parecem um obus M777, um lançador de mísseis Himars e um veículo Humvee usados pela Ucrânia. — Foto: Na Chasi via BBC

Um vídeo que começou a espalhar em canais de mídia social russos pró-guerra em junho de 2023 mostrava aparentemente um drone destruindo um tanque ucraniano numa enorme explosão.

Mas nem tudo é o que parece na guerra Rússia-Ucrânia.

Esse vídeo foi acompanhado por outra filmagem, desta vez feita por militares ucranianos, em que um soldado ri e aponta para os destroços em chamas, dizendo: “Eles atingiram meu tanque de madeira”.

O veículo era uma isca usada para enganar os russos.

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Viúva ganha 150 mil dólares na loteria dos EUA com números sugeridos pelo ChatGPT e doa todo prêmio

Foto: Divulgação/Poweball

Uma norte-americana venceu a loteria após recorrer ao ChatGPT para escolher seus “números da sorte”. Carrie Edwards, de Midlothian, na Virgínia, acertou quatro dos cinco primeiros números mais o Powerball no sorteio de 8 de setembro, garantindo US$ 150 mil (cerca de R$ 800 mil).

Carrie disse que nunca havia jogado online antes e decidiu pedir ajuda ao chatbot para selecionar os números. Ao gastar um dólar extra pelo recurso Power Play (bola extra que permite aumentar os ganhos de um jogador), conseguiu triplicar o valor do prêmio.

“Olhei para o meu celular e ele dizia ‘por favor, retire seu prêmio da loteria’. Pensei que fosse um golpe. Então, quando fui para casa, entrei na minha conta e vi que havia ganhado US$ 50 mil no sorteio com o multiplicador de 3x”, disse ela, à Newsweek.

Com o dinheiro em mãos, Carrie, que já é avó, decidiu doar todo o prêmio recebido a três entidades: a Associação para Degeneração Frontotemporal (AFTD), que apoia pesquisas sobre a doença que tirou a vida de seu marido bombeiro; a Shalom Farms, que combate a insegurança alimentar; e a Sociedade de Socorro da Marinha e do Corpo de Fuzileiros Navais, que apoia militares e suas famílias.

“Essas três organizações representam cura, serviço e comunidade”, disse ela.

Época Negócios

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Geral

[VÍDEO] CISNE BRANCO: Alta procura por visita ao “navio mais bonito da Marinha” forma longa fila em Natal

VÍDEO: TRIBUNA DO NORTE

Centenas de natalenses escolheram uma mesma programação neste domingo (21): visitar o Cisne Branco, considerado o “navio mais bonito da Marinha”. O alto número de pessoas que se dirigiram ao Porto de Natal, onde a embarcação está atracada, gerou uma longa fila de visitantes que esperavam a sua vez de conhecer o navio.

O Cisne Branco atracou no Porto de Natal na última quarta-feira (17) para uma visita em comemoração aos 25 anos da embarcação e permanece na cidade até esta segunda-feira (22), conforme a programação. No entanto, o dia aberto a visitas foi apenas neste domingo.

Na visita, o público teve a oportunidade de conhecer os conveses externos, os mastros e a história de uma das embarcações mais icônicas da Marinha do Brasil. Militares da tripulação recepcionaram os visitantes, apresentaram curiosidades sobre a vida a bordo e relataram as experiências adquiridas.

Conhecido como a “Embaixada Brasileira no Mar”, o Cisne Branco tem por missão representar o País em grandes eventos, além de contribuir para a formação de jovens marinheiros, preservar as tradições navais e divulgar a mentalidade marítima junto à sociedade brasileira.

Jubileu de prata

O Cisne Branco foi construído em 1998 e entregue à Marinha do Brasil em fevereiro de 2000, com silhueta inspirada na dos veleiros “Clippers” do século 19. Ao todo, o navio tem três mastros e 32 velas.

Navio-veleiro Cisne Branco, da Marinha do Brasil, terá visitação aberta ao público neste domingo (21), em Natal — Foto: DivulgaçãoFoto: divulgação

Na parte interna do navio, conhecido como “Embaixada Brasileira no Mar”, estão o lobby da Santa de Boa Esperança, uma referência à santa cultuada pelos portugueses e trazida ao Brasil por Pedro Álvares Cabral, bem como o lobby da moeda, que faz referência à moeda de 100 réis com a imagem do almirante Tamandaré, Joaquim Marques Lisboa, patrono da Marinha brasileira.

Sob o comando do Capitão de Mar e Guerra Eduardo Rabha Tozzini, o Cisne Branco segue com 84 tripulantes embarcados e participará, no fim da próxima semana, da 36ª Regata Internacional Recife – Fernando de Noronha (REFENO).

Tribuna do Norte

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Funeral de Charlie Kirk reúne mais de 100 mil pessoas em estádio, com presenças de Musk e Trump

Foto: Reprodução/Reuters

Mais de 100 mil pessoas se reúnem no estádio State Farm, em Glendale, Arizona (EUA), neste domingo (21), para participar do funeral do ativista conservador Charlie Kirk. Ele foi baleado e morto no último dia 10 de setembro, enquanto palestrava na Universidade do Vale de Utah. As informações são da CNN Internacional.

A cerimônia conta com a presença da viúva de Kirk, Erika Kirk, do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e de seu vice, JD Vance, que devem discursar mais tarde durante o evento. O empresário Elon Musk, ex-alto funcionário do governo Trump, também marcou presença, bem como autoridades do gabinete de Trump.

Rob McCoy, pastor emérito da Capela Godspeak Calvary, na Califórnia, que diz que Kirk o considerava seu pastor, foi o primeiro orador a subir no palco. Ele recebeu muitos aplausos ao declarar “Turning Point vivo e bem” — Turning Point é o nome da instituição fundada por Kirk. Então, discursou sobre o ativista e lembrou-se dele um cristão devoto: “Charlie nunca teve medo, porque sabia que sua vida estava segura nas mãos de Deus”, afirmou.

O estádio State Farm, com capacidade para cerca de 63 mil pessoas, ficou lotado, com pessoas nas arquibancadas e também no gramado, segundo as autoridades locais. “Vários milhares” de pessoas ainda fazem fila para tentar entrar no estádio ou se acomodam na parte externa do local. Pelo seu tamanho e características, o evento será teste em momento de hostilidades.

“Este local pode ser visto como um alvo atraente para um agente hostil devido à sua visibilidade”, disse Jonathan Wackrow, ex-agente do Serviço Secreto dos EUA e colaborador da CNN, especializado em gestão de riscos.

“O potencial de ser interrompido por uma série de ameaças diferentes, ou mesmo pela ameaça de uma ameaça, é algo em que as autoridades policiais realmente precisam se concentrar e, em seguida, implementar os protocolos de mitigação imediatamente”, acrescentou.

Na sexta-feira (19), um homem foi preso por supostamente se passar por policial e levar uma arma a esse mesmo estádio onde acontece o funeral de Kirk. Joshua Runkles, de 42 anos, foi detido após demonstrar “comportamento suspeito”.

Segundo um porta-voz do Serviço Secreto à ABC News, Runkles foi abordado por funcionários da agência e alegou que era membro da polícia e que estava armado. Ele foi detido pelo Departamento de Segurança Pública do Ariozna (DPS, na sigla em inglês) e levado para a Cadeia do Condado de Maricopa, mas liberado após o pagamento de fiança. Uma investigação está em andamento.

SBT News

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Homem morre durante partida de futebol e jogadores fazem roda de oração em Natal

Fotos: reprodução

Uma manhã de lazer terminou em tragédia no bairro de Nazaré, em Natal, neste domingo (21). Um homem morreu enquanto participava de uma partida de futebol no campo do Clube Telern, causando grande comoção entre amigos e frequentadores do local. As informações são do Sem Mordaça.

Segundo relatos de testemunhas, a vítima sofreu um mal súbito durante o jogo e caiu no gramado. Companheiros de time tentaram ajudá-lo imediatamente, enquanto o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado às pressas.

Apesar da rápida chegada da equipe médica, não houve possibilidade de reanimação. Os profissionais apenas constataram o óbito no local.

O episódio deixou o ambiente marcado pela emoção. Jogadores e amigos da vítima formaram um círculo ao redor do corpo e realizaram uma oração coletiva, em um gesto de despedida que tocou a todos os presentes.

O caso chamou atenção pela forma repentina como ocorreu, já que a vítima participava normalmente da atividade esportiva antes de passar mal. Até o momento, não foram divulgadas informações oficiais sobre a identidade do homem nem sobre a causa exata da morte.

96 FM Natal com informações de Sem Mordaça

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Geral

Brasil é vice-líder no ranking mundial de roubo de cargas com prejuízo bilionário

Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

O Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de roubo de cargas, ficando atrás apenas do México. De acordo com a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), em 2024 o país registrou uma média de 27 ocorrências por dia, resultando em um prejuízo estimado de R$ 1,2 bilhão em mercadorias levadas por criminosos.

Especialistas destacam que o problema exige medidas urgentes. Uma das propostas é a criação de um código unificado de rastreio, capaz de identificar itens roubados e dificultar a revenda ilegal. Além disso, autoridades defendem o reforço no policiamento e punição maior para quem compra produtos de origem ilícita.

No Congresso Nacional, tramita a chamada lei da rastreabilidade, que já conta com apoio amplo entre parlamentares. A expectativa é que a legislação seja ajustada para contemplar também os produtos agrícolas, frequentemente alvo de quadrilhas especializadas.

Com os altos índices de criminalidade no setor, o Brasil segue como um dos países mais afetados pelo roubo de cargas, impactando não apenas empresas de transporte e logística, mas também a economia e o consumidor final.

Com informações de UOL

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Geral

VÍDEO: Pai e filho são arremessados para cima de veículo em acidente em Ielmo Marinho; motorista foi preso por embriaguez

Um acidente deixou três pessoas de uma mesma família feridas na manhã deste sábado (20) em Ielmo Marinho, no Agreste potiguar. Pai, mãe e um menino de 7 anos estavam em uma motocicleta que se chocou de frente com um carro.

Com o impacto, o pai e o filho foram arremessados para cima do veículo, enquanto a mãe caiu no chão.

O motorista do carro estava embriagado e foi preso. De acordo com o Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE), nenhum dos três ocupantes da moto usava capacete e o condutor também tinha ingerido bebida alcoólica.

Opinião dos leitores

  1. Comenta-se que o motorista do veículo, além de embriagado, não tinha habilitação e, já havia perdido uma perna em outro acidente quando pilotava uma moto embriagado.

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Geral

VÍDEO: Manifestação na avenida Roberto Freire em Natal contra a Anistia e a PEC da Blindagem

A manhã deste domingo (21), em Natal, foi marcada por uma manifestação contra a PL da Anistia e PEC da Blindagem, na avenida Roberto Freire, na zona Sul da cidade.

O ato foi organizado por partidos de esquerda e centrais sindicais do Rio Grande do Norte e espelhou outras manifestações que aconteceram em algumas cidades brasileiras.

A manifestação começou às 9h, na avenida Roberto Freire. Por volta das 10h, os manifestantes caminharam em direção à praia de Ponta Negra e todas as faixas da avenida ficaram interditadas para o trânsito.

98 FM Natal

Opinião dos leitores

  1. Foi perfeito. Uma multidão de pessoas que sabem o que é melhor para o Brasil. Não a anistia. A justiça foi feita. Viva os brasileiros decente que mostraram como se faz uma manifestação pacifica e ordeira. viva o vermelho da luta, viva o verde e amarelo do Brasil.

  2. Se esse povo esta de um lado, estou do outro é óbvio.
    Ja sei que essa blindagem foi e é um mal necessário.
    Corruptos em Brasília é o que mais tem, começa pelo cabeça e adentra tudo que é poderes.
    Então, quem tem vontade de dar um voto contra e tem medo, agora pode dar, está blindado.
    Blz!!??

  3. Se esse povo esta de um lado, estou do outro é óbvio.
    Ja sei que essa blindagem foi e é um mal necessário.
    Corruptos em Brasília é o que mais tem, começa pelo cabeçae adentra tudo que é poderes.
    Então, quem tem vontade de dar um voto contra e tem medo, agora pode dar, está blindado.
    Blz!!??

  4. Irônicos! Luladrão condenado a 19 anos de prisão, José Dirceu a 30 anos, Jesuino 24 anos, Paulinho da força sindical 11 anos, Delubio 8 anos, Vaccari condenado, todos descondenados…bandido defende bandido

    1. Lula foi condenado a 12 anos de prisao , já teu bandido de estimação frouxonado foi condenado a 27 anos!

  5. O titular do Blog já se manifestou publicamente sobre essa obra-prima – a PEC da Blindagem – gestada pelo Centrão e pelo Bolsonarismo?

  6. Até que fim o partido das trevas saiu às ruas! Que venha mais vezes e não esquece de trazer seus heróis pra serem contemplados pelo povo!

    1. Antônio, vc sabe qual
      Partido tem mais bandidos no congresso?? Não precisa me dizer.

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Geral

Lula diz a lideranças do PDT não se opor a reduzir penas do 8/1 e cita Bolsonaro

Foto: divulgação

O presidente Lula afirmou nesta quarta-feira (17/9), em almoço com lideranças do PDT, que não se opõe à possível redução das penas dos condenados pelo 8 de Janeiro.

Segundo ao menos três fontes que participaram do almoço, Lula citou, inclusive, o nome de Jair Bolsonaro. “Se ele ficar dois, três anos preso, já está bom”, teria dito o petista.

Ao tocar no assunto, o chefe do Palácio do Planalto lembrou que ficou 580 dias preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba e que esse tempo foi uma “eternidade”.

A declaração de Lula durante o almoço com lideranças do PDT deve influenciar nas articulações do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em relação ao tema.

O almoço de Lula com lideranças do PDT aconteceu no Palácio da Alvorada, residência oficial do petista, e não foi registrado na agenda oficial dele.

Participaram do encontro, segundo apurou a coluna, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz; o presidente do PDT, Carlos Lupi; e lideranças da sigla no Congresso. Entre elas:

– Deputado Mario Heringer (MG), líder do PDT na Câmara;
– Deputado André Figueiredo (PDT-CE);
– Senadora Leila Barros (PDT-DF).

No encontro com pedetistas, Lula também reclamou da chamada PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara na véspera com votos da maioria da bancada do próprio PDT na Casa.

Ainda no almoço, Lula disse que deseja contar com o apoio do PDT em 2026, quando disputará a reeleição. Os pedetistas responderam que, se não tiverem candidato próprio, apoiarão o petista.

O clima do encontro, segundo lideranças do PDT, foi ameno. Isso não impediu os pedetistas de afirmarem a Lula que se sentem subrepresentados no governo, com apenas um ministério.

Anistia ao 8 de janeiro

Motta já articula há alguns dias para barrar o projeto da anistia ao 8 de Janeiro e, como alternativa, aprovar um projeto prevendo apenas redução de penas.

Uma das versões, de acordo com aliados de Motta, reduziria a pena de Bolsonaro entre seis e oito anos. O ex-presidente foi condenado pela trama golpista a 27 anos e três meses de prisão.

A coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, procurou o secretário de Imprensa da Presidência, Laércio Portela, para falar sobre o assunto, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestações do Palácio do Planalto.

Igor Gadelha – Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Em síntese, Lula quis dizer que “Jair Bolsonaro não participando das eleições de 2026, tá ótimo. “

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