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QUALIDADE DE VIDA – Menos trânsito, poluição e violência: bons serviços e economia em alta estimulam migração dos brasileiros para o interior

Foto: Jefferson Coppola/Veja

Fernanda Vasconcelos, 44 anos, terapeuta

“Eu e Danilo aproveitamos o isolamento para dar a nossos filhos mais contato com a natureza no sítio da família. Cultivar uma horta e andar pela mata nos ajudou a atravessar a crise. Percebemos que precisamos de pouco para viver bem e nos mudamos para Bragança Paulista, no interior de São Paulo.”

Migrar é uma atividade tão antiga quanto a própria humanidade, consequência da busca de melhores condições de vida — mais caça e fontes de água na pré-história, mais espaço para fixar comunidades na Antiguidade, mais terra para cultivar e pastorear na Idade Média, mais territórios para ocupar no Novo Mundo, mais segurança e liberdade desde sempre. Ao longo do século XX, os deslocamentos seguiram a trilha aberta na Revolução Industrial: esvaziamento do campo e inchaço das cidades, culminando no aparecimento das megalópoles, capazes de aglomerar milhões de pessoas em uma área relativamente pequena. Como o ser humano é bicho que não se acomoda, nas últimas duas décadas o fluxo começou a se inverter, com as cidades médias atraindo um contingente de moradores urbanos cansados da vida corrida e atentos a economias que emergiam. Agora, veio a pandemia e, também no movimento migratório, seu onipresente efeito se fez sentir. Trabalhando a distância, livres da necessidade de bater o ponto no escritório, milhares de famílias estão pondo o pé na estrada, de mudança para recantos onde mais importante do que ganhar muito dinheiro e ter acesso ao que há de melhor em convívio social e cultura é poder desfrutar uma existência da mais alta qualidade.

O migrante de hoje difere do que já estava indo para o interior no sentido de tratar sua opção não como um sonho, mas como uma realidade que enxerga de olhos bem abertos, firmada na comparação concreta entre o que tinha na metrópole — emprego, restaurantes, escolas de primeira — e o verde e a tranquilidade usufruídos em uma mudança que era para ser temporária e virou definitiva. Seu novo chão se localiza, principalmente, nos municípios situados em um raio de 100 quilômetros ao redor das capitais — cidades com boa oferta de serviços de saúde e educação, razoáveis opções de lazer e um conceito retirado da obsolescência e catapultado à condição de ambição: o ritmo de vida típico do interior. Segundo a mais recente estimativa de população realizada pelo IBGE, a das cidades entre 100 000 e 1 milhão de habitantes vem crescendo na última década a um ritmo até 50% mais rápido do que nas capitais — estas, por outro lado, detentoras de expansão minguada, ou mesmo zero. Atualmente, dois de cada três brasileiros residem em municípios com não mais do que meio milhão de habitantes. “Até 2014, as grandes cidades atraíam muitos trabalhadores por causa da ampla oferta de emprego, mas a crise econômica mudou essa tendência”, explica José Eustáquio Diniz Alves, demógrafo do IBGE.

Outra manifestação do atrativo pela almejada casa no campo — para morar mesmo, não para passar o fim de semana — está em uma pesquisa realizada pelo Zap+, que congrega os dois maiores portais de imóveis do Brasil, obtida com exclusividade por VEJA. Ela mostra que mais da metade — exatamente 59% — dos moradores de São Paulo e de Belo Horizonte, se tivesse de decidir neste momento sobre ir morar em um lugar menor, diria sim à mudança. No Rio de Janeiro, a disposição é ainda maior: 67%. O casal Fernanda, 44 anos, e Danilo Vasconcelos, 48, integra a turma dos novos migrantes. Por causa da pandemia, saiu de São Paulo e instalou-se com os filhos na casa de campo em Bragança Paulista, a 94 quilômetros de distância. Agora, resolveu que lá é o seu lugar: alugou uma casa ampla em condomínio fechado, matriculou as crianças em uma escola com 30 000 metros quadrados de área verde e planeja se mudar de vez. “Percebi que precisava de pouco para viver bem e que o contato com a natureza era fundamental. Não me vejo mais voltando a morar em São Paulo”, reconhece Fernanda.

João Tucci. Foto: Cristiano Mariz/VEJA

Sai avião, entra arara

João Tucci, 45 anos, analista financeiro

“Há dois anos comecei a questionar a vida em São Paulo, trabalhando doze horas por dia. Conheci a Chapada dos Veadeiros, me encantei, virei gerente de uma pousada e entrei para a ponte aérea. Na pandemia, mudei de vez. Agora, tomo banho de cachoeira, medito e, em vez de aviões, ouço o canto das araras.”

Os motivos citados para a virada de rumo são conhecidos: violência, poluição, trânsito e a brutal desigualdade social exposta nas metrópoles. O arquiteto carioca Hélio Pellegrino, 68 anos, desistiu do Rio de Janeiro e foi buscar a tal felicidade em Búzios, balneário a quase 200 quilômetros de distância. “No Rio, andar pela rua à noite, um dos grandes prazeres do carioca, passou a ser uma roleta-russa. Nunca se sabe quem será a próxima vítima”, critica Pellegrino, que tem assumido menos projetos e aproveita o tempo livre para pintar, tocar piano e violão e fazer caminhadas pela exuberante Praia da Ferradura. O fluxo para cidades menores tem, é claro, reflexo no mercado imobiliário. Na Baixada Santista, a compra e venda de imóveis subiu 31% no terceiro trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período do ano anterior, contra meros 5% na região metropolitana de São Paulo. Nas cidades no cobiçado raio de 100 quilômetros, área que engloba Sorocaba, Itu, Jundiaí, Bragança Paulista e Atibaia, os negócios cresceram embalados por uma taxa de 25%.

As casas que os migrantes urbanos estão comprando e alugando oferecem duas características imprescindíveis: área verde e cômodos que possam ser adaptados para home office. “Muitas famílias não têm renda para adquirir um imóvel com esse perfil em São Paulo e se mudam para o interior, onde o metro quadrado é bem mais barato”, explica Patricia Ferraz, diretora de relações institucionais do Registro de Imóveis do Brasil, que congrega cartórios de vários estados. “A pandemia escancarou nossa necessidade por espaço, tanto interno quanto externo”, diz Ju Collen, funcionária pública de 46 anos que está prestes a trocar Porto Alegre por Gramado, a 150 quilômetros de distância.

Luiz Soares. Foto: Pedro Silveira/VEJA

Troca de endereço

Luiz Soares, 48 anos, dono de confecção

“Vim para minha casa de veraneio na Praia do Forte para fugir da pandemia, mas me acostumei à rotina de esportes, banhos de mar e acesso aos bons restaurantes locais. Mudei de endereço: moro aqui e só apareço de vez em quando na casa de Salvador. Tenho qualidade de vida e segurança, sem perder o agito.”

Um dos motores econômicos que impulsionam a migração atual é a mudança profunda nas relações de trabalho trazida pela pandemia. A jornada de quem manteve o emprego durante o período de isolamento social caiu 14% e a renda média, em efeito dominó, diminuiu 20%, segundo uma pesquisa da FGV-RJ. Enquanto apertava o cinto, uma leva de brasileiros fez as malas em busca de vida mais simples e ao mesmo tempo de maior qualidade. O que se observa neste movimento é uma inesperada inversão das prioridades das famílias. “Nas classes mais abastadas, com recurso para mudanças radicais, ganhar dinheiro passou a ser menos importante do que aproveitar a vida”, ressalta Marcelo Neri, diretor da FGV Social.

Helio Pellegrino. Foto: Alex Ferro/VEJA

Adeus, depressão

Hélio Pellegrino, 68 anos, arquiteto

“Morava em uma casa espaçosa no Rio de Janeiro e tinha um escritório de arquitetura bem-sucedido. Mas a violência e a desigualdade social me deixavam cada vez mais deprimido. Quando me instalei na casa de Búzios, vi que era para sempre. Aqui faço o que realmente gosto: pinto, toco violão, namoro e vou à praia.”

Um estudo do Ipea revelou que quase um quarto das ocupações brasileiras está apto a fazer a transição para o home office e são justamente os ocupantes dessas posições, em boa parte situadas no setor financeiro e de tecnologia, que mais se veem à vontade nestes tempos para mudar de vida. Durante quase duas décadas João Tucci, 45 anos, analista financeiro de uma grande empresa de consultoria, experimentou a rotina extenuante de até doze horas de trabalho por dia. Há cinco anos, em plena crise de identidade, conheceu a Chapada dos Veadeiros, em Goiás, e se apaixonou pelo local. Como em um namoro, ele passou a se revezar entre Alto Paraíso e São Paulo — até a chegada da pandemia desembocar em união estável. Tucci se mudou de vez para a Chapada e de lá presta sua consultoria aos clientes, além de ser gerente de uma pousada. “Continuo a fazer o que gosto, mas agora, em vez de barulho de avião na janela, tenho o canto das araras”, comemora, feliz da vida. Embora ainda esteja em fase de consolidação, o fenômeno já é encarado como uma nova etapa dos deslocamentos internos que a população empreende em épocas distintas.

A engrenagem que movimenta as migrações brasileiras tem uma relação histórica com os efeitos da desigualdade social. Mal as primeiras fábricas começaram a se instalar no país, há quase 100 anos, e milhões de pessoas das regiões mais pobres, principalmente do Norte e Nordeste, pegaram seus poucos pertences, deram adeus à zona rural e foram tentar a vida no Sul maravilha. Assim caminharam os brasileiros até o fim do século XX, quando a meia volta começou. A descentralização da indústria e a expansão das fronteiras agrícolas fizeram o interior ser atraente de novo e suas cidades entraram para o rol das localidades recebedoras de mão de obra, em uma dinâmica classificada de “rotatividade migratória”. No arranjo que se desenvolveu durante a pandemia, uma parcela dos migrantes combina o melhor dos dois mundos: muita gente, em vez de ir embora de vez, optou pela dupla residência. Dono de uma confecção de moda praia, Luiz Soares, 48 anos, morava em Salvador e costumava ir para a casa de veraneio na Praia do Forte, a 85 quilômetros, nos fins de semana e feriados. Para cumprir o isolamento social, acabou se instalando na segunda casa e inverteu a ordem dos endereços. Mantém um pé na capital, para compromissos de trabalho, mas mora mesmo na praia. “Aqui tenho qualidade de vida, conforto e segurança sem perder o agito”, alegra-se.

Ju Collen. Foto: Daniel Marenco/VEJA

Vida espaçosa

Ju Collen, 46 anos, funcionária pública

“Sempre quisemos ter um sítio para relaxar nas horas de folga. O isolamento no apartamento em Porto Alegre mudou nossos planos. Compramos um terreno em Gramado e nossa casa, com uma bela vista da Serra Gaúcha, acaba de ficar pronta, satisfazendo a necessidade de espaço interno e externo.”

Os especialistas antecipam que a migração de pessoas com recursos suficientes para sustentar duas casas deve levar riqueza e alterar de forma relevante o perfil de consumo dos municípios médios e pequenos. Atualmente, as cidades com até 500 000 habitantes concentram 68% da população, 58% do PIB e 237 dos 577 shopping centers em atividade no Brasil. A expectativa é que a proporção seja cada vez maior, à medida que o agronegócio se expanda e a busca de qualidade de vida se amplie — uma aliança que tem tudo para mudar para melhor a cara do interior. “O deslocamento das classes mais abastadas traz novos contornos aos processos migratórios e reflete a inserção do Brasil em um contexto global. O território perde importância, já que o mundo está conectado em rede e as relações ocorrem por meio da tecnologia”, explica Rosana Baeninger, demógrafa e professora do Núcleo de Estudos de População da Unicamp. Nos Estados Unidos, onde as migrações rotativas são vistas há mais tempo, os municípios do entorno dos grandes centros urbanos já apresentam um perfil menos provinciano. “Muitos subúrbios estão se reformando e ganhando contornos mais urbanos, com centros comerciais, restaurantes e boas escolas”, lembra James Hughes, professor de planejamento urbano da Universidade Rutgers, em Nova Jersey.

Empurradas para as moradias mais amplas do entorno, em vez de se isolarem em minúsculos apartamentos, cerca de 100 000 pessoas acabaram optando de vez por sair de Man­hattan, o bairro mais habitado de Nova York, a meca cosmopolita do planeta, e pelo menos 30 000 foram embora de São Francisco ao longo da pandemia. Em compensação, Santa Maria e Santa Bárbara, nas imediações de Los Angeles, receberam 124% mais moradores neste ano, em comparação com o ano passado. Louisville, na encruzilhada entre Nova York e Chicago, ganhou 113% mais moradores e Buffalo, no estado de Nova York, aumentou sua população em 80%. A fuga da megalópole se repete em países como Japão — Tóquio subtraiu 30 000 habitantes — e Austrália, onde, desde março, 14 000 pessoas deixaram Sidney e 25 000 deram adeus a Melbourne. “Hoje, há uma competição por gente talentosa, criativa e inovadora. As cidades médias têm tudo para se beneficiar com a absorção dessa mão de obra qualificada”, diz Robert Muggah, fundador do Instituto Igarapé e uma das maiores autoridades sobre o tema. Enquanto a humanidade se desloca, o mundo se transforma.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Eu vou morar no Congo, lá é menos perigoso que o Brasil. Tem um ditador lá, mas nada que dê pra notar, aqui nem o presidente manda, tem 11 que determina.

  2. Vou comprar uma bucólica casa em São Gonçalo, Macaíba ou Extremoz. Lá vou viver feliz da vida e dormir com as portas abertas kkkkk

  3. Aqui para onde formos corremos perigo. Praias assaltos, arrastões, tiros, agressões , etc: Nos sítios e fazendas a mesma coisa. Todos trancados , medo, insegurança. E não temos perspectiva de melhoras. Se correr o bicho pega, se parar o bicho come. Lastimável mas é a VERDADE.

  4. Quero ver irem pra Tangará, Acari, Japi, Campo Redondo, Campo Grande, São Rafael, Coronel João Pessoa, Equador e enfrentar uma seca danada kkkkk

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Geral

Chambaril com pirão e moqueca de camarão com caju. Dois pratos de sustança pra você no Papo de Fogão


A cozinha todo Papo de Fogão tá pegando fogo — e é do jeito bom!

Recebemos a chef Van Regia, de Fortaleza, trazendo um chambaril com pirão que abraça a alma.
E ainda tem a chef Adriana Lucena com uma moqueca de camarão com caju que vai lhe conquistar no primeiro cheirinho.

Assista e se delicie!

SÁBADO
BAND MARANHÃO e PIAUÍ – 8h
PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30

DOMINGO
RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h

Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

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Geral

VÍDEO: Ministro da Educação diz que ENEM não será cancelado e chama de ‘ruído’ possível vazamento de questões

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta sexta-feira (21) que o Enem 2025 não será anulado, apesar das suspeitas de vazamento de questões. Ele disse que o Inep anulou três itens apenas por “prevenção e isonomia”, após a live do estudante de medicina Edcley Teixeira, que divulgou questões muito semelhantes às da prova antes do segundo dia do exame.

Camilo reforçou que a Polícia Federal abriu investigação na quarta-feira (19) para apurar a divulgação indevida das questões e já adotou medidas de preservação de conteúdo e registros técnicos.

Nas redes sociais, estudantes organizam protestos entre os dias 21 e 22 pedindo a anulação total do Enem. Eles argumentam que a exclusão de apenas três questões é insuficiente, pois quem teve acesso prévio às perguntas pode ter ganhado vantagem. Também afirmam que a retirada dos itens afeta a TRI, podendo alterar notas de todos os candidatos.

O movimento “Anula Enem” coordena atos pelo WhatsApp e Telegram. Em Brasília, cerca de 30 estudantes e familiares protestaram em frente ao Inep.

LEIA TAMBÉM: Estudantes protestam em frente ao INEP e exigem anulação do ENEM após suposto vazamento

Com informações de Folhapress

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Geral

VÍDEO: Praia de Ponta Negra às escuras

Imagens: Blog do Bagada

A praia de Ponta Negra tem enfrentado constantes oscilações de energia elétrica na noite desta sexta-feira (21).

Segundo moradores, turistas e empresários da região, foram pelo menos três ocorrências de falta de luz.

Opinião dos leitores

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Geral

VÍDEO: Corpo de Bombeiros atua em três grandes incêndios em vegetação nesta sexta (21)

O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN) foi acionado, na tarde desta sexta-feira (21), para atender três grandes incêndios em vegetação registrados na Região Metropolitana de Natal. As ocorrências mobilizaram diversas equipes e reforçam o alerta para os riscos provocados pelo fogo em áreas secas nesta época do ano.

A primeira ocorrência aconteceu na região do bairro de Emaús, em Parnamirim, às margens da BR. O incêndio atingiu uma área de vegetação seca próxima a edificações e a uma empresa instalada no local. As equipes atuaram rapidamente para conter a propagação das chamas e impedir que o fogo alcançasse as estruturas próximas.

Já a segunda intervenção ocorreu no bairro de Passagem de Areia, também em Parnamirim, onde o fogo se alastrou dentro do Horto Municipal. Uma guarnição do CBMRN conseguiu combater e controlar todo o incêndio, evitando danos maiores ao espaço ambiental.

A terceira ocorrência foi registrada na cidade de Ceará-Mirim, onde quatro equipes do Corpo de Bombeiros, com apoio de brigadistas de uma usina de cana-de-açúcar, combateram um incêndio que avançou rapidamente por um canavial. As chamas chegaram a ameaçar tanques de armazenamento de etanol, o que exigiu uma operação rigorosa e estratégica para garantir a segurança da área.

Felizmente, nenhuma pessoa ficou ferida e nenhuma edificação foi atingida nas três ocorrências.

O CBMRN reforça que é crime ambiental provocar queimadas, bem como atear fogo em lixo ou utilizar fogo para limpeza de terrenos. Além de colocar vidas em risco, incêndios em vegetação podem causar danos ao meio ambiente, à infraestrutura e à saúde da população.

A corporação orienta que qualquer foco de incêndio ou suspeita de atividade criminosa deve ser imediatamente denunciado pelo 193 ou pelos canais oficiais de segurança pública.

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Geral

Estudantes protestam em frente ao INEP e exigem anulação do ENEM após suposto vazamento

Foto: reprodução

Estudantes se reuniram em frente ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em Brasília, nesta sexta-feira (21), cobrando o cancelamento do Enem 2025 diante de suspeitas de vazamento de questões. Há expectativa de que outros protestos ocorram em diferentes estados do país.

Nesta semana, o Ministério da Educação (MEC) anulou três questões do exame e acionou a Polícia Federal para investigar uma possível fraude. Na última terça-feira (18), o G1 divulgou em reportagem que, às vésperas da prova, um universitário expôs questões muito semelhantes às que foram aplicadas, enquanto oferecia cursos na internet.

Cinco dias antes do Enem, Edcley Teixeira, o suspeito, mostrou em uma live pelo menos cinco questões parecidas com as da prova.

Canal Paulo Mathias

Opinião dos leitores

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Estrutura que pegou fogo na COP30 custou pelo menos R$ 211 milhões

Foto: Douglas Pingituro/Reuters

A construção das estruturas temporárias para a COP30, em Belém (PA), custou pelo menos R$ 211 milhões. Nesta quinta-feira (20/11), parte dessas estruturas — pavilhões da chamada Blue Zone, onde ocorrem as negociações — pegou fogo.

Segundo o Ministério da Saúde, 21 pessoas receberam atendimento médico após o incêndio. Dezenove casos estão relacionados à inalação de fumaça, e duas pessoas tiveram crise de ansiedade, mas não há relatos de feridos ou queimados.

A empresa responsável pelas estruturas temporárias é o Grupo DMDL, de Barueri (SP). Em março deste ano, a DMDL foi declarada vencedora de uma licitação realizada pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), entidade internacional incumbida pelo governo brasileiro de organizar a COP30.

Imagem: reprodução

Além dos pavilhões, o Grupo DMDL também construiu o Hotel Vila COP, um complexo erguido para hospedar as delegações estrangeiras.

A licitação da OEI para a COP30 foi dividida em dois lotes. O maior deles foi o chamado Lote Azul, que diz respeito às estruturas temporárias, como os pavilhões da Blue Zone. O valor inicial deste lote era de R$ 423,5 milhões, mas a DMDL ganhou o certame oferecendo um desconto de 50% em relação ao preço inicial.

Em abril, a OEI confirmou a vitória da DMDL no certame, por R$ 211 milhões. A coluna Andreza Matais procurou a DMDL para comentários, mas ainda não há resposta. O espaço segue aberto.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. ➡️Organização que ofereceu cargo a Janja fecha acordo para COP-30, diz jornal
    Em 2023, a OEI deu início a uma movimentação com o governo de Luis Inácio Lula da Silva para a criação de um cargo que seria ocupado pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja

    ➡️OEI (Organização dos Estados Ibero-Americanos) firmou contratos sem licitação, sendo o mais notável um acordo de cooperação de R$ 478,3 milhões com o governo federal para a organização da COP30. A contratação foi feita por dispensa de licitação, justificada pela natureza internacional do acordo e pela expertise da OEI. No entanto, o Tribunal de Contas da União (TCU) questionou o contrato por falhas, como a falta de estudos que comprovem a vantajosidade da contratação.

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Geral

Trump diz que quinta-feira é ‘prazo final’ para Ucrânia aceitar plano de paz

Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a Ucrânia tem até a próxima quinta-feira (27) para aceitar o plano de paz proposto por Washington para encerrar a guerra. Em entrevista à Fox News Radio, Trump declarou que a data “é o prazo final”, embora admita já ter “estabelecido muitos prazos” no passado.

“Se as coisas estão funcionando bem, você tende a estendê-los”, afirmou o republicano, mas reiterou que considera a data um limite firme. Segundo ele, a próxima quinta-feira é um momento “apropriado” para que Kiev aceite o acordo. Trump também garantiu que não pretende retirar as sanções impostas à Rússia.

Questionado sobre o risco de Moscou atacar países bálticos, disse que “eles serão impedidos” e avaliou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, “não está procurando mais guerra”. “Ele sofreu punição. Era para ser uma guerra de um dia que acabou entrando no quarto ano agora”, declarou.

O presidente ainda comentou sua próxima reunião com o prefeito eleito de Nova York, Zohran Mamdani, classificando o encontro como potencialmente “muito civilizado”. “Acho que vamos nos dar bem”, disse. Segundo a agenda oficial de Trump, o encontro deve ocorrer no fim da tarde desta sexta (21).

Trump também reagiu ao discurso de vitória de Mamdani, no qual o prefeito eleito fez críticas a ele. O presidente admitiu que o “atingiu um pouco forte” durante a campanha e disse não ter entendido a provocação para “aumentar o volume”. “Não sei exatamente o que ele quer dizer com ‘aumente o volume’ ele precisa ter cuidado quando diz isso para mim”, declarou.

Jovem Pan

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Geral

Deputado do PSol quer mudar lema da bandeira do Brasil: “Amor, Ordem e Progresso”

Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

O deputado Chico Alencar (PSol) protocolou na Câmara dos Deputados um projeto de lei que altera a legislação sobre os símbolos nacionais para modificar o lema inscrito na Bandeira do Brasil. A proposta substitui a expressão “Ordem e Progresso” por “Amor, Ordem e Progresso”.

Na justificativa, o deputado afirma que o lema adotado desde a Proclamação da República resumiu de forma parcial a frase positivista “o amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim”.

O parlamentar sustenta que a inclusão da palavra “Amor” busca restabelecer a formulação completa descrita por Teixeira Mendes, filósofo positivista que propôs o lema “Ordem e Progresso” na bandeira nacional.

O texto também determina a atualização do dispositivo legal que regulamenta detalhes gráficos da bandeira.

Segundo o projeto, a alteração recupera a formulação original do lema positivista, concebida por Teixeira Mendes no fim do século XIX.

A proposta aguarda tramitação na Câmara dos Deputados, após registro eletrônico de apresentação em 18 de novembro de 2025.

Opinião dos leitores

  1. Adicionar a palavra amor ofende todos os Bolsonaristas. Agora propõe assim “Bolsonaro acima de tudo, Jair acima de todos” aí vão aceitar kkkkk

  2. Lamentável como nossos representantes pensa no povo. Cadê os projetos para fomentar emprego, renda, moradia, estradas, hospitais, escolas, praças, segurança? Cadê? Os invés disso, o que vemos? Projetos para mudar nome de ruas, projeto para mudar nome de bandeiras. Projeto para aumentar a quantidade de deputados. Discussões intermináveis de esquerda// direita… Homem, pelo amor de Deus! Coloquem pautas de avanços econômicos, educação…

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Geral

Motociclista morre decapitado após colisão frontal na RN-118, em Jucurutu

Foto: PM/Cedida

Um motociclista morreu em um grave acidente ocorrido na manhã desta sexta-feira (21) na RN-118, em Jucurutu, região Oeste do Rio Grande do Norte. De acordo com a Polícia Militar, a vítima sofreu decapitação após colidir de frente com um carro. O homem foi identificado como João Cícero de Morais, de 73 anos.

O acidente

Segundo relato do motorista do carro aos policiais, a motocicleta trafegava em alta velocidade e realizava manobras em zigue-zague na pista, no trecho entre Caicó e Jucurutu, quando teria invadido a contramão.

A batida aconteceu em uma curva, a cerca de 1 km da comunidade Aroeira. O condutor do carro não sofreu ferimentos e permaneceu no local até a chegada da polícia para prestar esclarecimentos. O teste do bafômetro realizado nele deu negativo.

Equipes da Polícia Científica foram acionadas para realizar perícia. Os peritos recolheram amostras de sangue da vítima para verificar possível presença de álcool. A investigação ficará a cargo da Polícia Civil.

Com informações de g1-RN

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Geral

VÍDEO: Após visita, Nikolas diz que, se Bolsonaro for preso, pode não sobreviver

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou, nesta sexta-feira (21/11), que, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro seja preso, ele pode não conseguir ficar vivo no presídio. O parlamentar encontrou Bolsonaro após ter a visita autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), três meses depois de fazer o pedido.

Bolsonaro cumpre atualmente prisão domiciliar no condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico, há 109 dias.

Segundo o deputado, não se sabe o que pode acontecer com o ex-presidente. Bolsonaro “pode ir para a cadeia amanhã e, depois, morrer; ninguém sabe o que pode acontecer”, afirmou.

“Está com uma crise forte de soluço. Inclusive, nesta noite praticamente não dormiu — bastante soluço. […] A situação está muito difícil. Tudo isso é decorrente de uma facada”, explicou Nikolas.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Mencionem ai um mísero CNPJ que ganhou dinheiro de forma nebulosa por influência direta de Bolsonaro. Alguam empreiteira… Do outro lado, tem gente com confissão em juízo sendo aliviada. Esta é a big picture. Quem saber ver as coisas no atacado, não se perde discuitindo questão de varejo.

  2. É muito interessante que os leitores do blog do BG dê uma olhadinha no portal metrópoles de uma foto do ex.Presidente Bolsonaro sorrindo com uma cara ótima recebendo na porta de sua o deputado Nicolas Ferreira, daí é muito estranho essa situação de sua saúde está muito grave.

  3. Kkkkkk ouça só o que esse menino fala: ele praticamente não dormiu. É ele “dormiu no chão junto com o carlos” kkkkk afinal ele dormiu ou não dormiu kkkkk vá entender esse povo.

  4. pronto… preso e condenado, agora atiçou o galinheiro e atuando na peça de teatro para não ser preso ou morrer… para ficar imorrível, toma a Ivermectina que receitou para o povo brasileiro… e leva os teus junto…

    1. Esquerdiota é incapaz de sentir empatia pelo outro, zero surpresa.

  5. Esse é o fim para quem se opor ao sistema
    Prisão perpétua para um homem que deu um golpe que nunca existiu

  6. Esse psicopata que esta no tribunal precisa ser contido, mas o outro monstro que está no congresso é cumplice da maldade , da destruição, queima e negócios das leis brasileira, logo mais quando o vento virá de posição , um tribunal de justiça justa julgará esses criminosos , corruptos e satãnicos que estão no serviço público brasileiro , que vestidos de autoridade cometem crimes diuturnamente

  7. O chefe da quadrilha, Lula da Silva, cometeu centenas de crimes, é um ladrão contumaz e, pasmem vocês, tá solto por aí roubando e mentindo.

  8. Caso seja concretizada a prisão o Mito Jair Messias Bolsonaro vai evoluir de herói da pátria para “Martir”, consequências de tanta perseguição.
    Quem viver, verá!!!

  9. ir para a cadeia e poder morrer é uma realidade. Todo doente sabe que pode morrer na cadeia. Para não ir para cadeia, basta não cometer crimes.

    1. Qual crime Bolsonaro cometeu, sua besta quadrada? Tá preso por perseguição política, era a pedra no sapato do sistema. Você sabe disso, como todo bom esquerdista és desonesto intelectual, mas pelos seus comentários aqui, parece ser jumento mesmo. Aquele outro tipo de petista, só existem 02.

    2. Qual crime ele cometeu ? Deixa de defecar pela boca , crime cometeu o larápio do seu presidente e está aí soltinho acabando com país , vocês me dão nojo , sou justo pelo justo mas achar crime cometido por Bolsonaro só vocês mesmo ah para vcs roubar não é crime nem ser traficante tbm não .

    3. Quais crimes bolsonaro cometeu? Ele foi condenado com o devido processo legal. Nenhum orgão internacional dos direitos humanos questionou a pena dele ou o processo dele. Bolsonaro é um criminoso, só não enxergar os apaixonados por ele, que estão em negação. Amigo, vc está defendendo um CRIMINOSO. Você gosta de um CRIMINOSO.

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