Diversos

Irmão de Bolsonaro faz intermediação de verbas do governo federal, e nega receber vantagens; não há irregularidade quando não remunerado, diz especialista

Foto: Reprodução/Redes Sociais

O comerciante Renato Bolsonaro, irmão do presidente da República, Jair Bolsonaro, tem atuado como mediador informal de demandas de prefeitos do estado de São Paulo interessados em verbas federais para obras e investimentos.

A Folha identificou a participação do irmão do presidente na liberação de dinheiro para ao menos quatro municípios do litoral e do Vale do Ribeira, região de origem da família Bolsonaro.

Sem cargo público, Renato participa de solenidades de anúncio de obras, assina como testemunha contratos de liberação de verbas, discursa e recebe agradecimentos públicos de prefeitos pela ajuda no contato com a gestão federal comandada pelo irmão.

Ao todo, após a atuação de Renato, foram mais de R$ 110 milhões repassados para construção de pontes, recapeamento asfáltico e investimento em centros de cultura e esportes nas cidades de São Vicente, Itaoca, Pariquera-Açu e Eldorado, município onde moram familiares do presidente.

Renato nega ser pago nesse trabalho e não responde se alguém custeia seus gastos, que incluem viagens pelo estado de São Paulo.

Filiado ao PSL, ele tem apoiado a criação do novo partido de Bolsonaro, a Aliança pelo Brasil, mas, por ser irmão do presidente, enfrenta restrições legais para se candidatar a prefeito nas eleições deste ano.

Renato mora em Miracatu, município de pouco mais de 20 mil habitantes, também no Vale do Ribeira, que desde a posse de Bolsonaro tem recebido a visita de altos funcionários do governo federal.

Estiveram por lá no ano passado os secretários da Pesca, Jorge Seif, e de Assuntos Fundiários, Luiz Antônio Nabhan Garcia, além do ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), André Luiz de Almeida, e do presidente da Embratur, Gilson Machado.

O irmão de Bolsonaro também fez o caminho contrário e procurou diretamente as autoridades para essa intermediação por recursos federais.

Em São Vicente, por exemplo, atuou em meio a um jogo de empurra entre prefeitura e governo do estado sobre quem deveria custear as obras de recuperação da Ponte dos Barreiros, que liga as áreas continental e insular da cidade litorânea. A ponte corria risco de colapso e foi interditada por determinação da Justiça, no final de novembro do ano passado.

O impasse sobre quem financiaria as obras acabou graças a Renato, que convenceu a gestão federal a pagar a conta. O irmão do presidente foi pessoalmente no dia 30 de dezembro anunciar um convênio de R$ 58 milhões de verba federal para a cidade.

Ele posou para fotos ao lado do prefeito da cidade, Pedro Gouvêa (MDB), cunhado do ex-governador Márcio França (PSB). Na frente das câmeras, assinou, como testemunha, o contrato entre governo federal e Prefeitura de São Vicente.

Em entrevista ao jornal A Tribuna, de Santos, Renato disse que ajuda quem quer ter acesso facilitado ao seu irmão.

“Estou doando meu tempo, porque naturalmente sou muito procurado pela questão de relacionamento familiar. Não tenho poder de decisão. A única coisa que faço é fazer chegar mais rápido ao presidente aquilo que acho viável. Mas ele é que tem poder de análise e decisão. Eu faço a ajuda, encurto a distância”, disse.

Além de Renato, as prefeituras também dizem que nunca pagaram nada ao irmão do presidente nem custearam viagens para que ele fosse pedir verbas.

Também no final do ano passado, Renato anunciou um convênio milionário para obras na cidade de Pariquera-Açu, no Vale do Ribeira. Desta vez, foi um pacote de benfeitorias.

Além de R$ 14 milhões liberados para a construção de uma ponte, ele divulgou que foram destinados R$ 1 milhão para obras de pavimentação, R$ 764 mil para a canalização de um centro de eventos e outros R$ 550 mil a serem investidos em um centro esportivo de artes marciais.

Dez dias antes, ele havia sido a estrela da solenidade de entrega de 21 casas do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, na cidade de Eldorado, onde ele e seu irmão Jair cresceram.

Ele também anunciou a liberação de R$ 11,4 milhões de verba federal para a construção de uma ponte sobre o rio Ribeira de Iguape, no distrito de Barra do Batatal, que pertence a Eldorado, e R$ 292 mil para asfaltar ruas da cidade.

Em Itaoca, também no Vale do Ribeira, Renato ajudou na liberação de R$ 24 milhões para a construção de uma ponte que liga a cidade ao município vizinho de Adrianópolis. Na página oficial da prefeitura consta um agradecimento do prefeito ao irmão do presidente da República.

O diretor da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, Floriano Peixoto de Azevedo Marques Neto, especialista em direito do estado, diz que, “se ele não for remunerado para isso”, não há irregularidade na atuação de Renato ao pedir verbas federais.

“Mas para a liberação de verbas acontecer as prefeituras têm que preencher os requisitos formais exigidos para a destinação voluntária de recursos da União”, diz Marques Neto. “E há um problema político. Ele está postulando verba no lugar de um agente público. A princípio, este é um trabalho que deveria ser feito por um parlamentar, por exemplo”, afirma.

Renato comemora os convênios em vídeos nas redes sociais. “Ta certo, é um dia importante, prefeito. São 14 anos, então, na luta? Em menos de um ano a Presidência da República conseguiu a liberação [de verbas para restauro da ponte]”, disse ele, sorrindo em evento na prefeitura. ​

“Eu quero parabenizar você Wagner [Costa, vice-prefeito] pelo empenho, pela insistência, autonomia que o prefeito passou para você correr atrás. Agradecer ao presidente a liberdade que me deu também de poder estar intermediando, estar levando essas questões lá para o presidente. Não sou assessor, mas faço voluntariamente pelo bem de todos”, disse Renato.

O irmão do presidente afirma que conta com aliados na intermediação dos pedidos que faz em nome dos prefeitos do interior.

“Agradecer aqui outras pessoas envolvidas que tem os assessores da Presidência, através do Mosart Aragão [assessor especial], que é um amigo também incansável que nos atendeu sempre, ao presidente da Embratur, o Gilson [Machado Neto], que depois da sua visita aqui, que não tem muito a ver com a sua área, mas ele se comoveu, se prontificou e ajudou muito para que essa conquista chegasse no dia de hoje”, diz o irmão de Bolsonaro.

A Constituição impede que parentes de até terceiro grau do presidente da República disputem eleições —exceção a familiar que já está num cargo e tente a reeleição. Com isso, Renato está impedido de se candidatar neste ano.

Na disputa municipal em Miracatu, tudo indica que ele será cabo eleitoral do vereador Vinícius Brandão de Queiroz (PL), pré-candidato à prefeitura. Vinícius Queiroz tem figurado em vídeos ao lado de Renato e de Jair Bolsonaro.

No feriado da Proclamação da República, em 15 de novembro, Vinícius Queiroz esteve num pequeno barco pescando ao lado do presidente e seu irmão Renato. Tudo gravado e divulgado em redes sociais.

“Estive com meu amigo Jair Messias Bolsonaro em uma pescaria descontraída, merecemos uma folga, afinal o Brasil está dando certo!”, escreveu Vinícius Queiroz em uma rede social. “Está filmando aí, mané?”, diz Bolsonaro no vídeo, ao saber que estava sendo gravado colocando isca no anzol.

O próprio Renato já tentou ser prefeito de Miracatu duas vezes duas vezes. Na última delas, em 2016, concorreu após denúncia de que foi funcionário fantasma da Assembleia Legislativa de São Paulo.

Uma reportagem do SBT apontou que, apesar de ser contratado como assessor parlamentar do deputado estadual André do Prado (PL), com remuneração de R$ 17 mil mensais, ele não dava expediente no Legislativo.

No horário em que deveria estar na Assembleia, Renato trabalhava nas suas lojas de venda de móveis, no Vale do Ribeira. Após a reportagem, ele foi exonerado do cargo que exercia havia três anos. O Ministério Público de São Paulo chegou a analisar esse caso, mas não houve denúncia.

OUTRO LADO

Renato Bolsonaro não atendeu as ligações da reportagem nem respondeu recados deixados na caixa postal e no aplicativo de mensagens.

A Presidência da República não respondeu se o presidente Bolsonaro tem conhecimento ou colabora com a intermediação feita por seu irmão junto a prefeituras. Também não esclareceu o papel de Mosart Aragão sobre o mesmo tema.

A Embratur e as prefeituras de Eldorado e Pariquera-Açu não responderam às perguntas da reportagem.

O Ministério do Desenvolvimento Regional disse, em nota, que os convênios “são celebrados diretamente com governos estaduais e prefeituras”. “Vale ressaltar que o MDR não tem controle sobre as divulgações acerca dos empreendimentos realizadas por terceiros.”

A Prefeitura de São Vicente, em nota, disse que a conversação com o governo federal foi feita pelo prefeito Pedro Gouvêa (MDB), ao lado da deputada federal Rosana Valle (PSB-SP), diretamente com o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto.

A prefeitura disse desconhecer qualquer pagamento ao irmão do presidente. Renato, segundo a nota, esteve em São Vicente durante o anúncio do convênio de R$ 58 milhões como visitante. “Por sua vez, assinou como testemunha como qualquer outra pessoa civilmente capaz e presente à assinatura poderia tê-lo feito.”

A Prefeitura de Itaoca afirmou, em nota, que “o pedido do recurso foi solicitado diretamente ao presidente Jair Bolsonaro, sem contato algum com o Renato e Mosart”. Em outro e-mail, a prefeitura reforçou: “Ressaltamos que Renato não possui contato nenhum com a prefeitura”.

Com informações da Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. Pode apurar!
    No final é fake news.
    Lembram da Mansão de bolsonaro, foram atrás quebraram a cara.
    O capitão é honesto.
    Não apreendeu na cartilha do PT.
    E a norte da vereadora?
    E a rachadinha da Alerj?
    Tentaram jogar pra Bolsonaro, outra vez deram com os burros n'agua.
    Não tem jeito.
    O presidente é honesto.
    Defende a família.
    É contra a corrupção.
    Condena ideologia de gêneros.
    Ama o Brasil.
    Etc etc etc etc.etc.
    Por tanto o Brasil no rumo certo!
    É melhor Jair se acostumando.
    Rsrsrs!

  2. Antes ele recebia (17 mil) sem trabalhar. Agora, trabalha sem receber.
    E o gado mugindo atrás.
    Volta Jesus!

  3. Gente entendam, essa é a nova política…… só que não é LOB mesmo…… não muda nunca…..decepcionado.

  4. Esses perseguidores da família do excelentíssimo Presidente Jair Messias bolsonaro deviam arrumar uma lavagem de roupa.
    Ah bandos de FDP ficam procurando pele em ovo.
    Querem levantar coisas erradas procurem Lula Dilma Aécio Dirceu, a amante o dracula de Pe pezao ecetc…

    1. Bento .. já tá noite, hora dos burros e do gado voltar pro. Curral…muuuuuuu

  5. Acho que aí demonstra um cidadão bem intencionado que encurta distâncias e sem receber por isso, de boa fé, se o Brasil cortasse os deputados e substituissem por pessoas de bem estaríamos bem melhor. Sem interesses partidários ou políticos.

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Brasil

Pisos de saúde e educação vão deixar comprometer dinheiro para habitação, Auxílio Gás e Defesa Civil, segundo projeção do governo

Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Os gastos mínimos com saúde e educação exigidos pela Constituição vão consumir todo o espaço das despesas não obrigatórias e comprometer o dinheiro destinado ao custeio e ao investimento nas outras áreas da União até 2028, tornando o orçamento impraticável de acordo com projeções feitas pelo governo.

Elas mostram que pisos de saúde e educação vão consumir 112% das despesas não obrigatórias até 2028.

Mantidas as regras atuais, faltaria dinheiro para o programa Minha Casa, Minha Vida, recuperação de rodovias federais, pagamento do Auxílio Gás a famílias carentes, obras de saneamento básico, ações de Defesa Civil para prevenir desastres naturais e manutenção de todos os órgãos federais.

O cenário foi antecipado pelo Estadão no dia 21 de abril com estimativas do piso da saúde. Agora, a reportagem obteve projeções do Ministério do Planejamento via Lei de Acesso à Informação que confirmam a tendência e apresentam um cenário ainda mais desafiador, com a inclusão dos gastos com educação e a distribuição do dinheiro no Orçamento.

Ao mesmo tempo que despesas obrigatórias e impositivas pela Constituição crescem, entre elas aposentadorias, emendas parlamentares, saúde e educação, o arcabouço fiscal impõe um limite para os gastos públicos (2,5% de crescimento real em relação ao ano anterior), o que diminui o espaço para investimentos em outras áreas.

A Constituição determina um gasto mínimo com saúde e educação atrelado à receita. A saúde tem 15% da Receita Corrente Líquida (RCL) e a educação tem garantia de 18% da Receita Livre de Impostos (RLA). O dinheiro serve para custear a manutenção de postos de saúde, hospitais, escolas e universidades, além de novos investimentos nos dois setores.

Pisos de saúde e educação vão consumir 112% das despesas não obrigatórias até 2028

Os pisos de saúde e educação vão somar R$ 336,3 bilhões em 2025, de acordo com as projeções do governo. O dinheiro é dividido entre despesas obrigatórias e discricionárias (não obrigatórias). Os recursos vão consumir 44% do orçamento disponível para todas as despesas não obrigatórias, espaço disputado com outras áreas. O porcentual subirá para 51% em 2026, 63% em 2027 e 112% em 2028.

Em 2027, sobrariam apenas R$ 45 bilhões para gastos não obrigatórios nas outras áreas, um cenário considerado impraticável por integrantes do governo e economistas. Em 2028, faltariam R$ 12 bilhões para custeio e investimento em outras áreas, paralisando o Orçamento. Isso significa que o governo terá de rever os gastos mínimos com saúde e educação ou mexer no arcabouço fiscal.

Dentro das despesas não obrigatórias, há dois tipos de programações: custeio (manutenção de órgãos e serviços públicos) e investimentos (obras e equipamentos). Como os investimentos ainda têm um mínimo exigido pelo arcabouço, que é de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB), as despesas que correm mais risco são as de custeio: manutenção de todos os ministérios, autarquias e órgãos federais, Auxílio Gás e ações de Defesa Civil, entre outras.

Revisão de gastos não tem consenso dentro do próprio governo

Integrantes da equipe econômica defendem uma revisão dos pisos de saúde e educação. O Tesouro Nacional tem estudos para alterar o índice que reajusta o crescimento dessas despesas, saindo de porcentuais vinculados à arrecadação e partindo para um mínimo vinculado ao crescimento da população ou do Produto Interno Bruto (PIB). Na prática, as mudanças poderiam tirar até R$ 131 bilhões da saúde e educação até 2033, distribuindo o recurso para outras áreas.

Internamente, os ministérios da Saúde e Educação não querem rever os pisos atuais, argumentando que um crescimento menor compromete os investimentos nas duas áreas e a manutenção das unidades de saúde e de ensino nos próximos anos. Não há consenso no governo. As bancadas dos dois setores no Congresso também são contra, assim como parlamentares do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em entrevista ao Estadão, na última quinta-feira, 9, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não vê muito espaço para a desvinculação dos benefícios previdenciários (do salário mínimo) e que a discussão sobre rever os pisos de saúde e educação “não prosperou” no governo.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defende uma revisão dos gastos obrigatórios, incluindo um plano para desvincular os benefícios da Previdência Social do salário mínimo. “Ninguém está falando em mexer em nada em 2024 e 2025. O meu papel é mostrar que, a partir de 2026, nós começamos a não ter recursos para as despesas discricionárias livres, tirando emenda parlamentar. A gente vai para um limite insustentável”, afirmou Tebet ao Estadão na última sexta-feira, 10.

O Executivo deve elaborar o Orçamento de 2025 sem mexer nas premissas, mas integrantes da equipe econômica não veem espaço para manter as regras atuais por mais tempo. “É um fator de preocupação para nós, é um desafio que já está colocado nesse cenário de médio prazo e aqui entra a importância redobrada da agenda de revisão de gastos obrigatórios”, afirmou o secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, em coletiva de imprensa no dia 15 de abril.

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Geral

Relator de Projeto de Lei propõe taxar streamings e YouTube, e isentar Globoplay

Foto: Glenn Carstens Peters/Unsplash

Relator do projeto de lei que regula serviços de streaming e vídeos sob demanda, o deputado André Figueiredo enviou aos líderes da Câmara nesse fim de semana um parecer preliminar. O texto de Figueiredo prevê taxar os streamings e o YouTube, mas isenta o Globoplay, serviço do Grupo Globo, da cobrança.

A tributação de serviços de vídeos sob demanda, televisão por aplicativo e compartilhamento de conteúdos audiovisuais, a exemplo de Netflix e YouTube, é prevista no projeto com o pagamento da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine).

Os valores da alíquota serão progressivos, até o máximo de 6% sobre a receita bruta no mercado brasileiro, incluindo receitas com publicidade.

O Globoplay, streaming que reúne produções da Globo e outros conteúdos, no entanto, ficará de fora da cobrança. Ao especificar “Serviço de Televisão por Aplicação de Internet”, categoria a ser tributada, o parecer de André Figueiredo diz que a definição não inclui serviços do tipo promovidos por concessionárias de radiodifusão de sons e imagens, como o do Grupo Globo.

O parecer de Figueiredo submetido aos líderes da Câmara também trata da tributação de influenciadores digitais, que poderão pagar a Condecine referente a valores obtidos com visualização de seus conteúdos.

Para evitar que as plataformas repassem o custo da Condecine aos influenciadores, descritos como “importante categoria de formadores de opinião”, o texto diz que os aplicativos poderão deduzir metade do valor da taxa na remuneração dos influenciadores por monetização de visualizações.

O parecer preliminar do relator também incluiu uma cota de, no mínimo, 10% das horas do catálogo para conteúdos brasileiros. Dentro da cota, 50% dos conteúdos devem ser feitos por produtores controlados por mulheres, negros, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência, pessoas de comunidades tradicionais e em situação de vulnerabilidade.

Outro ponto do texto é que 10% das receitas da Condecine serão destinadas a estas produtoras e, dentro desse percentual, pelo menos 30% das receitas devem ser destinadas a produtoras das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Guilherme Amado – Metrópoles

Opinião dos leitores

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Geral

Justiça da Bahia mantém prisão de Wendel Lagartixa após audiência de custódia

Imagem: reprodução

A Justiça da Bahia decidiu manter a prisão do PM reformado Wendel Fagner Cortez de Almeida, conhecido como Wendel Lagartixa, após a audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (13).

De acordo com o advogado de Lagartixa, João Antônio, ele deve ser transferido para um Presídio Militar, também na Bahia. Não tem previsão de quando ele possa ser recambiado para o Rio Grande do Norte. A transferência para o presídio militar o deixou “mais tranquilo”, informou também João Antônio.

A audiência de custódia durou cerca de duas horas. Ainda segundo o advogado, na abordagem, o PM reformado teria informado que tinha uma arma no carro, mas não que ela seria dele.

Ponta Negra News

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Política

Rogério Marinho aciona PGR para investigar possível abuso de autoridade por ministro da Comunicação

Foto: Rogério Marinho

O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, protocolou nesta sexta-feira (10) uma representação solicitando a investigação da conduta do ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência, Paulo Pimenta. A representação, encaminhada à Procuradoria-Geral da República (PGR), alerta para um possível uso abusivo do poder estatal com a finalidade de silenciar e censurar críticas ao Governo Lula. O chefe da comunicação social do governo pediu ao Ministério da Justiça a instauração de investigações criminais contra parlamentares e cidadãos que criticaram a gestão do governo federal na tragédia no Rio Grande do Sul.

Rogério Marinho argumenta que as ações de Pimenta podem configurar um desvio de finalidade pública e repressão ilegalmente a livre manifestação do pensamento. Para o líder da oposição, o ministro do governo Lula aproveita-se da situação de calamidade pública para reprimir críticas e calar a oposição. O senador destaca a gravidade da decisão do titular da Secom de empregar o poder estatal para investigar e “mandar prender” críticos do governo, sob alegações de disseminação de desinformação, colocando em risco as garantias constitucionais de liberdade de expressão e a imunidade parlamentar.

Na representação, Rogério Marinho pede que a PGR avalie a legalidade e a moralidade das ações de Paulo Pimenta, especialmente em relação ao direito de fiscalizar e criticar as ações do Poder Executivo Federal, garantida pela Constituição aos membros do Congresso. O documento destaca a importância de se manter uma administração pública transparente e sujeita ao escrutínio público. O líder da oposição sustenta que o abuso no uso da máquina pública para censurar a oposição não pode ser tolerado em uma sociedade democrática.

Opinião dos leitores

  1. Era só o que faltava…
    O esgoto bolsonarista mente e distorce os fatos e não quer ser investigado…

  2. Que vergonha , Sr . Rogério Marinho , o que o ministro Paulo Pimenta está querendo , é que a polícia federal investigue as pessoas que estão postando fake news sobre a tragédia do RS .

  3. “Pelo direito de mentir, de inventar historias, de denigrimir a imagem de quem eu quiser, sem punição. É o meu direito de expressão. Eu posso!”

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Cidades

Av. João Medeiros será interditada parcialmente para obra da Caern a partir desta terça-feira (14)

Foto: Maps / Reprodução

Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) iniciará na próxima terça-feira (14) uma substituição de rede de abastecimento na Avenida João Medeiros Filho, na Zona Norte de Natal.

Segundo a Caern, a manutenção preventiva é necessária por causa da vida útil da rede implantada.

Serão substituídos aproximadamente 350 metros na Avenida João Medeiros, no trecho entre a rua da Tamarineira e a avenida Bahia, próximo ao Partage Norte Shopping. A previsão da Companhia é que o serviço seja realizado até o dia 6 de junho.

Neste período, uma das faixas da avenida, no sentido Redinha estará fechada. O abastecimento da região terá alterações pontuais, que serão informadas com 72h de antecedência de qualquer ocorrência.

“Essa substituição traz uma melhoria para a rede de distribuição da zona Norte, já que estamos fazendo uma troca de uma tubulação antiga de cimento amianto por uma nova em PVC. Com isso se evita quebras e vazamentos”, explica o superintendente de Operação e Manutenção da Caern, Ewerton Siqueira.

Fonte: Portal 98 Fm

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Geral

ACM Neto dispara: “Governo Lula cheira a mofo”

Foto: Valter Pontes/Secom

Em entrevista ao jornal Correio da Bahia, o vice-presidente eleito do União Brasil, ACM Neto, afirmou que o governo Lula não deslanchou e que a gestão federal petista continua “presa no passado”.

“[Esse] É um governo que cheira a mofo em relação à prática política. E também cheira a mofo em relação às ações de governo, aos projetos para o país”, disse o ex-prefeito de Salvador.

A crítica de ACM ocorre dias após o presidente Lula intimidar em evento oficial o prefeito de Teixeira de Freitas, Marcelo Belitardo.

Na sexta-feira da semana passada, Lula classificou como “falta de respeito” a ausência do prefeito na solenidade de inauguração do Hospital Estadual Costa das Baleias e na visita ao campus Paulo Freire da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

“Eu não o conheço. Eu só quero dizer para vocês é que é uma falta de respeito o prefeito não estar aqui, agora, na inauguração, agradecendo ao governador Jerônimo [Rodrigues] de ter feito um hospital aqui, de agradecer ao Lula pela universidade aqui, pelas escolas técnicas…”, disse o petista.

Nesta segunda, ACM Neto respondeu.

“A gente vê um governo envelhecido. Um governo que continua preso ao passado, seja na prática política, seja nas ações e planos de trabalho e de governo em si. Nas práticas políticas porque não souberam fazer uma construção política mais ampla, reeditaram a lógica do passado, do próprio PT, do toma lá dá cá”, declarou o vice-presidente do União.

“[É] Um governo extremamente dominado por quadros petistas. Então, não é um governo plural. Outros partidos ocupam espaços periféricos, menos relevantes. E quando se trata de discutir a agenda do país, quando se trata de discutir políticas públicas, prioridades, rumos e caminhos, essas discussões acontecem intramuros, exclusivamente, entre os petistas. Então, é um governo que cheira a mofo em relação à prática política. E também cheira a mofo em relação às ações de governo, aos projetos para o país”, acrescentou.

O União Brasil tem hoje três ministérios no governo Lula e há indicativos de que a sigla desembarque de vez da base de sustentação da administração petista.

Fonte: O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Só quem defende esse desgoverno do descondenado é porque tem uma teta. Ou ele ou alguém próximo. Podem checar.

  2. E por acaso não é falta de respeito ? Em uma entrega de obras para a cidade em que existe um prefeito , ele por ideologia não
    comparecer ? Muito vago o que ACM Neto falou , ele não tem que atacar um governo que está entregando uma obra , ele tem que responder a LULA por que o prefeito não compareceu , simples assim .

  3. Melhor cheirar a mofo do que andar cheirando outras coisas, esse daí por exemplo se acha o “novo” na política, mas tem um cheirinho estranho de ultrapassado, deve tá sentindo saudades do cheirinho das falcatruas do vovô que mexia até na inviolabilidade do telão do senado, né?…hehehe ..uma piada esse senhor.

    1. Bem lembrando , Ângelo , quem está preso ao passado é ele .

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Cidades

[VÍDEO] Parte de asfalto cede na BR 101 deixando trânsito congestionado

Parte do asfalto cedeu na marginal da BR-101, na altura do Carrefour, em frente à parada de transportes intermunicipais, na Zona Sul de Natal. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram um buraco e bastante água no local. Dois ônibus colidiram devido ao incidente que teria sido causado por um vazamento de água.

O trânsito ficou complicado no trecho. Segundo relatos de testemunhas, um ônibus ficou preso no buraco.

A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) informou que uma equipe foi enviada ao local e que a área foi isolada para a realização dos reparos necessários.

Fonte: Tv Ponta Negra

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Geral

[VÍDEO] Cachorro salvo de enchente no RS fica ‘nadando’ no ar após resgate

Um vídeo que circula nas redes mostra um cachorro “nadando” no ar após ser resgatado de uma enchente no Rio Grande do Sul.

Uma voluntária disse que cachorros resgatados ficam traumatizados. “A gente levanta e eles ficam nadando no ar. Cada cachorro que sai do barco fica por horas assim”.

No vídeo, o cachorro resgatado faz o movimento para continuar nadando enquanto é carregado por uma voluntária. Pelo menos 20 mil animais já foram resgatados desde o início das chuvas no Rio Grande do Sul, segundo a Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária.

Os pets resgatados são direcionados para abrigos, lares temporários e ONGs. Governo do RS disponibilizou caixas de transporte pet, ração, chips e insumos para atendimento, além de veículo, barco e suporte logístico para acesso da equipe às regiões alagadas.

A procura por lugares para que famílias possam se abrigar junto aos pets é muito grande. A PUC-RS abriu um espaço para receber as pessoas resgatadas com seus animais de estimação. Atualmente, abriga 17 gatos, 43 cachorros e 2 porquinhos da Índia.

*Com informações do Uol e Portal 98Fm

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