CEO da Sinovac Biotech, Yin Weidong, durante entrevista em Pequim nesta terça-feira (19) Foto: Marcelo Ninio / O Globo
Novos lotes com insumos para a produção de 20 milhões de doses da CoronaVac chegarão da China ao Brasil no fim deste mês e no início de fevereiro. Esta é a previsão para a próxima fase de fornecimento das matérias-primas necessárias para continuar a produção da vacina contra a Covid-19 no Instituto Butantan. A informação é de fontes que acompanham as negociações de perto, ouvidas pela reportagem.
Na segunda-feira o diretor do Butantan, Dimas Covas, manifestou preocupação com o atraso na entrega dos insumos da vacina chinesa. Segundo as mesmas fontes a demora se deve a questões burocráticas de exportação, não à escassez de insumos.
Embora a vacinação emergencial contra a Covid-19 na China venha ocorrendo desde o meio de 2020, com o surgimento de um novo surto, o governo deu início a um plano mais amplo no início deste ano voltado a nove grupos de risco. O objetivo é vacinar 50 milhões de pessoas até o Ano Novo Chinês, que começa no dia 12 de janeiro, quando tradicionalmente milhões de pessoas se deslocam pelo país.
No Brasil, o início da vacinação foi marcado pela incerteza sobre as doses, com secretários estaduais estimando que o estoque dure apenas uma semana. O Brasil ainda não conseguiu efetivar, da Índia, a importação de duas milhões de doses da vacina da Astra Zeneca/Oxford nem há previsão para a chegada dos insumos, também da China, para a fabricação do imunizante pela Fiocruz.
Para a CoronaVac, a expectativa é de que os próximos lotes de insumos a serem entregues ao Butantan totalizem 11 mil litros, o que seria suficiente para produzir cerca 20 milhões de doses. Os próximos embarques estão previstos para a próxima semana.
Na entrevista coletiva da última segunda-feira, Dimas Covas afirmou que as matérias-primas já estão prontas para envio “desde meados deste mês”, e que a partida depende da autorização do governo chinês.
Procurada pela reportagem, a Embaixada do Brasil em Pequim informou que está em contato com as autoridades chinesas e com a empresa responsável pelo fornecimento dos insumos “para identificar a melhor maneira de resolver a questão”.
Sinovac assegura cumprimento de contrato
Em entrevista ao GLOBO nesta terça-feira, o comandante da Sinovac, laboratório que produz a CoronaVac, disse que a empresa cumprirá sua parte no contrato e pediu a confiança do público brasileiro. Yin Weidong, porém, não quis entrar em detalhes sobre o cronograma dos próximos envios de insumos da CoronaVac.
O executivo acrescentou que o laboratório concluiu a construção de uma nova fábrica em Pequim, o que permitirá dobrar a produção da vacina para um bilhão de doses por ano.
— Assinamos um contrato comercial (com o Butantan) e vamos executá-lo. Não posso detalhar a data específica, mas em termos gerais apoiamos totalmente e valorizamos o uso da vacina no Brasil. Até agora já fornecemos milhões de doses ao Butantan, mais, inclusive, do que para o mercado chinês, que recebeu 10 milhões — disse o CEO da Sinovac.PUBLICIDADE
Weidong reforçou, ainda, a parceria com o Butantan:
— Gostaria de dizer ao público brasileiro que acredite no Instituto Butantan na parceria com a Sinovac. Nós damos grande importância ao processo de vacinação no Brasil.
Segundo o executivo, há uma escassez mundial de vacinas, o que tem provocado a mobilização de governos do mundo inteiro para garantir o suprimento.
— Entendo a preocupação. O mundo inteiro está ansioso para ter as vacinas, todos os governos estão na mesma expectativa. Há uma escassez mundial no suprimento de vacinas. Não é uma questão que afeta apenas a população brasileira — disse Weidong. — Todos os governos estão concentrados nisso. Vimos isso na Turquia, onde o presidente foi vacinado, e em outros países. Nós faremos o máximo para implementar o fornecimento ao Brasil de acordo com o contrato (assinado).
O Globo
Que banho o butantan deu no desgoverno federal.
Falaram tão mal da China agora estão aí com o rabo pra cima dependendo da China pra vacina. Cambada de idiotas . Ideologia mata
Exato. "Tudo que é demais é veneno" já diziam os mais antigos.
O Covid veio da China para devastar o Mundo. Se brincar nem o povo amarelo vai escapar.
Estamos assistindo a dois modelos de relacionamento político e comercial do Brasil com o mundo. De um lado Bolsonaro, seu ministro Ernesto, seu filho Eduardo, aka Bananinha e outras autoridades do governo, quase todos comprometidos com o brevemente ex presidente dos EUA e sua política desastrada e que, fizeram com que o Brasil atualmente considerado um pária internacional sendo desprezado por China, India e Argentina como pretenso comprador de vacinas e insumos. Do outro lado, bom, do outro lado os que pensam, acreditam que a terra não é plana, se esforçaram e garantiram o início da vacinação para o povo. Está claro que o Brasil só vai conseguir recuperar o respeito de que sempre foi merecedor se escorraçar essa corja de alienados que hoje ocupa o governo do país. #Fora Bozo