(FOTO: PIXABAY/HOLGERSFOTOGRAFIE/CREATIVE COMMONS)
Um homem de 52 anos chegou em um centro médico em Delhi, na Índia, afirmando que estava com o pênis ereto e dolorido por 48 horas. Imediatamente, os médicos usaram um bisturi para criar um orifício de escape para que o sangue preso no órgão pudesse ser liberado. Desta maneira, o inchaço diminuiu.
Em seguida, o paciente ficou com um cateter e curativo. Os efeitos colaterais mais prováveis deste procedimento são inchaço e hematomas, ou uma ereção semi-rígida que pode durar dias. Infelizmente, neste caso, no dia seguinte a cabeça de seu pênis começou a ficar com a coloração preta.
O homem foi transferido para o Departamento de Urologia da King George’s Medical University, onde foi examinado e tratado. Primeiro, os médicos removeram o cateter e realizaram uma cistostomia suprapúbica (inserindo cirurgicamente um cateter no abdome para drenar a bexiga) a fim de reduzir o risco de infecções.
Contudo, a gangrena – quando a perda de sangue faz o tecido morrer – continuou a se espalhar. “A cor preta do pênis se aprofundou no dia seguinte”, escreveu Saqib Mehdi no relatório do caso, publicado no BMJ Case Reports. “E uma linha clara de demarcação tornou-se visível entre a cabeça e o eixo do pênis.”
A equipe médica decidiu que, para interromper a gangrena, teria que realizar uma glansectomia (amputação).
Não se sabe o que causou o priapismo – ereção prolongada e muitas vezes dolorosa –, embora os médicos sugiram que o primeiro tratamento do paciente possa ter sido causador da gangrena. “Cateter uretral, curativo de pressão apertada e infecção local, isoladamente ou em combinação, podem causar gangrena peniana em casos de priapismo”, escreveram os especialistas. “Neste caso, o paciente foi cateterizado e um curativo compressivo foi aplicado em torno de seu pênis.”
Após a operação, o homem se recuperou rapidamente e recebeu alta do hospital em 48 horas. Três semanas depois, ele já estava bem.
O relatório do caso contém uma fotografia do pênis com gangrena – para ver, basta acessar este link do BMJ Case Reports. A imagem é forte.
Galileu
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