Diversos

FOTOS: Iceberg maior que o Rio de Janeiro se solta de plataforma na Antártida

(Foto: Divulgação/Equipe Halley/British Antarctic Survey)

Um iceberg gigante de 1270 km² — área um pouco maior que a da cidade do Rio de Janeiro (1255 km²) — se desprendeu da Plataforma de Gelo Brunt, na Antártida. O acontecimento preocupante foi confirmado por instrumentos de medição na manhã da última sexta-feira (26).

Os sinais de alerta para o movimento de ruptura já vinham sendo observados há mais de uma década, de acordo com comunicado dos cientistas do centro de estudos britânico British Antarctic Survey (BAS), que monitoram as possibilidades de rachaduras no gelo.

Entretanto, em novembro de 2020, uma fenda chamada de “North Rift” — que é a terceira a se formar na última década — apresentou risco iminente de causar uma ruptura conforme o degelo se agravava. Em janeiro de 2021, a fenda avançou ainda mais, movimentando-se cerca de 1 quilômetro por dia. Até que, no dia 26 de fevereiro, o iceberg finalmente se desprendeu em questão de horas.

Esse é o primeiro grande evento de ruptura desde 1971.“Nas próximas semanas ou meses, o iceberg pode se mover; ou pode encalhar e permanecer perto da plataforma de gelo de Brunt”, alerta Dame Jane Francis, diretora do BAS, em nota.

Uma preocupação dos cientistas é que a Estação de Pesquisa Halley está localizada próxima ao local de ruptura. Embora não haja atualmente risco de que a quebra da plataforma de gelo atrapalhe os estudos do centro de especialistas, em 2016, os pesquisadores realocaram a unidade de pesquisa em 36 quilômetros para evitar um desastre.

“Essa foi uma decisão sábia. Nosso trabalho agora é ficar de olho na situação e avaliar qualquer impacto potencial na plataforma de gelo restante. Revisamos continuamente nossos planos de contingência para garantir a segurança de nossa equipe”, informa o diretor de operações do BAS, Simon Garrod.

De acordo com a rede britânica BBC, a estação de pesquisa está com função reduzida desde 2017 devido aos perigos do rompimento. Nos últimos quatro anos, a equipe trabalhou apenas durante o verão antártico.

Mesmo assim, mais de uma dúzia de monitores com tecnologia GPS medem e transmitem informações sobre a deformação do gelo da plataforma diariamente. “Com três longas fendas em desenvolvimento no sistema de plataforma de gelo de Brunt nos últimos cinco anos, todos nós estávamos antecipando que algo espetacular iria acontecer”, disse o glaciologista Adrian Luckman à BBC.

Galileu

 

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Diversos

Iceberg duas vezes maior que Nova York ameaça escapar da Antártida

(NASA ICE/Wikimedia Commons)

Um satélite da NASA registrou que, na Plataforma Brunt, uma geleira grande na Antártida, surgiram duas rachaduras instáveis – uma que está crescendo para o Leste e outra para o Norte – e elas estão aumentando proporções assustadoras.

Os satélites observam a geleira há mais de 30 anos, e comparando imagens de 2019 com as iniciais, de 1986, é possível perceber a estabilidade anterior e a iminente quebra atual.

A rachadura que cresce do sul para o norte está aumentando de tamamho numa taxa de 4 quilômetros ao ano. É ela que gera maior preocupação aos cientistas.

O gigante bloco de gelo que pode se desprender da plataforma possui 1.700 quilômetros quadrados, o que é duas vezes a cidade de Nova York e um pouco maior que a cidade de São Paulo (que possui 1.521km2.

Este processo de desagregação, também conhecido como “parto”, ocorre naturalmente nas plataformas de gelo. Mas não no ritmo atual e nem nas proporçõs que se vê em toda a geleira Brunt, alertou a Nasa.

Além disso, os centros de pesquisa instalados lá também estão ameaçados. A estação Halley, da British Antarctic Survey, uma base importante para análises científicas envolvendo a Terra, a atmosfera e o espaço, que funciona normalmente durante todo o ano, pode acabar tendo que se realocar em um local mais seguro. Os cientistas temem que a estação pare de funcionar por um tempo.

Outro fator preocupante é que o futuro a longo prazo das plataformas de gelo da Antártida terá uma grande influência no aumento do nível do mar em todo o mundo. De acordo com um relatório divulgado por cientistas dos EUA e do Reino Unido no ano passado, o derretimento da camada de gelo acelerou três vezes nos últimos cinco anos.

A menos que medidas drásticas sejam tomadas para reduzir as emissões de gases estufa, os cientistas estimam que o derretimento do gelo da Antártida deve acrescentar mais de 25 centímetros ao total do aumento do nível do mar até 2070.

Super Interessante

 

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Saúde

Cientista brasileiro descobre na Antártida bactérias que podem ajudar na luta contra o câncer

Pesquisador brasileiro viajou a Antártida para colher bactérias que produzem compostos capazes de inibir o desenvolvimento de um tipo de câncer — Foto: LEONARDO JOSÉ SILVA/DIVULGAÇÃO/BBC

Com uma área de 14 milhões de quilômetros quadrados – uma vez e meia maior do que a do Brasil – quase totalmente cobertos com uma camada de gelo de 2,1 quilômetros de espessura em média (mas que em alguns pontos pode chegar a quase cinco quilômetros), e mais 20 milhões de quilômetros quadrados de mar congelado no inverno e 1,6 no verão, a vastidão gelada da Antártida é um ambiente extremo. Mas por isso mesmo, é uma região propícia para o surgimento e evolução de espécies únicas, com metabolismos exóticos, que aumentam as chance de desenvolvimento – e descoberta – de novas substâncias, que podem dar origem a novas drogas para o tratamento de várias doenças, entre elas o câncer.

Foi justamente o que descobriu o pesquisador Leonardo José Silva, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba, ao estudar bactérias que vivem na gramínea Deschampsia antarctica, que só existe na Antártida. Ele viajou para o continente entre novembro e dezembro de 2014 com um grupo de outros pesquisadores brasileiros. Ali, coletou pequenas amostras de solo, acondicionou as amostras em sacos plásticos herméticos e as guardou em um ultrafreezer, a – 80 ºC (negativos).

Depois, ao estudar as bactérias na gramínea, constatou que várias delas produzem compostos capazes de inibir o desenvolvimento do glioma (um tipo de câncer que ocorre no cérebro e na medula espinhal), tumores na mama e no pulmão. A pesquisa toda foi realizada entre fevereiro de 2014 e julho de 2018.

Silva pesquisou em região inóspita com espécies que só existem na Antártida e onda há pouca influência humana — Foto: LEONARDO JOSÉ SILVA/DIVULGAÇÃO/BBC

A viagem de Silva foi de prospecção – no caso dele, de busca por compostos bioativos. Segundo ele, as atividades de prospecção podem ser realizadas em qualquer ambiente. “No entanto, as chances da descoberta de novas substâncias, capazes de auxiliar o desenvolvimento de fármacos, controladores biológicos de pragas agrícolas ou mesmo enzimas para promover o benefício a um determinado processo industrial, são aumentadas quando procuramos em um local pouco explorado, como por exemplo o continente antártico”, diz.

Isso ocorre porque aquela região inóspita concilia fatores importantes para o estabelecimento de vias metabólicas inusitadas, como, por exemplo, condições ambientais extremas, baixo fluxo gênico, espécies endêmicas (que só existem lá) e pouca influência humana, que podem favorecer a produção de substâncias de importância biotecnológica.

Silva pesquisou o microbioma associado à rizosfera (região onde o solo e as raízes das plantas entram em contato) da gramínea na Ilha Rei George, localizada na Península Antártica.

Pesquisador da Esalq identificou cinco novas espécies e isolou 72 linhagens de grupo bacteriano — Foto: LEONARDO JOSÉ SILVA/DIVULGAÇÃO/BBC

O objetivo do trabalho do pesquisador da Esalq era descobrir e selecionar linhagens de actinobactérias (grupo bacteriano versátil na geração de compostos bioativos), capazes de produzir substâncias eficientes em controlar o desenvolvimento de tumores humanos.

Como resultado da sua prospecção, o pesquisador identificou cinco novas espécies, entre as quais a Rhodococcus psychrotolerans, cuja descrição foi publicada recentemente no periódico internacional Antonie van Leeuwenhoek.

Além disso, foram isoladas 72 linhagens desse grupo bacteriano e criada uma “biblioteca” contendo 42.528 clones. “Como consequência das atividades de pesquisa, obtivemos uma coleção de actinobactérias produtoras de compostos antitumorais, as quais poderão ser exploradas em maior profundidade por meio de parcerias entre centros de pesquisas públicos ou pela iniciativa privada”, diz Silva.

“A razão pela qual empenhamos nossos esforços para a obtenção de compostos ativos é contribuir com o desenvolvimento de tratamentos para o câncer, de forma a prover maior expectativa de vida para pacientes.”

Em relação à produção de compostos antitumorais, duas linhagens descobertas por Silva apresentaram pronunciada atividade contra o desenvolvimento de cânceres de glioma, pulmão e mama, e portanto foram selecionadas para os trabalhos de caracterização dos constituintes bioativos.

As substâncias cinerubina B e actinomicina D, identificadas, respectivamente, no extrato bruto das linhagens CMAA 1527 e CMAA 1653 das bactérias encontradas por Silva, já são conhecidas por apresentarem atividades antitumorais. Ou seja, já são usadas em inúmeros fármacos para o tratamento de cânceres. Apesar disso, os resultados do trabalho do pesquisador da USP representam uma importante contribuição científica ao país, dado o valor de marcado delas. Cada 100 mg de actinomicina D, por exemplo, custa aproximado de R$ 14 mil.

A pesquisa, segundo Silva, foi fez parte de sua tese de doutorado pelo Programa de Microbiologia Agrícola, da Esalq, e contou com aporte financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O estudo, diz ele, foi orientado pelo pesquisador Itamar Soares de Melo, da Embrapa Meio Ambiente, uma unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, além de ter contado com uma série de parcerias.

Segundo pesquisador, substâncias obtidas a partir de micro-organismos e plantas representam 60% dos agentes antitumorais — Foto: LEONARDO JOSÉ SILVA/DIVULGAÇÃO/BBC

A pesquisa de Silva se insere em um contexto mais amplo, no qual o aumento do número de casos de câncer tem atraído a atenção da comunidade científica de todo o mundo e impulsionado as buscas por novas estratégias e drogas para o tratamento da doença. “Nesse sentido, substâncias obtidas a partir de micro-organismos e plantas estão entre as mais promissoras, representando aproximadamente 60% dos agentes antitumorais aprovados para uso nas últimas décadas”, afirma.

Segundo Silva, a descoberta e a identificação da atividade antitumoral dos compostos em células de cânceres cultivadas em laboratório é o primeiro passo para o desenvolvimento de um novo medicamento de uso clínico. “Os próximos estágios são testes in vivo (com animais), modificações estruturais para manter sua atividade e evitar efeitos danosos em células não doentes, testes da dosagem ideal e do encapsulamento das substâncias e, por fim, os ensaios em seres humanos”, explica.

Mas o trabalho de Silva ainda não se encerrou. “Tendo em vista que apenas duas linhagens descobertas foram exploradas, e que temos mais 15 outras produtoras de compostos anticâncer sem qualquer informação adicional, tenho como principal interesse estudá-las, em busca de novos compostos bioativos”, afirma.

Outro objetivo é dar continuidade aos ensaios iniciados por meio de parcerias eficientes em testes clínicos, dosagens de medicamentos e modificações estruturais das substâncias produzidas para redução de citotoxicidade (danos que as substâncias podem causar às células sadias) e aumentar a especificidade sobre o alvo (os tumores), isto é, fazer com que as novas drogas ajam apenas contra as células cancerosas.

G1, com BBC 

 

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  1. Frutos da Pesquisa Básica que devem ser sempre incentivados com apoio e recursos do Governo. Nesse Campo não se determina cronogramas!

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Clima

Temos menos de uma década para impedir uma catástrofe na Antártida; continente perdeu 3 trilhões de toneladas de gelo nos últimos 25 anos

ANTÁRTIDA DEMANDA AÇÃO IMEDIATA CONTRA O AQUECIMENTO GLOBAL PARA CONTINUAR EXISTINDO COMO A CONHECEMOS. (FOTO: CREATIVE COMMONS / MARIAMICHELLE)

A Antártida perdeu três trilhões de toneladas de gelo entre 1992 e 2017, de acordo com uma nova análise de observações de satélite. Na vulnerável Antártida Ocidental, a taxa anual de perda de gelo triplicou durante esse período, chegando a 159 bilhões de toneladas por ano. No geral, gelo suficiente foi perdido da Antártida nos últimos 25 anos para elevar os mares globais em oito milímetros.

Como será a Antártida no ano de 2070 e como as mudanças na Antártida impactarão o resto do mundo? A resposta dessas perguntas depende das escolhas que fazemos na próxima década, conforme descrito em nosso documento de acompanhamento, também publicado na Nature.

Nossa pesquisa contrasta duas narrativas em potencial para a Antártida ao longo do próximo meio século – uma história que vai se desenrolar durante as vidas das crianças e jovens adultos de hoje.

Enquanto os dois cenários são necessariamente especulativos, duas coisas são certas. A primeira é que, uma vez que mudanças significativas ocorram na Antártida, estamos comprometidos com séculos de mudanças adicionais e irreversíveis em escalas globais. A segunda é que não temos muito tempo – a narrativa que acaba se desenrolando dependerá das escolhas feitas na próxima década.

Mudança na Antártida tem impactos globais

Apesar de ser a região mais remota da Terra, as mudanças na Antártida e no Oceano Austral terão consequências globais para o planeta e para a humanidade.

Por exemplo, a taxa de elevação do nível do mar depende da resposta da camada de gelo da Antártida ao aquecimento da atmosfera e do oceano, enquanto a velocidade da mudança climática depende de quanto calor e dióxido de carbono são absorvidos pelo Oceano Antártico. Além disso, os ecossistemas marinhos em todo o mundo são sustentados pelos nutrientes exportados do Oceano Antártico para latitudes mais baixas.

De uma perspectiva política, a Antártida e o Oceano Antártico estão entre os maiores espaços compartilhados na Terra, regulados por um regime de governança único conhecido como o Sistema do Tratado da Antártida. Até agora, este regime tem sido bem sucedido em gerenciar o meio ambiente e evitar a discórdia.

No entanto, assim como os sistemas físicos e biológicos da Antártida enfrentam desafios da rápida mudança ambiental impulsionada pelas atividades humanas, o mesmo ocorre com a gestão do continente.

Antártida em 2070

Consideramos duas narrativas dos próximos 50 anos para a Antártida, cada uma descrevendo um futuro plausível baseado na ciência mais recente.

No primeiro cenário, as emissões globais de gases de efeito estufa permanecem sem controle, o clima continua aquecido e pouca ação política é tomada para responder a fatores ambientais e atividades humanas que afetam a Antártida.

Nesse cenário, a Antártida e o Oceano Antártico sofrem mudanças generalizadas e rápidas, com consequências globais. O aquecimento do oceano e da atmosfera resulta na perda dramática de grandes plataformas de gelo. Isso causa perda do manto de gelo da Antártida e a aceleração do aumento do nível do mar para taxas não vistas desde o final do último período glacial, há mais de 10.000 anos.

O aquecimento, o recuo do gelo marinho e a acidificação dos oceanos alteram significativamente os ecossistemas marinhos. E o crescimento irrestrito no uso humano da Antártida degrada o meio ambiente e resulta no estabelecimento de espécies invasoras.

No segundo cenário, ações ambiciosas são tomadas para limitar as emissões de gases de efeito estufa e estabelecer políticas que reduzam a pressão humana no meio ambiente da Antártida.

Sob esse cenário, a Antártida em 2070 parece muito com hoje. As plataformas de gelo permanecem praticamente intactas, reduzindo a perda da camada de gelo da Antártida e, portanto, limitando o aumento do nível do mar.

Um regime de governança cada vez mais colaborativo e eficaz ajuda a aliviar as pressões humanas na Antártida e no Oceano Antártico. Os ecossistemas marinhos permanecem praticamente intactos, à medida que o aquecimento e a acidificação são controlados. Em terra, as invasões biológicas permanecem raras. Os invertebrados e micróbios únicos da Antártida continuam a florescer.

A escolha é nossa

Podemos escolher quais dessas trajetórias seguiremos no próximo meio século. Mas a janela de oportunidade está se fechando rapidamente.

O aquecimento global é determinado pelas emissões globais de gases do efeito estufa, que continuam a crescer. Isso nos comprometerá com impactos climáticos ainda mais inevitáveis, alguns dos quais levarão décadas ou séculos para acontecer. As emissões de gases de efeito estufa devem atingir o pico e começar a cair na próxima década se a nossa segunda narrativa tiver a chance de se tornar realidade.

Se o nosso mais otimista cenário para a Antártida acontecer, há uma boa chance de que as plataformas de gelo do continente sobrevivam e que a contribuição da Antarctida para a subida do nível do mar permaneça abaixo de um metro. Esse aumento desalojaria milhões de pessoas e causaria dificuldades econômicas substanciais.

Sob o mais danoso dos nossos cenários potenciais, muitas plataformas de gelo da Antártida provavelmente serão perdidas e a camada de gelo da Antártida contribuirá com até 3 metros de aumento do nível do mar em 2300, com um compromisso irreversível de 5 a 15 metros nos próximos milênios.

Embora desafiador, podemos agir agora para evitar que a Antártida e o mundo sofram conseqüências climáticas descontroladas. O sucesso demonstrará o poder da colaboração internacional pacífica e mostrará que, quando se trata da crise, podemos usar evidências científicas para tomar decisões que são do nosso interesse a longo prazo.

(*Steve Rintoul, é chefe da Equipa de Investigação Marinha e Atmosférica, CSIRO, órgão de pesquisa do governo australiano. Steven Chown é professor de Ciências Biológicas na Monash University, também na Austrália. Escreveram originalmente em inglês no The Conversation.)

Galileu

 

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Diversos

Passageiros do navio russo preso na Antártida foram resgatados

Os 52 passageiros do navio de pesquisa russo MV Akademik Shokalskiy, preso na Antártida desde 24 de dezembro, já estão a bordo do navio australiano Aurora Australis, depois de terem sido resgatados por um helicóptero do navio quebra-gelos chinês Xue Long.

“[O navio] Aurora Australis já informou que os 52 passageiros do Akademik Shokalskiy estão a bordo”, disse a Autoridade Marítima Australiana. Os passageiros foram transportados em grupos de 12 por um helicóptero do quebra-gelos chinês.

O MV Akademik Shokalskiy ficou preso no gelo desde o dia 24 de dezembro, e houve uma série de tentativas infrutíferas para resgatar o navio e os passageiros.

O líder da expedição já mandou uma mensagem por meio da rede social Twitter agradecendo aos envolvidos na operação de resgate: “Conseguimos chegar à Aurora Australis sãos e salvos. Um grande obrigado aos chineses e à Divisão Australiana da Antártida pelo grande esforço”, escreveu Chris Turney.

Agência Brasil

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Diversos

Iceberg de 700 quilômetros quadrados se desprende da Antártida e ameaça rotas marítimas no Atlântico Sul

Um iceberg gigante, com 700 quilômetros quadrados, que se desprendeu da Antártida, pode ameaçar rotas de navegação marítimas no Atlântico Sul.

Imagens aéreas recentes tomadas do local mostram uma faixa de água entre o iceberg e a geleira Pine Island, da qual ele se desprendeu.

A massa gigante de gelo, do tamanho de Cingapura, se desprendeu da geleira em julho, mas na época ela permaneceu presa pelo gelo em seu entorno, já que era inverno no hemisfério Sul.

‘Nos últimos dias, o iceberg começou a se romper, e agora há uma faixa de um ou dois quilômetros de água que se desenvolveu entre ele e a geleira’, afirma o pesquisador Grant Bigg, da Universidade de Sheffield (Grã-Bretanha).

Bigg e sua equipe receberam um financiamento de emergência para monitorar a movimentação do iceberg e prever seu deslocamento.

‘Normalmente leva um tempo para que os icebergs dessa área deixem a baía de Pine Island, mas quando saem podem ir tanto na direção leste, ao longo da costa, ou podem circular à parte principal do Atlântico Sul’, afirma Bigg.

Trajetória

O pesquisador disse à BBC News que um iceberg foi identificado na Passagem de Drake, entre o Cabo Horn, na América do Sul, e as Ilhas Shetland do Sul, na Antártida.

Se o iceberg gigante seguir a mesma trajetória, pode causar distúrbios em uma movimentada rota marítima internacional.

A geleira de Pine Island é descrita como a geleira mais longa e de crescimento mais rápido na Antártida, gerando grandes icebergs a cada seis a dez anos.

Outros desprendimentos importantes ocorreram em 2001 e 2007.

O início do desprendimento para a formação do iceberg gigante foi detectado pela primeira vez em outubro de 2011.

Os pesquisadores das Universidades de Sheffield e de Southampton pretendem prever os possíveis rumos do iceberg nos próximos 12 meses.

BBC Brasil

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