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Iceberg três vezes maior que a cidade de São Paulo se separa na Antártica, está à deriva e se torna o maior do mundo

Foto: ESA / via AFP Photo

Um bloco de gelo batizado de A-76 se desprendeu de uma plataforma de gelo na Antártica, no Hemisfério Sul, e se tornou o maior iceberg do mundo, anunciou a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), com base em imagens de satélite do programa europeu Copernicus.

O iceberg tem cerca de 170 km de comprimento por 25 km de largura e uma área total de 4.320 km², está agora à deriva no Mar de Weddell, de acordo com comunicado da agência divulgado na quarta-feira (19).

O gigantesco iceberg tem uma área três vezes maior que a da cidade de São Paulo, que é de 1.521 km².

O Mar de Weddel, onde esse bloco de gelo vai flutuar, é uma porção do oceano que fica abaixo da América do Sul.

O instituto British Antarctic Survey (BAS), organismo britânico de pesquisa para as zonas polares que tem uma base próxima ao A-76, confirmou o rompimento do gigantesco bloco de gelo.

Anteriormente, o maior iceberg do mundo era o A-23A, com área de 3.380 km2, também à deriva no mar de Weddell, segundo a ESA.

A separação de porções de grandes plataformas de gelo e formação de icebergs é natural, mas nos anos recentes algumas partes da Antártica se desintegraram com rapidez. Os cientistas acreditam que isso pode estar ligado às mudanças climáticas.

G1

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Diversos

FOTOS: Iceberg maior que o Rio de Janeiro se solta de plataforma na Antártida

(Foto: Divulgação/Equipe Halley/British Antarctic Survey)

Um iceberg gigante de 1270 km² — área um pouco maior que a da cidade do Rio de Janeiro (1255 km²) — se desprendeu da Plataforma de Gelo Brunt, na Antártida. O acontecimento preocupante foi confirmado por instrumentos de medição na manhã da última sexta-feira (26).

Os sinais de alerta para o movimento de ruptura já vinham sendo observados há mais de uma década, de acordo com comunicado dos cientistas do centro de estudos britânico British Antarctic Survey (BAS), que monitoram as possibilidades de rachaduras no gelo.

Entretanto, em novembro de 2020, uma fenda chamada de “North Rift” — que é a terceira a se formar na última década — apresentou risco iminente de causar uma ruptura conforme o degelo se agravava. Em janeiro de 2021, a fenda avançou ainda mais, movimentando-se cerca de 1 quilômetro por dia. Até que, no dia 26 de fevereiro, o iceberg finalmente se desprendeu em questão de horas.

Esse é o primeiro grande evento de ruptura desde 1971.“Nas próximas semanas ou meses, o iceberg pode se mover; ou pode encalhar e permanecer perto da plataforma de gelo de Brunt”, alerta Dame Jane Francis, diretora do BAS, em nota.

Uma preocupação dos cientistas é que a Estação de Pesquisa Halley está localizada próxima ao local de ruptura. Embora não haja atualmente risco de que a quebra da plataforma de gelo atrapalhe os estudos do centro de especialistas, em 2016, os pesquisadores realocaram a unidade de pesquisa em 36 quilômetros para evitar um desastre.

“Essa foi uma decisão sábia. Nosso trabalho agora é ficar de olho na situação e avaliar qualquer impacto potencial na plataforma de gelo restante. Revisamos continuamente nossos planos de contingência para garantir a segurança de nossa equipe”, informa o diretor de operações do BAS, Simon Garrod.

De acordo com a rede britânica BBC, a estação de pesquisa está com função reduzida desde 2017 devido aos perigos do rompimento. Nos últimos quatro anos, a equipe trabalhou apenas durante o verão antártico.

Mesmo assim, mais de uma dúzia de monitores com tecnologia GPS medem e transmitem informações sobre a deformação do gelo da plataforma diariamente. “Com três longas fendas em desenvolvimento no sistema de plataforma de gelo de Brunt nos últimos cinco anos, todos nós estávamos antecipando que algo espetacular iria acontecer”, disse o glaciologista Adrian Luckman à BBC.

Galileu

 

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Diversos

Maior iceberg do mundo está prestes a entrar em mar aberto

Foto: (NASA/Divulgação)

O A68 – maior iceberg da atualidade, com área quatro vezes maior que a cidade de São Paulo – está perto de entrar em mar aberto, segundo observações de satélite. A placa se desprendeu da plataforma de gelo Larsen em 2017 e, desde então, vinha se movendo lentamente para o norte ao longo da Península Antártica.

Agora, o iceberg está no limite do Círculo Polar Antártico, e deverá se aventurar pelas águas do Oceano Austral em breve, indo para longe de qualquer terra firme.

Quando se desprendeu, o iceberg tinha área de cerca de 6000 km² e pesava quase 1 trilhão de toneladas. Desde então, ele perdeu pouco dessas dimensões. Apesar de não ser o maior iceberg já registrado (o B-15, que se desprendeu da Antártida em 2000, tinha uma área de 11 mil km²), as medidas impressionam, principalmente porque o iceberg tem “apenas” 200 metros de grossura para 16 mil quilômetros de comprimento – ou seja, é relativamente fino.

“Com uma proporção de espessura/comprimento semelhante a de cinco folhas de A4 agrupadas, fico surpreso que as ondas ainda não tenham transformado o A68 em cubos de gelo”, disse à BBC Adrian Luckman da Universidade de Swansea, no País de Gales, que vem monitorando o iceberg desde seu desprendimento.

Mas especialistas esperam que as agitadas águas do oceano Antártico quebrem o iceberg em pedaços menores em breve. E isto é bom: objetos grandes como este oferecem um risco óbvio para a navegação. Quanto menor os blocos, melhor para os navios.

Após se desprender em julho de 2017, o A68 ficou praticamente parado por um ano, levando alguns pesquisadores a especular que ele poderia ter se fixado em uma área mais rasa do oceano, como uma “ilha congelada”. Depois, em 2018, ele foi atingido pelo chamado Giro de Weddell, uma forte corrente oceânica que o levou mais de 200 km para o norte.

Na sequência, o iceberg passou a se mover lentamente para o norte, levado por correntes marítimas e fortes ventos. O professor Adrian Luckman publicou em seu blog a trajetória do iceberg entre janeiro de 2018 e janeiro de 2019:

Crédito: Adrian Luckman/Swansea University/Copernicus Programme/ESA (/)

A boa notícia é que a rota do iceberg é estável e bem previsível por enquanto, o que diminui o risco de acidentes. Após passar pelo Oceano Antártico e (provavelmente) se fragmentar, os blocos resultantes serão levados ao Atlântico Sul, onde também deverão quebrar em pedaços ainda menores. Não é uma novidade: outros icebergs já percorreram esse caminho, que é conhecido como “iceberg alley” (algo como “rua dos icebergs”) justamente por isso.

E novos icebergs deverão seguir o mesma mesma rota em breve, segundo os pesquisadores. Um deles, medindo cerca de 300 km², deve se desprender do Glaciar de Pine Island, no oeste da Antártida. Felizmente, ele deve se fragmentar pouco depois disso. Nesse meio tempo, na plataforma de gelo Brunt, da Antártida Oriental, um iceberg de 1500 km² (o equivalente à cidade de São Paulo) deve se desprender em algum momento no futuro próximo, embora ninguém saiba ao certo ainda.

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  1. O movimento desse iceberg me lembrou a mudança da posição da governadora sobre a necessidade da reforma da previdência de antes para depois de eleita, um giro de 180 graus.

    1. Isso não é pior do que dilmanta, desprender da surra de votos que sofreu em MG, e vir feder aqui no rn. Vai encosto!

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Iceberg duas vezes maior que Nova York ameaça escapar da Antártida

(NASA ICE/Wikimedia Commons)

Um satélite da NASA registrou que, na Plataforma Brunt, uma geleira grande na Antártida, surgiram duas rachaduras instáveis – uma que está crescendo para o Leste e outra para o Norte – e elas estão aumentando proporções assustadoras.

Os satélites observam a geleira há mais de 30 anos, e comparando imagens de 2019 com as iniciais, de 1986, é possível perceber a estabilidade anterior e a iminente quebra atual.

A rachadura que cresce do sul para o norte está aumentando de tamamho numa taxa de 4 quilômetros ao ano. É ela que gera maior preocupação aos cientistas.

O gigante bloco de gelo que pode se desprender da plataforma possui 1.700 quilômetros quadrados, o que é duas vezes a cidade de Nova York e um pouco maior que a cidade de São Paulo (que possui 1.521km2.

Este processo de desagregação, também conhecido como “parto”, ocorre naturalmente nas plataformas de gelo. Mas não no ritmo atual e nem nas proporçõs que se vê em toda a geleira Brunt, alertou a Nasa.

Além disso, os centros de pesquisa instalados lá também estão ameaçados. A estação Halley, da British Antarctic Survey, uma base importante para análises científicas envolvendo a Terra, a atmosfera e o espaço, que funciona normalmente durante todo o ano, pode acabar tendo que se realocar em um local mais seguro. Os cientistas temem que a estação pare de funcionar por um tempo.

Outro fator preocupante é que o futuro a longo prazo das plataformas de gelo da Antártida terá uma grande influência no aumento do nível do mar em todo o mundo. De acordo com um relatório divulgado por cientistas dos EUA e do Reino Unido no ano passado, o derretimento da camada de gelo acelerou três vezes nos últimos cinco anos.

A menos que medidas drásticas sejam tomadas para reduzir as emissões de gases estufa, os cientistas estimam que o derretimento do gelo da Antártida deve acrescentar mais de 25 centímetros ao total do aumento do nível do mar até 2070.

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Iceberg de 700 quilômetros quadrados se desprende da Antártida e ameaça rotas marítimas no Atlântico Sul

Um iceberg gigante, com 700 quilômetros quadrados, que se desprendeu da Antártida, pode ameaçar rotas de navegação marítimas no Atlântico Sul.

Imagens aéreas recentes tomadas do local mostram uma faixa de água entre o iceberg e a geleira Pine Island, da qual ele se desprendeu.

A massa gigante de gelo, do tamanho de Cingapura, se desprendeu da geleira em julho, mas na época ela permaneceu presa pelo gelo em seu entorno, já que era inverno no hemisfério Sul.

‘Nos últimos dias, o iceberg começou a se romper, e agora há uma faixa de um ou dois quilômetros de água que se desenvolveu entre ele e a geleira’, afirma o pesquisador Grant Bigg, da Universidade de Sheffield (Grã-Bretanha).

Bigg e sua equipe receberam um financiamento de emergência para monitorar a movimentação do iceberg e prever seu deslocamento.

‘Normalmente leva um tempo para que os icebergs dessa área deixem a baía de Pine Island, mas quando saem podem ir tanto na direção leste, ao longo da costa, ou podem circular à parte principal do Atlântico Sul’, afirma Bigg.

Trajetória

O pesquisador disse à BBC News que um iceberg foi identificado na Passagem de Drake, entre o Cabo Horn, na América do Sul, e as Ilhas Shetland do Sul, na Antártida.

Se o iceberg gigante seguir a mesma trajetória, pode causar distúrbios em uma movimentada rota marítima internacional.

A geleira de Pine Island é descrita como a geleira mais longa e de crescimento mais rápido na Antártida, gerando grandes icebergs a cada seis a dez anos.

Outros desprendimentos importantes ocorreram em 2001 e 2007.

O início do desprendimento para a formação do iceberg gigante foi detectado pela primeira vez em outubro de 2011.

Os pesquisadores das Universidades de Sheffield e de Southampton pretendem prever os possíveis rumos do iceberg nos próximos 12 meses.

BBC Brasil

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Vídeo: O 'nascimento' de um iceberg

Turistas na geleira de Upsala, no extremo-sul da Argentina, testemunharam um momento raro: um iceberg “virando de cabeça para baixo”.

Assista:

 

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