Jornalismo

Comando Geral da PM irá apurar ação de policial que apontou arma contra fotógrafa do Diário de Natal

A fotógrafa do Diário de Natal, Ana Amaral foi vítima de intimidação policial enquanto registrava imagens no entorno do estádio Nazarenão na tarde desse domingo(20), na partida entre América e Paysandu, em jogo válido pela última rodada do grupo E, no Campeonato Brasileiro da Série C. Na ocasião, ela flagrou a ação de pelo menos cinco policiais militares que agrediam um torcedor não identificado.

Segundo a fotógrafa, um dos policiais que estava escorado acompanhando a ação contra o torcedor pediu que ela parasse de registrar as imagens de forma agressiva. “ Ele não chegou a encostar em mim, mas foi muito grosso, mesmo depois de me identificar como uma profissional que registrava aquele momento”, disse.

Ana Amaral ainda revelou que tentou argumentar sobre a necessidade do registro da imagem, mas o policial que estava de colete, apontou a sua arma em direção a região da cabeça da fotógrafa insistindo mais uma vez que ela saísse.” Nesse instante eu parei de registrar, fiquei muito nervosa, comecei a chorar e sai do local com medo de uma atitude inconseqüente do PM”, disse a profissional de imprensa.

A reportagem do Diário de Natal entrou em contato com o Comandante Geral da Polícia Militar, coronel Francisco Canindé Araújo, que confirmou que entrou em contato com a fotógrafa solicitando as imagens do policial.” Pedi que ela registre esse fato nesta terça-feira, dia útil, em nosso comando para que possamos identificar o responsável pela ação”, disse.

O coronel Araújo também destacou que apesar da situação do policial em um momento de tumulto esteja acompanhado de tensão, o fato não justifica a ação.” Iremos apurar o que realmente aconteceu e se confirmado, tomaremos as providências, principalmente, por esse tipo de conduta não fazer parte da Polícia Militar”, finalizou o comandante geral da PM.

DN Online

Opinião dos leitores

  1. Fui vítima de abuso de autoridade de policiais militares que também apontaram a arma para o carro que eu estava dizendo que era roubado, sem ser. Como fiquei muito nervosa e gritei, disseram que era caso de desacato. Entrei com uma ação contra o Estado que é responsável por esses PM. O coorporativismo é muito grande, e o cel deveria averiguar melhor essa conduta, pois já está virando rotina. Só a semana passada li uns tres casos semelhantes em jornais e blogs aqui no RN.

  2. O Cel Araújo tem conhecimento também da arma 1.40 que foi apontado por um PM para uma mãe e duas crianças na praia de Maracajaú dia 02 de janeiro deste ano.Sem contar com agressões físicas, comprovadas em exames de corpo delito. Inclusive outros fatos q aconteceram,  tudo devidamente comprovado com fotos.
    Será q o caso da fotógrafa ( que merece toda justiça do mundo) será apurado antes do nosso?…se for o caso, se necessitar q a imprensa toda tome conhecimento para resolvermos, tornaremos público o fato, até na imprensa nacional.Tomara q o caso de Ana Amaral não seja tão lento como o nosso…pois  o sofrimento de toda uma família e a sensação de impunidade é horrível…só quen teve uma arma apontada sem condições de se defender sabe essa sensação, q se agrava mais qdo é direcionada para duas crianças. Espero q cel Araújo tome as devidas providencias nos dois casos, pois Políciais Militares que ao invés de defender age com essas atitudes não deve ter o direito de vestir a farda da PM.

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