Economia

Mulher que deu golpe de mais de R$ 2 milhões volta a Natal e é presa depois de cinco anos

Depois de cinco anos considerada foragida da Justiça, a empresária caicoense Maria Noélia Araújo Pereira da Silva decidiu se entregar à polícia. Ela estava sendo procurada acusada de aplicar um golpe estimado em cerca de R$ 2 milhões vendendo falsos pacotes turísticos para cerca de 150 pessoas. Entre os clientes estão juízes, promotores e grandes empresários.

Ela nem conseguiu respirar direito o ar de Natal e já recebeu voz de prisão em cumprimento ao mandado de prisão que estava aberto contra ela desde 2007, quando ela, em companhia do marido Walter Pereira da Silva, se escafederam do Brasil. Noélia Araújo foi encaminhada para o Presídio Provisório Feminino João Chaves, onde aguarda julgamento pela Justiça.

“Tínhamos a informação de que a Noélia iria chegaria hoje a Natal. Foi a própria família dela que nos comunicou. Diante disso, montamos uma equipe e fomos ao aeroporto Augusto Severo. Lá, a empresária recebeu voz de prisão”, falou o delegado Ben-Hur Cirino de Medeiros, da Delegacia Especializada de Capturas (Decap).

O marido da empresária, Walter Pereira, já havia sido preso no último dia 6 de fevereiro aeroporto de Recife no instante em que desembarcava de um voo vindo de Portugal. O casal fugiu para a Europa dias antes da expedição do mandado.

O esquema

O “modus operandi” usado por Noélia Araújo e pelo marido na agência de turismo Atlantatur  para fraudar as empresas “parceiras” se mostrava simples e eficiente. Ela comparecia à operadora, comprava os pacotes para os clientes e, repassava para o consumidor final. A caicoense pagava à operadora uma pequena parcela em dinheiro e, o restante emitia cheques da pessoa jurídica da Atlantur e também de terceiros, que ela dizia serem “clientes”.

Além de vender pacotes turísticos falsos, Noélia Araújo é acusada de passar cartão de crédito de clientes, furtar folhas de talão de cheque e emitir cheques de terceiros.

Mandado

A empresária caicoense Maria Noélia Araújo Pereira da Silva, acusada de aplicar um golpe superior a R$ 2 milhões com a venda de falsos pacotes turísticos, teve a prisão preventiva decretada no dia 20 de março de 2007. A juíza da 7ª Vara Criminal, Sandra Elali, acatou o pedido do delegado titular da Defraudações da época, Egídio Chagas.

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