Economia

Paulo Guedes comemora criação no país de 401,6 mil vagas com carteira assinada em fevereiro

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

O Brasil criou 401.639 empregos com carteira assinada em fevereiro. Segundo o Ministério da Economia, essa é a maior geração de empregos para o mês desde o início da série histórica, em 1992. Especialistas, porém, rejeitam a comparação e lembram que houve mudança metodológica no levantamento no ano passado, o que impede essa avaliação.

Resultado de 1.694.604 admissões e 1.292.965 desligamentos, o número é 55% melhor que as mais de 258 mil vagas abertas em janeiro, quando o resultado também foi anunciado como recorde histórico. Por outro lado, os dois primeiros meses do ano ainda não refletem os impactos do agravamento da crise sanitária e do retorno de medidas mais restritivas no país.

Os números são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia nesta terça-feira (30).

No acumulado do primeiro bimestre, já são 659.780 novos empregos formais, número quase três vezes superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, os resultados mostram, novamente, “o vigor e resiliência da economia brasileira surpreendendo as expectativas”.

“Em janeiro e fevereiro não havia o auxílio emergencial, então, é um sinal claro de que a economia estava se reativando mesmo sem essa camada de proteção social”, afirmou ao relembrar também os resultados da arrecadação federal, que também foi recorde em fevereiro.

Setores

O resultado foi puxado pelo setor de serviços, que sozinho criou 173.547 vagas de trabalho. O número surpreende, já que o setor é um dos mais afetados pelas medidas de distanciamento social.

“É o mais sensível para a informalidade. Então, temos que vacinar em massa para que os 40 milhões de brasileiros invisíveis não fiquem na escolha cruel entre sair e ser abatido pelo vírus ou ficar em casa e ser abatido pela fome”, defendeu Guedes.

Os demais setores da atividade econômica também registraram saldo positivo em fevereiro. O menor saldo, de 23.055 novos empregos, ficou na agropecuária, setor que liderou a criação de empregos formais no ano passado.

Ainda de acordo com o ministério da Economia, todas as cinco regiões do país tiveram saldos positivos. O destaque ficou no Sudeste do país, que criou 203.213 empregos. Em seguida, está a região Sul, com 105.197 novas vagas. Em último está o Norte do país, com a criação de apenas 12.337 postos de trabalho.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. É um fuleira mesmo esse Paulo Guedes. Depois que a taxa de desemprego bate o fundo do poço em consequência das suas maluquices, vem ele agora comemorar uma recuperação que ainda deixa o Brasil com níveis alarmantes de desempregados.
    E o gado ainda comemora, não sabendo que é o mesmo do mesmo !!!!

    1. Maluquice da sua cabeça sem noção. Todos os anos ele conquistou mais empregos INCLUSIVE em 2020, ano da pandemia! O cara é excepcional!!

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Diversos

Placas tectônicas podem ter sido criadas por impactos extraterrestres, sugerem pesquisadores

(Reprodução/NASA)

Por volta de 3,2 bilhões de anos atrás, quando a Terra ainda era um lugar bem mais inóspito do que é hoje, teria começado um processo geológico que mudaria completamente (e constantemente) a sua cara: o movimento das placas tectônicas. Na mesma época, mais ou menos na metade do éon Arqueano (entre 4 bilhões e 2,5 bilhões de anos atrás), nosso planeta era bombardeado por violentos impactos. Coincidência? Geólogos acham que não.

Em artigo publicado na última sexta (22) no periódico Geology, pesquisadores sugerem que colossais colisões de corpos extraterrestres teriam engatilhado a transição terrestre de seu estado quente e primitivo para o mundo que conhecemos: com a litosfera (crosta e manto superior) fragmentada em placas. “Costumamos pensar na Terra como um sistema isolado, onde só importam os processos internos”, disse o co-autor Craig O’Neill em comunicado.

“Cada vez mais, no entanto, estamos vendo o efeito da dinâmica do Sistema Solar em como a Terra se comporta”, complementa o diretor do Centro de Pesquisa Planetária da Universidade Macquarie, na Austrália. Estudando certas camadas sedimentares localizadas em solos australianos e sul-africanos, O’Neill e colegas descobriram que naqueles tempos fatídicos, há 3,2 bilhões de anos, a Terra foi particularmente castigada com muitos impactos.

Então eles criaram uma série de simulações e modelos para entender primeiro a dimensão e frequência desses impactos — e depois se eles teriam sido capazes de iniciar a tectônica global. É que, ao contrário das primeiras centenas de milhões de anos de vida da Terra (formada há 4,6 bilhões de anos), em que colisões de corpos com 300 quilômetros de diâmetro eram frequentes, no Arqueano elas diminuíram um pouco. Mas só um pouquinho.

As evidências apontam que a maioria dos impactos nessa época não passava dos 100 quilômetros de diâmetro (30 km maior que o asteroide que matou os dinossauros). Para checar se mesmo esses eventos menores eram o bastante para fragmentar a litosfera, os cientistas usaram técnicas para estimar a quantidade de impactos no Mesoarqueano e criaram simulações para modelar os efeitos dessas colisões na temperatura do manto.

Os resultados apontam que sim: esses corpos celestes quilométricos que trombavam com nosso planeta podem muito bem ter criado as placas tectônicas. Como nem a litosfera nem o manto eram lá muito homogêneos, com algumas partes mais finas, outras mais espessas, os impactos acentuaram ainda mais essas diferenças de flutuabilidade no manto — e assim teriam surgido as placas tectônicas. Do contrário, hoje viveríamos em uma outra Terra.

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