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Dilma diz que Governo ouviu "Voz da rua" e faz duras críticas sobre espionagem dos EUA

Untitled-1A presidente Dilma Rousseff afirmou, em discurso na  68ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York, que seu governo não reprimiu os protestos que se espalharam pelo país em junho, mas, “pelo contrário, ouviu e compreendeu a voz das ruas”.

“Ouvimos e compreendemos porque nós viemos das ruas. Nós nos formamos no cotidiano das grandes lutas do Brasil. A rua é o nosso chão, a nossa base. Os manifestantes não pediram a volta ao passado. Pediram sim o avanço para um futuro de mais direitos, mais participação e mais conquistas sociais”, afirmou.

Segundo a presidente, a ascensão social da população brasileira fez com que os cidadãos tivessem mais acesso à informação e mais consciência de seus direitos.

“Agora são cidadãos com novas esperanças, novos desejos e novas demandas”, disse.

Espionagem

Em seu discurso, Dima fez duras críticas às ações de espionagem americana reveladas pelo ex-funcionário da Agência Nacional de Segurança (NSA) Edward Snowden e chamou o caso de “violação dos direitos humanos e das liberdades civis”.

“Quero trazer à consideração das delegações uma questão à qual atribuo a maior relevância e gravidade. Recentes revelações sobre as atividades de uma rede global de espionagem eletrônica provocaram indignação e repúdio em amplos setores da opinião pública mundial”, disse Dilma. “No Brasil, situação foi mais grave pois aparecemos como alvo”, completou.

Segundo a presidente, o argumento de que os Estados Unidos precisam espionar para proteger seus cidadãos do terrorismo não é válido e afirmou que o Brasil sabe se proteger.

“O Brasil repudia, combate e não dá abrigo a grupos terroristas. Somos um país democrático, pacífico e respeitoso. Vivemos há 140 anos em paz com nossos vizinhos”, disse.

Dilma também afirmou que o Brasil apresentará uma proposta para a criação de um marco civil para governança e uso da internet. Segundo a presidente, a medida serve para garantir a privacidade pessoal e a soberania das nações.

Para a presidente, a espionagem fere as normas do direito internacional e “fere princípios, sobretudo entre nações amigas.”

Dilma lembrou no plenário que lutou contra a ditadura e que com o mesmo ânimo vai lutar pela privacidade dos cidadãos.

“Lutei contra o arbítrio e a censura e não posso deixar de defender o direito à privacidade dos indivíduos. Sem ele, não há verdadeira liberdade de expressão”, afirmou.

UOL

Opinião dos leitores

  1. Dou meu dedo mindinho (da mão esquerda), para saber o que a NSA tem gravado sobre os conchavos dos políticos com o governo. O medo maior da Presidente é não saber O QUE foi gravado. Quanto à "voz das ruas", o que levou o povo aos movimentos foi, PRINCIPALMENTE, UM BASTA À CORRUPÇÃO dos políticos. O outro tópico de que O Brasil não dá abrigo a grupos terroristas: Deu a CESARE BATISTA, TERRORISTA ITALIANO.

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