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Genes encontrados sugerem que humanos são descendentes de um tipo de “água-viva”

057Um ser vivo enigmático, parecido com água-viva, pode esconder o segredo sobre a origem dos humanos?  Ao tentar preencher as lacunas da sequência do genoma de um ser vivo semelhante às águas vivas, cientistas descobriram que elas estavam intimamente relacionadas com todas as outras espécies de animais do mundo.

Na verdade, ela compartilha tantas semelhanças que os pesquisadores foram a público e afirmaram que elas podem ter sido um dos nossos primeiros antepassados.

A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade de Miami e pelo Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano (NHGRI), nos EUA. Eles não procuravam nenhuma ligação entre as águas-vivas e humanos quando iniciaram o estudo, mas ficaram surpreendidos quando encontraram semelhanças genéticas.

A espécie usada na pesquisa é a Mnemiopsis leidyi, também chamada de geléia-pente ou noz-do-mar. Ela pode ser encontrada facilmente no Oceano Atlântico, mas existem representantes em vários oceanos, inclusive na Antártida.

Após mapear seu genoma, as cadeias de DNA foram colocadas em um computador e a grande descoberta surgiu quando genes, compartilhado com todos os outros animais, foram encontrados.

Eles também ficaram surpresos ao descobrirem que a propagação do seu DNA através dessas espécies sugere que ela poderia ter sido um tipo de “ponto de partida”.

Segundo as teorias atuais, há mais de 500 milhões de ano, uma única espécie se diferenciou em todos os animais que hoje existem. Os pesquisadores acreditam que esse acontecimento se deu partindo das esponjas-do-mar.

De acordo com a pesquisa, que foi publicada na revista Science, a noz-do-mar pode ser o mais antigo representante dessa árvore genealógica e da linhagem-irmã do reino animália.

Isso pode representar um impacto sobre a teoria de que todos os animais desenvolveram um sistema nervoso e muscular. As esponjas não têm sistema nervoso ou músculos e, quando os cientistas às consideraram os primeiros ancestrais, assumiram que outros animais evoluíram e desenvolveram estas características específicas ao longo do tempo.

“Agora que temos os dados genômicos dos Ctenophoras é crucial do ponto de vista genômico-comparativo, permite determinar quais as características físicas e estruturais estavam presentes no início da evolução dos animais”, disse o autor Dr. Andy Baxevanis.

“Estes dados também fornecem uma janela valiosa para determinar a ordem dos eventos que levaram à incrível diversidade que vemos no reino animal”, completou.

Jornal Ciência

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