Política

Bolsonaro diz que Greenpeace é “lixo” e estuda criar Ministério da Amazônia

Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que estuda criar o Ministério Extraordinário da Amazônia. A ideia foi apresentada pelo deputado federal Átila Lins (PP-AM), com quem ele se reuniu nesta manhã no Palácio da Alvorada. Na saída da residência oficial, ele também chamou a ONG ambientalista Greenpeace de “porcaria” e “lixo” e defendeu a exclusão dos governadores do Conselho Nacional da Amazônia Legal, órgão transferido para o comando do vice-presidente Hamilton Mourão esta semana.

Bolsonaro se aproximou dos repórteres e disse que a pauta única da entrevista seria o Amazonas, por estar acompanhado do deputado federal do Estado. Ao ser questionado sobre a manifestação do Greenpeace de que o novo conselho da Amazônia “não tem plano, meta ou orçamento”, o presidente rebateu:

— Quem é Greenpeace? Quem é essa porcaria chamada Greenpeace? Isso é um lixo. Outra pergunta.

Sobre a retirada dos governadores do colegiado, agora composto apenas pelo vice-presidente e por ministros do governo federal, Bolsonaro argumentou que a nada seria resolvido com inclusão de representantes de estados e municípios. Mas disse que o conselho não tomará decisões sem ouvi-los.

— Ó, se você quiser que eu bote — tá aqui o Átila Lins para responde —, se você quiser que eu bote governadores, secretários de grandes cidades, pode ter 200 caras. Sabe o que vai resolver? Nada. Nada. Tem bastante ministros. Nós não vamos tomar decisões sobre estados da Amazônia sem conversar com governador, com a bancada do estado. Se botar muita gente é passagem aérea, hospedagem, uma despesa enorme, não resolve nada — comentou.

Ele destacou ainda que Mourão, que já serviu na região como general, vai ser toda a estrutura da Vice-Presidência, sem custos adicionais, “para até se antecipar a problemas, ajudar no desenvolvimento” da região. E então citou a ideia de Átila Lins de criar uma pasta extraordinária:

— Lógico, teria uma reação grande porque seria mais um ministério, é proposta do Átila Lins a criação do Ministério Extraordinário da Amazônia — declarou.

Questionado se vai ateder ao pleito do deputado, ele comentou que vai levar para estudar porque não pode “aceitar aqui agora”.

— Isso envolve despesa, o impacto negativo de mais um ministério. Se bem que nós estamos perdendo um ministério agora quando o Banco Central passar a ter independência, né? Não sei se vai perder o status de ministério ou não. Porque o objetivo de o Banco Central ser um ministério é evitar ações de primeira instância — justificou.

Ao ser indagado sobre quais seriam as atribuições do novo ministério, Bolsonaro redirecionou a pergunta a Lins. O deputado explicou genericamente que a pasta faria “ações integradas” ligadas à Presidência, diferentemente do conselho, que “faria essa parte mais ampla”.

— O ministério seria o órgão executor. Um ministério extraordinário, uma estrutura enxuta e que ficaria ligada à .Presidência da República. É um pedido… — comentou o parlamentar.

Bolsonaro então se negou a responder se o vice-presidente acumularia funções no comando do eventual ministério:

— Nem nasceu… eu nem casei e você quer saber o sexo da criança? Porra…

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Infelizmente este absurdo não dá para comentar. Quando o PRESIDENTE I D I O T A diz asneira é melhor tapar os ouvidos para não ser impregnado de tanta asneiras.

  2. TEM.MUITO IMBECIL NO MUNDO….TUDO ACOMODA NA BOCA A PALAVRA ESQUERDA…..ASSUMAM BOLSOTRALHAS QUE VOCES ELEGERAM UM DOIDO QUE FICA MAIS BONITO…
    Agora se O CANALHA DO PINTO PEQUENO BOLSOLACRAIA FALAR QUE O POVO VAI MORAR NO MAR, OS BABACAS VAO DIZER QUE VAO ACAMPAR NA ÁGUA….O POVIN ANALFA… ESSES SEGUIDORES DA LACRAIA PRECISAM SE TRATAR ,O HOSPICIO É BEM ALI VIU….FLAVIO BOSTANARO LADRAO

  3. 2014:
    "Dólar alto é péssimo"
    2020:
    "Dólar alto ajuda a economia"

    2014:
    "Salário mínimo tá uma esmola"
    2020:
    "Aumentar o salário mínimo gera inflação"

    2014:
    "A corrupção é o maior problema"
    2020:
    "O comunismo é pior que a corrupção"

    Como pode um negócio desses?

  4. O Presidente está certo! A gritaria hoje é porque acabou a mamata das ONGs, e dos pseudos defensores da floresta, desde que houvesse muito dinheiro, muita verba pública envolvida, além da roubalheira das riquezas da Amazônia. São verdadeiras sanguessugas e o governo federal assumindo o controle cortou as pernas dos safados.

  5. É muito despreparado e extemporâneo, além de inconsequente.

    Caetano estava adivinhando quando fez os versos:

    “Será que faremos somente senão confirmar a incompetência da América católica que sempre precisará de ridículos tiranos”?

  6. Tem que criar mesmo esse Ministério, o Mito tem toda a razão o Greenpeace sobrevive mesmo de quê? Quem paga a conta? Esses milhares de servidores deles são pagos por quem? Lembrando que os caras de uma ONG estavam tocando fogo na Amazônia.

  7. Esse descaso de Bolsonaro c a questão ambiental está causando grandes prejuízos p o Brasil. E p “consertar” depois vai custar muito mais caro!!

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Diversos

Ministro do Meio Ambiente destaca “coincidência” de navio do Greenpeace navegando “em frente ao litoral brasileiro bem na época do derramamento de óleo”

Reprodução: Twitter

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, voltou a contra-atacar a organização ambiental Greenpeace. Desta vez, Salles insinuou que a organização poderia estar por trás do vazamento de óleo que afeta todo o Nordeste do País.

Em sua conta no Twitter, o ministro afirma: “Tem umas coincidências na vida né… Parece que o navio do #greenpixe estava justamente navegando em águas internacionais, em frente ao litoral brasileiro bem na época do derramamento de óleo venezuelano…”

O ministro publicou, com a declaração, uma foto do navio do Greenpeace, que é utilizado pela organização em ações de protesto contra crimes ambientais.

Nessa quarta-feira, 23, Salles disse que não vai dialogar com o Greenpeace. Após o protesto da organização em frente ao Palácio do Planalto, o ministro chamou os ativistas de terroristas e disse que não estariam ajudando a limpar as praias.

Os manifestantes colocaram tinta preta no asfalto para simbolizar o óleo derramado nas praias do Nordeste. Também espalharam madeira queimada, que teria sido recolhida de locais de extração ilegal na Amazônia. Segundo a organização não governamental (ONG), 17 ativistas foram detidos pela Polícia Militar do Distrito Federal e levados à delegacia. O Greenpeace havia informado anteriormente que foram 23 presos, mas corrigiu o número.

Procurado sobre a declaração de Ricardo Salles, o Greenpeace ainda não se manifestou.

Com informações do Estadão

Opinião dos leitores

  1. Esse cara é um grande babaca, Greenpeace tem que processar esse Ministro, ele mesmo junto com Bozo acusaram as ONGs de ter colocado fogo na Amazônia e veja que a PF descobriu que foram os fazendeiros.

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