Judiciário

PGR critica procedimento do STF e diz que não foi consultada sobre operação da PF contra Ricardo Salles, o que “pode violar o sistema constitucional acusatório”

Foto: Adriano Machado/Reuters

A operação da Polícia Federal contra o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, deflagrada nesta quarta-feira (19), foi realizada sem uma consulta prévia ao procurador-geral da República Augusto Aras, como é a praxe nos procedimentos do tipo. Em seu despacho que autorizou a operação, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) fosse informada do caso apenas após o cumprimento das diligências.

Ao autorizar a ação contra Salles, Moraes também ordenou a PF a fazer diligências contra outros servidores do Ministério do Meio Ambiente, e determinou o afastamento do presidente do Ibama, Eduardo Bim.

Nos bastidores, fontes ligadas à investigação apontam que a PGR não foi informada previamente por uma desconfiança de que Aras adiasse o andamento da apuração e vazasse informações da operação para o Palácio do Planalto. Os investigadores também viam riscos de que o procurador-geral atuasse contra a realização da operação. No fim do ano passado, a PGR havia pedido o arquivamento dessa investigação contra Salles, o que foi acolhido pelo ministro. Há algumas semanas, entretanto, a PF apresentou novas provas do caso, e o ministro Alexandre reabriu a investigação.

A decisão de não enviar previamente a operação para análise da PGR foi do próprio ministro Alexandre de Moraes. “Após o cumprimento das diligências, dê-se, imediata ciência à Procuradoria-Geral da República”, escreveu no despacho proferido no último dia 13 de maio.

Após tomar conhecimento da operação pela imprensa, a equipe de Aras divulgou uma nota com críticas ao procedimento adotado, sem citar nominalmente o ministro de Moraes. A PGR afirmou que “não foi instada a se manifestar sobre a medida, o que, em princípio, pode violar o sistema constitucional acusatório”.

Nos bastidores, o ministro Alexandre de Moraes minimizou as cobranças da PGR e vai responder nos autos caso Aras apresente alguma objeção.

Geralmente, quando a PF solicita uma medida ao Supremo, o ministro pede um parecer da PGR a respeito do pedido policial. Só depois desse parecer do Ministério Público é que a operação costuma ser realizada. A mudança desse procedimento causou estranheza em integrantes da equipe de Aras.

Com O Globo

Opinião dos leitores

  1. Um PGR que se prostitui em funçao de uma indicaçao ao STF nao merece UM pingo de credibilidade. Consultar o PGR seria o mesmo que consultar Bolsonaro quanto a medida.

    1. O delegado da PF já havia apresentado denúncia contra o ministro sales e o procurador fez o que quando o bolsonaro demitiu o delegado? Nada. Fez o que com a denúncia do delegado? Nada. Agora vem dar uma de advogado.

  2. Quem questiona é a PGR ou AGU? Hoje parecem uma coisa sò. É preciso mudar a maneira de escolha do supremo. Senão dá essa confusão de atribuições.

    1. Acho que o carlos bolsonaro faria um papelão melhor que esse passa pano.

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Política

‘Inquérito induziu ministro relator a erro’, diz Salles, sobre decisão de Moraes; ministro acredita que assunto será esclarecido ‘com muita rapidez’

Foto: © José Cruz/Arquivo/Agência Brasil

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse ter ficado surpreso com a operação que a Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (19) para apurar a suspeita de participação de servidores do ministério e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em supostos crimes contra a administração pública.

A jornalistas, Salles classificou a operação autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de “exagerada e desnecessária”. “Até porque, todos os que foram incluídos nesta operação sempre estiveram à disposição para esclarecer quaisquer questões”, afirmou o ministro. Além de Salles, a operação teve como alvo o presidente do Ibama, Eduardo Bim, e mais 16 investigados.

Na decisão em que autorizou o cumprimento de 35 mandados de busca e apreensão incluindo em endereços funcionais e pessoais de Salles, além do afastamento do cargo do presidente do Ibama, Eduardo Bim, e de outros oito servidores públicos, Moraes afirma que o pedido de diligências foi feito pela própria PF. Segundo Moraes, na petição, a PF informou ter provas que “sinalizam, em tese, para a existência de grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais”, incluindo documentos fornecidos pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.

“Até onde eu sei, uma carga foi exportada para os Estados Unidos, que pediu documentos que não constavam. Analisando o caso, a presidência do Ibama entendeu que a regra invocada [pelas autoridades norte-americanas] já naquela altura deveria ter sido alterada. Por isso, aparentemente, agiu de forma técnica”, disse Salles.

O episódio envolvendo a embaixada norte-americana é citado na decisão que o ministro Alexandre Moraes tornou pública esta manhã. Segundo o texto, em 10 de janeiro de 2020, o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos (FWS) deteve, no estado da Geórgia, a três contêineres contendo madeira exportada do Brasil, por uma empresa com sede em Ananindeua (PA).

Segundo notificação enviada pela embaixada às autoridades brasileiras, o material não tinha a documentação necessária para comprovar sua procedência legal. A partir daí, segundo os fatos narrados na decisão de Moraes, o Ibama enviou “uma série de respostas conflitantes”, ora informando que a madeira exportada não tinha sido analisada pelo setor competente, ora alegando que o envio da carga cumprira toda a exigência legal.

O ministro disse que não teve acesso a todas as informações do inquérito e destacou que o ministério e o Ibama sempre agiram em consonância com a lei. “Isto ficará demonstrado nos autos do inquérito, conforme ele for instruído”, disse Salles, confirmando que policiais federais apreenderam documentos em seu gabinete, no ministério.

Salles disse que conversou com o presidente Jair Bolsonaro sobre as investigações. “Expliquei que, na minha opinião, não há substância em nenhuma das ações. E que, ao que me parece, este assunto pode ser esclarecido com muita rapidez”, disse o ministro. “Entendemos que o inquérito foi instruído de uma forma que acabou induzindo o ministro ao erro”, acrescentou.

A Agência Brasil entrou em contato com o Ibama, mas ainda não teve resposta. A reportagem também procurou a Advocacia-Geral da União (AGU), que ainda não se manifestou. Procurada, a assessoria da Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que o órgão não foi consultado sobre o pedido de diligências que a PF fez ao STF, “o que, em princípio, pode violar o sistema constitucional acusatório”.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. E ao pedido da PF de autorização p investigar a venda de sentenças do ministro Toffoli? Senhor Fachin, é tão corrupto quanto o colega de toga ! Essa investigação não foi pedido autorização a PGR, do mesmo jeito a PF pode investigar os ministros do supremo tbm, sem autorização legal?

  2. A sorte de alguns, é que os “patriotas moralistas” são bastante tolerantes com os apoiadores do fal$o me$$ia$. A tolerância só é zero para os opositores.

    1. Tolerância para os meus é intolerância p os outros

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Polícia

SALLES E MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE ALVOS DE OPERAÇÃO DA PF: Moraes ordena quebra de sigilos de ministro e afastamento de presidente do Ibama

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A Polícia Federal (PF) cumpre mandados de busca e apreensão em locais ligados ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, nesta manhã de quarta-feira (19), na Operação Akuanduba, que está nas ruas do Distrito Federal, São Paulo e no Pará, e que apura crimes contra a administração pública praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.

A PF está utilizando 160 policiais para cumprir 35 mandados de busca e apreensão, determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que além das buscas, determinou o afastamento preventivo de 10 agentes públicos que ocupam cargos e funções de confiança no Ibama e no Ministério do Meio Ambiente, e ainda a suspensão imediata do despacho emitido em fevereiro do ano passado, que permitiu a exportação de produtos florestais sem a necessidade de emissão de autorização de exportação.

O presidente do Ibama, Eduardo Bim, também é alvo de busca e apreensão nesta manhã e foi afastado do cargo por determinação do Supremo.

Segundo as investigações, esse despacho foi feito a pedido das empresas que tinham cargas apreendidas nos Estados Unidos e Europa e, com isso, possibilitou a regularização de mais de 8 mil cargas de madeiras exportadas ilegalmente entre 2019 e 2020.

As investigações começaram em janeiro deste ano após informações obtidas junto a autoridades estrangeiras que relataram desvio de conduta de servidores brasileiros no processo de exportação.

A CNN entrou em contato com o Ministério do Meio Ambiente e com o Ibama e aguarda posicionamento.

Akuanduba, nome dado à operação, é uma divindade da mitologia dos índios Araras, que habitam o estado do Pará. Segundo a lenda, se alguém cometesse algum excesso, contrariando as normas, a divindade fazia soar uma pequena flauta, restabelecendo a ordem.

Moraes ordena quebra de sigilos de Salles e afastamento de presidente do Ibama

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou busca e apreensão em três endereços do ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente: na casa dele em São Paulo, no apartamento funcional em Brasília e em um gabinete da pasta no Pará. As medidas fazem parte da operação Akuanduba.

Ao todo, foram expedidos 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, São Paulo e Pará.

Além disso, Moraes determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Ricardo Salles e de servidores do Ibama. O presidente do Instituto, Eduardo Bim, foi afastado do cargo por ordem do ministro do STF. Procurador federal, Bim assumiu o cargo em 2019.

Outras nove pessoas, que ocupam cargos e funções de confiança no Ibama e no Ministério do Meio Ambiente também foram afastadas das atividades.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. E onde anda a narrativa mentirosa de que o presidente manda na Polícia Federal? Seria aceitável, já que é sua atribuição escolher o Diretor da PF. Mas não é isso que estamos vendo. A esquerdalha “não se toca” mas TODAS suas narrativas mentirosas vão caindo. Apenas a cansativa perseguição política. Deixem o “ômi” trabalhar.

    1. Chora mais Direita “honesta”…chora mais que tá bonito de ver….
      kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    2. A molecagem de sempre. Falta de argumento e raciocínio, típicos dessa cambada.

    3. Tô de bobeira mesmo, vai lá! Vc trabalha, “cumpanhero”? De verdade, algo produtivo. Por que não diversifica o vocabulário? As mesmas bobagens, cara? Chavões repetidos, as mesmas palavras… Cansa. Acrescenta algo novo. Tenta pensar um pouco. É demais? Deixa prá lá. Rsrsrs

  2. Já era prá tá na rua faz tempo.

    Fez muito mal a política externa do Brasil além das consequências nefastas no futuro para nossos netos e bisnetos

    Só não vê quem não quer

  3. Acho lindo mesmo a fidelidade “canina” dos bovinos que negam a realidade achando que no governo do MINTO não há corrupção nem desmandos! No início do governo do LULAladrão haviam os mesmos idólatras e deu no que deu…

    1. Para chamar alguém de corrupto é preciso provar. Até o momento, o único crime aqui presente é o seu. Se vc significasse algo, deveria ser processado por suas asneiras irresponsáveis.

    2. Manoel F, meu filho, para com isso…tá machucando os sentimentos do Direita “honesta”…kkkkkkkkkkkkk
      (continua, por favor….kkkkkk)

    3. Pede pro MINTO publicar o Decreto q foi “otorizado” na “parada do orgulho gado” que eu nem serei processado, já sou preso por tentar atingir a honra de seu messias KKKKK.

    4. Só molecagens. Vcs são engraçados. Mas, cansativos, repetitivos e sem criatividade. Peçam novas instruções aos “chefes”. Inovem.

  4. Ops! Mas não há corrupção no governo do MINTOmaníaco! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  5. Mais do mesmo. Perseguição contra o governo, às custas de narrativas mentirosas. O presidente não rouba nem deixa roubar. Seria muito bom para o Brasil que seus demais políticos fizessem o mesmo.

  6. ONTEM TIVE QUE VER O ERNESTINHO GAGUEJANDO POR OITO HORAS!!! HOJE LÁ VEM MAIS UM VEXAME DO PAZUELLO!!! E AINDA ACORDO E DESCUBRO QUE A POLÍCIA ESTÁ DANDO UMA DURA NO RICK SALLES!!! 😲

    EU NÃO AGUENTO MAIS!!! 😠

    O CIDADÃO DE BEM NÃO TEM MAIS UM MINUTO DE PAZ NESSE PAÍS!!! 😡

    1. Gaquejando fica os ESQUERDOPATAS quando precisam explicar o MENSALÃO, o PETROLÃO e os BILHÕES gastos em Copa do Mundo e Olimpíadas enquanto os hospitais públicos estavam super lotados e sem condições de atender a população.

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Clima

“A maior incidência de desrespeito às questões ambientais ocorre em locais onde não há prosperidade”, diz ministro Ricardo Salles, citando a miséria

Foto: Dida Sampaio – 12.mai.2020 / Estadão Conteúdo

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse nesta quarta-feira (21), em entrevista à CNN Rádio, que “pobreza é sinônimo de desrespeito ao meio ambiente”. Ele afirmou que a maior incidência de casos de desrespeito às questões ambientais é registrada em locais “onde não há prosperidade”, e ressaltou a importância do desenvolvimento econômico sustentável.

“Aquela frase do ministro Paulo Guedes em Davos de que a miséria é o maior inimigo do meio ambiente, ele está coberto de razão”, destacou. “Se nós olharmos para os países mais ricos do mundo, têm menos problemas ambientais. Se olharmos para as regiões dos países mesmo aqui da América do Sul, as regiões mais ricas têm menos problemas ambientais”, continuou ele. “Fica claro que a maior incidência de desrespeito às questões ambientais ocorre em locais onde não há prosperidade.”

O ministro disse ainda que é importante haver o desenvolvimento econômico sustentável, “gerar atividades que sejam, ao mesmo tempo, fonte de emprego e renda para as pessoas e que respeitem o meio ambiente”. “Para isso nós temos que ter atração de investimento privado nessas áreas. Isso serve para a Amazônia e para qualquer outro bioma.”

Retardantes de chamas

Com relação ao uso de retardantes químicos para combater os incêndios florestais, prática criticada por ambientalistas, Salles voltou a defender a utilização das substâncias e afirmou que as críticas são “infundadas”.

“O retardante tem uma composição parecida com fertilizantes. Ele é utilizado somente nos pontos onde está pegando fogo. Na Chapada dos Veadeiros, utilizou-se para extinguir o fogo de uma vez” e, no dia seguinte, ele foi declarado extinto, disse Salles.

O ministro ressaltou que esses retardantes são utilizados no mundo inteiro e que o Ibama decretou que é de baixo potencial tóxico. Vale ressaltar que o instituto possui notas técnicas com restrições ao uso desses produtos em ações brigadistas, recomendando inclusive a suspensão do uso da água, da pesca e do consumo de alimentos produzidos em regiões que recebem os retardantes de fogo.

Queimadas

Sobre as chamas, Salles disse que “é uma conjunção de fatores que leva a essa circunstância do aumento das queimadas neste ano”. Para ele, 2020 foi muito mais seco que o normal e no Pantanal, por exemplo, as temperaturas são as maiores dos últimos 70 anos. Além disso, há baixa umidade e ventos fortes, fatores que ajudam na propagação do fogo, segundo o ministro.

“Tem focos espalhados. O que é preciso ter são ações de prevenção e combate às queimadas de maneira eficiente. E a conscientização da sociedade como um todo de que não se deve fazer queimadas em período seco”, afirmou.

Questionado sobre as críticas recebidas pelo governo pela atuação no combate às chamas, o ministro disse que é preciso entender quais são as competências funcionais para cada tipo de atuação.

“Os órgãos federais, Ibama e ICMBio atuam principalmente nas unidades de conservação federais, terras indígenas e assentamentos do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária]. Quem fiscaliza fogo em área privada é autoridade estadual”, afirmou. “Essa responsabilidade é dos estados, não é do governo federal.”

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Exato, a destruição de milhares de hectares da floresta por fazendeiros é feito pq nao há essa turma nao é próspera.
    A devastação de dezenas de km2 de mangue por salineiros e o pessoal pobre da carninocultura acontece pq essa turma passa fome.
    A imbecilidade desse governo nao tem fim.

  2. A declaração do ministro sofrerá inúmeras distorções, a crítica dele não é aos pobres e sim aos canalhas travestidos de "representantes do povo", os quais são literalmente ladrões que roubam o povo.

  3. Dr. Ricardo Salkes. Este é um dos melhores quadros técnicos do Governo Federal. Xiitas onguistas sugadores de dinheiro público o detestam. A caterva esquerdopata perdeu as benesses oferecidas por governos fracos e corruptos.

    1. Segundo o MP, o seu dotô favoreceu empresas de mineração e filiadas à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ao alterar mapas de zoneamento do plano de manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Tietê (APAVRT) quando era secretário de Meio Ambiente de São Paulo e foi condenado por isso. Seu dotô é o ministro mais repudiado pela comunidade internacional. Pare de se informar só pelos grupos de tiozões do zap zap. Essa babação de ovo sem freios está pegando muito mal, meu amigo.

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Diversos

Salles diz que governo federal só fiscaliza 6% do Pantanal e que restante cabe aos estados; ministro defende ‘Fogo frio’ e ‘boi bombeiro’ contra incêndios

Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou nesta terça-feira (13) que o governo federal tem competência para fiscalizar só 6% dos 15 milhões de hectares do Pantanal. Segundo Salles, as demais partes do território são de responsabilidade dos estados.

O ministro participou de uma audiência pública na comissão externa do Senado que acompanha as ações de enfrentamento aos incêndios no Pantanal.

Quatorze por cento da área do Pantanal foi queimada apenas em setembro deste ano, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número já supera a área de todo o ano passado e é a maior devastação anual do território causada pelo fogo desde o início das medições, em 2002, pelo governo federal. De acordo com análise da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), parceira do Inpe no monitoramento da área queimada, 26% de todo o bioma já foi consumido pelo fogo de janeiro a setembro.

Segundo Salles, o governo tem competência para fiscalizar só 902 mil hectares da área total do bioma, correspondente a reservas indígenas, assentamentos, florestas destinadas e unidades de conservação localizadas na região.

“Estamos falando de áreas que compreendem florestas destinadas, unidades de conservação, terras indígenas e assentamentos em um volume total de 902 mil hectares que corresponde a 6% dos 15 milhões de hectares”, disse Salles aos parlamentares.

De acordo com informações do site do Ministério do Meio Ambiente, 4,6% do Pantanal são protegidos por unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a unidades de proteção integral e 1,7% de unidades de uso sustentável.

“Volto a dizer que apenas 6% do território do Pantanal é de jurisdição da fiscalização federal. As demais partes do territórios são de competência estadual. E, portanto, o governo federal contribui na sua parcela de jurisdição. Para além disso, com emprego das Forças Armadas”, reforçou o ministro.

‘Fogo frio’ e ‘boi bombeiro’

Durante a audiência, Salles defendeu o uso de fogo controlado, conhecido como “fogo frio”, e a criação de gado para combater as queimadas no Pantanal. Porém, especialistas dizem que a lógica de o gado evitar as queimadas por comer matéria inflamável é um mito.

O ministro já havia relacionado a falta de “fogo frio” ao aumento das queimadas no Pantanal. Salles destacou que o fogo controlado ajuda a reduzir o volume de massa orgânica e diminui a proporção dos incêndios.

O ministro falou sobre uma reunião que teve com senadores em Corumbá (MS) na qual, segundo ele, chegou-se à constatação de que é preciso continuar a usar o fogo controlado para reduzir a massa orgânica no local.

“Primeiro é preciso seguir com a política de uso preventivo do fogo, chamado fogo frio, que é um instrumento importante de combate às queimadas, uma vez que diminui o volume de massa orgânica depositada. Feito no momento adequado de forma adequada contribui sim para a diminuição da proporção dos incêndios quando eles acontecem”, disse Salles.

“Clima mais quente, mais seco, com volume excessivo de massa orgânica, fica um fogo de grandes proporções. Se tivéssemos tido o manejo do fogo frio no momento adequado, se tivéssemos tido a manutenção da pecuária como uma das formas de manejo da vegetação e do solo”, afirmou o ministro.

Salles afirmou ainda ter ouvido de “várias fontes diferentes” a necessidade de se reconhecer o papel da criação de gado para reduzir os focos de incêndio na região.

Na semana passada, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse em audiência pública no Senado que se houvesse mais gado no Pantanal, o desastre das queimadas teria sido “até menor”.

G1

Opinião dos leitores

  1. Esse é um trabalho para o boi bombeiro. Vamos lá, gado nojento. Apagar o fogo que o mestre de vocês não combateu.

  2. Na visão do Ministro é muito mais fácil o Governo Federal se livrar do problema. Fogo não é com eles; apagá-lo também não.

  3. Fico aqui aguardando os pronunciamentos dos bolsominios que não precisar de ar puro para respirar!!!!!!

    1. Toda boiada de bucho cheio e muitas açoitadas no lombo…

    2. E no lombo, entregador de pizza tu tá levando é outra coisa. Eita babaca.

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Política

Governo Bolsonaro herdou desmonte ambiental, diz Salles

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Ricardo Salles disse esta manhã, em audiência no STF, que o governo Jair Bolsonaro não é responsável pelo desmonte ambiental.

“O desmonte ambiental dito por alguns foi recebido pelo governo (…). A narrativa de que o governo não preserva o Meio Ambiente não corresponde aos fatos.”

O ministro disse ainda que já tomou todas as providência para a retomada do Fundo Clima.

“O plano de ação já foi feito, o comitê gestor já foi empossado e os recursos foram para o BNDES.”

O Antagonista

Opinião dos leitores

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Diversos

Ministro do Meio Ambiente destaca “coincidência” de navio do Greenpeace navegando “em frente ao litoral brasileiro bem na época do derramamento de óleo”

Reprodução: Twitter

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, voltou a contra-atacar a organização ambiental Greenpeace. Desta vez, Salles insinuou que a organização poderia estar por trás do vazamento de óleo que afeta todo o Nordeste do País.

Em sua conta no Twitter, o ministro afirma: “Tem umas coincidências na vida né… Parece que o navio do #greenpixe estava justamente navegando em águas internacionais, em frente ao litoral brasileiro bem na época do derramamento de óleo venezuelano…”

O ministro publicou, com a declaração, uma foto do navio do Greenpeace, que é utilizado pela organização em ações de protesto contra crimes ambientais.

Nessa quarta-feira, 23, Salles disse que não vai dialogar com o Greenpeace. Após o protesto da organização em frente ao Palácio do Planalto, o ministro chamou os ativistas de terroristas e disse que não estariam ajudando a limpar as praias.

Os manifestantes colocaram tinta preta no asfalto para simbolizar o óleo derramado nas praias do Nordeste. Também espalharam madeira queimada, que teria sido recolhida de locais de extração ilegal na Amazônia. Segundo a organização não governamental (ONG), 17 ativistas foram detidos pela Polícia Militar do Distrito Federal e levados à delegacia. O Greenpeace havia informado anteriormente que foram 23 presos, mas corrigiu o número.

Procurado sobre a declaração de Ricardo Salles, o Greenpeace ainda não se manifestou.

Com informações do Estadão

Opinião dos leitores

  1. Esse cara é um grande babaca, Greenpeace tem que processar esse Ministro, ele mesmo junto com Bozo acusaram as ONGs de ter colocado fogo na Amazônia e veja que a PF descobriu que foram os fazendeiros.

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