Saúde

Ministério da Saúde negocia compra de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V

Foto: Adriana Toffetti/A7 Press/Estadão Conteúdo

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, anunciou nesta sexta-feira (5) a intenção de comprar 10 milhões de doses da vacina Sputnik V importadas da Rússia. A informação foi divulgada pelo ministério.

A compra, no entanto, só vai ser concretizada se a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar o uso emergencial da vacina e se o governo considerar o preço “competitivo”.

Elcio comunicou a intenção a representantes do laboratório União Química, que deverá produzir o imunizante no Brasil, em uma fábrica no Distrito Federal.

O ministério também disse que, num momento posterior, pretende comprar doses da Sputinik V fabricadas pelo laboratório em território nacional.

O interesse do governo pela Sputnik V aumentou depois de a Anvisa ter retirado a exigência de estudos de fase 3 conduzidos no Brasil para aprovação de uso emergencial das vacinas contra a Covid-19. A fase 3 é quando a vacina é testada em larga escala, com milhares de voluntários, para avaliar sua segurança e eficácia.

Até então, os estudos da fase 3 tinham que ter sido feitos obrigatoriamente no país, o que não aconteceu com a Sputnik V.

Após a decisão da Anvisa, o governo sinalizou também interesse na vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. Somando as compras iniciais da Sputnik e da Covaxin, o governo estima obter 30 milhões de doses.

Andamento das vacinas

Quatro desenvolvedores fizeram testes no país: a Pfizer, a Johnson, Oxford e a Sinovac. Até agora, apenas as vacinas de Oxford e da Sinovac foram aprovadas emergencialmente e estão sendo aplicadas na população.

Dessas duas, só a Oxford publicou resultados preliminares em uma revista científica de seus testes de fase 3.

A Pfizer ofereceu doses ao país, mas ainda não teve aprovação de uso emergencial da Anvisa e as negociações com o governo federal têm enfrentado obstáculos.

A Sputnik V e a vacina do laboratório Moderna têm estudos de fase 3 com resultados publicados em revistas científicas, mas conduzidos fora do país.

G1

 

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