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Presidente da ABIH-RN, José Odécio, é nomeado pelo Presidente da República, membro do Conselho Deliberativo da Embratur

Foto: Reprodução

Foi publicado nesta quinta-feira, 19, no Diário Oficial da União, os membros do setor de turismo para comporem o Conselho Deliberativo da Embratur – Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo.

Os membros foram designados nessa quarta-feira, 18, pelo presidente Jair Bolsonaro. Dentre os nomeados, está o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte, José Odécio Júnior.

O Conselho Deliberativo é composto pelo ministro do Turismo, que o presidirá; pelo presidente da Diretoria-Executiva da Embratur – Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo; por cinco representantes do Poder Executivo federal; e por quatro representantes de entidades do setor privado do Turismo no País que sejam representadas no Conselho Nacional do Turismo. Cada membro do Conselho Deliberativo terá um suplente, que o substituirá em suas ausências e seus impedimentos.

Confirma a relação dos Conselheiros:

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FOTO – ENTREVISTA: José Odécio – Presidente da ABIH

José Odécio 2ENTREVISTA

O turismo no Rio Grande do Norte teve um bom momento em 2015, superando 2014 em termos de ocupação. O Blog do BG conversou com o presidente da ABIH-RN, José Odécio Rodrigues Júnior, sobre o atual momento que a hotelaria vem vivendo, e a preocupação do setor com o ano de 2016.

BG: Qual foi a média de ocupação da rede hoteleira no Rio Grande do Norte no ano de 2015?

JO: A taxa média de ocupação dos três principais destinos do Rio Grande do Norte, aferida dentre os associados da ABIH-RN, em 2015 foi de 55,42%, sendo Natal com 66,22%, Pipa 49,70% e Mossoró com 50,34%.

BG: No comparativo com anos anteriores, houve aumento da taxa de ocupação no Rio Grande do Norte?

JO: Em 2014, a taxa média de ocupação foi de 48%, havendo um aumento da ordem de 15% em 2015, números parecidos com o que tínhamos entre 2011 e 2013.

BG: E Natal, como se comportou nos últimos anos?

JO: De 2011 a 2013, a taxa média de ocupação anual em Natal girava em torno de 65%, mas em 2014 essa média caiu para 54%, e em 2015 foi de 66%, ou seja, recuperamos o que havíamos perdido.

BG: A que o senhor atribui essa recuperação da ocupação?

JO: Em primeiro lugar, ao Governo Robinson, que elegeu o turismo como um dos pilares de sua gestão, e colocando em sua

administração um secretário que conhece o setor, o qual mostrou sua competência e dinamismo. Várias ações também foram feitas, a começar pela redução do ICMS do querosene de aviação, a participação ativa do Governo, em parceria com o setor hoteleiro, nas principais feiras nacionais, retomando também, as promoções. Outro ponto de destaque é a redução das tarifas dos hotéis, medida necessária para competir com nossos concorrentes.

BG: Após o Carnaval se dá início a baixa temporada, como o Setor Hoteleiro está enxergando esse momento?

JO: O momento do Brasil é muito delicado, vivemos uma das maiores crises econômicas dos últimos 13 anos, e é certo que a hotelaria será atingida pela mesma, pois há retração no mercado e o turismo não é uma ilha e, lamentavelmente também sofrerá os reflexos daí advindos. Estamos bastante preocupados e já se fala em demissões no setor.

BG: Quais as expectativas do setor para o ano de 2016?

JO: Preocupante. Só há duas soluções para o setor se manter estável, a primeira é que haja investimento em promoção e divulgação, e a outra, é se voltar para o mercado externo, pois com o dólar alto, há grandes chances de trazermos de volta os turistas estrangeiros, caso contrário, a situação vai piorar muito.

BG: Foi publicada pela PANROTAS, uma importante revista nacional voltada para o Setor de Turismo, que dentre os 10 principais destinos do Brasil, Natal é o que apresenta a menor tarifa hoteleira. A que se deve esse fato?

JO: Sobrevivência, ou fazíamos isso, ou muitos hotéis seriam fechados. A tarifa área para Natal é uma das mais caras, nosso destino não vinha sendo divulgado, a concorrência com outros destinos é muito acirrada, tudo isso contribuiu para o achatamento das tarifas dos hotéis, tornando Natal a cidade com a menor tarifa de hotel dentre os principais destinos nacionais.

BG: Essa redução na tarifa hoteleira não pode ser uma bomba de efeito retardado, e vir a prejudicar o setor no futuro?

JO: Não há dúvidas que sim, corremos um sério risco, já a médio prazo, de não termos condições de manter a boa infraestrutura hoteleira que temos, ademais porque, para além disso,  o custo dos insumos estão subindo muito, a exemplo da energia elétrica que aumentou mais de 50% e os salários que sobem anualmente acima da inflação, bem como o fim da desoneração da folha de pagamentos, o que aumentou substancialmente nossos custos com pessoal. Isso preocupa bastante nosso setor, e demissões não estão descartadas.

BG: O que a hotelaria vem realizando junto ao Governo do Estado e Prefeitura do Natal para promover o destino?

JO: Historicamente o setor hoteleiro investe permanentemente na divulgação do nosso destino, sendo o único setor que gasta para vender o destino, beneficiando toda a cadeia do turismo. São várias as parcerias com o Governo, Prefeitura e outras entidades, através de ações como road shows, feiras, workshops, e eventos diversos de promoção em várias cidades, além de famtours e press trips. Outra parceria importante é a ação de divulgação com a CVC, na mídia nacional, onde o setor hoteleiro, através da ABIH, está investindo a quantia de R$ 150.000,00 para divulgar Natal. Nesse ano a Emprotur já garantiu a participação do Estado nas feiras mais importantes, seja nacionais e internacionais, e estamos trabalhando outras ações promocionais, que contarão com a parceria da hotelaria.

BG: Qual a importância da parceria público-privada para o desenvolvimento da cadeia do turismo?

JO: A parceria é fundamental para atingirmos nossos resultados, se não houver um trabalho conjunto dos poderes públicos com a iniciativa privada, não conseguiremos os resultados planejados. Dinheiro gasto com divulgação e promoção é investimento que retorna na forma de imposto, empregos e renda para o nosso Estado.

Opinião dos leitores

  1. O ISS da rede hoteleira de Natal tá compatível com esse boom turístico??? Pq as empresas de ônibus pagam mais que os hotéis??

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