Diversos

Até formol: Supermercado retira leites das marcas Parmalat e Líder de área de venda por suspeita de contaminação

fraude-leite-mprs-292O Walmart Brasil confirmou nesta quarta-feira, 19, que retirou da área de venda de suas lojas nos Estados do Paraná e São Paulo os leites das marcas Parmalat e Líder. A empresa afirmou que a medida é preventiva e segue sua política de segurança alimentar. A decisão tem conexões com a fraude do leite revelada na sexta-feira passada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul.

A investigação feita pelas promotorias especializadas Criminal e de Defesa do Consumidor descobriu que, no trajeto das propriedades rurais à unidade da LBR Lácteos em Tapejara, alguns carregamentos de leite sofriam adição de água, para aumentar o volume, e de ureia – produto que contém formol, substância cancerígena -, para compensar a perda nutricional e driblar algumas análises. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão de materiais e documentos em duas residências, duas cooperativas e quatro empresas. O dono de um posto de resfriamento foi preso.

O Ministério Público também revelou que o Ministério da Agricultura (Mapa) já havia rastreado 299 mil litros enviados para processamento na unidade da LBR em Lobato (PR) e Guaratinguetá (SP). Na etapa seguinte, a empresa distribuiu 199 mil litros de leite UHT com a marca Líder, no Paraná, e 100 mil litros com a marca Parmalat, em São Paulo.

O Mapa revelou ter determinado o recall dos produtos. Em nota distribuída ainda na sexta-feira, a LBR assegurou que submeteu o leite a análises internas e externas, que atestaram a qualidade do produto.

Mesmo assim, revelou que recolheu o leite que ainda estava no mercado e, com isso, afirmou que “cumpriu com todos os procedimentos exigidos pela legislação e observou as cautelas aplicáveis ao caso”.

Como recall envolveria a notificação aos consumidores para que devolvessem pacotes que tivessem em casa, o Mapa ressalva que não pode afirmar que todo o leite (dos lotes em questão) tenha sido recolhido.

Estadão

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polêmica

Procon-RN não encontra leites adulterados nas prateleiras dos supermercados

O Procon estadual realizou, na manhã desta quinta-feira (09), uma fiscalização em três supermercados da capital com o objetivo de retirar das prateleiras possíveis lotes de leites contaminados. As marcas fiscalizadas são Italac, Mu-Mu, Líder e Latvida. Os estabelecimentos fiscalizados foram o Hiper Bompreço da Pudente de Morais, Carrefour Zona Sul e o Nordestão da Roberto Freire.

Nenhum produto foi encontrado. De acordo com o coordenador geral do Órgão de Proteção e Defesa do Consumidor do governo, Araken Farias, acredita-se que os produtos já haviam sido retirados das prateleiras após a identificação dos lotes fraudados. O Procon dará continuidade à fiscalização nos estabelecimentos.

Araken Farias orienta que caso o consumidor tenha comprado o produto e detectado que o lote faz parte dos que foram adulterados, devolva ao supermercado, trocando por outro produto similar ou pedindo a devolução.

Durante a fiscalização do leite no Hiper, o Procon encontrou e recolheu 130 kg de linguiça calabresa e palito, das marcas Sadia e Rezende, que estavam sem a data de validade do fabricante. Segundo o órgão, o supermercado tirou a data da embalagem original e fracionou o produto sem comprovar a validade.

Entenda o caso da fraude do leite:

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) deflagrou ontem (8) a Operação Leite Compen$ado para desarticular um esquema de adulteração de leite. De acordo com as investigações, cinco empresas de transporte de leite adicionavam ao produto cru, entregue à indústria, uma substância semelhante à ureia, que tem formol na composição e é considerada cancerígena pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo o MP-RS, esse tipo de adulteração é considerada crime hediondo de corrupção de produtos alimentícios, previsto no Artigo 272 do Código Penal. Cerca de 100 pessoas participam da operação, que conta com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Receita Estadual e da Polícia Militar gaúcha.

De acordo com o Ministério Público, as empresas investigadas transportaram aproximadamente 100 milhões de litros de leite entre abril de 2012 e maio de 2013. O órgão estima que, desse total, 1 milhão de quilos de ureia contendo formol tenham sido adicionados, com o objetivo de aumentar o volume do leite transportado e consequentemente o lucro sobre o preço do leite cru.

A fraude foi comprovada por meio de análises químicas do leite cru. O formol foi encontrado no produto final mesmo depois dos processos de pasteurização.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *