Meio Ambiente

Cinco meses depois, inquérito sobre origem de toneladas de lixo em praias do RN, PB e PI não foi concluído

Foto: Fernanda Zauli / G1

Cinco meses depois, a Polícia Federal ainda não concluiu o inquérito que investiga o aparecimento do lixo em praias do Rio Grande do Norte, fato que aconteceu no mês de abril deste ano. Os estados da Paraíba e do Piauí também tiveram o litoral atingido.

Apenas no Rio Grande do Norte, segundo relatório do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) de maio, quase 50 toneladas de lixo foram retiradas de 22 praias e rios, em sete municípios.

Segundo a Polícia Federal, o inquérito ainda aguarda o laudo da perícia para ser concluído. A investigação do caso começou no dia 29 de abril.

O órgão informou ainda que um inquérito penal tem 30 dias iniciais para ser concluído, mas pode ser prorrogado caso o delegado entenda que ainda necessita de diligências. Assim, solicita ao Ministério Público um aumento do prazo.

Lixo no litoral

No Rio Grande do Norte, o lixo apareceu pela primeira vez no dia 21 de abril no litoral de Baía Formosa, Canguaretama, Tibau do Sul e Nísia Floresta. O último registro foi no dia 29 de abril, na Via Costeira, em Natal.

O município potiguar mais atingido foi Baía Formosa, que registrou lixo em nove praias e um rio e recolheu mais de 41 toneladas de material.

O relatório do Idema, publicado em maio, descarta a possibilidade do lixo ser de origem internacional, dada a presença de muitos produtos vendidos no país e considera a possibilidade do lixo ter vindo de alguma empresa que trabalha com coleta de resíduos, “propositadamente ou não”.

Outra hipótese está relacionada às chuvas e alagamentos em Pernambuco e outros estados, com possível carreamento de material para rios e mar ou que uma embarcação tenha realizado “despejo acidental ou não” do material.

Material encontrado

Entre os materiais coletados em todo o estado, havia adesivo da campanha política de Recife, além de mochila com identificação da rede estadual de Pernambuco e título de eleitor leitor do município da capital pernambucana.

Além desses materiais, foram recolhidos tubo para coleta de sangue, seringas, etiquetas de remédios; sapatos e sandálias, plásticos; copos descartáveis; garrafas pet; garrafas de água; garrafas de iogurte e embalagens de margarinas, entre outros materiais.

Uma fita de braço da Secretaria de Recursos Hídricos de Maragogi, município no litoral de Alagoas, também foi encontrada em Nísia Floresta. Essa pulseira é usada por turistas e era datada de 2020.

Três animais (duas tartarugas e um golfinho) foram encontrados mortos na praia de Tabatinga, em Nísia Floresta, mas uma necropsia feita na época, não identificou relação das mortes com os resíduos que afetaram a costa.

O lixo também foi registrado, em vídeo, no mar a cerca de 3 quilômetros da costa no litoral sul do Rio Grande do Norte, na altura do município de Nísia Floresta – um dos mais atingidos.

Paraíba e Piauí

Além do Rio Grande do Norte, a Paraíba e o Piauí também registraram lixos no litoral no mês de abril deste ano. Os primeiros relatos foram na Praia do Bessa, em João Pessoa, no dia 20 de abril. No dia seguinte, foram encontrados materiais em outros dois municípios paraibanos: Conde e Cabedelo.

Apenas na Paraíba, foram cerca de 40 toneladas de lixo recolhidos.

O Piauí identificou dejetos semelhantes com os encontrados na PB e no RN no litoral de Cajueiro da Praia em 30 de abril.

G1 RN

Opinião dos leitores

  1. Tem um tal de LEAO banguela rugindo nos comentários do blog, deveria saber que não amedronta ninguém, por sinal, esse mesmo leão, deveria saber pesquisar, ler e interpretar. Em qualquer site de meia cuia, que fale em vacinas, coloque na busca “linha do tempo da Covid e vacina” no mundo ou no Brasil, se verifica que os primeiros ensaios, testes, aquisição, compra e aplicação, ocorreram dentro da normalidade possível, portanto, qualquer questionamento fora desse cronograma é discussão de comadre em esquina, ou de analfabeto mesmo.

  2. A culpa é de uma grande parte da população que não se conscientiza e faz o descarte de forma irregular do lixo nas cidades, que acabam entupindo os esgotos que são para a captação de água da chuva e vão para os rios que desagua no mar, e este por sua vez está apenas devolvendo o que lhe foi dado. “Só mais um copinho no meio disso tudo não faz diferença” é o que está no pequeno cérebro de pessoas que jogam lixo nas ruas.

    1. Ou da Venezuela. Lembra do Oleo nas praias? até hoje Marinha nao disse quem foi.

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