Economia

Pacote ‘de guerra’ do governo para manter empregos durante a crise do coronavírus vai custar R$ 36 bilhões

Foto: Ilustrativa

A equipe econômica finaliza os detalhes de um pacote para ajudar na manutenção de empregos no país durante a crise do coronavírus. O valor será de pelo menos R$ 36 bilhões ao longo dos próximos três meses.

Segundo informaram ao blog fontes da equipe econômica, o pacote cria faixas para que o governo subsidie progressivamente o pagamento dos salários, de forma a manter a renda dos empregados e permitir que as empresas não quebrem, em especial micro e pequenos estabelecimentos.

O plano é subsidiar até 80% dos empregos formais no país. Os valores seriam uma espécie de antecipação do seguro-desemprego, mas não iriam ser descontados dos valores a que o empregado teria direito no futuro, caso perca o emprego.

Para os trabalhadores informais, o governo criou uma espécie de voucher, que aguarda aprovação do Congresso. O valor inicial de R$ 200 reais deve ser aumentado para pelo menos R$ 300 para cada trabalhador sem renda formal.

O novo pacote será enviado ao Congresso por meio de medida provisória, para passar a valer imediatamente e servir para as empresas poderem arcar com encargos trabalhistas já no início de abril.

Empresas menores, dos setores mais fragilizados, que estiverem fechadas e não tiverem condições de manter empregos, poderão ter 100% dos salários bancados pelo governo.

Para outras, a redução de jornada será compensada pelo fundo federal, de acordo com o valor de hora-salário do trabalhador.

Nenhum trabalhador receberá menos que um salário mínimo, afirmou uma das fontes.

A estratégia, chamada dentro do governo de um plano de “pré e pós-guerra”, é acalmar os setores produtivos e evitar demissões em massa já na próxima semana.

‘Invisíveis’

Em uma teleconferência com uma instituição financeira na manhã desta quinta-feira (26), o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, afirmou que o governo se preocupa em melhorar o atendimento aos trabalhadores informais e pessoas que recebem benefícios de programas sociais.

Segundo ele, o foco prioritário no momento é melhorar a eficiência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para que os benefícios sejam concedidos com agilidade e não haja a necessidade de que beneficiários se dirijam fisicamente até as agências.

“O INSS é um dos maiores pagadores de benefícios do mundo, mas atende as pessoas mais vulneráveis do país. Preocupa muito a ida das pessoas até as agências, então é preciso lembrar que todos os serviços são virtuais hoje”, afirmou.

Bianco disse que há 10 milhões de pessoas “invisíveis” atualmente, que são aquelas que nunca deram entrada em programas do governo e, por isso, não fazem parte de cadastros. Atingir essas pessoas, muitas sem contas bancárias, é um desafio para a equipe do governo.

Bianco ouviu de gestores e empresários que já na próxima semana podem ocorrer demissões em massa, porque as empresas não terão recursos para pagar salários.

O secretário afirmou que ainda nesta semana o governo deverá enviar ao Congresso a medida provisória com ações para defender empregados e empregadores. “Não demitam, confiem no governo”, pediu Bianco.

Blog da Ana Flor – G1

 

Opinião dos leitores

  1. Grandes líderes aparecem em momentos difíceis!
    Existe uma frase que diz: “mar calmo nunca fez bom marinheiro”.

    Todo líder enfrenta momentos difíceis, e são nesses momentos que o verdadeiro líder se destaca e demonstra quem realmente é.

    É muito bom ser um líder e aproveitar dos privilégios do cargo. Mas o que muitos não levam em conta, é que ser um líder tem seu preço.

    Ninguém gosta de experimentar situações de dificuldades, mas como líder você precisa estar ciente que virão situações difíceis, e estas poderão transformá-lo em vilão ou herói.

    E um dos segredos para estar preparado para estas situações é saber tomar decisões difíceis rapidamente.

    Ser líder é tomar decisões que muitas vezes são impopulares, onde não terá a aprovação dos outros. A verdade é que se um líder tentar agradar todo mundo pode acabar se indispondo com todo mundo.

    FAZER O QUE PRECISA SER FEITO, RESPALDADO EM OPINIÕES DE ESPECIALISTAS DA ÁREA ESPECÍFICA, INDEPENDENTE DO QUE PENSAM OU SENTEM A MASSA. ESSE É O DESAFIO QUE ESTÁ POSTO QUE REVELA OS VERDADEIROS LÍDERES E OS ENGANADORES FALASTRÕES.
    Quem tiver ouvidos para ouvir e olhos para ver, tire suas próprias conclusões.

  2. UMA BOA IDEIA VALE MAIS DO QUE MIL PALAVRAS
    Por que nós não sacrificamos só os 20 mais ricos do mundo e redistribuímos suas fortunas para combater a fome, o desemprego e as doenças em geral e em especial o coronavírus?’
    "Ao invés de ter 7 ou 10 mil, a gente pode ter só 20 mortos.
    Então, eu acho que eles vão concordar, né?”,

  3. Gostaria saber do amigo leitor Joaquim Olimpio, se existe dois Brasil? Se existe um Brasil Federal e outro Estadual? Amigo, vamos parar de alimentar uma discórdia lançado em cadeia nacional, pelo comandante da nação!!!! Ele é presidente de todos, precisa governar baseado no dialogo, na união de forças e chamar todos e ditar as regras para a nação. Ele como presidente, se chamasse todos os governadores, eliminasse todos os decretos, uniformizasse um decreto único com diretrizes nacionais tenho certeza que muita coisa ia pra frente. Estamos no caos e cada um faz o que quer, e o presidente emite um decreto que considera igreja como serviço essencial. Parem de achar que vocês só podem comer capim, pode comer milho e ração também. Brasil acima de tudo e Deus acima de todos conforme o lema do presidente.

  4. Quero saber cadê os empréstimos a juros baixos. Já fui na Caixa 3 vezes e nada. No fim das contas isso vai ser se conversa e quem vai se torar é o povo!!!

    1. Concordo com o Flávio sobre os juros. Desde janeiro acompanho de perto os juros imobiliários pois procuro uma casa. Estão a mesma coisa, não baixou NADA. Esse negócio de corte nos juros é só pra lascar quem tem dinheiro em renda fixa e deixar os bancos ricos!

  5. O atual governo do RN o que fez pela saúde pública ate agora foi FECHAR HOSPITAIS,Hospital de Cangueretama,Hospital Rui Pereira,e se o Povo não gritar,vai fechar mais……Essa verba que vem do Governo Federal tem que ser fiscalizada com todo rigor pelos órgãos competentes.

  6. O Estado serve pra isso aí também, não é só sugar e cobrar impostos. A cada cem anos quando acontece algo desse tipo não mais que obrigação.

  7. Tava vendo essa notícia e pensando: O quê efetivamente os governos estaduais estão fazendo para ajudar o povo? Apenas o isolamento?
    Qual governo estadual comprou respiradores, material hospitalar e os remédios já testados que se mostram eficiente contra o coronavírus?
    Os governos estaduais decretam que os trabalhadores da iniciativa privada, fora do grupo de risco, fiquem parados, sem trabalhar, sem produzir, por consequência sem gerar arrecadação e exigem do governo federal dinheiro para não entrar em colapso.
    traduzindo: Os governos estaduais prenderam o povo da iniciativa privada em casa e querem resgate do governo federal. Não é assim?

    1. Os governos estaduais e o governo federal só existem por um motivo : Porque os contribuintes pagam impostos.
      Logo não existem mocinhos nessa estória, nem caridade e nem bondade. É apenas o dinheiro dos impostos em jogo, e como o governo federal detém a maior parte do bolo tributário, deve também ter uma parcela de responsabilidade maior.

    2. Homi o RN está falido, deve 1 bilhão aos servidores, 1 bilhão ao IPE, outro tanto a União, a fornecedores, enfim, deve ao mundo todo.

    3. Eles querem dinheiro ! Querem que o governo federal abra a torneira ! Todos eles, claro, pensam nos mais pobres e necessitados. Você acredita ???

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Diversos

Em negociação com sindicato no RN, diretores de hospitais mostram preocupação em manter empregos

A negociação que está em curso entre o Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Norte e o sindicato dos trabalhadores está colocando na pauta a manutenção dos postos de trabalho nos hospitais do Estado. Com a análise dos efeitos da crise econômica para o segmento, prospera entre os diretores a definição de assegurar a manutenção dos empregos, fato sobre o qual os empregados temiam.

A análise que os diretores de hospitais fazem é que essas instituições usam mão de obras especializada e, mesmo diante da crise, é preciso garantir os postos de trabalho para, assim, também manter a qualidade do serviço prestado.

Nas últimas reuniões do Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde a explanação feita mostrou que há uma oligopolização das operadoras de saúde, já que cerca de mil operadoras deixaram o mercado nos últimos 10 anos. Considerando que 80% dos clientes de planos de saúde são corporativos, há um temor também que o aumento no desemprego no país reflita na redução de clientes nas operadoras.

Com isso, a discussão sobre a data base traz a preocupação, principalmente, em garantir os postos de trabalho atuais nos hospitais. Essa tem sido a bandeira do sindicato dos trabalhadores e um tema que prospera entre os diretores de unidades hospitalares.

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