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Novo Mundial de Clubes da Fifa, na China, será remarcado para junho de 2022, diz jornal

Foto: Reuters

A pandemia do coronavírus levará a Fifa a adiar em um ano a primeira edição do seu novo Mundial de Clubes, de acordo com o jornal “As”. A publicação indica que a organização decidiu remarcar a competição, que ocorreria em junho de 2021, para junho de 2022 – cinco meses antes da próxima Copa do Mundo. Outras opções, como fazer o torneio em 2021 ou em 2023, eram analisadas. O jornal aponta que a decisão foi tomada e será oficializada em breve. A Fifa, entretanto, não confirma a informação.

A mudança ocorre diante da necessidade que a Fifa teve de abrir espaço no calendário para a realização da Eurocopa e da Copa América, que ocorreriam entre junho e julho deste ano, mas precisaram ser adiadas por conta da pandemia da COVID-19. Os torneios continentais usarão justamente a janela antes reservada para o novo Mundial.

O “As” ainda indica que o torneio, marcado para acontecer na China, será chamado de “Super24” – por contar com 24 equipes de todo o mundo. A intenção do presidente Gianni Infantino é que este “Super” Mundial passe a ser uma grande atração e reúna equipes relevantes de todo o planeta, sendo realizado de quatro em quatro anos, ocupando a janela no calendário deixada pela extinta Copa das Confederações.

Apesar da mudança na edição de estreia, o novo Mundial de Clubes deve voltar ao espaço originalmente pensado para ele no calendário no ciclo pré-Copa do Mundo seguinte. Ou seja: sua segunda edição seria organizada em junho de 2025, um ano antes da Copa de 2026.

O Mundial de Clubes de 2021 seria disputado entre 17 de junho e 4 de julho de 2021, com um novo formato de 24 clubes – o Flamengo era até o momento o único confirmado. Caberá a cada confederação definir os critérios de escolha dos representantes, mas a princípio são oito times da Europa, seis da América do Sul e as demais vagas para os outros continentes. Pelos planos da Fifa, esse torneio substituirá a versão atual de sete equipes (campeões de cada continente mais um representante do país-sede), que teria sua última edição em 2020, no Catar.

O Mundial está no centro de uma crise diplomática que deixou de um lado a Fifa e do outro Conmebol e Uefa. Clubes do Velho Continente querem receber uma quantia maior do que a destinada a outros concorrentes, além de aumentar o número de vagas.

Segundo a Federação Chinesa de Futebol, as sedes do novo Mundial de Clubes serão: Xangai, Tianjin, Guangzhou, Wuhan, Shenyang, Ji’nan, Hangzhou e Dalian.

Globo Esporte

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Fifa anuncia novo Mundial de Clubes, a cada 4 anos e com 24 times; Europa terá oito representantes, e América do Sul seis

Gianni Infantino realizou pronunciamento em Miami — Foto: AFP

A Fifa anunciou nesta sexta-feira a criação de um novo Mundial de Clubes, a ser disputado a cada quatro anos, com a presença de 24 times. A primeira edição será organizada em junho e julho de 2021, em local a ser definido, ocupando a janela deixada pela Copa das Confederações no calendário mundial.

A nova competição terá 24 clubes: oito da Europa, seis da América do Sul e as demais divididas entre os demais continentes. A Fifa deixou para cada confederação continental definir os critérios de classificação ao Mundial.

– Houve muitas discussões construtivas, com o presidente da Uefa. Estamos avançando nesse assunto. Temos a responsabilidade de tomar decisões, e tomamos a decisão, e nas próximas semanas essas discussões vão dar frutos. Hoje há clubes que representam mais do que uma cidade, um país. Há clubes que são internacionais, têm fãs por todos os lados. Será importante para eles tentar ser campeões mundiais – afirmou o presidente da Fifa, Gianni Infantino.

Ameaça de boicote da Europa

Horas antes do anúncio da Fifa, enquanto membros do conselho ainda estavam reunidos, os gigantes europeus fizeram uma ameaça oficial de boicote à nova competição. A Associação de Clubes Europeus (ECA, na sigla em inglês) afirmou por meio de carta para a Fifa que iria boicotar o torneio, por ser “frontalmente contra a aprovação” do novo formato e que “nenhum membro do ECA vai disputar essa competição”.

O documento está assinado por representantes de 15 dos maiores clubes da Europa, incluindo Juventus, Real Madrid, Ajax, PSG, Barcelona, Bayern de Munique, Manchester United e Benfica. Trata-se de mais uma batalha na guerra entre a Fifa e os grandes clubes europeus, que também se opuseram ao aumento do número de participantes da Copa do Mundo para 48 seleções — mas foram derrotados.

No lugar da Copa das Confederações

O Mundial de Clubes reformado vai substituir no calendário dois torneios que eram considerados fracasso de público, crítica e qualidade técnica: o velho Mundial de Clubes (disputado por sete clubes em dezembro) e a Copa das Confederações, que desaparece do calendário.

Ainda haverá duas edições do velho Mundial com sete clubes, em 2019 e 2020. A edição de 2021 ainda não tem local definido, uma vez que o calor do verão no Catar, no meio do ano, inviabilizaria a prática do futebol em alto nível. Desta forma, o torneio não será um evento-teste para as instalações da Copa do Mundo.

Globo Esporte

 

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