Polícia

4ª fase da Operação Carne Fraca cumpre 68 mandados de busca e apreensão em nove estados

Foto: Divulgação/Polícia Federal

Sessenta e oito mandados de busca e apreensão são cumpridos, na manhã desta terça-feira (1º), na deflagração da 4ª fase da Operação Carne Fraca em nove estados do país.

De acordo com a Polícia Federal (PF), esta nova etapa da Carne Fraca apura crimes de corrupção passiva praticados por auditores fiscais agropecuários federais em diversos estados. O G1 apurou que as irregularidades eram realizadas para beneficiar a BRF.

A BRF colaborou com as investigações. O grupo empresarial, segundo a PF, passou a atuar de maneira espontânea com as autoridades públicas e apontou 60 auditores fiscais agropecuários como favorecidos com as vantagens indevidas.

Há buscas na União Avícola, no Mato Grosso, que era usada pela BRF para repassar propina para fiscais agropecuários federais, segundo uma fonte da PF.

A União Avícola pertence ao ex-senador Cidinho Santos e, conforme apurou o G1, os mandados são cumpridos no endereço da empresa, em Nova Marilândia, e no escritório, que fica em Cuiabá.

O G1 tenta localizar a defesa dos citados.

R$ 19 milhões para pagamentos indevidos

Aproximadamente R$ 19 milhões foram destinados a pagamentos indevidos, conforme a PF. Os valores eram pagos em espécie, por meio do custeio de planos de saúde e por contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas que representavam o interesse dos fiscais.

De acordo com a PF, as práticas ilegais ocorreram até 2017. Elas pararam depois de uma reestruturação internada realizada no grupo, como informou a PF.

As ordens judiciais são cumpridas nos seguintes estados:

Paraná
São Paulo
Santa Catarina
Goiás
Mato Grosso
Pará
Rio Grande do Sul
Minas Gerais
Rio de Janeiro

‘Romanos’

Cerca de 280 policiais estão nas ruas para cumprir os mandados expedidos pela 1ª Vara Federal de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.

A 4ª fase da operação foi batizada de “Romanos”, em referência a passagens bíblicas do livro de Romanos que abordam temas como confissão e justiça.

G1

 

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Diversos

Operação Carne Fraca: ministério exonera superintendentes do Paraná e de Goiás

Portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) exonerou de cargos comissionados os superintendentes federais de agricultura, pecuária e abastecimento do Paraná, Gil Bueno de Magalhães; e de Goiás, Júlio César Carneiro. Na sexta-feira (17), depois que a Polícia Federal deflagrou a Operação Carne Fraca, o governo anunciou o afastamento de 33 servidores suspeitos de envolvimento nas irregularidades investigadas.

A operação da Polícia Federal denunciou um esquema criminoso envolvendo empresários do agronegócio e fiscais agropecuários que facilitavam a emissão de certificados sanitários para alimentos inadequados para o consumo. De acordo com a PF, frigoríficos envolvidos nesse esquema criminoso “maquiavam” carnes vencidas e as reembalavam para conseguir vendê-las. As empresas subornavam fiscais do ministério para que autorizassem a comercialização do produto sem a devida fiscalização.

Segundo a PF, o esquema envolvia servidores das superintendências regionais do Ministério da Agricultura nos estados do Paraná, Minas Gerais e Goiás. Os investigadores informaram que eles atuavam diretamente para proteger grupos de empresários em detrimento do interesse público.

O caso levou o presidente Michel Temer a anunciar, neste domingo (19), mais rigor na fiscalização dos frigoríficos brasileiros e a determinar celeridade nas auditorias a serem feitas nos estabelecimentos envolvidos no esquema. O anúncio foi feito na presença de ministros de estado e cerca de 40 representantes de países importadores de carne brasileira.

Segundo o presidente, os problemas descobertos pela Operação Carne Fraca são pontuais: “é importante sublinhar que dos 11 mil funcionário do Ministério da Agricultura, apenas 33 estão sendo investigados e das 4.837 unidades sujeitas a inspeção federal, apenas 21 estão supostamente envolvidas em irregularidades”, disse ontem o presidente.

Agência Brasil

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Diversos

Operação Carne Fraca: Ministério da Agricultura “foi tomado de assalto”, diz juiz, sobre troca de “favores” ao logo de anos

A Justiça Federal no Paraná determinou o bloqueio de até R$ 1 bilhão em contas e bens de investigados na Operação Carne Fraca, deflagrada nesta sexta-feira (17).

A megaoperação da Polícia Federal apura irregularidades em grandes frigoríficos brasileiros. As acusações envolvem desde venda de carne estragada até pagamento de propina a agentes públicos e lavagem de dinheiro.

Em um despacho que determina prisões, busca e apreensão e bloqueio de bens, o juiz federal Marcos Josegrei da Silva destaca que o [Mapa/PR] Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Paraná “foi tomado de assalto – em ambos os sentidos da palavra – por um grupo de indivíduos que traem reiteramente a obrigação de efetivamente servir à coletividade”.

O magistrado se refere ao suborno de fiscais para permitir que frigoríficos de todos os tamanhos produzissem e vendessem carne sem certificação de qualidade e, muitas vezes, vencida ou adulterada.

Silva determinou o cumprimento de 309 mandados judiciais nesta sexta-feira (17), na maior operação já realizada pela Polícia Federal. Ao todo foram 27 prisões preventiva (sem prazo) 11 temporárias.

“O exame dos indícios que emergem das centenas de horas de ligações telefônicas captadas ao longo de mais de um ano de incessante investigação, dos relatórios policiais e do cruzamento de dados bancários e fiscais realizado minuciosamente pela Receita Federal apontam para a perturbadora conclusão acerca da presença de uma organização criminosa há muito enraizada em diversos escalões da unidade do Mapa/PR”, diz o despacho.

As investigações apontaram o envolvimento de mais de uma dezena de funcionários do ministério em ilegalidades.

“A quantidade de crimes cometidos diariamente por esses investigados e as trocas de ‘favores’ ao longo de tantos anos é tão grande que, simplesmente, não se pode imaginar que o mero afastamento cautelar de suas funções seria suficiente para se evitar o cometimento de novos crimes. Em realidade, trata-se de crimes praticados em série e que evidenciam a contaminação não apenas da estrutura interna do órgão como o envolvimento direto de uma quantidade expressiva de empresários inescrupulosos”, acrescenta o magistrado ao justificar prisões.

Ao longo da investigação foi apurado que frigoríficos pequenos e grandes, como Seara e BRF (Sadia e Perdigão) cometeram diversas irregularidades. Porém, o despacho judicial destaca que (nem todos cometem todas as irregularidades adiante): reembalagem de produtos vencidos; excesso de água; inobservância da temperatura adequada das câmaras frigoríficas; assinaturas de certificados para exportação fora da sede da empresa e do Mapa, sem checagem in loco; venda de carne imprópria para o consumo humano; uso de produtos cancerígenos em doses altas para ocultar as características que impediriam o consumo pelo consumidor.

O R7 entrou em contato com o Ministério da Agricultura em Brasília, mas a pasta ainda não tem um posicionamento sobre a operação de hoje. Assim que for divulgado, será incluído nesta matéria.

R7

 

Opinião dos leitores

  1. Pensei que era só afastar Dilma…
    Mas descubro que o PMDB está em todas…
    E o PSDB santinho também?
    Estão se enforcando com a corda deles mesmo?
    É assim que estão combatendo a Corrupção?
    E os "Guardiões da moralidade e da honestidade" onde estão?
    Onde estão Moro, Gilmar Mendes, Janot Rede Globo, OAB, Ministério Público, etc?

    1. Também pensei que com o fora Dilma o Brasil ia virar o país das maravilhas! Os batedores de panelas se aposentaram antes da Reforma da Previdência!

    2. Pensador, essa turma esta no popular cagando e andando… para o consumidor, tudo més tem seu contra cheque.

  2. Dentre os frigorifícos estão a JBS, que controla a Seara, e a BFR Foods, que controla a Sadia e a Perdigão. Ou seja, segundo as notícias veiculadas pela imprensa, as maiores do Brasil estão vendendo carne podre, no exato sentido da palavra. Comedores de salsicha e linguiça, após comerem embutidos, tomar uma garrafinha de água sanitária!!!!kkkkkkk

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