O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da UFRN regulamentou, nesta quinta-feira, 16 de julho, a retomada das aulas dos cursos de graduação do período letivo 2020.1, o qual estava suspenso desde 17 de março em virtude da pandemia da covid-19. A resolução aprovada prevê o reinício das aulas em 24 de agosto.
Buscando formas de cumprir a missão institucional da universidade e de atender às demandas da comunidade, preservando a segurança à saúde, a inclusão e a flexibilidade, as aulas da graduação do período 2020.1 acontecerão em formato remoto. Para fins operacionais, as turmas serão registradas no Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA) como 2020.6.
Os alunos já matriculados nas turmas do 2020.1 terão as suas matrículas preservadas, exceto em casos de impedimento de oferta da turma. De toda forma, haverá um período de rematrícula para adição ou exclusão de turmas. Os discentes com programa suspenso ou em mobilidade acadêmica poderão ser reativados, mediante requerimento enviado à Pró-Reitoria de Graduação (Prograd).
Outro ponto importante da resolução é que não serão realizados cancelamentos de curso por abandono, decurso de prazo ou insuficiência de desempenho acadêmico. Além disso, os estudantes com necessidades educacionais específicas atendidos pela Secretaria de Inclusão e Acessibilidade (SIA) que tiverem dificuldades de acompanhar as turmas poderão solicitar o regime de exercícios domiciliares.
Os componentes curriculares de natureza prática ou a parte prática de componentes curriculares poderão ser adaptados ao formato remoto, após a aprovação de um plano específico pelo Colegiado de Curso. Em caso de não haver a possibilidade de oferta remota, a parte prática poderá ser ofertada posteriormente ou, excepcionalmente, no período letivo 2020.1, desde que ocorra a aprovação nos colegiados de cursos e plenários de departamentos, além da homologação nos centros ou unidades acadêmicas especializadas, se forem asseguradas as condições de biossegurança e as normas vigentes relativas à emergência em saúde pública da pandemia da covid-19.
Já as atividades presenciais de estágios que formam turmas, como os internatos, poderão ser realizadas se aprovadas pelos colegiados de cursos e plenários de departamentos, bem como se houver a homologação pelos centros ou unidades acadêmicas especializadas, respeitando as condições e normas de biossegurança.
Ensino
O docente utilizará a Turma Virtual do SIGAA e outras plataformas virtuais. Para as atividades de interação online síncronas [a participação do aluno e do professor acontece no mesmo momento e no mesmo ambiente], os professores deverão respeitar os dias e horários registrados para a turma no SIGAA. A frequência e a participação dos alunos serão verificadas de acordo com o acompanhamento das atividades propostas. Para os cursos da modalidade a distância, fica assegurado o uso do ambiente virtual de aprendizagem Moodle Mandacaru Acadêmico. Os materiais didáticos serão disponibilizados pelos professor durante todo o período, considerando as limitações das condições de isolamento social.
Assistência estudantil
Será concedido um plano de dados móveis, para o acompanhamento de atividades acadêmicas em formato remoto, a estudantes de graduação que estejam matriculados na retomada do 2020.1, em situação de vulnerabilidade socioeconômica e classificados como prioritários no cadastro único da UFRN.
Haverá ainda um auxílio instrumental voltado para alunos de graduação em situação de vulnerabilidade socioeconômica, que estejam matriculados na retomada do 2020.1, visando subsidiar a aquisição de equipamento para acompanhar as aulas remotas. O benefício será concedido aos estudantes definidos como prioritários no cadastro único da UFRN, com renda familiar per capita de até um salário mínimo, podendo incluir também a faixa entre um salário mínimo e um salário mínimo e meio, a depender da disponibilidade orçamentária. Os valores do auxílio instrumental serão estabelecidos em editais específicos, tendo por base a distribuição orçamentária para recursos do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) aprovada pelo Conselho de Administração (Consad).
Retrospectiva
O calendário do período letivo 2020.1 estava suspenso desde 17 de março, devido à pandemia da covid-19. Em virtude da imprevisibilidade de retorno das atividades presenciais e como ação de curto prazo, a UFRN regulamentou o Período Letivo Suplementar Excepcional (PLSE), que ocorre de forma facultativa para professores e estudantes e encerrará calendário no final deste mês de julho.
Seguindo com o planejamento acadêmico para o período da pandemia da covid-19, os centros, institutos e unidades acadêmicas especializadas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) realizaram, nos últimos dias, diversas ações para discutir a retomada das atividades do período letivo 2020.1. A ampla discussão tem como pilares a segurança da comunidade universitária e a diversidade dos cursos, que exigem a construção coletiva de propostas baseadas na inclusão e na flexibilidade.
A Reitoria da UFRN suspendeu, de forma emergencial, as atividades presenciais em 17 de março, devido à crise de saúde ocasionada pelo novo coronavírus. Desde então, a discussão descentralizada foi iniciada, com o intuito de ouvir todos os segmentos da comunidade (técnicos, alunos e docentes), em suas respectivas unidades. Como medida de curto prazo, foi aprovado o Período Letivo Suplementar Excepcional (PLSE) pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), que encerrará no final deste mês de julho.
Dando continuidade ao planejamento acadêmico, a Reitoria vem se reunindo com representações de classe e com as direções dos centros e unidades acadêmicas especializadas, as quais realizaram diversas ações para discutir as propostas de retomada do calendário 2020.1:
– Centro de Tecnologia (CT)
De acordo com diretor do CT, Luiz Alessandro Câmara de Queiroz, a unidade realizou na manhã dessa segunda-feira, 13 de julho, uma videoconferência com a participação de professores, técnico-administrativos e alunos, totalizando o debate com 77 pessoas. “Facultamos a palavra a todos os participantes, que tiraram dúvidas e elogiaram a proposta de retomada do semestre letivo por meio remoto”, informou. Aconteceram ainda outros encontros para discutir a retomada das atividades, como reuniões de gestores, com os Centros Acadêmicos e a do Conselho de Centro (Consec). Foi criada uma comissão que já concluiu os trabalhos e apresentou propostas para questões pedagógicas e de infraestrutura, que devem ser adotadas a curto, médio e longo prazo, no caso de volta às aulas.
– Centro de Ciências Exatas e da Terra (CCET)
Conforme a diretora do CCET, Jeanete Moreira, foram formadas comissões, com a participação dos coordenadores de graduação e de pós-graduação, com representação de técnico e de estudante. Além disso, a professora contou que foram criados grupos de Whatsapp, para que o diálogo ocorresse de forma mais frequente e direta entre a direção do CCET e os chefes de departamento, os coordenadores da graduação e da pós-graduação, e os estudantes dos 14 cursos da unidade.
– Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres)
A diretora do Ceres, Sandra Kelly de Araújo, contou que foram realizadas diversas reuniões com os chefes de departamentos, coordenadores de cursos, docentes, discentes e técnicos. Nessa segunda-feira, 13, ocorreu um momento de diálogo, por videoconferência. Para a professora “a avaliação é positiva. Há alguns temas que transmitiremos à Reitoria e demais unidades, tendo em vista contribuir com a elaboração final da proposta que será submetida ao Consepe”, contou.
– Centro de Ciências da Saúde (CCS)
Segundo o diretor do CCS, Antônio de Lisboa Lopes Costa, as discussões vêm acontecendo no Centro e ocorreu um encontro virtual nessa segunda-feira, 13, com todos os segmentos (docentes, discentes e técnicos). Na avaliação do professor, o tema gerou muitos questionamento, mas a discussão foi positiva e houve uma participação maior dos professores e estudantes.
– Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA)
O CCHLA realizou reuniões com chefes de departamentos e constituiu uma Comissão de Planejamento. De acordo com a diretora do CCHLA, Maria das Graças Rodrigues, além do Consec, houve a coleta de informações por formulário eletrônico enviado a estudantes de graduação e da pós-graduação. “Isso evidencia que, através dos representantes, os três segmentos que compõe a comunidade interna do CCHLA estavam representados e construímos juntos os entendimentos e discussões para somar ao planejamento institucional da UFRN, de forma que possa ser construído um plano de ações que atenda às necessidades da comunidade acadêmica de forma universal e segura”, afirmou.
– Centro de Biociências (CB)
O diretor do CB, Jeferson Cavalcante, disse que houve reunião com os chefes de departamento, os coordenadores de curso e os estudantes. Além disso, nessa segunda-feira, 13 de julho, ocorreu Conselho de Centro, que foi transmitido pelo YouTube, visando ampliar a participação de toda comunidade do CB.
– Centro de Educação (CE)
A vice-diretora do CE, Cynara Ribeiro, contou que as discussões ocorreram, por videoconferência, no Fórum de Gestores Ampliado, nas Plenárias Departamentais, na Comissão para ações de ensino no contexto da pandemia, em reuniões administrativas e no Consec, envolvendo docentes, técnicos e estudantes. Para a professora, “a reunião foi positiva, especialmente após a percepção de que as sugestões/preocupações da comunidade acadêmica do CE foram, em sua maioria, contempladas na minuta que será submetida ao Consepe”, avalia.
– Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA)
De acordo com a diretora do CCSA, Maria Lussieu da Silva, o planejamento integrado no Centro teve início em 13 de maio, com a realização de diversas reuniões do Consec, para discutir o PLSE para graduação e, em seguida, a análise sobre o retorno das aulas em um outro período suplementar ou com a retomada do 2020.1. Os cursos também realizaram reuniões e lives com os estudantes e, nessa segunda-feira, 13, o Consec discutiu a minuta construída a partir da consolidação das propostas apresentadas pelos diretores. “Todas essas reuniões de Consec, que nós fizemos, ouvimos e acolhemos as preocupações e as demandas de cada curso e das categorias”.
– Instituto Metrópole Digital (IMD)
Nessa segunda-feira, 13, às 9h, o IMD fez uma reunião com seus professores e técnicos pelo Google Meet, para discutir o retorno do semestre 2020.1, por meio do ensino remoto. No período da noite, a discussão aconteceu às 18h, junto aos órgão de representação estudantil do IMD, em uma reunião virtual, para também apresentar a mesma pauta aos alunos.
– Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (Facisa)
Para a diretora da Facisa, Joana Marques, o planejamento do retorno das atividades de ensino está permitindo a participação de representantes de toda a comunidade e sendo pautado na segurança à saúde, inclusão e flexibilidade. Nessa perspectiva, foi aplicado um questionário de consulta à comunidade acadêmica e houve reuniões dos Colegiados de Cursos, da Comissão Interna de Retorno das Atividades de Ensino, do Conselho da Facisa (Confasis), entre outros encontros.
– Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ)
O diretor adjunto da EAJ, Márcio Dias, informou que a unidade realizou reuniões por videoconferência com todos os professores. Com os estudantes, o contato permanente segue pelas redes sociais e foram realizadas duas lives, ao longo desse período, para discutir as sugestões e os anseios dos alunos. Na opinião do gestor, todos os segmentos da comunidade foram envolvidos na discussão de retorno do período letivo 2020.1. “Inclusive, todos os setores administrativos também estão preparando planos para essa retomada. A discussão foi muito boa. A construção da minuta foi feita de forma muito colegiada, considerando as sugestões e solicitações dos centros e unidades, inclusive da EAJ, de modo que a comunidade se viu bem representada na proposta de resolução construída”, acrescenta.
– Escola de Ciências e Tecnologia (ECT)
Na ECT, foram feitas várias reuniões em grupos separados de professores e técnicos, além de encontros com o Diretório Acadêmico. As atividades foram realizadas por videoconferência e uma live, na qual foi registrada mais de 2 mil visualizações. Houve ainda a realização de enquetes e a divulgação nas redes sociais. Nessa segunda-feira, 13, aconteceram também duas reuniões gerais. Segundo o diretor da ECT, Douglas Silva, o tema tem tido boa aceitação, com todas as preocupações sanitárias e de inclusão, prejuízo de alguns alunos, técnicos e professores que podem ter dificuldade de assistir às aulas ou realizar seu trabalho.
– Instituto Ágora de Línguas, Literatura e Culturas estrangeiras Modernas (Ágora)
O Instituto Ágora realizou reunião de colegiado no dia 10, por meio de videoconferência. Segundo o diretor Marcelo Amorim, todos os segmentos foram representados, pois o colegiado tem representantes de todas as categorias. “Decidimos que vamos retomar o semestre remotamente, mas ainda não sabemos exatamente quando porque faremos ainda uma pesquisa on-line para saber se nosso público aceita trocar as aulas presenciais por remotas para o período letivo 2020.1.
– Escola de Saúde (ESUFRN)
A ESUFRN realizou uma live na última quinta-feira, 9, com os alunos e a coordenação de Gestão Hospitalar (GH), única graduação da Escola. Na segunda-feira, 13, a diretora Mércia Maria de Santi reuniu o colegiado e o Núcleo Docente Estruturante (NDE) do GH para fazer uma contextualização sobre a construção da resolução que trata do tema. “Estamos agora olhando para o planejamento e tentando acomodar as 16 semanas do período. Ainda teremos outras reuniões com o colegiado para fechar a questão desse planejamento, mesmo porque, algumas questões operacionais ainda virão a posteriori, após a aprovação da resolução”, reforçou a diretora.
– Instituto Humanitas (IH)
No IH, o diretor Alipio De Sousa Filho confirmou que foi realizada uma reunião com os professores no dia 1º de julho, por videoconferência, mas nenhuma apresentação ou orientação foi feita, pois ainda não tinham a proposta de resolução que só ficou pronta na sexta, 10. “Fizemos uma discussão em torno da ideia do retorno remoto do 2020.1, possibilidades de algumas práticas, como fizemos também para a realização do período especial que está em andamento. No IH, há concordância de todos no sentido da necessidade de retomarmos o semestre interrompido pela pandemia. Não enxergamos outra maneira que não seja uma retomada pela via remota”, complementa.
– Escola Multicampi de Ciências Médicas (EMCM)
A EMCM formou uma comissão composta por membros da direção, da coordenação acadêmica, além de representações de professores, técnicos e estudantes, para formulação de propostas. Nesse momento, elas estão sendo apresentando em uma reunião ampliada. A maior dificuldade, segundo ela, diz respeito às atividades práticas, tanto no treinamento de habilidades quanto na inserção dos alunos nos serviços de saúde que acontecem desde o primeiro semestre do nosso curso. “Mas há o esforço e envolvimento da comunidade acadêmica para o levantamento de soluções”, finalizou a professora Ádala Mata, membro da comissão.
– Escola de Música (EMUFRN)
Conforme o diretor da EMUFRN, Jean Joubert Mendes, ocorreram encontros com os coordenadores dos cursos e dos principais projetos da unidade, além de uma reunião geral com a comunidade. O contato com os estudantes tem se dado por meio dos professores. Para o gestor, “a avaliação tem sido positiva”, levando em consideração preocupações sobre as normas de biossegurança e sobre o acesso à internet ou a equipamentos para os alunos, que são pontos discutidos com afinco pela instituição.
– Institutos Internacional de Física (IIF), Medicina Tropical (IMT), Cérebro (ICe) e Química (IQ)
Informaram que acompanham as discussões que ocorrem nos centros acadêmicos sobre as atividades diretamente ligadas à graduação. Além disso, as unidades seguem com planejamento para pós-graduação e pesquisa.
A democracia é linda, mas já passou da hora de alguém tomar uma decisão. Fóruns, comissões, debates e ainda não decidiram o que fazer? Uma discussão que começou em 17 de março e hoje 4 meses depois ainda continua a indecisão?
Compre um chip pra cada aluno que comprove ser carente e libere uma área pra eles fazerem as provas. Espaço não falta.
Exatamente. Debates e "Rodas de conversa" com dinheiro público não faltam. A solução é relativamente simples: dar suporte a uma minoria de estudantes que não possuem internet em casa. Várias universidades privadas já adotaram o ensino à distância, mas a UFRN não. Espero que os servidores não estejam se acostumando com a boa vida de receber para nao trabalhar, pois a maioria dos professores "optou" por não aderir ao semestre à distância.
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