Judiciário

O Supremo pede desculpas?

Excelente artigo escrito por Cássio Roberto dos Santos Andrade:

Análise à luz dos casos Abdelmassih, Strauss-Kahn e Pimenta Neves

O sol brilhou na janela de um luxuoso quarto, refletindo o azul de um mar tranqüilo em algum lugar paradisíaco deste mundo afora. É nesse cenário onde, provavelmente, o Dr. Roger Abdelmassih desperta para degustar o sabor delicioso da liberdade a lhe provocar um imenso sorriso de satisfação, talvez na mesma intensidade do gozo que fruía ao estuprar suas pacientes. Mas nada lhe deve dar mais prazer do que rir do Judiciário, que o condenou a 278 anos de cadeia, mas o deixou livre no tempo suficiente para fugir. A completar a total felicidade, a Justiça desbloqueou seus bens, garantindo-lhe uma vida de prazeres sem fim. Quando a prisão de Roger foi restabelecida, já era tarde. Por muito menos, não foi assim nos Estados Unidos.

Dominique Strauss-Kahn era o diretor-geral do Fundo Monetário Internacional. Estava em Nova York preparando-se para retornar à França. Dominique deixa o hotel e se dirige ao aeroporto. Embarca na primeira classe, pede um uísque. Ele não vai degustar a bebida. Após 180 minutos em que havia deixado o hotel, Monsieur Strauss-Kahn é retirado do avião, algemado e preso sob a acusação de ter molestado uma camareira. A liberdade provisória lhe é concedida sob condições: 6 milhões de dólares em garantias; empresa de segurança responsável em vigiá-lo; tornozeleira eletrônica para acompanhar seus passos.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Esses homens não são felizes. Na próxima encarnação poderão vir como prostitutas, morando embaixo de pontes sujas e encontrando-se com algozes que não os deixarão dormir. A gente faz o que pode, dá o que tem e recebe o que merece, sempre!

  2. Excelente texto, pena que a reflexão que nos traz é tão imensamente triste e vergonhosa…Onde está o sentido de cidadania e dignidade daquelas mulheres molestadas no físico e na alma? São tantas garantias processuais/constitucionais que muitas vezes se sobrepõem ao respeito pela própria pessoa humana.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *