Judiciário

JUDAS: Carro de Ubarana foi transferido para genro de desembargador sem autorização presencial

Há uma informação dada por Carla Ubarana que passou despercebida pela imprensa local. Entre 1h15min20s e 1h15min53 (minutos finais de recorte abaixo) da gravação do depoimento dado no último 30 de março, a ex-chefe do setor de precatórios afirma não saber como seu Selvagem verde de placa MXZ-5618 foi transferido efetivamente para Débora Alencar, filha do desembargador Caio Alencar.

“E ela fez a transferência, inclusive eu não sei como, já que a assinatura tinha que ser presencial. Mas foi feito”, ressaltou Ubarana. O carro havia sido vendido ao esposo de Débora há cerca de dois anos, mais ainda estava no nome da então chefe do setor de precatórios.

O questionamento de Carla Ubarana é embasado na legislação atual. Para que haja efetivamente a transferência de um carro, é necessária a assinatura presencial do vendedor. Em outras palavras, o cartório só reconhece firma, se o antigo proprietário estiver presente. E Ubarana afirma que não estava.

O BG Voador confirmou no site do Detran parte das informações ditas por Ubarana. O carro realmente foi transferido no dia 23 de janeiro deste ano para o nome de Maxwell dos Santos Celestino, esposo de Débora.

O problema é que nesta data, Carla Ubarana estava em Recife, fazendo o tratamento contra o câncer no Hospital Português.  E isso, a ex-chefe do Setor de precatórios do TJRN, afirmou no próprio depoimento.

O BLOG do BG quer deixar claro que não está fazendo nenhum juízo de valor. Mas, sendo o reconhecimento de firma estritamente presencial, como esse processo pode ter sido executado? Alguém assinou presencialmente por Ubarana? Em que cartório foi feito? Quem autorizou a transferência de propriedade sem a presença da antiga proprietária se ela mesmo diz em depoimento que não sabe como foi feita? Ficam as interrogações!

Desembargador teria alertado a filha, segundo Ubarana

No depoimento Carla afirmou que o desembargador Caio Alencar teria mandado sua filha se apressar em fazer a transferência do carro para seu nome, já que, se continuasse no nome de Ubarana, seria sequestrado junto com todos os outros bens.

“Há uns dois anos atrás, eu tinha vendido um Selvagem  ao marido dela e o carro ainda estava no meu nome. Então desembargador Caio chegou par Débora e pediu que ela corresse e tirasse o Selvagem do meu nome”, disse Ubarana.

 


 

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Judiciário

Veja quem é quem no "Diário" de Carla Ubarana

O que Carla Ubarana disse de desembargadores no diário:

Rafael Godeiro:

“Rafael Godeiro, ciente de como funcionava, recebia o dinheiro em mãos após sacar em guias, todas assinadas por Rafael Godeiro e João Cabral (sec), não queriam nem saber quem era o beneficiário o que importava era o fim”

Osvaldo Cruz:

“O presidente Osvaldo assinava cheque, nós depositávamos em nossa conta, sacava e depois dividia. E os valores foram crescente até porque chegou o dinheiro do RPV e muito dinheiro sem dono”

Judite Nunes:

“Houve omissão de Judite nas guias. Ela mandava assinar em branco para quando fosse necessário”

Caio Alencar:

“Des. Caio Alencar – pesos e medidas diferentes”

Zeneide Bezerra:

“Esposo da des. Zeneide solicita pagamento do mesmo precatório duas vezes”

João Rebouças:

“Quero colocar também a omissão do presidente da Comissão dos Precatórios, des. Rebouças”

Fonte: Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Sentimentos diversos de revolta, repugnância, vergonha,  incapacidade, e o pior, saber que não vai dar em nada.
    E saber que pessoas de bem tiveram suas vidas, seus anseios, seus direitos, "julgados" por esse tipo de gente.

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Social

Precatórios TJ: Carla Ubarana e George Leal pretende assumir R$ 6 milhões das fraudes

A expectativa para a audiência de amanha na 7ª vara criminal, é que os principais acusados confessem a participação e forneçam detalhes sobre o funcionamento do esquema, mantendo o termo de colaboração assinado com o Ministério Público. O casal estaria disposto a assumir a apropriação de R$ 6 milhões, o correspondente a no máximo “20% de todo o valor desviado”.

Alex RégisCarla e George cumprem prisão domiciliar vigiada 24 horas

“Carla e George estão dispostos a confessar em juízo” a participação que tiveram no esquema de fraudes e desvios de recursos dentro do TJRN, assegurou uma fonte relacionada às famílias dos dois, ouvida pela TRIBUNA DO NORTE. O valor das fraudes que o casal estaria disposto a assumir corresponde à avaliação aproximada dos bens que deverão ser seqüestrados pela Justiça (carros de luxo e a mansão na praia). Um cálculo simples também mostra que sendo R$ 6 milhões apenas 20% do valor desviado, o valor total das fraudes seria de R$ 30 milhões.

Na comissão interna do TJRN que vem revisando os processos de precatórios desde a nomeação de Carla Ubarana para chefiar o setor, em 2009, não arriscam informar um valor aproximado para os desvios nem confirmam o cálculo dos R$ 30 milhões. “Carla já confidenciou que os outros R$ 24 milhões foram rateados com os laranjas e cabeças do esquema”, disse a mesma fonte ao jornal. No Ministério Público, nenhum promotor aceitou falar, ontem, sobre assuntos relacionados a investigações dos precatórios. O advogado de defesa do casal, Marcos Braga, se negou a confirmar qualquer informação sobre esse caso.

Um outro aspecto apurado pela TRIBUNA DO NORTE é que a  demora na assinatura do termo de colaboração com as investigações para o empresário George Leal e a proximidade do  dia em que terá que depor perante a Justiça (amanhã) está afetando de forma negativa o estado de ânimo e a disposição de Carla Ubarana.

“Ela (Carla) está uma pilha de nervos, sob efeito de remédios e chegou a passar mal uma madrugada dessas”, revelou a mesma fonte. Até ontem não havia confirmação de que os promotores de Defesa do Patrimônio Público que conduzem as investigações haviam apresentado ao empresário George Leal o termo de colaboração para assinatura.

George Leal já teria contado aos promotores como atuava, através de empresas que abriu e com a colaboração de amigos e empregados domésticos, para facilitar o desvio e os saques dos recursos destinados ao pagamento de precatórios. Essas informações serviram de base para o novo pedido de quebra de sigilo, apresentando pelo Ministério Público à Justiça e deferido na última terça-feira (27) pelo juiz Ivanaldo Bezerra, da 8ª Vara Criminal de Natal.

Fonte: Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Qual é a supresa? Não é esse o país do futebol, do carnaval e da
    cachaça? Afinal, Carla Ubarna seria ET ou mais uma brasileira? Somos
    todos uns canalhas de um país que despreza a educação, a saúde e a
    segurança pública e que prefere erguer “catedrais” para o futebol,
    manter o povo na miséria e ter instituições podres! “O rei está nú, mas
    tudo se cala ante ao fato de que o rei é mais bonito mesmo nú”(Caetano
    Veloso).

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