Economia

Primeiro posto sem gasolina para veículos elétricos é aberto nos EUA

A operação das estações de carregamento é parecida com a das bombas de combustível, mas leva entre 15 e 30 minutos Foto: Chris Helgren / REUTERS

Com o aumento no número de carros elétricos em circulação pelas cidades, a infraestrutura se torna uma questão crítica: como oferecer serviços para essa frota crescente? O posto RS Automotive, em Takoma Park, Maryland, pode ser parte dessa resposta. Após mais de seis décadas em funcionamento, oferecendo combustíveis para seus clientes, o posto de gasolina trocou suas tradicionais bombas por estações de carregamento, o primeiro do tipo nos EUA.

— Maryland é orgulhoso por ser um líder nacional em energia limpa e renovável, mudança climática e a promoção de veículos e infraestrutura elétricos — afirmou o governador, Larry Hogan. — Esta estação de carregamento totalmente convertida de gasolina para eletricidade é um grande exemplo do compromisso da nossa administração com o meio ambiente e os transportes.

As obras foram financiadas em parte pelo governo estadual e pelo Electric Vehicle Institute, que investiram US$ 786 mil na aquisição de 16 estações de carregamento. Quatro delas foram instaladas no negócio mantido há mais de duas décadas por Depeswar Doley. Mas enquanto as autoridades celebram, o proprietário do posto ainda não sabe como será o retorno financeiro.

— O volume das nossas vendas de gasolina era baixo, especialmente depois das 20h — afirmou Doley, em entrevista ao “Washington Post”. — Eu não espero ficar super rico com isso, mas é bom para o meio ambiente, então eu quero assumir o risco.

O empresário viu na substituição da gasolina pelo carregamento elétrico uma forma de se livrar das distribuidoras de combustíveis, que oferecem contratos longos com cláusulas de renovação caso as vendas não atinjam metas. Mas o maior peso para sua decisão foi o entusiasmo de sua filha de 17 anos.

— Minha filha disse: “Pai, nós temos que fazer isso! — contou o empresário. — Ela é muito apaixonada pela Tesla e pelo meio ambiente, então eu dei ouvidos, porque ela é da geração mais jovem.

A renovação chamou atenção da vizinhança, que param no posto para tirar dúvidas ou fotografias, mas nem todos se empolgaram com a novidade.

— É uma tristeza não ter gasolina aqui — lamentou Andy Kelemen, de 86 anos, que abastecia no posto há mais de três décadas.

Existe uma demanda crescente para serviços do tipo. Hoje, existem em Maryland cerca de 21 mil veículos elétricos. A previsão é que em 2020 sejam 60 mil veículos e, em 2025, 300 mil.

Quando os primeiros carros surgiram, os motoristas americanos compravam gasolina em latas em comércios como farmácias e lojas de ferreiros. Segundo o Instituto Smithsonian, as primeira bombas de combustível surgiram em 1905, e o primeiro posto foi aberto na Pennsylvania em dezembro de 1913. O segmento de veículos elétricos vive esse momento.

— Ninguém realmente sabe o que vai acontecer — comentou Matthew Wade, diretor executivo do Electric Vehicle Institute. — Nós entramos num novo território, o que é, de certa forma, muito emocionante.

Em tese, o funcionamento das estações de carregamento é bastante similar com o das bombas de combustível: o plugue é retirado da estação e encaixado no carro. Mas o abastecimento é demorado. Em média, para carregar a maioria dos carros elétricos até 80% da capacidade leva de 15 a 30 minutos. A partir desse ponto, as taxas de carregamento são desaceleradas para proteger as baterias. O custo médio para 80% de carga é de US$ 5,10.

— A parte final do carregamento, os últimos 5%, pode demorar uma hora — disse Wade. — Nós sugerimos a carga de 80% para maximizar as sessões de carregamento.

O Globo

 

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Diversos

BRASIL DESMANTELADO – (FOTOS): Sem gasolina, delegado transfere presos de delegacia para cadeia a pé

6i8k0eb5e1_nz1madc8t_file 4b7msvlfl6_2ljwnmhmtv_fileUma cena inusitada em Planaltina de Goiás (GO), no entorno do Distrito Federal. Por volta das 9h30 desta quarta-feira (6), 18 presidiários, que ocupavam celas do Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança) saíram às ruas a pé em direção à Cadeia Pública da cidade. Eles caminharam cerca de 2 km escoltados por policiais.

A decisão de levar os detentos foi tomada pelo delegado Cristiomário Medeiros. Sem veículos e gasolina para fazer a transferência, ele saiu com os 18 presos algemados. Medeiros explica que não tinha como transportá-los nos três carros da delegacia.

— Nós só temos três Gols na delegacia e nós levaríamos o dia inteiro para transferir todos. Seriam necessárias umas nove viagens e nós não temos gasolina suficiente para fazer essas viagens porque estamos com problema de abastecimento, explica o delegado.

Perguntado sobre o risco de colocar os presos nas ruas, o delegado afirma que preparou um esquema de segurança para evitar fugas, rebeliões e resgates.

— Todos os agentes foram juntos, armados, nós colocamos uma situação sem riscos para a população e contamos com o apoio da Polícia Militar na operação. Todos estavam algemados de dois em dois, de três em três, não havia risco de fuga.

f1lvsv0w_5d7ftn5u3y_fileO delegado afirma que, durante o percurso, cerca de dois agentes para cada preso participaram da operação. Alguns detentos optaram por colocar camisas para tapar o rosto.

O Judiciário autorizou, nesta terça-feira (5), a transferência dos detentos, que ocupavam duas celas da Delegacia depois que oito presos fugiram e deixaram uma das celas danificada. A Justiça autorizou a transferência temporária para Cadeia Pública até o dia 18 de maio, quando a reforma deve ser concluída. Depois deste prazo, os detentos devem ser novamente transportados para o Centro Integrado de Operações de Segurança.

Na madrugada de terça-feira, oito presos do Ciops fugiram de uma das celas após danificar a entrada de ventilação e utilizar cordas e roupas para pular um muro de 6m.

R7

Opinião dos leitores

  1. Não entendo pq o Blogueiro nao diz: "Eita estado de Goiás Desmantelado". Por acaso era delegado federal? Mas a intenção dele é essa mesma, o primeiro idiota útil.Jefferson, já se pronunciou.

  2. O Brasil é rico e mesmo nessa crise causada por Dilma e sua turma seria possível resolver muito dos seus problemas básicos. O problema é que muito desse dinheiro é usado para bancar verdadeiras cortes de juizes e desembargadores com aumentos e axílios moradias absurdos. Deputados e Senadores colaboram com isso com suas pomposas verbas e regalias! Fora isso, o básico de quem paga impostos está faltando!

  3. Tai o preso no Brasil tem direito a alimentação 3 vezes ao dia, banho de sol e agora caminhadas, é um Spa perfeito kkk

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