Política

Sozinho, Bolsonaro tem mais citações nas redes sociais do que todos adversários juntos, diz estudo

Uma análise de 34 milhões de postagens sobre as eleições 2018, difundidas em redes sociais, blogs e fóruns de internet entre os dias 20 de agosto e 17 de setembro, revelou que o candidato do PSL nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, foi o personagem citado em 51% delas – ou seja, mais do que a soma de todos os adversários.

Nesta sexta, o Estado também publicou estudo que mostra que apoiadores de Bolsonaro são os que compartilham maior número de fontes de informação falsa ou de baixa qualidade – as “junk news” ou notícias distorcidas – relacionada às eleições no Twitter, rede social em que ele tem o maior engajamento político.

Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO/DIVULGAÇÃO

O trabalho relacionado às postagens sobre as eleições brasileiras foi feito pela empresa espanhola Alto Data Analytics, que trabalha com inteligência artificial e análise de grandes bases de dados, e distribuído para os veículos que participam do projeto Comprova – entre eles o Estado –, que combate a disseminação de conteúdo falso nas redes durante a campanha.

Na análise, as publicações sobre Bolsonaro não se limitam ao universo de seus simpatizantes – foram contabilizados também os ataques dirigidos ao capitão da reserva por seus adversários.

Além das 34 milhões de publicações, a empresa analisou uma amostra de 50 mil anúncios pagos vinculados às eleições no Facebook, e constatou a importância que os políticos estão dando ao voto feminino. Nas faixas acima de 35 anos, as mulheres foram os principais alvos dos anunciantes.

O retrato do debate nas redes sociais durante a campanha é de alta polarização, com destaque para as discussões de gênero impulsionadas, entre outras iniciativas, pelo movimento #elenão – que reuniu milhões de mulheres contrárias a Bolsonaro, inicialmente no Facebook, e depois em manifestações de rua por todo o País.

A análise mostra tanto as alas da esquerda quanto da direita cada vez mais isoladas em suas bolhas de discussão, consumindo e compartilhando grande volume de conteúdos produzidos por veículos de mídia alinhados às suas bandeiras.

Apareceu com destaque no radar da Alto Data Analytics uma rede social que, até recentemente, tinha presença insignificante no Brasil. Trata-se do Gab, uma espécie de clone do Twitter que, nos Estados Unidos, reúne militantes da chamada alt-right (a nova direita) e supremacistas brancos.

No Brasil, o Gab virou “refúgio” de ativistas online que se consideram censurados pelas plataformas tradicionais, como o Facebook, que , em julho, derrubou uma “rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas” e, segundo a empresa, tinha “o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação”. Entre as páginas derrubadas, várias tinham ligação com o Movimento Brasil Livre (MBL).

No Gab Brasil, o bolsonarismo tem domínio evidente. Os links para as postagens na rede social costumam ser publicados também em outras plataformas – o que fez com que o Gab aparecesse entre os 15 domínios com mais conteúdo político compartilhado no Twitter durante o período da análise da Alto Data Analytics.

A investigação da empresa detectou ainda a ação de usuários com altíssima atividade nas redes – um indício da aplicação de “bots”, ou seja, automação de publicação e compartilhamento de conteúdo.

Os sinais de automação aparecem tanto das redes de esquerda quanto de direita. No Twitter, a comunidade que consome e compartilha conteúdo relacionado ao PT e ao PSOL tem quase 139 mil usuários, que produziram 1,8 milhão de mensagens no período da análise, cerca de 13 por usuário. Na ala bolsonarista, há menos autores (cerca de 50 mil), mas muito mais conteúdo (5,9 milhões de postagens, ou 117 por usuário). Esse volume, segundo a empresa, é um indício de “atividade não-humana” na rede.

Estadão

 

Opinião dos leitores

    1. Claro que entra. Vide o sucesso do # elenão kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
      Até nas pesquisas fajutas ele tem mais voto de mulheres do que o poste. É 17 no primeiro turno.

  1. Maior praticante de Fake News contra Bolsonaro:
    1) O Globo
    2) Folha de São Paulo
    3) UOL
    4) Grupo Abril (Veja)
    5) g1

    Perderam a credibilidade pra mim depois q vi tanta mentira e agora querem criar a narrativa q só quem prestam é o editorial deles…

    O futuro desses jornalecos será o fechamento das portas, por irem contra ao que a população brasileira realmente pensa sobre os bons costumes e sobre as verdades!

    Eu acho é pouco, eles próprios também sendo vítimas da enxurrada de Fake News..

    1. Venho acompanhando e vc tem toda a razão! Inclusive ontem após o debate, o portal da Globo G1 fez uma avaliação para identificar o que foi ou não FAKE. Assisti todo o debate e percebi que a própria avaliação omitiu grande parte dos FAKES proferidos. A Miriam Leitão hj na capa do Globo traz um artigo no qual o titulo é: "Criticas a Bolsonaro menos intensas do que deveriam". Tem um ditado que diz: FLECHA ATIRADA E PALAVRA PROFERIDA JAMAIS RETORNAM. O fato é que tal ditado foi pensado e proferido quando nós Seres Humanos nem sonhávamos com tamanha tecnologia na qual tudo fica devidamente armazenado. Portanto, é fácil saber da verdade!

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Diversos

Sozinho, governo joga a toalha sobre aprovação da reforma da Previdência

Após a reunião dessa segunda-feira (06) com líderes da base aliada, a equipe do presidente Michel Temer fez o seguinte diagnóstico sobre a reforma da Previdência: não será mais aprovada no atual governo.

Publicamente, Temer e seus ministros ainda vão dizer que acreditam numa possibilidade, mesmo que pequena, de aprovar a medida. Mas, reservadamente, o discurso é outro.

O Palácio do Planalto não tem força política, sozinho, para bancar a sua aprovação.

Assessores do presidente dizem que ele e seu governo se sentem praticamente sozinhos na batalha pela aprovação da reforma da Previdência. E que, hoje, o Palácio do Planalto não tem os votos para aprovar a proposta e isso ficou mais do que comprovado na reunião com os líderes.

A única possibilidade de uma votação da reforma neste ano seria, na visão de interlocutores de Temer, se a missão fosse abraçada também pelos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), empresariado e governadores.

“O governo sozinho hoje, está comprovado, não tem força política para aprovar a reforma. A pressão teria de ser feita também pelo Rodrigo Maia e Eunício Oliveira, empresários e governadores. Aí teríamos uma chance”, diz reservadamente um interlocutor do presidente Temer.

Ele destaca que Maia e Eunício defendem a proposta e o governo reconhece isso. Mas, nesse momento, seria necessário mais, uma pressão deles sobre deputados e senadores, com o apoio do empresariado e dos governadores.

A possibilidade de essa ação conjunta acontecer, porém, é vista com ceticismo dentro do Palácio do Planalto. Motivo: os deputados e senadores não estão muito dispostos a votar a reforma da Previdência, considerada por eles um tema muito impopular e que pode prejudicar suas campanhas pela reeleição no ano que vem.

G1

Opinião dos leitores

  1. Meirelles vende essa reforma como a salvação do Brasil. Ela é uma aberração para o trabalhador.
    O ministro não teve coragem buscar solução passando pelo corte dos gastos, extinguir cargos, fechar órgãos, rever os métodos de fiscalizar o custeio, diminuir o peso da máquina pública.
    Esse projeto é uma máquina de maldade ao povo, ao trabalhador, ao homem de bem.
    Temer que a cada dia afunda mais em seu contestado governo, embora seja muito melhor que os de Dilma e Lula juntos, vê sua vida pública chegar ao fim, no topo.
    Rodrigo Maia vai ter que se cuidar, pois o desgaste pode sobrar para ele e assim ter reflexo direto em sua reeleição.
    Passamos por esse momento graças ao populismo irresponsável e a corrupção sistêmica adotada no pelo PT como forma de governo.

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Diversos

FOTO(Emocionante): Garoto de quatro anos é encontrado atravessando deserto sozinho

sírioUm garoto sírio de quatro anos foi encontrado nessa segunda-feira (17) perdido cruzando o deserto da Jordânia após se perder de uma família de refugiados da Síria.

A história do menino Marwan foi divulgada hoje pela repórter da “CNN” Hala Gorani pelo Twitter.

Segundo a jornalista, o menino foi encontrado por funcionários da ONU e carregava apenas uma sacola de plástico com pouca comida e água.

De acordo com o representante da agência de refugiados da ONU na Jordânia, Andrew Harper, o garoto foi entregue à mãe em segurança.

UOL

 

Opinião dos leitores

  1. É uma pena que o mundo ainda jogue cenas como esta em nossas caras. Dá vergonha de ser humano. Isso me lembra um livro simplezinho mas muito bacana, que li por acaso na casa de uma sobrinha minha. Chama-se O Menino de Pijama. História de um garoto, filho de um general alemão, que faz amizade com um menino que está com a família do outro lado da cerca do Campo de Concentração. E entra numa roubada. Também prova, de fato, que a amizade é um bem maior.

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