Comportamento

Divisão de tarefas domésticas é quase a mesma de 20 anos atrás, diz estudo

Foto: PavelRodimov/iStock

Um estudo divulgado no final de janeiro deste ano mostrou que, embora se fale cada vez mais em uma divisão igualitária das tarefas domésticas entre homens e mulheres, a porcentagem de lares em que os casais se dedicam à casa da mesma maneira é praticamente a mesma do que era em 1996.

O levantamento, feito pela Gallup, empresa americana de pesquisa de opinião, entrevistou 3.062 pessoas nos anos de 1996, 2007 e 2019.

Mostrou, por exemplo, que o número de lares em que homens e mulheres se dedicavam da mesma maneira à limpeza da casa subiu apenas cinco pontos em 23 anos — de 32% para 37%.

Lavar roupas foi de 22% para 28%, enquanto cozinhar subiu de 27% para 32% no mesmo período. E a louça? Também registrou uma pequena diferença, de 31% para 36%.

A maioria das tarefas domésticas ainda são executadas, principalmente, por mulheres. Elas são as maiores responsáveis por lavar a roupa (58%), cozinhar (51%), e limpar a casa (51%).

Os homens só aparecem à frente nos cuidados com o carro (69%) e com o jardim (59%).

“Apesar de algumas mudanças nas últimas duas décadas, a divisão do trabalho nos lares dos EUA continua bastante ligada aos estereótipos tradicionais: as mulheres cuidam mais da casa e dos filhos do que os maridos”, afirma o estudo.

Universa – UOL

Opinião dos leitores

  1. Vixe…vou levar essa pesquisa pra mulher ver e talvez ela me dê uma folga quando souber que nos States quem trabalha mais é a mulher.

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Diversos

Tarefas domésticas podem manter o cérebro jovem, indica pesquisa

ATIVIDADES LEVES PODEM SER BENÉFICAS PARA O CÉREBRO (FOTO: MURILO FOLGOSI/PEXELS)

Atividades leves, como tarefas domésticas, ajudam a manter o cérebro jovem, aponta uma pesquisa coordenada por estudiosos da Universidade de Boston.

Publicado na revista científica Jama Network Open, o estudo confirma o benefício de atividades leves e pequenos períodos de exercício físico — valem de pequenas caminhadas a tarefas domésticas. Isso contraria uma visão anterior de que os efeitos só aconteceriam depois de realizada uma quantidade mínima de esforço.

A médica Nicole Spartarno, coordenadora do estudo, disse ao jornal The Guardian que a pesquisa não descartou o exercício vigoroso como algo importante para um envelhecimento saudável. “Só estamos acrescentando à ciência que a atividade leve também é importante, especialmente para o cérebro.”

Para tanto, a equipe de Spartano analisou três dias de atividades de 2.354 norte-americanos de meia-idade. Além disso, fizeram uma tomografia do cérebro dos participantes para verificar o volume de massa cinzenta, medida ligada ao envelhecimento: depois dos 60, cerca de 0,2% da massa do cérebro se perde a cada ano, e a diminuição está ligada a casos de demência.

O estudo verificou que cada hora a mais de atividades leves por dia equivale a um volume 0,22% maior de cérebro. E quem anda pelo menos 10 mil passos por dia tem 0,35% mais massa do que quem caminha menos de 5 mil passos diários.

Há limitações, contudo. A análise foi feita num curto período, com pessoas brancas, em sua maioria. Além disso, os autores reforçam que nem todo o sedentarismo é ruim para o cérebro, especialmente em se tratando de atividades que nos fazem pensar.

Ao Guardian, Emmanuel Stamatakis, professor da Universidade de Sidney que estuda os efeitos das atividades físicas, viu a pesquisa americana com bons olhos. Mas o especialista afirmou que exercícios moderados ou vigorosos não têm efeito menor no cérebro do que as tarefas leves. Para a saúde cardiovascular, ele acrescentou, sabe-se que um minuto de atividade intensa é mais benéfico que um minuto de atividade leve.

Galileu

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