Um funcionário que trabalha na construção do estádio Arena das Dunas caiu de uma altura acima de 5 metros, na tarde desta quinta-feira(9), e foi socorrido por outros funcionários do consórcio responsável pelas obras da futura praça esportiva em Natal.
Apesar do susto, o trabalhador foi encaminhado para o pronto-socorro Clóvis Sarinho e não corre risco de morte.
O ministro Dias Toffoli, do STF, decidiu nesta segunda-feira (10) anular todas as provas da Lava Jato utilizadas contra a ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia Alarcón, esposa do ex-presidente peruano Ollanta Humala. A decisão atende a um pedido da defesa e segue o mesmo entendimento já adotado pelo Supremo sobre a ilegalidade de elementos obtidos a partir dos sistemas Drousys e My Web Day, da antiga Odebrecht.
Nadine está no Brasil desde abril, após solicitar asilo diplomático. No Peru, ela e Humala foram condenados a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro, acusados de receber recursos ilícitos para a campanha presidencial de 2011 — caso que também envolveu a atuação da construtora brasileira no país.
Com a decisão, Toffoli também proibiu o compartilhamento de qualquer prova relacionada aos sistemas da Odebrecht com as autoridades peruanas e determinou que o Ministério da Justiça seja comunicado.
“Fica vedada a prática, em território nacional, de quaisquer atos instrutórios ou de cooperação a partir destes elementos”, escreveu o ministro, reforçando a imprestabilidade das provas no caso da ex-primeira-dama.
A decisão segue uma série de anulações de procedimentos da Lava Jato decorrentes da utilização dos sistemas da Odebrecht, considerados inválidos pelo STF devido à forma como foram obtidos e à falta de cadeia de custódia comprovada.
O presidente venezuelano Nicolás Maduro voltou a elevar o tom contra os Estados Unidos ao afirmar, nesta segunda-feira (10), que o país seguirá firme na defesa de sua soberania. Em discurso durante um evento do PSUV, transmitido pela mídia estatal, o líder chavista rejeitou qualquer influência de Washington sobre as decisões de Caracas, dizendo não importar “o que o império norte-americano diz”.
As declarações vêm após o Senado dos EUA barrar, por 51 a 49, uma resolução que limitaria o presidente Donald Trump de ordenar ataques à Venezuela sem aval do Congresso. A medida foi bloqueada mesmo depois de o governo informar a parlamentares que não planeja ações militares no país “no momento”.
Desde setembro, os Estados Unidos realizaram mais de uma dezena de ofensivas contra embarcações próximas ao território venezuelano e no leste do Pacífico, resultando em mais de 70 mortos, segundo o Pentágono. Washington alega, sem provas apresentadas, que os alvos estavam ligados ao narcotráfico, enquanto familiares de vítimas, parlamentares e especialistas cobram evidências.
Maduro acusa Trump de tentar derrubar seu governo, algo que o presidente americano minimiza. Ainda assim, relatos de interlocução entre autoridades dos EUA e a oposição venezuelana alimentam o desgaste entre os países.
Os Correios cancelaram a venda de um terreno avaliado em R$ 280 milhões em Brasília depois de receberem um cheque sem fundo como forma de pagamento. A área, que já abrigou uma escola de gestão e um clube para funcionários, havia sido arrematada pela ONG CPM Intercab, única participante da licitação.
A organização, sediada em Taguatinga (DF), é dirigida por Jorge Luiz Almeida da Silveira, conhecido como Pai Jorge de Oxossi, líder religioso do candomblé. Ele assinou o cheque usado para efetuar o pagamento do imóvel.
Diante da irregularidade, os Correios anunciaram que o processo será refeito e uma nova licitação será aberta. A estatal não detalhou prazos para a nova venda.
Pai Jorge afirmou que desconhecia qualquer problema com o cheque e disse que ainda tem interesse em adquirir o terreno.
O STF retoma nesta terça-feira (11) o julgamento do núcleo dos “kids pretos”, grupo formado por militares especializados em operações táticas e apontado pela PGR como responsável por ações práticas do plano que buscava manter Jair Bolsonaro no poder após a derrota eleitoral. Esta é a terceira etapa de análise da 1ª Turma, que já condenou todos os réus dos núcleos anteriores, incluindo o próprio ex-presidente.
A denúncia atribui aos investigados papéis-chave na chamada Operação Copa 2022, braço operacional do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa monitoramento, pressão sobre o Alto Comando do Exército e até a “neutralização” de autoridades como o ministro Alexandre de Moraes. Entre os acusados estão coronéis, tenentes-coronéis, um general da reserva e um agente da PF — todos descritos pelo MPF como participantes de reuniões conspiratórias, ações clandestinas e trocas de mensagens que revelariam suposta adesão ao golpe.
O julgamento começa com uma mudança na composição da turma: após a transferência de Luiz Fux para a 2ª Turma, apenas quatro ministros votarão. Mesmo tendo sinalizado que gostaria de continuar participando dos processos já pautados, Fux não formalizou o pedido, e as regras internas impedem sua permanência. A expectativa é que as decisões mantenham a tendência de votos alinhados ao relator, Alexandre de Moraes, já que Fux era o único voto divergente.
A PGR detalha que o grupo atuou desde a elaboração de documentos conspiratórios até o planejamento operacional de ações de coerção. Segundo o MPF, a articulação pretendia criar um ambiente de instabilidade institucional capaz de justificar medidas de exceção. O julgamento deve seguir ao longo da semana, definindo o destino dos 10 acusados do núcleo.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que o presidente Lula deve anunciar nos próximos dias o substituto de Luís Roberto Barroso no STF — e que o favorito continua sendo Jorge Messias, atual ministro da Advocacia-Geral da União. Antes da definição, Lula deve se reunir na quarta-feira (12) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que também chegou a ser cogitado para a vaga.
Segundo Wagner, o encontro com Pacheco tem mais relação com o xadrez eleitoral em Minas Gerais do que com a disputa pelo Supremo. Lula vê no senador um nome forte para a disputa ao governo mineiro em 2026 e considera importante manter esse diálogo antes de bater o martelo sobre a indicação. Apesar disso, Wagner diz não enxergar “nenhuma reversão” no favoritismo de Messias.
A articulação em torno da vaga movimentou Brasília nas últimas semanas. Lula conversou com ministros do STF, com o próprio Barroso e com Davi Alcolumbre (União-AP), que teria defendido o nome de Pacheco. Há boa recepção ao senador entre magistrados, especialmente pela relação construída quando presidiu o Congresso. Barroso, por sua vez, avaliou que os três nomes cogitados estariam preparados para assumir o posto.
Wagner atribui a demora no anúncio à agenda intensa do presidente, que adiou a decisão após compromissos internacionais e a crise no Rio de Janeiro. Agora, de volta a Brasília, Lula deve concluir as conversas e oficializar a escolha ainda nesta semana.
Pacheco sabe que não tem a mínima condição pra ganhar uma disputa eleitoral em Minas Gerais, seja pra que cargo for, perde em qualquer cenário. Lula tá querendo dá o drible da vaca em Pachequinho. 😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂😂
O primeiro dia da COP30, em Belém, começou tensionado. A frustração com o baixo nível de ambição das metas climáticas — somada ao fato de 84 dos 195 países ainda não terem apresentado seus novos compromissos — desencadeou um embate entre delegações. Um grupo de nações pressiona para que o tema entre oficialmente na agenda da conferência, enquanto outros defendem que qualquer inclusão só pode ocorrer por consenso, já que as NDCs são definidas de forma soberana.
Para os países mais críticos, a distância entre as promessas feitas até agora e o limite de 1,5°C exige uma reação política imediata, mesmo que fora do escopo tradicional das negociações. Projeções atuais apontam um aquecimento de cerca de 2,4°C até o fim da década, cenário que ampliou a cobrança por compromissos mais robustos.
Diante do impasse, o Brasil — anfitrião e presidente da COP30 — convocou uma reunião na noite de segunda-feira (10) com países insatisfeitos com o ritmo da descarbonização global. A intenção é construir uma ponte entre as partes e evitar que o conflito contamine o andamento das demais discussões.
As novas NDCs já começam a ser atualizadas e mostram maior detalhamento, com metas específicas para setores e estimativas de investimentos em transição energética. Ainda assim, especialistas alertam que algumas das maiores economias continuam apresentando planos aquém do necessário para frear o aquecimento do planeta.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou nesta segunda-feira (10) a falência do Grupo Oi, que acumulava R$ 1,7 bilhão em débitos fora do processo de recuperação judicial. A decisão ocorre após o administrador judicial apontar, na semana passada, que a companhia já não tinha condições de se reerguer. Mesmo declarada falida, a operadora continuará funcionando provisoriamente para garantir serviços essenciais — como telefonia pública, conectividade de órgãos federais e suporte a lotéricas — até a transferência completa desses contratos para outras empresas.
A sentença determina a liquidação ordenada dos ativos, a suspensão de cobranças individuais e o afastamento imediato da diretoria e do Conselho de Administração, que passam o controle ao gestor judicial Bruno Rezende. Credores só poderão receber após a venda dos bens da Oi, processo que deve levar meses. Trabalhadores seguem empregados enquanto a operação for mantida, com a massa falida assumindo salários e encargos.
Para investidores, o cenário é ainda mais duro: especialistas afirmam que o investimento em ações da Oi se tornou prejuízo praticamente irreversível, já que acionistas só recebem após todos os credores — algo improvável diante do tamanho do passivo. A orientação é acompanhar o processo judicial e, para a maioria, declarar perda total no Imposto de Renda para compensar prejuízos futuros. Na Bolsa, os papéis da empresa despencaram mais de 40% após o anúncio.
A Justiça considerou que a Oi descumpriu obrigações e esgotou suas fontes de recursos, mesmo após duas recuperações judiciais — a primeira iniciada em 2016, quando a dívida superava R$ 60 bilhões, e a segunda, em 2023. Segundo a juíza Simone Chevrand, a empresa insistiu em “manobras gerenciais” para evitar admitir a falência, inclusive buscando proteção nos EUA via Chapter 11. Com a insolvência reconhecida, uma assembleia de credores será convocada para acompanhar os próximos passos da liquidação.
O Brasil piorou sua posição no Índice Global de Crime Organizado, divulgado nesta segunda-feira (10), saltando da 22ª para a 14ª colocação entre os países mais afetados por atividades criminosas. O levantamento, produzido pela Iniciativa Global Contra o Crime Organizado Transnacional (GI-TOC), analisa dados de 2021 a 2025 e mede tanto a força das organizações criminosas quanto a capacidade dos Estados de enfrentá-las.
Apesar da piora no nível de criminalidade, o país apresentou leve avanço na chamada “resiliência ao crime”, subindo da 94ª para a 86ª posição. Ainda assim, o Brasil segue no grupo de 66 nações classificadas como de alta criminalidade e baixa capacidade de resposta — segmento que inclui México, Rússia, Camboja e Etiópia. Mianmar aparece como o país com pior desempenho geral.
O relatório aponta mudanças significativas no ecossistema criminal global, com destaque para a expansão das drogas sintéticas e o fortalecimento do mercado de cocaína, impulsionado por cartéis sul-americanos conectados a redes internacionais. O documento também registra a descentralização dos laboratórios de drogas sintéticas, que conseguem se estabelecer próximos aos centros consumidores, reduzindo custos operacionais. Já crimes financeiros, cibercrimes e falsificação de produtos avançam em ritmo acelerado, favorecidos pela inflação global, disputas comerciais e inovação tecnológica.
Entre as tendências que moldam o cenário mundial estão o aumento da circulação de cocaína e drogas sintéticas, a ampliação de mercados ilícitos digitais, o crescimento da falsificação e a maior atuação de grupos com infiltração no Estado — considerados o tipo mais prevalente de organização criminosa. Segundo o estudo, em 80 dos 193 países avaliados, facções exercem influência severa sobre instituições governamentais.
Não é pra menos!
Quem comanda o país é um descondenado, sem nenhum escrúpulo, dando apoio ao crime organizado, senão vejamos:
Roubam um celular para tomar uma cervejinha;
O Traficante e vítima do viciado.
O que esperar de um sujeito com esse perfil
Na abertura da COP30, em Belém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a conferência marca “a COP da verdade” e defendeu que é hora de impor “uma nova derrota aos negacionistas”. No discurso, mirou grupos que desacreditam a ciência e atacam instituições, além de fazer um recado indireto a países que financiam conflitos, mas não aparecem para debater preservação ambiental — entre eles, os Estados Unidos, sob a gestão Donald Trump.
Lula criticou o avanço da desinformação e disse que o negacionismo atual se alimenta de algoritmos, ódio e ataques à ciência. A fala ocorre em meio à ofensiva do governo para regular plataformas digitais, ponto de atrito com as big techs e com o Congresso. O Planalto vê a regulação como essencial antes das próximas eleições, temendo manipulação online e campanhas de desinformação.
O tema ganhou mais tensão após Trump acusar o Brasil de perseguir a liberdade de expressão ao discutir regras para redes sociais, durante o anúncio de tarifas sobre produtos brasileiros importados, em julho. A resposta do governo agora aparece em um palco global, onde Lula tenta reforçar o papel do Brasil como articulador do debate climático.
Apesar das pressões internas, o projeto de regulação das plataformas segue travado no Legislativo, enfrentando forte resistência de parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A discussão deve ganhar novo fôlego nos próximos meses, impulsionada pela vitrine internacional da COP30 e pelo tom mais duro adotado por Lula no evento.
O deputado Guilherme Derrite (PP-SP) revisou o relatório do PL Antifacção e ampliou a participação da Polícia Federal nas investigações contra organizações criminosas. A mudança veio após fortes críticas do governo, que considerou o parecer inicial restritivo ao limitar a entrada da PF em casos envolvendo facções. Na nova versão, o texto assegura que a corporação poderá atuar de forma cooperativa com as polícias estaduais sempre que houver conexão com suas competências constitucionais.
Derrite afirma ter reformulado o documento após receber sugestões de parlamentares, magistrados, integrantes do Ministério Público, advogados e agentes de segurança. Segundo ele, a revisão busca refletir a complexidade do enfrentamento ao crime organizado e fortalecer a integração institucional. Ainda assim, integrantes do Ministério da Justiça e da própria PF avaliaram que o recuo ficou aquém do esperado.
Entre as alterações incluídas no parecer estão a criação de uma figura penal autônoma para atos previstos no art. 2º-A da Lei de Organizações Criminosas, a implementação de bancos estaduais de dados interoperáveis com o Banco Nacional de membros de facções e a previsão de inelegibilidade para inscritos nesses cadastros. O texto também estabelece uma Ação Civil Autônoma de Perdimento de Bens, mecanismo voltado a atingir financeiramente milícias, paramilitares e outros grupos criminosos.
A principal mudança, porém, está na garantia de participação da PF em investigações de facções, milícias e grupos paramilitares, algo que no relatório original só ocorreria mediante solicitação explícita dos estados. Mesmo com o ajuste, o governo avalia que a proposta ainda não consolida o protagonismo federal esperado nas apurações de maior impacto nacional.
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