O VAR manteve a Argentina viva na Copa América. Com a ajuda do árbitro de vídeo, o brasileiro Wilton Pereira Sampaio marcou pênalti para a equipe que parecia derrotada em campo.
Foi o lance que determinou o empate com o Paraguai em 1 a 1 nesta quarta (19), pela Copa América, no Mineirão.
O Paraguai não apenas tinha vantagem no placar como estava confortável na partida. Lionel Messi marcou. Foi seu primeiro gol no torneio continental deste ano.
O resultado mantém a Argentina na lanterna do Grupo B, com um ponto. É o mesmo número do Qatar, mas a seleção do Oriente Médio tem melhor saldo de gols. Após dois empates, o Paraguai está com dois pontos.
A Colômbia, com duas vitórias e seis pontos, já garantiu a primeira colocação.
É possível que a Argentina enfrente o Brasil nas quartas de final, no próximo dia 27, em Porto Alegre.
Se a seleção de Tite terminar na 1ª posição do Grupo A, vai enfrentar o 3º colocado das chaves B ou C.
A equipe de Messi pode ser esse adversário.
A julgar pelos dois primeiros jogos, a classificação não será por mérito.
Pressionado pela derrota diante da Colômbia, o técnico Lionel Scaloni mudou quatro peças na escalação. Em duas delas, saíram os medalhões Ángel Di María e Sergio Aguero. Entraram Rodrigo De Paul e Láutaro Martínez.
Em desvantagem no placar, ele jogou o time todo no ataque e abriu mão de seu plano original. Colocou os antes sacados Di María e Aguero após um primeiro tempo que começou bem, mas terminou de forma indigente.
O Paraguai se fechou, sabendo a dificuldade que imporia a um rival incapaz quatro dias antes de superar a barreira colombiana.
A aposta do Paraguai dirigida pelo também argentino Eduardo Berizzo era o contra-ataque. Funcionou com o gol de Richard Sánchez aos 36 minutos.
As alterações de Scaloni mostraram o quanto estava perdido. Com a desvantagem, montou uma dupla de ataque com Martínez e Aguero para o 2º tempo. Deu certo. A seleção subiu de rendimento e empatou quando os árbitros do VAR viram toque no braço de Piris.
Com a igualdade no placar, o treinador tirou Martínez, que saiu de campo sem cumprimentá-lo e chutou uma garrafa de água. Mais do que isso: Lionel Messi abriu mão de sua comemoração tradicional, de apontar as mãos para o alto. Fez um sinal de coração, a celebração sempre usada do sacado Di María.
A derrota poderia ter acontecido mesmo assim. Não ocorreu porque Armani defendeu pênalti cobrado por Derlis González.
Contra o Qatar, domingo (23), em Porto Alegre, a Argentina terá um “tudo ou nada”. A chance é grande de a vitória lhe dar a vaga, como 2º colocado ou um dos melhores terceiros. Mas os árabes terão liberdade típica das zebras. Messi e companheiros têm mostrado incapacidade notável de furar marcações rivais. E Scaloni está com as costas contra a parede.
FOLHAPRESS
Esse tal de VAR tirou a graça do futebol.