Diversos

Veja a íntegra da representação do PCdoB contra Rachel Sheherazade e o SBT

Líder do partido na Câmara pede à Procuradoria-Geral da República que solicite ao governo federal a suspensão da verba publicitária da emissora, estimada em R$ 150 milhões, enquanto durar investigação por incitação ao crime. Veja abaixo:

Untitled-9 Untitled-10Congresso em Foco – UOL

Opinião dos leitores

  1. Ela nao fez nenhuma apologia ao crime, quem faz isso sao os Politicos, que defendem a impunidade, ate porque eles praticam os mesmos crimes que esses menores Bandidos. Eu sim defendo, ja que nao temos seguranca, temos que nos Defender sim, e punir se for possivel o bandido com nossas proprias Maos. Meu Filho ja teve um Revolver de um desses marginais apontado para sua cabeca, e ele e Pai de dois filhos, Sem falar que na minha familia a unica que nao foi assaltada ainda, foi eu, porque vivo presa em minha propria casa, tenho medo de sair. Agora vem esse bando tentar jogar seus erros horrendos e criminosos na Jornalista, isso nao. Nao iremos aceitar.

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Geral

PESQUISA FUTURA INTELIGÊNCIA: Lula é desaprovado por 52,8%

Levantamento nacional realizado pela Futura Inteligência, empresa da Apex Partners mostra que o presidente  Lula segue com maioria de desaprovação e não há melhora estatisticamente significativa na aprovação pessoal (oscilação dentro da margem de erro).

Segundo a pesquisa, 52,8% desaprovam Lula, enquanto 40,9% aprova. Outros 6,3% não souberam ou não responderam.

A pesquisa ouviu 2.000 eleitores brasileiros com mais de 16 anos, em entrevistas telefônicas assistidas por computador, do dia 4 ao dia 8 de novembro de 2025, a margem de erro da pesquisa é de 2%, e o índice de confiança é de 95%.

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Geral

China determina remoção de aplicativos de namoro para pessoas LGBTQIA+

Imagem: reprodução

As autoridades chinesas ordenaram a remoção dos aplicativos de namoro voltados para a comunidade LGBTQIA+, como Blued e Finka, das lojas digitais do país, sob determinação da Administração do Ciberespaço da China (CAC).

Essa medida integra uma repressão digital mais ampla à comunidade LGBTQIA+ na China, que inclui bloqueio de contas de organizações de apoio e restrições à expressão online. Ativistas afirmam que o avanço das restrições acompanha o fortalecimento do controle estatal do ambiente digital no país.

Apesar da remoção, usuários que já haviam baixado o Blued e o Finka ainda conseguem acessá-los – ao menos por enquanto. A medida, no entanto, reacende o debate sobre o crescente cerco imposto pelo governo chinês à comunidade LGBTQ+, que nos últimos anos viu o fechamento de organizações especializadas e a censura constante à perfis nas redes sociais.

A China descriminalizou a homossexualidade na década de 1990, mas o governo não reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Com informações de Canal Paulo Mathias e Época

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Geral

Governo brasileiro só quer novo encontro Lula-Trump com anúncio de acordo

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O governo brasileiro avalia que um novo encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump só deve ocorrer quando houver avanços reais nas negociações comerciais com os Estados Unidos. A orientação é só marcar a reunião quando for possível anunciar um acordo — ou ao menos um rascunho.

Até lá, o Planalto prefere manter as tratativas em nível técnico e ministerial. Lula, porém, não descarta telefonar para Trump para pedir maior empenho na aceleração das discussões.

A próxima etapa desse processo pode ocorrer nesta terça-feira (11), no Canadá, durante a cúpula do G7, quando o chanceler Mauro Vieira tem a possibilidade de se encontrar com o secretário de Estado americano, Marco Rubio. Se a reunião ocorrer, devem ser ajustados os próximos passos das conversas entre ministros dos dois países.

O foco dessa negociação é a discussão sobre:

  • tarifa extra de 40% aplicada pelos EUA a produtos brasileiros;

  • sanções impostas a autoridades.

Segundo assessores, o governo quer evitar repetir o tom apenas “protocolar” da conversa entre Lula e Trump na Malásia, em 26 de outubro. A ordem interna é clara: só marcar um novo encontro quando houver algo concreto para anunciar.

Com informações do blog de Débora Bergamasco, CNN Brasil

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Geral

VÍDEO: Avião militar turco se desintegra no ar antes de cair na Geórgia com 20 pessoas a bordo

Um vídeo registrou o momento em que um avião cargueiro militar turco caiu na Geórgia nesta terça-feira. Havia com 20 pessoas a bordo da aeronave e há vítimas, segundo o governo da Turquia.

As imagens mostram o avião, do modelo C-130, se desintegrando no ar durante a queda. O avião havia acabado de decolar do Azerbaijão em direção à Turquia e caiu na região da fronteira entre o país de origem do voo e a Geórgia, segundo o Ministério da Defesa turco.

O presidente da Turquia, Recep Erdogan, disse estar “profundamente entristecido” com o acidente e expressou suas condolências aos “mártires”.

O ministério disse que as operações de busca e resgate estão em andamento em coordenação com as autoridades georgianas e azeris, sem fornecer mais detalhes.

A Turquia divide fronteira com a Geórgia, que por sua vez divide a fronteira com o Azerbaijão. Apenas um país, a Armênia, divide a Turquia e do Azerbaijão.

Os aviões militares de carga C-130 são amplamente utilizados pelas Forças Armadas da Turquia para o transporte de pessoal e para operações logísticas.

g1

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Geral

Sem consenso, Motta retira votação do PL Antifacção da pauta da Câmara

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), retirou da pauta desta terça-feira (11/11) a votação do Projeto de Lei (PL) Antifacção.

A previsão é que a votação ocorra nesta quarta-feira (12/11), depois de fechar um texto em consenso entre o relator, Guilherme Derrite (PP-SP), e as demais lideranças partidárias.

O texto é alvo de críticas de governistas por alterar regras para atuação da Polícia Federal (PF) no combate ao crime organizado. Motta ainda deve se reunir com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para debater a proposta.

Em uma versão anterior do texto, Derrite havia determinado que a Polícia Federal só poderia atuar junto às polícias estaduais contra facções criminosas mediante pedido oficial dos governos estaduais.

Após críticas, o relator recuou e decidiu manter a competência da corporação, mas determinou que a PF deverá sempre comunicar as operações às autoridades estaduais competentes.

Veja como ficou o trecho:

“A atuação da Polícia Federal poderá compreender apoio investigativo, técnico, operacional ou informacional, e ocorrerá:

– mediante solicitação fundamentada do delegado de polícia estadual ou do Ministério Público estadual competente;

– por iniciativa própria, com comunicação às autoridades estaduais competentes”.

Metrópoles

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Geral

Festa da Padroeira de Natal começa nesta terça-feira (11); confira a programação completa

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Geral

Prefeito Emídio Júnior visita obras do Minha Casa, Minha Vida em Macaíba

O prefeito Emídio Jr visitou o início das obras da nova etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) em Macaíba, nesta segunda-feira (10). O programa do Governo Federal está construindo 150 moradias próximo ao Conjunto Manoel Dias, em Mangabeira, e contará com contrapartida do município.

A construção dessas novas unidades habitacionais em Macaíba representa o engajamento da gestão municipal em diminuir o déficit habitacional na cidade. “Isso é resultado do trabalho e empenho da equipe técnica da nossa gestão que conseguiu a habilitação no programa, entre as 65 cidades do nosso Estado selecionadas no ano passado”, comemorou Emídio durante a visita a obra.

De acordo com Emídio, o município deve entrar com uma contrapartida de cerca de R$ 1,5 milhão, os quais serão investidos em obras de pavimentação do acesso ao futuro conjunto habitacional. Ainda de acordo com ele, a mão de obra local será priorizada na contratação para a execução das obras, gerando mais emprego e renda para os trabalhadores locais.

O Governo Federal está investindo mais de R$ 21 milhões para a concretização desse empreendimento. O prazo estimado para a conclusão das obras é de aproximadamente 18 meses. O sorteio dos beneficiários irá ocorrer quando as unidades estiverem com cerca de 50% de suas obras concluídas.

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Geral

PGR pede condenação de ‘kids pretos’ acusados de planejar ataques a autoridades

Foto: Rosinei Coutinho/STF

O núcleo 3 é acusado pela PGR de atuar em duas frentes:

  • pressão sobre as Forças Armadas para viabilizar o golpe; e
  • ações de campo para desestabilizar o regime democrático.

A Procuradoria dividiu os réus em dois grupos.

O primeiro grupo era responsável por colocar em prática o plano Punhal Verde e Amarelo, que previa o monitoramento, a prisão e até a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A PGR afirmou que eles usaram “conhecimentos técnicos e postos estratégicos para realizar as ações de campo para neutralizar autoridades centrais do regime democrático e promover instabilidade social necessária à ruptura institucional”.

O outro grupo, segundo a PGR, também usou conhecimento técnico e cargos estratégicos para pressionar a alta cúpula das Forças Armadas a assinar o decreto golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Gonet disse ainda que os réus do núcleo foram responsáveis por ações táticas da organização criminosa.

“É evidente a contribuição decisiva que proporcionaram para a caracterização dos crimes denunciados. integrantes deste núcleo pressionaram agressivamente o alto comando do Exército a ultimar o golpe de Estado”, afirmou.

“Puseram autoridades públicas na mira de medidas leitais e se dispuseram a conegar forças militares terrestres ao serviço dos intentos criminosos. É significativo notar que os integrantes deste núcleo tinham ciência de que a narrativa da fraude eleitoral, que era difundida para tentar apoiar popular ao golpe, não procedia. Uma série de diálogos recolhidos nas investigações mostra que os réus estavam advertidos, daí desde o processo eleitoral” prosseguiu.

Gonet citou áudios de Wladimir Soares, agente da Polícia Federal, admitindo que a equipe estava disposta a usar força letal, afirmando que iriam “matar meio mundo” se necessário.

São julgados

  • Bernardo Romão Corrêa Netto (coronel do Exército)
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (general da reserva)
  • Fabrício Moreira de Bastos (coronel do Exército)
  • Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel do Exército)
  • Márcio Nunes de Resende Jr. (coronel do Exército)
  • Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel do Exército)
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel do Exército)
  • Ronald Ferreira de Araújo Jr. (tenente-coronel do Exército)
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel do Exército)
  • Wladimir Matos Soares (agente da Polícia Federal)

A PGR pediu a condenação dos oito militares e do agente da PF por cinco crimes, entre eles tentativa de golpe de Estado.

 

No caso do tenente-coronel Ronald Ferreira, que também foi denunciado pelos cinco crimes, a Procuradoria entendeu que ele tinha conhecimento das ações, mas teve conduta pontual de apoio. Por isso, nas alegações finais, Paulo Gonet afirmou que ele deve responder por “incitação ao crime” e poderá negociar acordo por ser considerado um crime de menor potencial ofensivo.

g1

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Jornalismo

FRESCOU MESMO: Janja provoca a imprensa: ‘Já compraram coxinha?’

Foto: Rafa Neddemeyer

A primeira-dama Janja da Silva acrescentou ao seu repertório de gafes mais um episódio nesta segunda-feira, 10. Ao acompanhar o presidente Lula da Silva na abertura oficial da COP30, em Belém (PA), a petista provocou jornalistas.

Em visita a uma área próxima de onde emissoras de televisão e portais de notícias instalaram seus estúdios, a petista, em tom irônico, perguntou aos profissionais da imprensa: “Já compraram coxinha?”.

Segundo relato do site UOL, Janja passou pelo corredor sorrindo e fez a indagação provocativa. A frase ocorre em meio a uma repercussão negativa principalmente em razão dos preços que várias lanchonetes e restaurantes estão impondo ao público no evento.

Uma garrafa de água de 350 ml, por exemplo, chegou a custar R$ 25. Salgados como coxinhas e pastéis, por sua vez, saiam ao preço de R$ 30 e R$ 40. Nesse contexto de alta inflacionária, a situação recebeu críticas de visitantes durante a Cúpula dos Líderes, dias antes da abertura oficial.

Um jornalista da CNN reclamou em seu perfil no Instagram. Disse que precisou gastar R$ 99 para consumir um refrigerante e dois salgados. A queixa pelos valores que o comércio local está cobrando é geral. O cenário, inclusive, deu abertura para um debate sobre o discurso oficial do governo brasileiro acerca de justiça social, assim como a promessa de participação popular na conferência climática.

Essa não é a primeira vez, aliás, que Janja se torna notícia por adotar comportamentos atípicos para uma primeira-dama. No último dia 4, ela voltou a ser alvo de críticas por ser vista dançando. Janja apareceu ao lado da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a bordo do Iana III, o barco que hospeda a comitiva presidencial durante a COP30.

Revista Oeste

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Jornalismo

Verba da COP abasteceu com R$ 4,4 milhões empresa suspeita de propina

Foto: Divulgação

Numa troca de mensagens pelo WhatsApp, um empresário de Belém perguntou ao pai como deveria descrever um Pix que havia mandado ele fazer. “Eu preciso disso para o controle”, escreveu.

A resposta chegou em 20 minutos: ‘corrup?’. A ausência de algumas letras não mascarou o significado do pedido. Aos olhos da Polícia Federal, tratava-se de um caso de corrupção.

No último mês, o UOL obteve acesso a pedidos de verba para a COP30 (Conferência do Clima) e identificou que uma empresa do autor do Pix, investigada por pagar propina em Belém, recebeu uma injeção de R$ 4,4 milhões.

O crédito extra reforçou os cofres da Ômega Construtora e Incorporadora em meados de setembro, após autorização do Ministério do Turismo. O montante é oriundo de uma linha de crédito especial criada pelo chefe da pasta, Celso Sabino, para a COP.

Os empréstimos usam recursos do Novo Fungetur (Fundo Geral do Turismo), política de financiamento a juros baixos, da pasta, para o setor turístico.

A Ômega assinou um contrato com a Caixa Econômica Federal –banco credenciado pelo ministério– para acessar a verba.

Celso Sabino criou regras excepcionais para financiar empresas do Pará, seu berço político. Duplicou o limite máximo de empréstimo e determinou, por exemplo, que os bancos só poderiam aprovar propostas com “anuência” do ministério.

Deixou a responsabilidade de fiscalizar a aplicação da verba, porém, com os agentes financeiros credenciados. Definiu que caberia a eles “a comprovação da destinação dos financiamentos para apoio à realização da COP”.

Dono da Ômega, o empresário Igor de Sousa Jacob e o pai são investigados pela PF por saques de dinheiro vivo, em série, desde o fim do ano passado. Todos foram alvo de busca e apreensão em uma operação há menos de um mês.

Troca de mensagens entre Igor Jacob e o pai menciona “Corrup…”. Para a PF, “aparentemente” é uma abreviação da palavra corrupção.

O inquérito aponta que a Ômega é uma empresa de fachada, usada “para escoar valores ilícitos” de um esquema “sofisticado” que desviou verba de contratos de saneamento da prefeitura de Belém.

Sabino afirmou ao UOL que quem faz análise de crédito e de viabilidade do negócio é o banco, e a pasta “não tem qualquer ingerência”. Disse não ter o “menor conhecimento” sobre o motivo de a empresa estar sendo investigada.

“Nós pedimos ao banco que eles remetessem para o ministério, para que o ministério fizesse uma avaliação se aquilo tinha alguma relação com a COP”, declarou. “Se essa empresa não pagar, o banco vai ter que dar conta, pelo contrato que a gente tem com ele”.

A defesa informou que Igor Jacob, o pai dele e a empresa não se manifestariam em razão de “ainda não ter acesso a todos os elementos de prova do processo”.

Desde que tomou posse no Turismo, em agosto de 2023, Sabino passou a estimular o setor turístico a usar o Fungetur, durante ações itinerantes da pasta pelo país.

O orçamento do fundo cresceu de 2023 para 2024, alcançando R$ 1,2 bilhão. Neste ano, o Congresso aprovou um crédito extra, e o fundo pode chegar a R$ 925 milhões —a depender da sanção do presidente Lula (PT).

A linha de crédito da COP representa uma porcentagem do orçamento total do fundo. Até o mês passado, o ministério havia aprovado empréstimos de quase R$ 200 milhões em virtude da conferência.

Ofícios obtidos pela reportagem mostram que, às vésperas do evento internacional, a pasta pressionou quatro bancos a acelerar a liberação dos financiamentos.

Além da relevância conferida pelo ministro, o Fungetur ganhou atenção do Congresso no ano passado. Câmara e Senado alteraram a Lei Geral do Turismo e permitiram o repasse direto de recursos de emendas parlamentares aportadas no Fungetur para fundos de estados e municípios.

Propina e apartamentos

Pai e filho chegaram juntos a uma agência da Caixa Econômica Federal, em Belém, pouco antes da hora do almoço. Era o fim da manhã de uma quinta-feira, em meados de novembro do ano passado.

A PF flagrou Igor Jacob (à direita) e o pai sacando R$ 600 mil em espécie em novembro do ano passado

Dirigiram-se à área dos caixas, cada um portando uma mochila preta. Não sabiam, mas estavam sendo monitorados pela Polícia Federal, alertada pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) de que ambos sacariam R$ 600 mil em espécie naquele dia.

Na saída do banco, a PF abordou os dois. Dias depois, prestaram depoimento, afirmaram que o dinheiro seria usado para pagar funcionários e fornecedores, e foram liberados. O dinheiro, contudo, ficou apreendido.

A investigação continuou ao longo deste ano. A polícia apontou, em relatório obtido pelo UOL, que Igor Jacob “atuava como operador financeiro” de um esquema de desvio de recursos públicos.

O empresário, segundo a investigação, organizava saques em espécie e intermediava “suborno a servidores e terceiros indicados”. A Ômega recebeu ao menos R$ 9,6 milhões em “transferências expressivas de recursos desviados”, “sem lastro em atividades reais”.

“[A empresa] integrou a rede de contas de passagem utilizada para dificultar o rastreamento dos valores ilícitos”, apontou a PF.

“Igor de Sousa Jacob, por exemplo, figurou como sócio da empresa de fachada Ômega Construtora e Incorporadora, utilizada para escoar valores ilícitos.”.

PF encontrou um pedido de reserva de dinheiro vivo para sacar no celular de Igor Jacob

A Ômega compartilha endereço com empresas do pai de Igor Jacob, em uma casa na região centro-sul de Belém. Uma de Jorge Jacob recebeu recursos da prefeitura da capital, na gestão anterior, do PSOL, por contratos de obras públicas, e repassou à Ômega.

Os investigadores descreveram o papel da Ômega “na ocultação de recursos e no pagamento de propinas camufladas”. A PF afirmou que a empresa custeou parte de um apartamento para uma ex-secretária da prefeitura de Belém.

O juiz Carlos Gustavo Chada Chaves, da 4ª Vara Federal Criminal da capital, se negou a barrar a investigação em agosto deste ano. “As vultosas quantias sacadas pelos investigados contêm fortíssimos indícios de lavagem de capitais”, registrou o magistrado.

Por que a Ômega queria o empréstimo

A Caixa informou ao Ministério do Turismo que a Ômega pretendia transformar um prédio abandonado há pelo menos oito anos, em Belém, no hotel Amazônia Seasons. A empresa pediu os valores para usar como “capital de giro isolado” no negócio.

“Os recursos solicitados via Fungetur serão integralmente destinados à conclusão das obras do referido hotel, de propriedade da Ômega, o qual poderá ser utilizado para hospedagem de visitantes durante a realização da COP30”, registrou o banco, em email enviado ao Turismo e a Sabino em 29 de agosto.

“As obras do hotel Amazônia Seasons encontram-se em fase final de execução. O empreendimento possui 68 quartos, distribuídos em uma área construída de 4.350 m², composta por subsolo e sete pavimentos.”

Um dos documentos apresentados à Caixa indica que a Ômega é parceira de uma construtora no no hotel. Apenas o nome da empresa de Igor Jacob, contudo, consta do documento do Ministério do Turismo que autorizou o empréstimo de R$ 4,4 milhões.

A reportagem esteve no local em 3 de novembro. Segundo funcionários, o hotel, que agora se chama Amazon Seasons, iniciou as operações em 1º de novembro. Eles afirmaram que não havia vagas disponíveis para a semana da COP.

Intensificação dos empréstimos

A gestão do Fungetur está sob a alçada da secretaria de Infraestrutura da pasta. O secretário é Carlos Henrique Menezes Sobral, ex-assessor do ex-ministro Geddel Vieira Lima, no Governo Michel Temer, e ex-integrante do Ministério da Saúde na gestão Jair Bolsonaro.

Às vésperas da COP, o secretário enviou ofícios a quatro bancos autorizados a emprestar recursos, pedindo “intensificação” dos empréstimos.

“O Ministério do Turismo, por intermédio do Fundo Geral de Turismo – Novo Fungetur, reforça a importância do escoamento integral dos valores disponibilizados”, afirmou Sobral, referindo-se a R$ 143 milhões remanescentes, naquele momento, para financiar o setor turístico.

O UOL conseguiu acesso a 14 propostas de empréstimos enviadas ao Ministério do Turismo em função da COP. A pasta levou, em média, 15 dias para aprovar as operações.

Cada pedido enviado ao ministério precisava informar os dados da empresa e responder a oito perguntas. Dentre elas: “o proponente situa-se em município no Estado do Pará?”, “município está no Mapa do Turismo?” e “O recurso disponível no agente financeiro é compatível com o montante de recursos à contratar?”.

Além da Ômega, a pasta liberou R$ 850 mil a uma padaria em Conceição do Araguaia, a 16 horas de Belém.

Outros R$ 565 mil a um apart-hotel na cidade de Bragança, a quatro horas da capital, em setembro. Imagens apresentadas no pedido de empréstimo mostravam um prédio em obras, em fase final de reforma. A rede social do apart-hotel e sites de hospedagem, contudo, indicam que o apart-hotel já estava aberto há um ano.

A pasta também autorizou R$ 2,2 milhões a uma locadora de carros em Santarém, a 20 horas de distância de Belém. Outros R$ 700 mil a uma churrascaria em Ananindeua, na região metropolitana da capital.

Também aceitou financiar, em Belém:

uma empresa de fotografia com R$ 100 mil

uma barbearia com R$ 144 mil

uma gráfica com R$ 360 mil

um coworking com R$ 450 mil

um restaurante que fica em um ponto turístico com R$ 1,5 milhão

Midia News

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