Rafael Duarte do NOVO JORNAL
Enquanto o advogado Anderson Miguel ‘descansa em paz’ no cemitério de Emaús, as duas ex-mulheres do homem-bomba da operação Hígia seguem trocando acusações. A viúva do empresário assassinado Sebastiana Dantas afirmou que vai processar a empresária Jane Alves pelas declarações dadas ao NOVO JORNAL e publicadas na edição de sábado passado sobre um suposto atentado sofrido pelo casal dia 27 de novembro do ano passado, num trecho da RN-160, estrada que liga Natal a Barra de Maxaranguape.
O crime teria ocorrido dois dias após o depoimento de Anderson que revelou o esquema de pagamento de propina para a renovação de contratos de prestação de mão de obra com a secretaria estadual de Saúde (Sesap). Jane Alves contou que o veículo polo cor prata do casal foi abordado por um carro misterioso de onde foram disparados os três tiros que acertaram a lataria do carro. Nenhuma das balas, porém, atingiu os dois ocupantes.
O Boletim de Ocorrência do caso também não foi registrado. Todo o relato, segundo a empresária, foi feito pelo próprio Anderson Miguel a ela alguns dias depois do atentado. O advogado ainda teria revelado à ex-mulher a existência de uma carta escrita de próprio punho onde ele afirma preocupações com “coisas referentes ao passado” e que estava “pagando um preço alto” por ter decidido morar junto com Sebastiana Dantas. Jane Alves também contou que Anderson Miguel prestou depoimento na Polícia Federal sobre o caso.
Viúva do advogado, com quem conviveu por quase dois anos, Sebastiana procurou o NOVO JORNAL ontem à tarde para desmentir a versão de Jane. Ela acredita que está sendo vítima de Jane Alves, que a persegue desde quando iniciou o namoro com o empresário. “Ela quer induzir a pessoa ou o próprio assassino de Anderson, ou pessoas comprometidas com ele, de que eu sei de tudo. Tipo, se a morte dele foi uma queima de arquivo, então ainda tem um arquivo vivo, que sou eu. Para mim, ela está querendo me colocar na mira de algum amigo de Anderson. Ela está querendo me prejudicar contando essa história”, afirmou.
A reportagem procurou a Polícia Federal para saber do depoimento prestado por Anderson Miguel sobre o suposto atentado. A assessoria de comunicação do órgão informou que o advogado esteve na PF, no ano passado, em apenas duas oportunidades: dias 30 e 31 de agosto, três meses antes do crime relatado por Jane Alves. O assessor consultou todos os delegados e todos disseram que nunca ouviram falar no tal atentado.
Sebastiana lembra que ela e Anderson trabalhavam em Natal de segunda-feira à sexta-feira, mas todos os dias, no final do expediente, iam dormir em casa, na praia de Maracajú. Ela desmente a história do atentado e diz ainda que pedirá para que a polícia faça a perícia no automóvel para confirmar que o carro nunca foi alvejado por balas de revólver, como informou Jane Alves. “Todos os dias a gente ia para casa em Maracajaú, inclusive nesse período a gente tinha acabado de se mudar para lá. E ele nem estava conversando com ela, que eu saiba não. O fato é que ela nunca aceitou a separação. Faço questão de fazer essa perícia porque, apesar do tempo, não é possível que, no caso do atentado, não tivesse ainda ao menos pólvora na lataria”, afirmou.
A suposta carta sem data que Anderson Miguel teria deixado com a atual mulher na época também é negada por Sebastiana. Ela mostrou três cartas de amor escritas de próprio punho pelo advogado, todas com data, e afirmou que sequer conhecia a fundo os problemas do marido com a Justiça. A viúva conta que conheceu Anderson em abril de 2009, quase um ano após a deflagração da operação Hígia. No início do namoro, advogado chegou a dizer que respondia um processo na Justiça, mas detalhes do escândalo só soube durante os depoimentos dos réus divulgados pela imprensa. “Eu não conhecia os problemas do Anderson. Quando falou da Hígia, disse apenas para que eu não soubesse por outras pessoas e ficasse com raiva dele. Mas nunca me interessei por nada dele. Uma vez perguntei sobre alguma coisa e ele disse que era problema dele. E desde então não quis saber mais de nada, só fui ter a dimensão do que foi a Hígia quando chegaram os depoimentos”, disse.
Além do processo que abrirá contra Jane Alves pelas supostas mentiras, Sebastiana Dantas diz que não quer absolutamente nada do espólio do ex-marido embora esteja esperando um filho de sete meses. A criança se chamará Ana Clara, o nome foi escolhido em conjunto pelo casal. “Não quero nada dele, nem quando minha filha nascer. Tenho condições de criar minha filha sozinha com o salário de R$ 800 que recebo como auxiliar administrativo de um escritório de advocacia. Só queria que essa mulher esquecesse que eu existo. Que vá arrumar uma trouxa de roupa para lavar e arrume tempo para cuidar dos filhos dela, que devem estar sofrendo muito com tudo isso”, disse.
“À vias de fato só chegamos na segunda vez”
A relação entre Jane Alves e Sebastiana Dantas azedou desde o início do namoro entre a auxiliar administrativa e o advogado. Segundo a viúva, os dois se conheceram dia 8 de abril de 2009, apresentados por um amigo em comum. Desde então, não houve mais sossego. Sebastiana disse, inclusive, que tentou terminar o relacionamento várias vezes com o namorado pela pressão de Jane, mas as flores e as cartas de amor recebidas a faziam mudar de ideia. “Não jogue essas flores fora, coloque na sua mesa para lembrar de mim. Te muito minha Ana Dantas”, diz uma das cartas mostradas à reportagem por Sebastiana.
O contato pessoal com a rival aconteceu em três oportunidades. Na primeira, em maio de 2009, Jane telefonou para ela e marcou um encontro num supermercado da cidade. “Ela me disse: ‘se você for mulher, venha me encontrar’. Aí eu disse que era mulher, não tinha medo dela e fui. Nos encontramos, conversamos, ela me disse uma monte de coisa ruim dele e fui embora. Às vias de fato só chegamos na segunda vez”, contou.
Sebastiana e Jane saíram, literalmente, na porrada em maio de 2010. O furdunço aconteceu em frente a casa de Sebastiana. Ela chegava de carro da faculdade, quando viu Jane gritando em frente ao portão. “Encontrei ela no portão da minha casa gritando com ele pelo interfone. Anderson foi buscar os filhos para passar o final de semana com ele, mas ela não queria que as crianças tivessem contato comigo e foi buscá-los. Aí discutimos e chegamos às vias de fato. Essa mulher roubou até minha cachorra, na casa que a gente morava em Maracajaú, quando houve a reintegração de posse porque o juiz deu o direito da casa a ela”, disse antes de lembrar que a última vez que viu Jane foi no sepultamento do corpo de Anderson Miguel. “Não falei com ela, mas achei horrível ela ter mostrado o rosto do pai morto para as crianças. Mas estou tranqüila, quero apenas ter uma gravidez sem problemas para cuidar da minha filha”, encerrou.
Pobre coitada não! mas pobre vitima de uma mulher despeitada e recalcada que nunca aceitou perder o marido pra uma mais linda e mais jovem!mais pelo que se ver não é a pobre coitada que gosta de aparecer até por que essa começou a carreira nas paginas policias agora já a ex…..!
Engraçado como essa cidadã gosta de posar de pobre coitada…
Se bem que parando pra pensar ela é realmente digna de pena…Afinal, pense comigo…Primeiro ela se presta ao papel de ser amante de um homem casado, e quando finalmente achou que estava fazendo um "casamentão" o bom partido morre, deixando um "buxo" e um monte de dívida de herança…
Quanto ao que ela diz aí de tia é fácil entender também…Como ela só teve os 5 minutos de fama dela no sepultamento, tá querendo um lugar ao Sol na mídia…
Deprimente!!!