O Sindicato dos Trabalhadores na Educação (SINTE) deliberou, em assembleia, que a greve dos professores que são funcionários do Estado do Rio Grande do Norte vai continuar. Péssima notícia para as centenas de milhares de alunos das escolas públicas estaduais.
Alunos que estão sem aulas há mais de 60 dias. E correm sério risco de perder o ano letivo. E alguns milhares deles são concluintes do ensino médio e estão prestes a encarar os exames vestibulares.
Os professores o cumprimento do Plano de Cargos e Salários. O Governo alega não ter condições financeiras de cumprir de imediato. Propostas foram apresentadas e recusadas.
E os estudantes há muito viraram joguete neste jogo de empurra em que transformou a Educação Pública no Rio Grande do Norte.
São eles, os alunos, os verdadeiros prejudicados. Entra ano, sai ano, os professores fazem greve e repõem, de forma precária, as aulas que deixaram de ser ministradas. Recebem seus salários e os alunos é que ficam no prejuízo.
Culpa dos professores? Culpa do Governo do Estado? Culpa dos responsáveis pela condução da Secretaria Estadual de Educação?
A culpa pode ser distribuída para todo mundo.
Menos para os alunos, que deveriam ser os maiores beneficiários da Educação Pública. E cujos pais, trabalhadores, sustentam, com seus impostos, uma máquina arcaica, obsoleta e ineficiente chamada Poder Público, que há muito vem deixando de cumprir sua verdadeira finalidade.
Em última análise, a culpa é de todos que se omitem diante deste descalabro diário.
Desalentador o post.
Quem escreveu, vá para a sala de aula e passe um ano lecionando. Depois, posso dizer que terá direito de escrever.
Os professores são tão reféns da "deseducação" quanto os alunos. O que dizer de um Piso Nacional que tem previsão na Constituição (art. 206, inciso VIII) e não é cumprido?
Ainda que os professores voltem, a educação continuará paralisada. Afinal de contas, quem vai se motivar a voltar às aulas sabendo que um direito líquido e certo seu é alvitrado escancaradamente pelo governo?