Polícia

Brasil registra queda de 25% nos assassinatos nos dois primeiros meses de 2019, e RN surge em 2º em redução

Brasil registra redução no número de mortes violentas no 1º bimestre — Foto: Rodrigo Sanches/G1

O Brasil teve uma queda de 25% no número de assassinatos nos dois primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. É o que mostra o índice nacional de homicídios criado pelo G1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. Essa é a primeira parcial divulgada no ano.

De acordo com a ferramenta, houve 6.856 mortes violentas no primeiro bimestre de 2019. O dado só não comporta o Paraná. O governo do estado informa que os números de janeiro e fevereiro ainda estão sendo tabulados para posterior divulgação. Tirando o Paraná, houve 9.094 assassinatos no mesmo período de 2018. Ou seja, uma queda de 25%.

A queda é puxada principalmente pelos estados do Nordeste, que, juntos, registram a redução mais significativa do número de mortes (34%) – somente no Ceará o índice diminuiu 58%.

O levantamento faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O levantamento revela que:

houve uma redução de 2.238 vítimas no período
quatro estados apresentaram uma redução superior a 30%
o Ceará teve a maior queda no país: 58%
apenas dois estados (Amazonas e Rondônia) tiveram aumento no número de mortes violentas

A ferramenta criada pelo G1 permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Estão contabilizadas as vítimas de homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Juntos, estes casos compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.

Jornalistas do G1 espalhados pelo país solicitam os dados, via assessoria de imprensa e via Lei de Acesso à Informação, seguindo o padrão metodológico utilizado pelo fórum no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Em março, o governo federal anunciou a criação de um sistema similar. Os dados, no entanto, não estão atualizados como os da ferramenta do G1. O último mês disponível é dezembro de 2018.

Os dados coletados mês a mês pelo G1 não incluem as mortes em decorrência de intervenção policial. Isso porque há uma dificuldade maior em obter esses dados em tempo real e de forma sistemática com os governos estaduais. O balanço ainda será realizado dentro do Monitor da Violência, separadamente, como em 2018.

Tendência de queda

Nem todos os estados possuem os dados de março. Até agora, só 16 têm a estatística. Com a exceção do DF, todos registraram queda em comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram 2.190 mortes violentas, ante 2.969 de 2018, se forem contabilizadas apenas essas unidades da federação – uma queda de 26%.

Levando em conta esses dados, a queda no trimestre continua sendo de 25% no Brasil.

Os números mostram um declínio dos assassinatos. Em 2018, a queda foi a maior em 11 anos se for levada em conta a série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Para Bruno Paes Manso, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, apesar da tendência de queda, “os dados estão longe de apontarem para um quadro de redução ao longo do ano e apenas aumentam a responsabilidade dos novos governos estaduais e federal para a manutenção ou melhoria dos resultados”.

Samira Bueno e Renato Sérgio de Lima, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, dizem que o país está diante de um “bom enigma”. “É preciso identificar com precisão o que provocou esta inflexão para que políticas públicas possam ser mais bem efetivas. E isso só será possível com o investimento contínuo em monitoramento e avaliação de programas e ações.”

Causas da redução

Bruno Paes Manso diz que é preciso lembrar que 2017 foi um ano atípico, em que o Brasil atingiu o ápice de mortes.

“A crise nos presídios acabou se desdobrando do lado de fora, criando problemas em vários estados. E ela produziu um tipo de intervenção mais concentrada e urgente, no centro nevrálgico desses conflitos. Uma intervenção decorrente de dez anos de discussões de uma rede de instituições criminais e da sociedade civil. Ou seja, não era necessário tirar medidas da cartola. Esse debate vinha sendo feito há muito tempo. E essas medidas acabaram cessando de algum modo a febre, fazendo com que a temperatura voltasse gradualmente a um patamar mais baixo”, afirma Bruno Paes Manso.

Samira Bueno acredita que alguns fatores, como a criação do Ministério da Segurança Pública na gestão passada, ajudam a explicar essa queda. “Por mais que dinâmicas do crime organizado ajudem a explicar parte da redução, há outros fatores que precisam ser levados em conta. Pode existir, claro, uma relação com o Susp (Sistema Único de Segurança Pública), já que sua implementação ocorreu num contexto de muita mobilização dos estados, pressionados pelos índices de criminalidade e pelo período eleitoral”, diz.

“Também houve a aplicação de mais dinheiro federal, apesar da crise fiscal. Houve o descontingenciamento de R$ 2,8 bilhões do Funpen (Fundo Penitenciário Nacional) e uma mudança na lei pra que parte do recurso do fundo fosse utilizado em ações na área segurança. Foi criado também na gestão Temer o Ministério da Segurança Pública, que teve um papel muito importante nisso tudo. Ou seja, houve uma tentativa do governo federal de liderar o processo e coordená-lo minimamente”, diz Samira Bueno.

‘Regime de não conflito’ no Ceará

O Ceará teve a maior queda no número de mortes violentas do país: 58%. O estado, que teve 844 assassinatos no primeiro bimestre de 2018, registrou 355 nos primeiros dois meses deste ano. A redução é significativa. Em janeiro, o Ceará teve centenas de ataques coordenados por facções criminosas por conta de medidas anunciadas no governo para tornar a fiscalização nos presídios mais rígidas.

Para o pesquisador Luiz Fábio Paiva, do Laboratório de Violência da Universidade Federal do Ceará (UFC), o que houve no Ceará foi o estabelecimento de “um regime de não conflito” entre as facções criminosas.

“Os eventos de janeiro, quando Fortaleza ficou sob ataques de grupos armados, demonstram que esses grupos continuam existindo e atuando, e exercendo o domínio territorial nas periferias urbanas. O que nós estamos experimentando agora é a reacomodação das forças”, diz Luiz Fábio Paiva, da Universidade Federal do Ceará.

Por isso, Paiva não considera a situação como “uma pacificação, mas sim uma acomodação”.

“Quando o Ceará estava sob forte ataque, era observado que havia situações que demonstravam um certo nível de cooperação desses grupos, sobretudo permitindo que determinados membros de uma facção passassem pelo território do outro sem sofrer alguma ação violenta”, diz Paiva.

Ainda segundo o especialista, “dizer isso não é desqualificar os serviços de segurança pública, as forças policiais e o sistema de Justiça, mas reconhecer que eles não têm como serem os responsáveis por um processo que é muito maior”.

De acordo com o secretário da Segurança Pública do estado, André Costa, a redução do número de homicídios ocorre desde o ano passado devido a um “conjunto de ações” elaboradas em 2017. Entre as estratégias, segundo Costa, estão o combate à “mobilidade do crime”, evitando furto e roubo de veículos e recuperando automóveis roubados; investimento em ciência e tecnologia para estudar a atuação de criminosos; e ações da Secretaria da Administração Penitenciária, que dificultam a comunicação de presidiários que comandam facções criminosos e ordenam crimes de dentro das prisões.

“Os resultados vão acontecendo porque, à medida que o tempo passa, [com] as inovações que a gente trouxe, os policiais passam a confiar, acreditar, e leva tempo também para ter todo o aprendizado cultural de trabalhar com novas ferramentas”, afirma.

Embora os números deste ano sejam menores que os de 2018, ainda há casos de repercussão no estado. A vendedora Lidiane Gomes da Silva, de 22 anos, por exemplo, foi assassinada pelo ex-companheiro dentro de um shopping em Maracanaú. Antes do assassinato, ela relatou a um amigo, em conversa pelo WhatsApp, que sofria ameaças após a separação. O homem se matou após o crime.

Nordeste em queda

Assim como o Ceará, todos os outros estados do Nordeste registraram uma queda no período analisado. Rio Grande do Norte e Pernambuco também tiveram quedas expressivas, de 42% e de 33%, respectivamente.

Segundo o coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, secretário de Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte, uma maior integração entre os órgãos públicos é um dos fatores por trás da queda.

“A redução dos índices de criminalidade (…) deve-se a um melhor planejamento das ações das instituições de segurança pública, uma maior integração – tanto das instituições do estado, como das instituições federais que estão aqui no Rio Grande do Norte, como a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e as próprias Forças Armadas –, o apoio do Ministério Público e do Poder Judiciário, a abnegação dos policiais nessas ações, um maior controle do sistema prisional e, também, o apoio inconteste do governo do estado a todas essas ações de nossas instituições”.

Em Pernambuco, segundo o secretário de Defesa Social do Estado, Antônio de Pádua, uma série de investimentos foi feita no estado nos últimos anos, principalmente na área de pessoal. Segundo ele, novas contratações possibilitaram aumentar a presença da polícia no interior e criar cinco novas unidades da Polícia Científica.

“[O investimento em pessoal] também possibilitou uma melhora na qualidade de resolução do inquérito policial. Tivemos um índice de mais de 50% de resolução em 2018. No primeiro bimestre de 2019, estamos chegando a quase 60% dos inquéritos. (…) Isso significa que a polícia está encontrando os autores dos crimes e representando pela prisão”, diz Antônio de Pádua, do governo de Pernambuco.

José Nóbrega, doutor em ciência política pela UFPE e coordenador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade Federal de Campina Grande, destaca que os dados do primeiro bimestre deste ano ainda são provisórios e podem ser ajustados, mas que há uma tendência de queda desde 2018. Determinar o que está por trás dos números e da queda, porém, é difícil por conta da falta de informações.

“Não temos informação de qualidade para atribuir a redução a algum fator, seja ele referente às tomadas de decisão do estado ou a fatores socioeconômicos. Precisamos analisar o nível do impacto do governo na redução de crimes e, por exemplo, o quanto o Produto Interno Bruto influenciou nisso, qual a taxa de desocupação das pessoas. Sem isso, fica tudo muito lacunar”, diz.

Já no Amapá, que também teve uma queda superior a 30% no número de mortes, a Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública atribui o fato a políticas de segurança pública implementadas pelo governo, “como a contratação de novos policiais, aquisição de novas viaturas, operações policiais rotineiras, treinamento das forças de segurança e o serviço de inteligência das polícias”.

Leve aumento

Apenas dois estados tiveram aumento no número de mortes violentas nos primeiros dois meses deste ano: Rondônia (3,9%) e Amazonas (3,3%). Os aumentos foram leves e não chegaram a dois dígitos em nenhum dos casos, mas, mesmo assim, mostram um movimento contrário ao resto do país.

Apesar de estar entre os estados que apresentaram alta, o governo do Amazonas destaca que, considerando os dados do trimestre e não do bimestre, os números de morte violenta caíram em comparação com o mesmo período do ano passado.

“O número de homicídios registrado em janeiro, período de transição, quando a nova administração estava começando a implantar as novas diretrizes de segurança, influenciaram nesse resultado [de queda no bimestre]. Contudo, a partir de fevereiro, houve redução da criminalidade, tanto em casos de homicídio, latrocínio, como nos casos de roubos”, afirma a Secretaria de Segurança Pública do estado. “Vale destacar que, somente em março, o número de homicídios na capital amazonense (58) foi o menor desde 2011.”

Entre as medidas adotadas pela gestão, a secretaria destaca a realização de nove operações policiais. Em fevereiro, também foi feita uma operação específica para combater homicídios, chamada de “Pronta Resposta”. Na ocasião, foram presos 52 suspeitos de envolvimento em homicídios, latrocínios, roubos e tráfico de drogas.

Os dados

Quatro estados registraram uma redução superior a 30% no número de mortes violentas. Veja a relação completa (a ordem está da maior redução para a menor; os dois estados com alta, assim como o Paraná, que não enviou os dados, estão no fim da tabela):

Colaboraram G1 AM, G1 AP, G1 CE, G1 PE, G1 RN e G1 RO

G1

Opinião dos leitores

  1. Nao vao admitir jamais que já é efeito Bilsonaro. Imagina quando aprovarem o pacote anticrime. Só isso já valew a eleição.

  2. Mas a queda na taxa de homicídios eh mérito somente do governo Fátima do PT… No mínimo, foi por causa do governo dela que o Brasil está reduzindo essa taxa, certeza! (Ironia)

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Geral

Mec quer proibir aparelhos celulares em sala de aula

Foto: Agência Brasil

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou na quinta-feira (19/9) que planeja proibir o uso de aparelhos celulares em sala de aula. A medida deve ser anunciada até outubro deste ano.

A fala do ministro foi feita em Fortaleza. Santana participava da cerimônia de emissão da ordem de serviço para a implantação do campus do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) Ceará.

O assunto, diz Santana, tem sido discutido com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. No próximo mês, quando é celebrado o Dia do Professor no dia 15, deve ser lançado um pacote para o setor. A restrição poderá estar no conjunto.

Ainda não está definida como será viabilizada a medida, mas o mais provável é a elaboração de um projeto de lei. “Estamos preocupados com as escolas e não só para a questão das bets, também para outros usos indevidos na escola, (a medida) é proibir o celular. Estou propondo ao presidente da República encaminhar um projeto de lei ao Congresso proibindo o uso de celular em sala de aula.”

No Ceará, há uma lei que proíbe os alunos de utilizar o aparelho. Também são restritos outros dispositivos como walkman e MP3. Ainda no estado, o Ministério Público Estadual orientou que as escolas particulares também vetem o dispositivo eletrônico nas salas de aula.

Fonte: Metrópoles

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Geral

Natal decreta situação de emergência em Ponta Negra por avanço da maré

Foto: Cedida

Em virtude do agravamento dos estragos provocados pelo avanço do mar no litoral da cidade, em especial no processo de erosão do Morro do Careca, como ficou demonstrado em relatório produzido pela Defesa Civil municipal, bem como também frear o avanço do mar sobre as estruturas urbanas e em toda a orla de Ponta Negra, até que o projeto da engorda seja finalizado, o prefeito de Natal, Álvaro Dias, decretou nesta sexta-feira (20) o estado de emergência. O objetivo é garantir medidas que visam a proteção das pessoas que ainda se arriscam frequentando a área próxima ao Morro do Careca, mesmo com a interdição do local, e a patrimônio paisagístico da cidade que é a praia de Ponta Negra com sua enseada e o Morro do Careca ao fundo, maior cartão postal da cidade.

A decisão pelo decreto de Emergência também foi embasada em reunião do Comitê de Crise criado pela Prefeitura para enfrentamento de desastres naturais, depois que alguns hoteleiros procuraram o município pedindo medidas urgentes em função dos estragos que o avanço do mar com marés altas chegando ao coeficiente de 2.9 causaram em algumas estruturas de contenção.

“Estamos diante de uma grave ameaça de colapso do Morro do Careca. Não vamos permitir que aconteça, pois isso poderá acarretar prejuízos incalculáveis para toda a cidade e até coloca em risco a vida das pessoas, como aponta o relatório da Defesa Civil. Reuni o gabinete de crise da Prefeitura, decidimos pela decretação do Estado de Emergência e o próximo passo é definir o planejamento das ações, incluindo o perímetro da área que será interditada, qual o tipo de barreira iremos utilizar, assim como analisar o prejuízo para os equipamentos turísticos e a população da região, a fim de que a gestão municipal ofereça o suporte necessário”, detalhou Álvaro Dias.

Durante a reunião, a Defesa Civil do Municipal apresentou um relatório em que revela um quadro preocupante a respeito da atual situação do Morro do Careca. O estudo constatou que o processo erosivo pelo qual passa a área avançou de forma significativa em um curto período de tempo com a formação de voçorocas (desgastes provocados pela erosão), ampliando o desgaste do terreno, gerando o risco de desabamento em locais com circulação de pessoas e fazendo com que o local seja considerado de alta periculosidade.

Na análise, foi verificado o desabamento dos dissipadores de drenagens, recém-instalados pela Prefeitura em uma obra paralela à da engorda, e dos muros de contenção da maré na altura dos Hotéis Rifóles e El Aram. O Hotel Vila do Mar também sofreu com a invasão da água em seu terreno.

Segundo o secretário Tiago Mesquita, da Semurb, a solução definitiva para a região é o projeto de “engorda” da praia, mas o município reconhece a necessidade de adotar medidas urgentes para evitar um desastre maior, diante do agravamento da situação enquanto o aterramento hidráulico não for concluído.

“Estamos monitorando constantemente a região e a atual situação é bem preocupante. O prefeito Álvaro Dias sabe da importância de Ponta Negra para a cidade e, com certeza, não vai medir esforços para solucionar essa questão. Inclusive, já determinou que toda a equipe de secretários e técnicos do Município fiquem em alerta para agir no menor tempo possível”, disse a coordenadora da Defesa Civil Municipal, Fernanda Jucá.

Foto: Magnus Nascimento/Secom

Em cumprimento ao art. 73 da Lei nº 9.504/97, o boletim informativo será enviado neste formato. Após as eleições municipais, voltaremos à lista de transmissão convencional

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Brasil

Moraes rejeita recurso do X contra bloqueio de perfis de influenciador

Foto: Agência Brasil

ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (20) pela rejeição de recursos apresentados pelas rede sociais X e Discord contra a decisão que derrubou os perfis do influenciador digital Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark.

No ano passado, Moraes determinou aplicação multa de R$ 300 mil e suspendeu as redes sociais do influenciador, que é investigado pela suposta prática de espalhar “notícias fraudulentas” sobre as eleições de 2022. Ele também teve as contas bancárias bloqueadas pelo ministro.

No voto proferido no julgamento virtual que começou hoje, Moraes entendeu que as redes sociais não podem recorrer das medidas determinadas contra o influenciador por razões processuais.

“É incabível ao recorrente opor-se ao cumprimento do bloqueio dos canais, perfis, contas, nos termos da decisão proferida nestes autos, eis que se trata de direito de terceiro investigado, e por não comportar recorribilidade pela via eleita”, decidiu Moraes.

O julgamento virtual ocorre na Primeira Turma do Supremo e será encerrado na sexta-feira (27). Na sessão virtual, os ministros depositam os votos no sistema eletrônico e não há deliberação presencial.

Os demais votos serão proferidos pelos ministros Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino.

Fonte: Agência Brasil

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Brasil

Uso de jatinhos da FAB por Flávio Dino custou R$3,2 milhões em 8 meses

Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O governo Lula (PT) gastou R$3,2 milhões apenas com os custos de operação dos jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB), regalia amada pelos poderosos em Brasília, para levar Flávio Dino pelo Brasil e até ao exterior.

O levantamento é do próprio governo federal, em resposta a requerimento apresentado pelo deputado federal Delegado Bilynskyj (PL-SP).

O levantamento é de janeiro a agosto de 2023 e inclui o período em que chefiava o Ministério da Justiça. Tomou posse no STF em fevereiro.

A conta inclui U$ 583.491 (R$3,2 milhões) de custos “logísticos” e outros R$51 mil em diárias da FAB aos tripulantes das aeronaves.

Dino levou 12 dias para desfrutar da regalia pela primeira vez. Foi para São Luiz, claro. Viajou outras 17 vezes para lá em jatinhos da FAB.

Com informações do Diário do Poder e portal Anna Ruth Dantas

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Geral

[VÍDEO] Marçal admite que usar ambulância depois de cadeirada foi para fazer cena

Candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal admitiu ter usado uma ambulância para ir ao hospital após levar uma cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) para “fazer uma cena”.

Em jantar de arrecadação para sua campanha nesta semana, o ex-coach afirmou aos presentes que não precisava da ambulância e que “dava para ir correndo para o hospital”.

“Eu não precisava daquela ambulância lá. Eles queriam fazer uma cena, esse povo aí. Dava para ir correndo para o hospital. Não é insuportável. Só que aqui está o segredo: cadeirada é o de menos do que a gente está sofrendo desses caras. Eu tomo mais dez dessas por semana, se for o caso, mas não arrego”, afirmou Marçal no jantar, de acordo com vídeo ao qual a coluna Igor Gadelha teve acesso.

Na gravação, o candidato do PRTB afirmou que poderia ter segurado a cadeira arremeçada por Datena durante o debate da TV Cultura, no domingo (15/9), mas disse que “fez questão” de ser agr3dido.

“Para quem não é bobo aqui e sabe ler, eu dava conta de segurar a cadeira e de agr3dir aquele cara (Datena) mas eu fiz questão de levar, para sentir mesmo, de verdade. Esse não é um período de proposta, aprenda a jogar. É um período de mostrar quem as pessoas são”, declarou.

Fonte: Metrópoles

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Geral

Marinha confirma morte de potiguar que estava desaparecido

 Foto: Cedida/Arquivo familiar

A Marinha confirmou, em nota enviada à imprensa na tarde desta sexta-feira (20), que o corpo encontrado nessa quinta-feira (19) é do quinto tripulante, que morreu no naufrágio na costa de Pernambuco. Trata-se do potiguar Edriano Gomes de Miranda, de 47 anos. Ele era o último tripulante do navio de carga “Concórdia” que permanecia desaparecido.

“A Marinha do Brasil (MB) informa que foi confirmada a identificação do último
tripulante desaparecido no naufrágio do navio de transporte de carga “Concórdia”, que foi
localizado na tarde de ontem (19), sem vida. A MB se solidariza com os familiares dos cinco
tripulantes que vieram a óbito neste acidente”, disse por meio de nota.

Edriano Gomes era o comandante da embarcação que naufragou. De acordo com a sobrinha, Viviane Miranda, ele era o caçula de uma família de navegadores. Edriano era natural de Rio do Fogo e morava em Extremoz, na Grande Natal.

A Marinha instaurou um inquérito administrativo para apurar as causas e circunstâncias do acidente. Concluído o procedimento e cumpridas as formalidades legais, os documentos serão encaminhados ao Tribunal Marítimo.

Outro potiguar que ficou entre os desaparecidos, o taifeiro Antônio Rafael Bezerra, de 64 anos, foi encontrado sem vida e teve o corpo velado por familiares na manhã de quarta-feira (18), em Ceará-Mirim. Outras três pessoas também foram encontradas mortas, enquanto quatro foram resgatadas com vida. Ao todo, havia nove pessoas na embarcação.

O naufrágio ocorreu em Ponta de Pedras, na cidade de Goiana, localizada no litoral de Pernambuco, no último domingo (15).

Fonte: Tribuna do Norte

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Geral

TRE/RN anuncia mudanças de local em seções eleitorais de Natal

Foto: TRE-RN/Divulgação

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte anunciou nesta sexta-feira (20) mudanças de local em seções eleitorais da capital.

O Juiz da 3ª Zona Eleitoral de Natal/RN, Dr. Gustavo Marinho Nogueira Fernandes, comunicou aos eleitores que todas as seções que funcionavam na Universidade Potiguar (UNP), na Unidade Roberto Freire, foram transferidas para Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), no setor de aulas V.

Também teve mudança na seção nº 497 da Escola José Fernandes Machado, que foi transferida para o CEI, da unidade localizada na Av. Roberto Freire.

As eleições municipais ocorrem no dia 6 de outubro. O eleitorado potiguar soma 2.649.282 pessoas aptas a ir às urnas. O crescimento em relação ao eleitorado das últimas eleições municipais, de 2020, foi de 8,2%, ou seja, 202.104 eleitoras e eleitores a mais.

Ponta Negra News

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Educação

MEC anuncia preparação de projeto de lei para vetar o uso de celulares em salas de aula em escolas públicas e privadas do Brasil

Foto: Reprodução/TV Globo

O Ministério da Educação (MEC) está finalizando os preparativos para divulgar, em outubro, um projeto de lei com o objetivo de para proibir uso de celulares em salas de aula de escolas públicas e privadas do Brasil.

Segundo a pasta, a iniciativa vai dar segurança jurídica para estados e municípios que já vinham discutindo a proibição.

A data de divulgação não foi confirmada.

Debate sobre a proibição

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em relatório divulgado em julho deste ano, faz uma leitura crítica da tecnologia nas salas de aula e afirma que seu uso não pode ser “soberano”.

A entidade chama a atenção para os possíveis prejuízos na concentração dos estudantes e chega a sugerir que os celulares sejam banidos das escolas.

Outro estudo, feito pela Universidade de Stavanger, na Noruega, em 2012, diz que apenas “scrollar” um site, em vez de virar a página de um livro físico, atrapalha a memória e prejudica a interpretação.

E a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que esse excesso de tecnologia leva a prejuízos na comunicação, problemas no sono e atrasos no desenvolvimento cognitivo.

Com informações de g1

Opinião dos leitores

  1. Na verdade, a esquerda detesta celular, com objetivo de ninguém ficar informado. Só pode nos presídios.

    1. “””Informado”””, tá serto(sic). Só bobagem os alunos absorvem por ele.

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Geral

VÍDEO: Deputado federal Glauber Braga é detido pela PM em desocupação na Uerj

O deputado Glauber Braga foi detido pela Polícia Militar do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (20/9). Glauber estava no ato de ocupação da Uerj quando a PM invadiu o local.

Segundo informações obtidas pela coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, o deputado tentou impedir a tropa de choque da PMRJ de entrar na faculdade para acabar com um ato de ocupação feito por estudantes. Os policiais espirraram spray de pimenta contra os manifestantes, incluindo Glauber.

Glauber estava no local apoiando estudantes que protestam contra o corte de benefícios da universidade. A Uerj está ocupada desde julho e, na terça-feira (17/9), a Justiça do Rio de Janeiro determinou a desocupação do local.

A Polícia Militar do Rio de Janeiro, portanto, foi ao local nesta sexta-feira para cumprir, com o uso da força, a ordem judicial.

A deputada Sâmia Bomfim (PSol-SP), esposa de Glauber Braga, disse à coluna que falou com o marido e ele está bem, apesar da ardência nos olhos. Bomfim afirmou que a prisão é inconstitucional:

“Uma prisão como essa foge completamente das possibilidades de prisão de um deputado”.

Em nota, o PSol do Rio de Janeiro disse que foram usados “bombas, caveirão e armas menos letais” contra o grupo de estudantes e que Glauber Braga estava no local para “proteção e defesa” e que foi detido e encaminhado para uma delegacia. O PSol fluminense informou que está indo ao encontro do deputado.

Com informações da Coluna de Guilherme Amado – Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Esse vai perder o mandato, dá próxima ele é uma pessoa normal, aí vai ser na primeira instância.

  2. Esses são os representantes da esquerda. Será que vai puxar 17 anos de cadeia? Estava participando de invasão.

  3. Como se a PM tivesse obrigação de saber qual maconheiro é deputado e qual não é. Deve ser uma delícia jogar pimenta e meter bala de borracha na extrema-esquerda. Kkkkkkkkk

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Geral

VÍDEO: Bolsonaro rebate Marçal por comparar cadeirada de Datena com facada sofrida na campanha de 2018

O ex-presidente Jair Bolsonaro gravou um vídeo rebatendo a comparação feita por Pablo Marçal (PRTB) entre a cadeirada levada pelo ex-coach em um debate e a facada sofrida pelo ex-mandatário na campanha eleitoral de 2018.

No video, o ex-presidente chama a cadeirada dada por José Luiz Datena (PSDB) em Marçal de “episódio lamentável” e condena tanto a atitude do candidato tucano quanto a “provocação” do ex-coach que motivou a agressão.

“Nos últimos dias, assistimos a um episódio lamentável por ocasião de um debate em São Paulo. Dois candidatos se desentenderam, um provocou o outro no limite. O provocado, não resistindo, foi para cima do outro e deu-lhe uma cadeirada. Condeno a cadeirada e condeno a provocação também, feita de forma vil. Agora, o que me deixou chocado nesse episódio é que o elemento que levou a cadeirada, que provocou, foi para as mídias sociais e comparou aquela cadeirada ao tiro do (ex-presidente americano Donald) Trump e à facada que eu levei em setembro de 2018 lá em Juiz de Fora (MG)”, diz Bolsonaro no vídeo.

Ainda no vídeo, o ex-chefe do Palácio do Planalto ressalta que a facada foi uma tentativa de assassinato realizada sem provocação, diferentemente da cadeirada, que foi desferida após Marçal provocar Datena atacando a honra do tucano.

“Há uma diferença muito grande entre a facada e a cadeirada. Ele viu o possível agressor (…) Eu não conhecia o Adélio Bispo, nunca tinha ouvido falar dele. Ele se aproximou de mim e deu uma facada, que seria mortal, segundo os médicos da Santa Casa de Juiz de Fora. A facada feriu vários órgãos, perfurou o intestino.”, afirma o ex-presidente.

Bolsonaro também classificou como “lamentável” a tentativa de Marçal de comparar os dois episódios e alertou aos eleitores paulistanos para levarem em conta as atitudes do ex-coach na hora de decidir em em vai votar na eleição de outubro.

“Usar um episódio desse da cadeirada, que ele provocou, para buscar se comparar comigo com o Trump para conseguir o poder é lamentável. Nós podemos hoje em dia votar e errar. Agora, quando você já vota sabendo que vai errar, há uma diferença muito grande. São Paulo é capital mais importante do Brasil”, declara o ex-mandatário.

Igor Gadelha – Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Meu presidente tá é com ciúmes, ele sabe que Marçal vai pro segundo turno segundo o veritá e já abraçou parcela grande do eleitorado de direita em São Paulo.
    É ruim pra ele e Tarcísio.
    É que Bolsonaro pensou que era dono dos votos, errou, a concepção do eleitorado da direita almeja liberdade, cabresto já mais.
    Outra coisa viu Bolsonaro, vc errou em apoiar o candidato do MDB de Michel Temer o cara que nomeou o xandão pro STF.
    Nunca que vc deveria ter colocado um vice na chapa, errou e errou feio.
    Mexeu errado nas peças do taboleiro de xadrez.

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